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@anaclarapaivaaa 01. Elucidar a epidemiologia, etiologia, quadro clinico, fator de risco, diagnostico, rastreamento, prognostico, estadiamento, tratamento do tumor colorretal. O câncer colorretal (CCR) refere-se aos tumores malignos que acometem o intestino grosso ( cólons) e o reto. É uma doença frequente e potencialmente curável quando diagnosticada precocemente, entretanto pode se tornar letal quando há atraso no diagnostico e/ou tratamento. Epidemiologia: O câncer de colon ou colorretal é o 2º mais incidente em homens e mulheres. Corresponde à segunda causa de morte por câncer em mulheres e à terceira em homens. A incidência do CCR aumenta com a idade, sendo que mais de 50% dos casos manifestam-se em indivíduos com mais de 60 anos, porem cerca de 10% dos casos ocorrem em indivíduos com 50 anos ou menos. Observa-se um declínio na mortalidade por esse câncer no mundo, devido ao aumento do seu rastreamento e do aperfeiçoamento no tratamento, entretanto nota-se um crescimento na incidência de CCR em pessoas abaixo de 50 anos. O tipo histológico mais comum no CCR é o adenocarcinoma (90%). A maior parte (85%) dos casos de CCR é esporádico e não familiar. Mas ambas as formas são resultados do acumulo das lesões genéticas múltiplas em uma sequencia especifica. INCIDÊNCIA BRASIL (2018) HOMENS MULHERES 1º Próstata Mama 2º Colorretal Colorretal 3º Pulmão Colo do útero É possível dividir esse câncer em três tipos : A) Esporádico: Representa 75% dos casos, B) Origem familiar : Representa 20% dos casos C) Os demais estão relacionados com síndromes hereditárias a doenças inflamatórias intestinais. Fatores de risco: Em geral, são de ocorrência esporádica e não familiar. A susceptibilidade ao câncer colorretal é associada as seguintes condições de risco. - Hábitos de alimentação e nutrição : baixa ingestão de fibras vegetais inabsorvíveis e a alta de ingestão de carboidratos refinados e gorduras. - Inatividade física – correlacionada com a obesidade: os obesos se caracterizam por desenvolverem resistência à insulina e com o aumento desse composto circulante, ocorre o aumento do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) que estimula a proliferação da mucosa intestinal. Problema 3 – PBL Câncer de Colorretal Ana Clara Paiva @anaclarapaivaaa - Etilismo e tabagismo. - Histórico familiar de câncer colorretal. Em parentes de 1º grau, o risco aumenta 1,7x - Idade superior a 50 anos - Aumento da flora anaeróbica intestinal. - Diabetes melito/ resistência a insulina. O risco aumenta 30% em comparação a pacientes não diabéticos. - Doença inflamatória intestinal (DII): doentes que apresentam doença de Croh ou colite ulcerativa apresentam maior incidência desse câncer. Incidência essa que está associada com à gravidade, extensão e duração desta. - Bacteremia por streptococus bovis. - Irradiação da pelve anterior. Quadro clínico: A maior parte dos indivíduos com CCR são assintomáticos no início da doença, retardando o diagnostico para fases mais avançadas quando surgem os primeiros sintomas. Existe uma correlação entre a localização do tumor e as manifestações clínicas apresentadas. Isso ocorre devido a característica anatomia do intestino grosso e reto. O cólon direito tem maior diâmetro que o esquerdo, por isso, em tumores à direita ( cólon ascendente), há tendência do câncer evoluir com lesão exofítica. @anaclarapaivaaa No colón esquerdo a lesão geralmente invade a parede do órgão e como diâmetro do cólon desse lado é menor, ocorre maior incidência de estenose e obstrução, essas lesões são anulares e produzem constrições conhecidas como anel de guardanapo. Patogenia Existem várias vias para a disseminação do câncer, como via linfática, hematogênica, por contiguidade e por continuidade. Sendo assim, o CCR pode infiltrar a camada submucosa do cólon e invadir a cadeia linfática intramural. Também é possível a infiltração de outras camadas da parede intestinal, atingindo por contiguidade, estruturas vizinhas, como vasos colônicos. Caso o câncer chegue a veia porta, essa estrutura pode conduzir células neoplásicas para o fígado, onde desenvolverá metástases hepáticas. Através das veias lombares e vertebrais, ocorre a propagação de células tumorais para os pulmões e cérebro, fazendo focos metastáticos nesses locais. Enquanto isso, o câncer retal é disseminado pelas veias hipogástricas. A disseminação mais frequente dos CCR é por meio do comprometimento linfonodal (disseminação linfática). Por conta disso, nos procedimentos cirúrgicos, é necessária a remoção dos linfonodos comprometidos. Obs: células neoplásicas podem se “soltar” da luz intestinal e se implantar na cavidade peritoneal, formando a carcinomatose abdominal generalizada. Diagnostico: A base para o diagnostico do CCR se dá através de uma anamnese minuciosa, levando em conta sinais, sintomas e fatores de risco, acompanhado pelo exame físico geral e proctológico. # exames laboratoriais: - podemos encontrar no hemograma anemia microcítica e hipocrômica compatível com anemia ferropriva. - pesquisa de sangue oculto nas fezes, pode ser utilizado como um método de rastreio populacional ( mais não é utilizado como meio de diagnostico ) - teste de DNA fecal que analisa a presença de alterações genéticas em células encontradas nas fezes. @anaclarapaivaaa - Marcadores tumorais : CEA e o CA # colonoscopia: É considerado o padrão ouro pro diagnostico desses tumores, pois oferece a localização e extensão da lesão. - Ele fornece a possibilidade de ser diagnostico terapêutico, pois é capaz de detectar e remover lesões pré-malignas, - Possibilita a realização de bipsia para analise histopatológica. # exames de imagem: O clister opaco é um exame radiológico que utiliza duplo contraste ( bário e ar) para avaliar o cólon, porém, ele se encontra em desuso devido ao aparecimento de métodos mais eficazes. Os exames de imagem são necessários para fazer o estadiamento adequado do tumor, nesse caso o exame de escolha é a tomografia computadorizada, que serve para avaliar o comprometimento extramural no câncer de reto e para detecção de metástase. A ultrassonografia abdominal permite a avaliação hepática, principal sitio de metástase coloniais, entretanto, não é possível a avaliação de linfonodos peritoneais. Em casos de duvidas do diagnostico também é possível a ressonância magnética e a tomografia por emissão de pósitrons ( PET-CT) @anaclarapaivaaa Rastreamento O rastreio da população através de análises das fezes e da mucosa intestinal através de endoscopias se mostra um importante aliado a redução da mortalidade ao permitir intervir na sequência do adenomacarcinoma, assim como diagnóstico precoce de lesões malignas. Está indicado rastreio a todos os indivíduos acima de 50 anos ( risco médio) Pode-se interromper a triagem quando a expectativa de vida estimada do individuo é menor que 10 anos Deve-se escolher um teste que seja compatível com a preferencia do paciente, de modo a tornar eficaz o rasteio. Algumas diretrizes recomendam a triagem em pacientes a partir de 40 a 45 anos, em virtude do aumento da incidência de CCR em indivíduos mais jovens. Os pacientes podem optar por esses testes: Colonoscopia a cada 10 anos se a primeira for negativa Colonografia por TC a cada 5 anos se disponível para aqueles pacientes que não podem ounão desejam a colonoscopia. Retossigmoidoscopia flexível a cada 10 anos isolada ou associada à analise imunoquimica fecal para sangue oculto anualmente Sangue oculto nas fezes ultrassensível em 3 amostras anualmente. Pacientes com risco aumentado para CCR: História pessoal de CCR ou pólipo adenomatoso Familiar de primeiro grau com CCR ou adenoma avançado Doença inflamatória intestinal – pancolite- ou doença de longa data ( > 8 anos a 10 anos) Iniciar a triagem aos 40 anos de idade, ou 10 anos antes do diagnostico do familiar acometido, o que ocorrer primeiro com a colonoscopia a cada 5 anos. Estadiamento : O estadiamento é feito com exames de imagem, como a tomografia e a radiografia. A colonoscopia só serve nesses casos para excluir a presença de lesões sincrônicas do cólon. Com isso, geralmente diante do diagnóstico de CCR deve ser solicitado, dosagem de CEA, TC de abdome, tórax e pelve e colonoscopia. Já nos canceres retais extraperitoneais, além desses exames, também é recomendado a realização de uma ressonância magnética ou USG endoanal. Atualmente, existem dois sistemas de estadiamento, o Sistema de Dukes, baseado na observação da profundidade de invasão do carcinoma e o Sistema TNM Segundo a classificação TNM: • T: Tumor primário – tamanho/grau de invasão na parede intestinal • N: Linfonodos – Número e características dos linfonodos acometidos. @anaclarapaivaaa • M: Metástase à distância. Com a combinação dessas características é possível formar grupos de I a IV que classificam o estágio da doença. O método de imagem mais indicado é a TC com contraste, anteriormente utilizada apenas para detecção de metástases. Existe a predileção por imagens após a distensão do cólon com contraste iodado, água ou ar, para melhor visualização da lesão. A boa visualização é realizada pela análise de imagens na fase de contrastação hepática portal e equilíbrio, o que permite identificação das lesões primárias e metástases hepáticas. A fase de contrastação arterial, apesar de ser suprimida em alguns serviços, pode ser útil para a delimitação do tumor primário. A interpretação deve fornecer a localização da lesão, relações com estruturas adjacentes, possibilidade de invasão de outro órgão e relação com a fáscia retroperitoneal. Ao analisar o estágio T, sabe-se que a TC não é capaz de diferenciar facilmente a transição entre mucosa e submucosa; sendo assim, não se pode diferenciar tumores do estágio T1 com T2. No entanto, a acurácia a diferenciação entre T1/T2, T3 e T4 é de 80% Tratamento : O tratamento cirúrgico é a única modalidade curativa para o CCR localizado. O uso da quimioterapia e radioterapia combinado ao tratamento cirúrgico, quando necessário, apresenta papel imprescindível para o sucesso terapêutico. Além da cirurgia, observa-se a radioterapia e a quimioterapia. Essas opções visam diminuir a possibilidade de recidiva do tumor. O tratamento depende do tamanho / localização e extensão do tumor. Vale dizer que a doença quando está espalhada, com metástases para o fígado / pulmão e outros órgãos, as chances de cura se encontram reduzidas. @anaclarapaivaaa 02. Correlacionar as síndromes genéticas ( S. de Lynch e pólipos adenomatases familiar) e as mutações genéticas associadas. Pólipos intestinais: Um pólipo é qualquer lesão expansiva do trato gastrointestinal. De acordo com a maneira na qual aparecem na mucosa são classificados em sésseis ou pediculados. Os pólipos adenomatosos podem ser classificados em - Adenoma tubular (quando possuem glândulas tubulares ramificadas), - Adenoma vilosos (tem projeções digitiformes)ou - Adenoma tubulo-viloso (possui ambas as características). Os adenomas são caracterizados pela presença de atipia celular. Síndrome de Lynch: - Tem como característica a presença de 3 ou mais parentes com câncer de colón confirmados à histopatologia, sendo um deles parente de 1º grau dos outros dois. - Um ou mais casos de câncer colorretal na família diagnosticado antes dos 50 anos e - Câncer colo retal em pelo menos duas gerações Essa associação a mutações germinativas de vários genes, sobretudo Hmsh2 no cromossomo 2 e do Hmlh1 no cromossomo 3, assim ocorrem erros na replicação do DNA resultando em proliferação celular tumoral anormal e aparecimento de tumores. Também é de caráter autossômico dominante. Esta associado a uma frequência elevada de câncer no colo proximal ( secção ascendente e transversal). A idade mediana do surgimento de um adenocarcinoma é antes dos 50 anos. É uma síndrome autossômica dominante, causada por defeitos de reparo do DNA e instabilidade microssatélite. →Lynch tipo I: se caracteriza pela presença de câncer apenas colorretal → Lynch II: que possuem canceres em vários locais,incluindo cólon, endométrio, estômago, ovário, ureteres, cérebro, intestino delgado, trato hepatobiliar e pele. Recomenta-se que membros dessas famílias façam colonoscopia bianual a partir dos 25 anos de idade. Além disso, é recomendada a remoção dos pólipos quando presente, mesmo que a presença de pólipos faça parte da patogênese dessa doença. Polipose adenomatosa familiar (PAF): - A PAF é uma doença autossômica dominante que resulta da mutação no gene APC e, em 5 a 10% dos casos, no gene MYH. @anaclarapaivaaa - Essa doença é caracterizada pelo surgimento de inúmeros adenomas colorretais na adolescência. Nesses casos, milhares de pólipos podem está presentes. - Para o diagnóstico dessa doença são necessários a presença de pelo menos 100 pólipos. O adenocarcinoma colorretal se desenvolve em 100% dos pacientes com PAF não tratada, muitas vezes antesdos 30 anos de idade. - Além disso, os portadores dessa síndrome podem apresentar outras manifestações clínicas, como neoplasias em outros locais. O tratamento para a PAF se baseia na colectomia profilática. Pólipos hiperplásicos: - São pólipos não neoplásicos mais frequentes no cólon, muitas vezes distinguíveis dos adenomas à endoscopia. Geralmente descobertos entre a sexta e a sétima décadas de vida. - Acreditam que a formação dessas lesões deve-se a redução da renovação das células epiteliais e ao atraso na eliminação epiteliais superficiais, levando a um `` amontanhado`` de células caliciformes. Pólipos hiperplásicos e inflamatórios : - Habitualmente não sofrem transformação maligna. - A síndrome da úlcera retal está associada unicamente ao pólipo inflamatório. Os pacientes apresentam a tríade clinica de sangramento retal, secreções de muco e lesões inflamatórias da parede retal anterior. - A causa subjacente é o comprometimento do relaxamento do esfíncter anorretal, criando um ângulo agudo na parede anterior do reto. - A polipectomia impede a progressão da sequencia adenoma-carcinoma ( epitélio normal → displasia → adenoma → carcinoma in situ → carcinoma invasor). 03. Avaliar as vias moleculares envolvidas na patogênese. Uma série de estudos apontam que a junção de vários eventos moleculares está implicada na gênese do carcinoma colorretal. Existem basicamente duas teorias que estão relacionadas na fisiopatologia desse canceres. A primeira é a sequência adenoma-carcinoma que explica os casos de adenocarcinoma e a segunda é a via de instabilidade de microssatélites, relacionada com a síndrome de câncer colorretal hereditário não polipose são a via APC/β-catenina, que é ativada na sequência clássica adenoma-carcinoma; e a via de instabilidade microssatélite, que está associada aos defeitos no reparo de erros de pareamento do DNA e à acumulação de mutações em regiões de repetição microssatélite do genoma. Ambas as vias envolvem a acumulação gradual de mutações múltiplas, mas diferem nos genes envolvidos e nos mecanismos pelos quais as mutações se acumulam. Eventos epigenéticos, o mais comum sendo osilenciamento de genes induzido por metilação, podem aumentar a progressão ao longo de cada via. → Sequência adenoma-carcinoma: Essa via corresponde a 80% dos CCR esporádicos. Nós temos duas cópias do gene supressor de tumor Polipose adenomatosa coli (APC) que é um regulador negativo de uma proteína multifuncional, componente da via de sinalização, chamado b-catenina. Algumas pessoas já nascem com uma cópia do gene APC mutada ou inativada. No entanto, os adenomas só se desenvolvem quando há a mutação ou ativação das duas cópias do gene. A fisiopatologia do CCR se inicia quando ocorre uma mutação da APC, fazendo com ele perca a sua função. Normalmente esse gene promove a degradação da b-catenina, entretanto, como o APC está inativo, ocorre acumulo da b-catenina. Esse componente da via de sinalização, em grande quantidade se transloca para o núcleo celular e ativa a transcrição de genes, como os que codificam Myc e Ciclina, responsáveis pela proliferação celular. @anaclarapaivaaa Esse processo pode ser acompanhado por mutações adicionais, como mutações de ativação do gene KRAS, que também promovem o crescimento celular e evita a sua apoptose; mutações que codificam os genes SMAD2 e SMAD4, efetores da sinalização do fator TGF-ẞ que está envolvido na inibição do ciclo celular e em outros genes como DCC e caderina-E. Mutações de TP53 também ocorrem em fases tardias da progressão do tumor, ele é um gene supressor de tumor que está mutado em 70-80% dos cânceres do cólon. Em suma, fatores que levam a mutação em genes que regulam a proliferação celular estão alterados, fazendo surgir os adenomas com displasias celulares. →Via de instabilidade de micros- satélites: Essa via está associada ao aparecimento do câncer colorretal hereditário não polipose. Em pacientes que tem perdas de genes relacionados ao reparo do DNA, existem mutações que se acumulam em repetições microssatélites, uma condição chamada de instabilidade microssatélite. Essas mutações geram irregularidades em genes envolvidos na regulação do crescimento celular, como TGF-ẞ tipo II e a proteína pró apoptótica BAX. Mutações no oncogene BRAF e silenciamento de alguns genes devido à hipermetilação da ilha CpG também são comuns. Assim, ocorre o crescimento celular descontrolado e a sobrevivência de células geneticamente anormais. Essa via está associada ao aparecimento do câncer colorretal hereditário não polipose. Em pacientes que tem perdas de genes relacionados ao reparo do DNA, existem mutações que se acumulam em repetições microssatélites, uma condição chamada de instabilidade microssatélite. Essas mutações geram irregularidades em genes envolvidos na regulação do crescimento celular, como TGF-ẞ tipo II e a proteína pró apoptótica BAX. Mutações no oncogene BRAF e silenciamento de alguns genes devido à hipermetilação da ilha CpG também são comuns. Assim, ocorre o crescimento celular descontrolado e a sobrevivência de células geneticamente anormais @anaclarapaivaaa 04. Correlacionar as mutações do gene KCRAS com as opções de tratamento. As células humanas epiteliais normais podem ser transformadas através da seguinte combinação de eventos: (1) ativação do RAS; (2) inativação do RB; (3) inativação do p53; (4) inativação da PP2A, uma fosfatase supressora de tumores que é um regulador negativo de muitas vias de sinalização; e (5) a expressão constitutiva da telomerase. Muitos dos carcinomas de cólon evoluem através de uma série de estágios morfologicamente identificáveis: a hiperplasia epitelial do cólon, seguida pela formação de adenomas que ampliem-se progressivamente e por fim a submissão à transformação maligna. A maior parte dos CCR originam-se de adenomas, lesões polipoides que, geralmente, aumentam de tamanho progressivamente ( < 8 mm → > 8mm) e se manifestam características displásicas podendo evoluir para lesões malignas. Há dois preditores importantes que indicam a maior chance de um pólipo adenimatoso se malignizar: O tamanho do pólipo ( para pólipos < 1 cm, o risco de carcinoma varia entre 1 e 3% para pólipos > 1 e < 2 cm, esse risco aumenta para 10% e para maiores que 2 cm, essa taxa é superior a 40%) O seu grau de displasia ( alto grau de displasia está associada a 27% de chance de transformação em carcinoma). As alterações neoplásicas surgem a partir de acumulo de mutações genéticas e epigenéticas nas vias de regulação, proliferação, angiogênese e apoptose. Mutações KRAS ( 35 a 40%), NRAS (10%) e BRAF ( < 10%) são importantes marcadores no CCR. As mutações KRAS e NRAS conferem pior prognostico e resistência a alguns anticorpos utilizados como terapia alvo. Embora mais raro, o BRAF confere prognostico ruim. Dois terços das lesões percursoras do CCR são pólipos adenomatosos. @anaclarapaivaaa # Polipos adenomas - Possuem as seguintes características: - são pólipos neoplásicos mais frequentes no cólon, a maioria é assintomática - 30-50% dos cólons com um adenoma conterá outra lesão sincrônica ( que ocorre ao mesmo tempo) - A maioria cresce 0,5mm/ano e 5% progridem para câncer em 7-10 anos. - Apresentam características endoscópicas ( pólipo séssil ou pendulado) e histológicas ( tubular, viloso ou túbulo-viloso) que podem caracteriza-lo quanto ao maior ou menor risco de malignização - O risco de malignização é maior em adenomas avançados → displasia de alto grau, onde encontramos pólipos >1cm ou histologia viscosa/tubular. Características histológicas avançadas ( adenoma viloso ou tubuloviloso) aumentam com o tamanho dos adenomas → 20 a 30% em lesões > 1cm Características que surgem malignidade → friabilidade, endurecimento e ulceração. Referencia bibliográfica: SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 19.ed. Saun-ders. Elsevier KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Robbins patologia básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas em Oncologia/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. HOFF, Tratado de oncologia, cap. 123.
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