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Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 1 CARACTERIZAÇÃO DO JOGO DE BASQUETEBOL O jogo de basquetebol apresenta duas estruturas importantes nomeadamente: a) Estrutura formal; b) Estrutura funcional A Estrutura Formal do Basquetebol O basquetebol é caracterizado pelos seguintes elementos intervenientes na sua estrutura formal: 1 – O campo de Jogo O campo de jogo é um espaço rectangular, estável e com todas as medidas e sinalizações perfeitamente estabelecidas e determinadas e no qual desenvolve-se a confrontação entre duas equipas, sendo como tal uma referencia fundamental os jogadores. O campo de basquetebol tem em termos de dimensões máximas 28m de comprimento por 15 m de largura, podendo ter até menos 4 m de comprimento e 2 m de largura. Possui ainda duas áreas restritivas um circulo central e duas tabelas com cestos cuja as características e medidas estão determinadas pelas regras oficiais de jogo. Uma linha a meio campo, divide o campo em dois meios campos: o meio campo ofensivo e o meio campo defensivo. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 2 2 – A bola A bola é um objecto esférico em torno da qual se desenrola as acções fundamentais de jogo e seu desenvolvimento. 3 – As regras As regras de jogo determinam as condições prévias para o início do jogo e desenvolvimento do mesmo. 4 – Os pontos Através da introdução da bola no cesto adversário e no impedimento da mesma ser introduzida no nosso se tenta alcançar a finalidade de jogo de basquetebol, i. é., obter o maior numero de pontos possíveis por parte da nossa equipa e o menos possível da equipa adversaria. 5 – Os Jogadores Para integrar e coordenar os seus esforços no ataque e na defesa, os jogadores tem de conhecer as suas posições relativamente ao campo de jogo e aos seus colegas de equipa. Deste modo, os jogadores ocupam posições no campo as quais estão atribuídas tarefas. Cada posição de campo tem regras claras e bem definidas ainda que possuam carácter abstracto. Por isso, assim que uma equipa ganhe ou perca a posse da bola, cada jogador deve assumir uma posição apropriada no sistema ofensivo ou defensivo. Cada jogador assume as tarefas correspondentes a posição que ocupa. Quando um jogador muda de posição igualmente muda de tarefa. No basquetebol o quadro de funções de uma equipa é determinado por três grupos de jogadores: bases, extremos e postes. Os jogadores base (1 e 2) posicionam-se frontalmente ao cesto e tem como função dirigir o jogo. São responsáveis pela organização do ataque e da defesa. O jogador ofensivo dos bases é determinado pela sua qualidade do seu drible, por boas performances ao lançamento ao cesto e pela qualidade dos passes efectuados aos extremos e postes. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 3 Os jogadores extremos (3 e 4) posicionam-se de uma maneira geral no prolongamento da linha de lance livre (a ¾ do cesto) e possuem como características principais serem bons lançadores de meia e longa distancia, e serem bons executantes na fase de finalização da transição defesa-ataque. Atendendo a qualidade de desempenho nas acções de defesa e de ataque de posições exteriores (exterior da área restritiva), são cada vez mais designados por jogadores universais. Os jogadores poste (5) posicionam-se em redor das linhas limites da área restritiva, próximo do cesto. Apresentam como principais características serem bons ressaltadores (quer defensivo quer ofensivos) e finalizadores de baixo do cesto. A ESTRUTURA FUNCIONAL DO BASQUETEBOL O desenvolvimento do jogo do basquetebol pode ser analisado pelos seguintes elementos interventivos na estrutura: a) A Técnica – Táctica; b) Ataque – Defesa; c) Cooperação – Oposição. 1. A Técnica -Táctica A técnica constitui o factor ou parte essencial do jogo sobre o qual se elabora uma estrutura que permite um funcionamento coordenado denominado táctica. A Táctica são acções de comportamento individuais, de grupo ou de equipa que permitem resolver correctamente os problemas durante o jogo pela sua relação de cooperação (entre os Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 4 jogadores de uma mesma equipa) e oposição (relação com os adversários). Ou se quisermos, táctica é a capacidade do jogador perceber, analisar e decidir pela acção que melhor se adapte às situações e aos problemas decorrentes do jogo tanto de maneira individual quanto colectiva. Nesse sentido, a táctica se divide em três abordagens: individual, grupal e colectiva. A “táctica individual” pode ser entendida como o comportamento de um jogador, que através de sua capacidade de tomada de decisão, interprete as acções de tempo e espaço em concordância com os objectivos específicos e gerais do jogo. A “táctica de grupo” representa uma acção coordenada entre dois ou três jogadores da mesma equipe, em termos motores e cognitivos (técnica/tomada de decisão), visando um objectivo comum. A “táctica colectiva”, relaciona-se com a acção simultânea de três ou mais jogadores dentro do contexto do jogo. É muito comum observar algumas confusões de conceitos no que se remete aos termos „‟táctica‟‟, „‟estratégia‟‟ e „‟sistemas tácticos‟‟ A estratégia de jogo se baseia em decisões prévias tomadas em função do objectivo que se pretende alcançar. Ex: A forma como posicionamos os jogadores num campo de basquetebol, em um 1-2-2, com jogadores de meio formando um quadrado ou losango, por exemplo, aliado ao modo como cada jogador se comporta no campo de jogo tanto individualmente como colectivamente em coordenação com seus companheiros. Os sistemas tácticos, pois são considerados como a distribuição dos jogadores em campo para o início da partida. Unificando os conceitos que definem esses três termos podemos dizer que a táctica é a aplicação da estratégia traçada, que também está directamente relacionada a forma de distribuição dos jogadores em campo tanto no momento inicial do jogo quanto em suas variações nos momentos ofensivos e defensivos, possuindo uma relação fundamental entre eles. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 5 Nesta perspectiva os elementos que constituem o jogo basquetebol agrupam-se em torno das seguintes categorias: Técnica e Táctica no Basquetebol Técnica individual de ataque Técnica individual de defesa Táctica individual de defesa Táctica individual de ataque Técnica colectiva de ataque Técnica colectiva de defesa Táctica colectiva de defesa Táctica colectiva de ataque 2. Ataque – Defesa O factor determinante constitui a posse ou não da bola. A partir deste pressuposto, o jogo de basquetebol desenrola-se de acordo com os seguintes três princípios gerais: Princípios Gerais de Basquetebol Ataque Defesa a) Conservação da bola a) Tentar recupera a bola b) Progredir com a bola até ao cesto adversário b) Impedir a progressão da bola c) Marcar pontos c) Impedir que nos marquem pontos 3. Cooperação – Oposição Nesta perspectiva, temos de considerar o jogo de basquetebol como resultado de um processo de interacção no qual intervém diversos factores cuja acção resulta do produto de cooperação realizada perante uma oposição que muda e não como a soma de acções individuais. Quer a cooperação, quer a oposição, verificam-se no ataque e na defesa, dado que os defensores colaboram entre si para organizara a oposição ao ataque e os atacantes colaboram entre si para se oporem a defesa. CARACTERIZAÇÃO DAS ETAPAS DE EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DO JOGO DE BASQUETEBOL Jogo anárquico, jogo intermédio e jogo evoluído; Abordagem, observação e interpretação do jogo; Introdução dos princípios tácticos.Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 6 CARACTERIZAÇÃO DOS NÍVEIS DE JOGO: Do jogo que o praticante e capaz de realizar devemos identificar os principais problemas e enunciar os factores de evolução que possibilitam o acesso ao jogo evoluído. Indicadores do jogo de fraco nível: Todos junto da bola (aglomeração); Querer a bola só para si (individualismo); Não procurar espaços para facilitar o passe do colega que tem a bola; Não defender; Estar sempre a falar para pedir a bola ou criticar os colegas; Não respeitar as decisões do árbitro. Factores de desenvolvimento do bom jogo: Fazer movimentar a bola (passe); Afastar-se do colega que tem a bola; Dirigir-se no espaço vazio no sentido de receber a bola; Intencionalidade: receber a bola e observar o jogo (ler o jogo); Acção após o passe: movimentar para criar linha de passe; Não esquecer o objectivo do jogo (cesto). OBSERVAÇÃO DA SITUAÇÃO DA ABORDAGEM DO BASQUETEBOL Como ponto de partida e necessário observar o comportamento individual e colectivo dos praticantes durante as primeiras experiencias na modalidade. O factor determinante que caracteriza o jogo nesta fase e o da atracção pela bola, materialização do desejo de cada um se apossar da bola, o que produz o fenómeno de aglomeração em torno da bola. Assim, as principais características que se observam são. 1º Muitas situações confusas, contactos físicos frequente, insuficiência no domínio dos deslocamentos do corpo e da bola; Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 7 2º O objectivo do jogo poucas vezes é alcançado (poucos cestos convertidos). Os gestos técnicos mais executados são os passes com duas mãos de peito e por cima da cabeça; 3º Os praticantes correm muitas vezes com a bola nas mãos (violam a regra dos passos); 4º A maioria dos praticantes corre na direcção do portador agrupando-se a sua volta. Trata-se do fenómeno denominado ATRACÇÃO DA BOLA. 5º A pressão (defensiva) dos adversários sobre o portador da bola e as deslocações dos jogadores sem bola na sua direcção criam simultaneamente com a atracção da bola criam uma SITUAÇÃO DE ALINHAMENTO esta torna os passes difíceis de fazer e favorece as intercepções. Resumindo: O agrupamento em volta da bola (fenómeno da atracção da bola) e o alinhamento são característicos dos grupos de praticantes sem preparação anterior. Assim, todos procuraram apoderar-se da bola movimentando-se de acordo com o avanço e recuo da mesma. Consequência desta situação é a não existência de ataque nem defesa. COMPETÊNCIAS MÍNIMAS PARA JOGAR O JOGO FORMAL DE BASQUETEBOL Para poder jogar, qualquer criança tem de possuir um conjunto de competências mínimas sem as quais não faz qualquer sentido pô-las a jogar o jogo formal. Essas competências são claramente definidas em: Recepção: receber a bola com duas mãos de braços estendidos e sem mostrar receio na recepção; Passe: executar um passe a duas mãos com alguma precisão na direcção e com uma trajectória sensivelmente paralela ao solo; Drible: executar o drible conseguindo momentaneamente levantar a cabeça para se situar no campo; Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 8 Lançamento: atirar a bola de uma distância de 2 a 3 metros do cesto, para que a bola descreva um arco semelhante a um lançamento. ETAPAS DO JOGO DOS PRINCIPIANTES No jogo dos principiantes podemos distinguir 2 etapas na evolução da qualidade do jogo que se podem caracterizar da seguinte forma: 1ª Etapa: Descongestionamento em relação a bola; Libertação do jogo com bola; Deslocamento desmarcação aproveitando os espaços do campo; Algum sentido ofensivo, i.é., movimentação dos jogadores afastando-se da bola na direcção ao cesto; Avanço da bola no sentido do cesto adversário; Lançamento perto do cesto. 2ª Etapa Ligação das 2 fases organização ofensiva: transição defesa-ataque propriamente dito; Conquista e definição das posições adequadas no ataque; Desenvolvimento de acção no ataque com cortes e aclaramento ao passe e ao drible; Compromisso da comunicação com os companheiros; Reposição das posições ofensivas; Aproveitamento das posições ofensivas. Defesa A acção defensiva limita-se a acompanhar as acções do adversário até alcançar a 2ª etapa e consolida-la. O que devem fazer os defensores? Estar onde estão os atacantes que marcam; Colocar-se entre o adversário e o cesto; Recuperar essa posição de imediato quando a perdem. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 9 ORGANIZAÇÃO OFENSIVA Princípios básicos ofensivos no jogo dos principiantes Ocupação racional do espaço de jogo; Progressão da bola por drible ou com o passe; Progressão da bola no sentido da profundidade do campo; Passar e desmarcar-se INTRODUÇÃO DAS PRIMEIRAS SOLUÇÕES TÁCTICAS Numa fase inicial de abordagem ao jogo de basquetebol é ao ataque que se deparam muitas dificuldades, encontrando-se a defesa em vantagem pela evidente falta de soluções do opositor. Deste modo, deveremos incidir a nossa atenção sobre o ataque, apresentando soluções que permitam aos principiantes conseguirem alcançar o objectivo do jogo, i.é., aproximarem ao cesto para lançar. A ocupação do espaço do jogo é aspecto de importância fundamental. Assim, os jogadores devem distribuir-se no campo de uma forma equilibrada e racional. Para combater os principais fenómenos que se observam no jogo anárquico, o da atracção da bola e situação de alinhamento deve ensinar-se os praticantes a afastarem-se do possuidor da bola e a movimentarem-se na direcção do cesto adversário. Se os atacantes se afastarem do possuidor da bola e caso se mantenha a tendência dos adversários em se aglomerarem em redor da bola esta poderá ser passada para um dos atacantes qua se movimenta no sentido do cesto adversário. Daqui resulta um desequilíbrio entre a defesa e o ataque. Para repor o equilíbrio torna-se necessário a marcação individual a cada adversário. Depois de resolvida a questão de ocupação do espaço, torne-se necessário intervir no sentido de tomar consciente o objectivo do jogo: a concretização. Esta só é possível aproximando a bola do cesto, resultando daqui a necessidade de definir um objectivo intermédio que é a progressão da bola. Como deve ser feita? Os meios para a realizar são: o passe e o drible. Assim, a utilização destes meios para a progressão só será eficaz se estiverem reunidas as condições que o permitam fazer, i. é., existir espaço livre de uma ocupação do espaço mais racional. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 10 Resumindo: Para combater a atracção pela bola e a situação de alinhamento, as primeiras soluções, os princípios tácticos fundamentais do jogo a introduzir, são: 1 – Os jogadores atacantes sem bola afastarem-se da bola movimentando-se na direcção do cesto adversário; 2 - Exploração de espaços livres para a recepção da bola; 3 – Quem receber a bola deve “virar-se” (orientar-se) no sentido do cesto do adversário; 4 – Após o passe, movimentar-se no sentido do cesto adversário para receber a bola mais em frente; 5 – Cada jogador deve marcar individualmente um adversário. PRIMEIRAS ESTRUTURAS TÁCTICAS A transição defesa-ataque Objectivos Situações de transição: recuperação da bola por cesto sofrido, ressalto defensivo, bola fora e intercepção. Fases e princípios tácticos da transição. Inicio: linhas de passe e estacões de recepção; Desenvolvimento: ocupação e progressão dos corredores; Finalização: estudo das situações de superioridade numérica “2x1, 3x2; integração do 4º e o 5º jogador (trallers). Naorganização ofensiva, encontramos todas as acções que se desenvolvem a partir da conquista da posse da bola até a perda (em ataque) que se traduzem no jogo pela passagem por duas fases: 1ª fase – Transição de defesa para o ataque (TDA) – onde as acções se desenrolam, na maioria das vezes de cesto a cesto; 2ª fase – Ataque propriamente dito (APD) – ocorre no meio campo ofensivo, a volta do cesto que se ataca. Em ambas as fases da organização ofensiva (TDA e APD) o jogo vai possuir diferentes ESTRUTURAS TACTICAS, que permitam um desenvolvimento harmonioso e equilibrado do jogo ofensivo da equipa e a criação de situações de finalização. Assim, são factores Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 11 fundamentais nas estruturas tácticas um distribuição equilibrada dos jogadores entrei si, relativamente ao portador da bola: 1ª. Após o ressalto defensivo, com ocupação das estacões de recepção; 2ª. Durante a condução da bola para o ataque, através da correcta ocupação dos corredores de jogo; 3ª. Durante as acções ofensivas junto ao cesto da equipa adversária, libertando a linha de penetração do jogador possuidor da bola e criando linhas de passe ofensivas. Caracterização da Acção Ofensiva a) Atitude ofensiva - Posição facial ao cesto; - Protecção da bola; - Percepção dos dois colegas de equipa mais avançados. b) Progressão ofensiva - Driblar sempre que há espaço para a progressão; - Passar e desmarcar-se no sentido do cesto procurando receber a bola mais a frente; - Sem bola movimentar-se para abrir linhas de passe. 1. A Transição-Defesa-Ataque (TDA) A transição de defesa para o ataque é considerada a 1ª fase da organização ofensiva, e na qual as acções se desenrolam na maioria das vezes, de cesto a cesto. A TDA acontece sempre que a equipa recupera a posse da bola no meio campo defensivo, resultando dai a necessidade de ligar as posições defensivas com as ofensivas. Se a passagem da defesa para o ataque for realizada de forma rápida e dai resultar em superioridade numérica de atacantes sobre os defensores podemos considerar a TDA como contra-ataque. 1.1. Objectivos: Disciplinar as iniciativas dos jogadores; Coordenar as acções de jogo relativamente ao objectivo táctico (transposição da defesa para o ataque): - criar situações de contra-ataque; - criar condições facilitadoras do ataque planeado; Estabelecer as convenções de suporte ao processo de comunicação entre os jogadores. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 12 1.2. Princípios tácticos da fase de transição defesa-ataque 1. Abertura e ocupação das “estacões de recepção”; 2. Ocupação do corredor central; 3. Condução da bola pelo corredor central; 4. Ocupação equilibrada dos corredores de jogo; 5. Posição facial ao cesto Na fase de TDA podemos considerar três sub-fases 1ª - Sub-fase – INICIO: relativa ao momento da recuperação da posse da bola; 2ª – Sub-fase – DESENVOLVIMENTO: relativa a progressão (condução) da bola no campo; 3ª – Sub-fase – FINALIZAÇÃO: relativa a situação de concretização. SUB-FASE – INICIO O início da TDA ocorre após a recuperação da posse de bola o que pode resultar das seguintes situações: Intercepção; Roubo da bola; Cesto sofrido; Ressalto defensivo; Desarme. Abertura e ocupação das estacões de recepção: Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 13 Objectivos: - ocupação equilibrada do espaço de jogo; - distribuição equilibrada dos espaços entre si; - ocupação das áreas facilitadoras de saída da bola; - criar melhores condições de percepção: ao jogador que capta a bola; ao jogador que repõe a bola em jogo. - criar o maior numero possível de linhas de passe em condições que facilitam a leitura do jogo: criar condições a uma participação consciente; facilitando a utilização do equipamento técnico. SUB-FASE – DESENVOLVIMENTO Após ganhar a posse de bola a equipa deve organizar-se rapidamente de modo a proceder a condução da bola para o meio campo adversário de forma eficaz. 1. Ocupação do corredor central Objectivos: - garantir duas linhas de passe seja qual for: a saída da bola pelo corredor central; saída da pola pela 1ª estacão de recepção; saída da bola pela 2ª estacão de recepção. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 14 2. Condução da bola pelo corredor central Objectivos: Garantir pelo menos duas linhas de passe no desenrolar da acção ofensiva; Garantir a organização e a ofensividade no ataque planeado. SUB-FASE – FINALIZAÇÃO O objectivo desta fase é criar condições para efectuar um lançamento de alta percentagem, próximo do cesto e com reduzida ou nenhuma oposição sendo o lançamento ideal a finalização em 1x0 debaixo do cesto. Para o conseguir é condição prévia que a TDA tenha sido efectuada de forma organizada e rápida conduzindo a uma situação de vantagem numérica sendo as mais comuns o 2x1 e 3x2. Os atacantes devem procurar resolver estas situações, transformando, através da correcta utilização do drible e do passe o 2x1 em 1x0 e o 3x2 em 2x1 e depois em 1x0 obtendo lançamento de alta percentagem de concretização. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 15 O êxito destas acções estará dependente: - da leitura que o jogador responsável pela condução da bola, fizer da situação, escolhendo a melhor solução: passar, driblar ou lançar? - do posicionamento do(s) jogador(es) sem bola no campo e posterior decisão após eventual recepção de bola. Princípios a respeitar: O condutor da bola pelo corredor central é o responsável pela finalização do C.A. Ao alcançar a linha de lance livre deve parar (para passar ou lançar), a não ser que tenha vantagem na progressão para finalizar debaixo do cesto. TERMINOLOGIA DO BASQUETEBOL Acção Individual - utilização consciente por parte de um jogador, durante uma certa fase do ataque ou da defesa, do complexo de processos técnicos adequados com o fim de realizar uma tarefa parcial (temporária) especifica do jogo. Assistência - passe que precede a concretização de um lançamento. Ataque – fase do jogo em que a equipa na posse da bola tenta alcançar a finalidade do jogo, i.é., marcar ponto. Concepção do Jogo – particularidades ou características que uma equipa apresenta na utilização da táctica. Contra – Ataque – fase do jogo na qual a equipa tenta movimentar a bola na direcção do cesto adversário o mais rápido possível aproveitando a inferioridade numérica da defesa adversária ou pelo menos uma vantagem posicional. Corte – movimento rápido do jogador ofensivo para libertar-se de um opositor ou para receber a bola. Defesa – fase do jogo em que a equipa que não esta na posse da bola tem como objectivo evitar que o adversário marque o cesto. Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 16 Drible – técnica que permite ao jogador de posse de bola progredir com ela ao longo do campo do jogo. Falta – violação resultante de um contacto ilegal de um adversário. Fases do Jogo – representam as situações ou etapas percorridas no desenvolvimento tanto do ataque como da defesa, desde o início até sua completa consumação. Finta – movimento ou gesto realizado para retirar o defensor da sua posição. Lado da Bola – lado do campo no qual o jogador tem a posse de bola. Linha do Passe – trajectória provável da bola, num passe directo entre os dois atacantes. Linha de Penetração – caminho directo que leva o jogador com bola até ao cesto. Passe e Corte – acção ofensiva na qual umjogador passa a bola a um colega da equipa e movimenta-se (corta) imediatamente na direcção do cesto adversário para tentar receber de novo a bola. Passe Picado – passe no qual a bola ressalta no chão antes de ser recebida pelo jogador. Ressalto Defensivo – acto de ganhar a posse de bola através de lançamento falhado pelo adversário. Ressalto Ofensivo – acto de ganhar a posse de bola através de lançamento falhado por um colega de equipa. Rotação – técnica de pés na qual o jogador mantem um pé em contacto com o solo enquanto movimenta o outro pé em qualquer direcção. Segundo Lançamento – lançamento que resulta de um ressalto ofensivo ganho. Sistema de Jogo – é a forma geral de organização das acções ofensivas ou defensivas dos jogadores pelo estabelecimento de um dispositivo, concreto e preciso, de determinadas tarefas, assim como de certos princípios de colaboração entre atletas. Táctica – o conceito de táctica refere-se a um conjunto de normas, comportamentos individuais e colectivos com o objectivo de realizar uma prestação com sucesso a partir da Organizado pelo Professor Bernardo Matsimbe Pág 17 contribuição activa do factor consciência, tanto durante o jogo como no decorrer da preparação desportiva. Táctica Individual – representa o conjunto das acções individuais utilizadas conscientemente por um jogador na luta com um ou com vários adversários tanto no ataque como na defesa. Técnica – entende-se o sistema de acções motoras, racionais que realizadas de forma eficiente, permitem elevados níveis de confiança na obtenção de um resultado. Traller – jogador ofensivo que segue o contra-ataque inicial e que toma uma posição perto do círculo da área restritiva adversária para receber a bola. Triângulo de Ajudas – triângulo formado pelo defensor do lado contrário ao lado da bola ou “lado da ajuda” e constituído por três vértices: o defensor, o atacante que ele marca e a bola. Turnover – perda de posse de bola sem tentativa de lançamento, resultante de um erro técnico ou violação as regras.
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