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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
QUESTÕES SOBRE A AULA ................................................................................................................................. 2 
GABARITO .......................................................................................................................................................... 7 
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................................. 8 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
QUESTÕES SOBRE A AULA 
1. É pacífico, na doutrina, que a prisão em flagrante é uma medida de autodefesa da 
sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de locomoção daquele que é 
surpreendido em situação de flagrância, a ser executada exclusivamente nos casos em que 
há prévia autorização judicial. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
2. Por se tratar de uma resposta imediata à conduta criminosa, a prisão em flagrante tem, 
marcadamente, a função de encarceramento de um indivíduo. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
3. A realização de uma prisão em flagrante é uma imposição legal – decorre da lei – tanto 
aos particulares quanto aos agentes policiais. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
4. Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime em 
determinado local. Por determinação da autoridade policial, agentes se dirigiram ao local e 
aguardaram o desenrolar da ação criminosa, a qual ensejou a prisão em flagrante dos 
autores do crime quando praticavam um roubo, que não chegou a ser consumado. Foi 
apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo organizado para a prática de 
crimes contra o patrimônio. Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou 
hipótese legal de ação controlada. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
5. Segundo o CPP, qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
6. Segundo o CPP, nas infrações permanentes e nos crimes continuados, entende-se o 
agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência e a continuidade. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
7. A CF/88 determina que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Nada obstante, em uma 
leitura garantista e consentânea com o respeito à dignidade da pessoa humana, apenas 
admite-se, como hipótese de exceção à inviolabilidade do domicílio, a prisão em flagrante 
próprio. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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8. Imagine a seguinte situação hipotética: João, preso em flagrante por subtrair para si 
coisa alheia móvel mediante grave ameaça, teve, em audiência de custódia, sua prisão em 
flagrante não relaxada pelo magistrado. Segundo o Juiz, o auto de prisão em flagrante 
descreve a seguinte conduta dos policiais: (...) que, 16 horas após os fatos, João, que estava 
sendo contínua e ininterruptamente perseguido pelos agentes de polícia, foi localizado 
ainda com o produto do roubo. Razão pela qual a Autoridade Judiciária entendeu pela 
presença do chamado flagrante impróprio ou imperfeito. Conclui-se, portanto, que o Juiz 
agiu corretamente à luz da doutrina, lei e jurisprudência dominante. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
9. O flagrante se divide em obrigatório e facultativo. É obrigatória a prisão em flagrante 
por parte dos agentes policiais e é facultativa para o particular. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
10. Segundo o CPP, considera-se em flagrante delito quem é encontrado, em até 24 horas, 
com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
11. Segundo o CPP, entende-se que o executor vai em perseguição a um indivíduo quando: 
 
a) Tendo-o avistado, for perseguindo-o com ou sem interrupção, embora depois o tenha 
perdido de vista. 
b) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito procurado tenha 
passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no 
seu encalço e o encontre em menos de 24 horas. 
c) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido 
de vista. 
d) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito tenha passado, há pouco 
tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço ainda 
que descontinuamente. 
e) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, desde que não o tenha perdido 
de vista. 
12. Segundo a doutrina, as espécies de flagrantes podem ser classificadas segundo o 
critério da característica marcante. Em sendo assim, é correto dizer que: 
 
a) O flagrante próprio tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
surpreendido no momento da execução da infração ou quando acaba de cometê-la. 
b) O flagrante impróprio tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
surpreendido no momento (ou logo após) da execução da infração. 
c) O flagrante presumido tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
encontrado, em até 24 horas, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração. 
d) O flagrante ficto ou assimilado é o mesmo que quase flagrante. 
e) O flagrante irreal é o mesmo que flagrante presumido. 
 
 
 
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13. No que toca aos institutos da inviolabilidade de domicílio e o da prisão em flagrante, é 
correto dizer que (conforme a CF/88, Código Penal e Código de Processo Penal): 
 
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de, durante o dia, flagrante delito. 
b) A expressão "casa" compreende qualquer compartimento habitado; aposento ocupado 
de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade. 
c) A inviolabilidade do domicílio é um direito individual absoluto. 
d) Apenas a prisão em flagrante real pode ser realizada a pretexto de se violar o domicílio. 
Não admitimos tal violação em situações outras, e.g., o flagrante ficto. 
e) O flagrante presumido, por se tratar de uma presunção legal, não dá ensejo para uma 
entrada forçada na casa do indivíduo. 
 
14. Em se tratando do flagrante impróprio, qual alternativa aponta as corretas disposições 
legais previstas no CPP? 
 
a) O indivíduo é perseguido, logo após, exclusivamente pela autoridade policial ou seus 
agentes, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
b) O indivíduo é perseguido, logo depois, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
c) O indivíduo é perseguido contínua e ininterruptamente, logo após (mas não por prazo 
superior a 48 horas), pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração. 
d) O indivíduo é perseguido, logo após, pela autoridade, por qualquer pessoa (inclusive o 
próprio ofendido), em situação que faça presumir ser autor da infração. 
e) O indivíduo é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação tal que se tenha certeza de ele é o autor da infração. 
 
15. Nas alternativas abaixo há um sujeito ativo e uma relação de obrigação no que toca à 
realização ou não da prisão em flagrante. Aponte a alternativa errada: 
 
a) Qualquer do povo e o flagrante é facultativo. 
b) Autoridade Policial e o flagrante é obrigatório. 
c) Escrivão de Polícia e o flagrante é obrigatório. 
d) Perito Criminal e o flagrante é facultativo. 
e) Policial Militar e o flagrante é obrigatório. 
 
16. O sujeito passivo da prisão em flagrante é aquele que sofreo ato, ou seja, é o conduzido. 
Marque a alternativa que aponta para aquele que se sujeita à prisão em flagrante: 
 
a) Os membros do Congresso Nacional pela prática que um crime afiançável. 
b) Os deputados estaduais pela prática de um crime afiançável. 
c) Os menores de 18 anos. 
d) O motorista que socorre a vítima em acidente de trânsito por ele provocado. 
e) O autor de infração de menor potencial ofensivo quando não se compromete a 
comparecer em juízo. 
 
 
 
 
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17. Segundo a lei 9.099/95, com relação à prisão em flagrante é correto afirmar que: 
 
a) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará Auto de Prisão em 
Flagrante e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
b) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz não poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
c) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
d) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a 
vítima. Em face da celeridade que o rito sumaríssimo exige, não é necessário 
providenciar quaisquer exames periciais. 
e) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, exclusivamente com o 
autor do fato, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
 
18. É incorreto afirmar que o CPP determina – com relação à prisão em flagrante: 
 
a) As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem 
definitivamente condenadas. 
b) Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender 
quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
c) O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será 
recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das 
autoridades competentes. 
d) A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, 
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos três pessoas que hajam 
testemunhado a apresentação do preso à autoridade. 
e) Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não 
cessar a permanência. 
19. A doutrina aponta algumas funções da prisão em flagrante. Qual alternativa 
corretamente as retrata? 
 
a) Evitar a fuga do infrator, facilitar a colheita de provas, impedir a consumação do delito, 
preservar a integridade física do preso, antecipar a prisão pena. 
b) Evitar a fuga do infrator, facilitar a colheita de provas e impedir a consumação do delito. 
Não há qualquer referência à preservação da integridade física do preso. 
c) Evitar a fuga do infrator, facilitar a colheita de provas e preservar a integridade física do 
preso. Não há qualquer referência ao impedimento da consumação do delito. 
d) Facilitar a colheita de provas, impedir a consumação do delito e preservar a integridade 
física do preso. Não há qualquer referência a evitar a fuga do infrator. 
e) Evitar a fuga do infrator, facilitar a colheita de provas, impedir a consumação do delito, 
preservar a integridade física do preso. 
 
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20. A doutrina tem classificado as espécies de flagrante da seguinte forma: 
 
a) Flagrante presumido, ficto ou assimilado (considera-se em flagrante delito quem está 
cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la – Art. 302, I e II, CPP). 
b) Flagrante impróprio, imperfeito, irreal ou quase flagrante (considera-se em flagrante 
delito quem está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la – Art. 302, I e II, 
CPP). 
c) Flagrante impróprio, imperfeito, irreal ou quase flagrante (considera-se em flagrante 
delito quem é perseguido, logo depois, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração – Art. 302, III, CPP). 
d) Flagrante presumido, ficto ou assimilado (considera-se em flagrante delito quem é 
encontrado, logo após, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir 
ser ele autor da infração – Art. 302, IV, CPP). 
e) Flagrante próprio, perfeito, real ou verdadeiro (considera-se em flagrante delito quem 
está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-la – Art. 302, I e II, CPP). 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1. ERRADO 
2. ERRADO 
3. ERRADO 
4. ERRADO 
5. CERTO 
6. ERRADO 
7. ERRADO 
8. CERTO 
9. CERTO 
10. ERRADO 
11. C 
12. A 
13. B 
14. D 
15. D 
16. E 
17. C 
18. D 
19. E 
20. E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. É pacífico, na doutrina, que a prisão em flagrante é uma medida de autodefesa da 
sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de locomoção daquele que é 
surpreendido em situação de flagrância, a ser executada exclusivamente nos casos em que 
há prévia autorização judicial. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
É pacífico, na doutrina, que a prisão em flagrante é uma medida de 
autodefesa da sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de locomoção 
daquele que é surpreendido em situação de flagrância, a ser executada 
exclusivamente nos casos em que há prévia autorização judicial. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
A prisão em flagrante constitui exceção à regra segundo a qual a prisão de 
qualquer pessoa deve-se dar mediante prévia ordem judicial. 
A regra, em nosso ordenamento jurídico, é que apenas o juiz ordena a prisão 
de um indivíduo. 
Destaque-se que uma pessoa jurídica não pode ser presa, apesar de haver a 
responsabilidade penal em casos muito específicos, notadamente, em crimes 
ambientais. Não estamos na aula de crimes ambientais tampouco a de 
responsabilidade criminal da pessoa jurídica razão pela qual não vou navegar muito 
sobre esse tema. 
Vejamos o que nos ensina Renato Brasileiro (Lima, Renato Brasileiro de 
Manual de processo penal: volume único / Renato Brasileiro de Lima - 7. ed. rev., 
ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2019): A expressão “flagrante” deriva do 
latim \flagrare, (queimar), e “flagrans”, [flagrantis (ardente, brilhante, 
resplandecente), que, no léxico, significa acalorado, evidente, notório, visível, 
manifesto. Em linguagem jurídica, flagrante seria uma característica do delito, é a 
infração que está queimando, ou seja, que está sendo cometida ou acabou de sê-
lo, autorizando-se a prisão do agente mesmo sem autorização judicial em 
virtude da certeza visual do crime. Funciona, pois, como mecanismo de 
autodefesa da própria sociedade . (grifo nosso). 
E continua o ilustre mestre: Compreendido o conceito de flagrante delito, 
pode-se definir a prisão em flagrante como uma medida de autodefesa da 
sociedade, consubstanciada na privação da liberdade de locomoção daquele que é 
surpreendido em situação de flagrância, a ser executada independentemente de 
prévia autorização judicial (CF, Art. 5º, LXI). A expressão “delito” abrange não só a 
prática de crime, como também a de contravenção. Nesse caso, todavia, tratando-
se de infração de menor potencial ofensivo, não se procede àlavratura de Auto de 
Prisão em Flagrante, mas sim de Termo Circunstanciado de Ocorrência, caso o 
agente assuma o compromisso de comparecer ao Juizado ou a ele compareça 
imediatamente (Lei n° 9.099/95, Art. 69, parágrafo único). 
Segundo o Mestre Nucci (Nucci, Guilherme de Souza Manual de processo 
penal e execução penal / Guilherme de Souza Nucci. – 13. ed. rev., atual. e ampl. – 
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Rio de Janeiro: Forense, 2016.): flagrante significa o manifesto ou evidente e o ato 
que se pode observar no exato momento de sua ocorrência. Nesse sentido, pois, 
prisão em flagrante é a modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa, 
realizada no instante em que se desenvolve ou termina de se concluir a infração 
penal (crime ou contravenção penal). Autoriza-se essa modalidade de prisão, 
inclusive na Constituição Federal (Art. 5.º, LXI), sem a expedição de 
mandado de prisão pela autoridade judiciária, demonstrando o seu caráter 
administrativo, pois seria incompreensível e ilógico que qualquer pessoa – 
autoridade policial ou não – visse um crime desenvolvendo-se à sua frente 
e não pudesse deter o autor de imediato. O fundamento da prisão em 
flagrante é justamente poder ser constatada a ocorrência do delito de 
maneira manifesta e evidente, sendo desnecessária, para a finalidade 
cautelar e provisória da prisão, a análise de um juiz de direito. (grifo 
nosso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Por se tratar de uma resposta imediata à conduta criminosa, a prisão em flagrante tem, 
marcadamente, a função de encarceramento de um indivíduo 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Por se tratar de uma resposta imediata à conduta criminosa, a prisão em 
flagrante tem, marcadamente, a função de encarceramento de um indivíduo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
É bem verdade que o encarceramento (ainda que por curto espaço de tempo) 
é uma decorrência lógica da prisão em flagrante. Ocorre que esse não é o principal 
motivo pelo qual um indivíduo é preso em flagrante. 
Lembre-se de que um indivíduo pode ser preso e, após pagar fiança, ser 
solto. Da mesma forma, após audiência de custódia, o juiz pode não converter o 
flagrante em prisão preventiva. Aliás, a liberdade é a regra! Apenas em caráter 
excepcional, quando medidas cautelares diversas da prisão se mostrarem 
ineficazes, é que o sujeito permanecerá preso. 
Assim, não é o encarceramento a finalidade precípua da prisão em flagrante. 
Renato Brasileiro (obra já citada) afirma que: A prisão em flagrante tem as 
seguintes funções: a) evitar a fuga do infrator; b) auxiliar na colheita de elementos 
informativos: persecuções penais deflagradas a partir de um auto de prisão em 
flagrante costumam ter mais êxito na colheita de elementos de informação, 
auxiliando o dominus litis na comprovação do fato delituoso em juízo; c) impedir a 
consumação do delito, no caso em que a infração está sendo praticada (CPP, Art. 
302, inciso I), ou de seu exaurimento, nas demais situações (CPP, Art. 302, incisos 
II, III e IV); d) preservar a integridade física do preso, diante da comoção que 
alguns crimes provocam na população, evitando-se, assim, possível linchamento. 
 Logo, por mais estranho que pareça, uma coisa é o sujeito ser preso em 
flagrante e outra coisa COMPLETAMENTE diversa é ele permanecer preso. 
Gosto de colocar a coisa de uma forma lógica para você! Se é correto dizer 
que a prisão em flagrante tem um objetivo, uma finalidade, uma vez alcançado 
esse objetivo, cessam as razões da prisão em flagrante, ou seja, não há mais o 
porquê de um indivíduo permanecer preso em flagrante. Não estamos afirmando 
que, depois de ouvido pela autoridade policial, todos deveriam ser soltos. Não é 
isso! Às vezes, por razões outras senão as do flagrante, é adequado e necessário 
que o sujeito permaneça preso. Ocorre que não será em virtude de uma prisão em 
flagrante (que já teve exaurida suas funções), mas, por força de uma ordem 
judicial (prisão preventiva). 
Eugênio Pacelli (Curso de processo penal / Eugênio Pacelli. – 21. ed. rev., 
atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017) afirma que: Como intuitivo, a primeira e 
mais relevante função que se atribui à prisão em flagrante é a de procurar evitar, 
quanto possível, que a ação criminosa possa gerar todos os seus efeitos. Pretende-
se, com a prisão em flagrante, impedir a consumação do delito, no caso em que a 
infração está sendo praticada (Art. 302, I, CPP), ou de seu exaurimento, nas 
demais situações, isto é, quando a infração acabou de ser praticada (Art. 302, II, 
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CPP), ou, logo após a sua prática, tenha se seguido a perseguição (Art. 302, III, 
CPP), ou o encontro do presumido autor (Art. 302, IV, CPP). Não é por outra razão 
que o Código de Processo Penal autoriza qualquer pessoa do povo a realizar a 
prisão em flagrante. E não é só: também não é por outra razão que a Constituição 
Federal autoriza a violação do domicílio, sem mandado judicial e mesmo à noite, 
quando presente situação de flagrante delito (Art. 5º, XI, CF). De outro lado, já 
mais conectada aos interesses da persecução penal, a prisão em flagrante revela-se 
extremamente útil e proveitosa no que se refere à qualidade e à idoneidade da 
prova colhida imediatamente após a prática do delito. (...) A prisão em flagrante, 
portanto, cumpre importantíssima missão, cuidando da diminuição dos efeitos da 
ação criminosa, quando não do seu completo afastamento (dos efeitos), bem como 
da coleta imediata da prova, para o cabal esclarecimento dos fatos. Por isso, e para 
nós, a prisão em flagrante é medida cautelar pessoal, tal como ocorre em relação 
às demais, embora apresente peculiaridades sensíveis quanto a sua estrutura. Em 
primeiro lugar, independe de ordem judicial, dada o seu caráter emergencial. Em 
segundo, esgota-se tão logo realizadas as suas funções, não havendo justificativa 
para prosseguir no tempo, dado que já encerrada a situação flagrancial com a 
prisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. A realização de uma prisão em flagrante é uma imposição legal – decorre da lei – tanto 
aos particulares quanto aos agentes policiais. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A realização de uma prisão em flagrante é uma imposição legal – decorre da 
lei – tanto aos particulares quanto aos agentes policiais. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Estamos tratando da obrigatoriedade ou facultatividade do ato de se prender 
alguém em flagrante. O CPP, Art. 301, é claro ao afirmar que qualquer do povo 
poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito. (grifo nosso). 
Convém perceber, portanto, que a prisão, para os do povo é facultativa! E 
outra não poderia ser a escolha! É razoável exigir que um cidadão, sem qualquer 
treinamento e equipamento, ao presenciar um ato criminoso, realize a prisão em 
flagrante? É óbvio que não! 
Tem um detalhe interessante aqui: leia o Art. 301, CPP, com cuidado. Quando 
o CPP diz que qualquer do povo pode prender quem quer que seja encontrado em 
flagrante delito, não está dizendo que virou um “pode tudo”, ou seja, o CPP não 
está dizendo que o popular não responderá por excessos praticados. Ocorre que 
esse indivíduo não tem a OBRIGAÇÃO legal de agir. Sua omissão não é penalmente 
relevante. 
O direito tem um brocardo: nós nos obrigamos ou pela lei ou pelo contrato. 
Um exemplo de contrato é o de aluguel em que há um locador e um locatário. Esse 
se obriga a pagar àquele uma quantia. Qualquer outra pessoa não tem essa 
obrigação, mas,tão somente, quem assinou o contrato. 
A lei, por outro lado, é genérica, abstrata e impessoal, logo, obriga a todos. 
Poderia falar aqui com você de “contrato social”, porém, seria muito prolongado e 
chato (para ser bem sincero). O fato é que apenas a lei cria obrigações a todos. A 
lei diz quando o agir ou o não agir é penalmente relevante. 
Você se lembra do Art. 13, §2°, do Código Penal? Vejamos: 
§2° A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir 
para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
Convém perceber que o popular não tem a obrigação de agir (estamos 
falando de prender alguém em flagrante). E o policial? Sim! Basta ler o Art. 13, §2° 
combinado com o Art. 319: Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de 
ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou 
sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Um outro detalhe: muitos perguntam se o policial, ao presenciar uma situação 
de flagrante, deve SEMPRE agir. Resposta: em regra sim! O policial deve sempre 
agir, ocorre que esse agir é um agir condicionado. Como assim? O policial agirá de 
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MUDE SUA VIDA! 
13 
 
acordo com as condições possíveis. Basta imaginar que uma equipe policial está 
passando em frente a uma agência bancária e se depara com 15 ladrões 
fortemente armados de fuzis. É razoável exigir desses policiais um agir com a 
imediata “voz de prisão” aos criminosos? É óbvio que não! Isso aqui não é filme! 
Exigir isso seria exigir que os policiais morram e isso lei alguma pode fazer. O 
policial não sai de casa para morrer. O policial não tem o dever de morrer. O 
policial tem o dever de enfrentar o perigo e isso pressupõe uma possibilidade fática. 
Quando você entrar para a polícia, aprenderá o conceito de “superioridade 
numérica”. Essa superioridade é tática, técnica e instrumental, ou seja, o policial 
deve estar na vantagem. 
Em outras palavras, o policial deve agir sempre que possível. 
Eu, sozinho, não consigo muita coisa. Eu, quando estou no meu dia a dia, não 
fico (e nem poderia) andar igual a um palerma, sem perceber o que está à minha 
volta. Na gíria policial dizemos que o policial deve andar “sempre ligado”. Bem, o 
fato de estar sempre alerta traz sérias consequências, porém, isso é para outro 
papo. 
Memorize isto: se você quer ser policial, vai pagar um preço e esse preço é 
alto! Sua vida vai mudar, seus amigos serão outros, seu linguajar vai mudar, seus 
costumes, seus horários, seus locais de trabalho, suas prioridades, suas roupas, 
seu olhar de mundo, tudo isso será diferente! Você fará e verá coisas que nem em 
mil vidas a imensa maioria da população faria ou veria. Você andará em 
praticamente 100% do seu tempo com uma arma de fogo. 
Garanto para você que isso tudo vale a pena! Eu, como você já deve saber, 
sou Policial Civil do DF – Agente de Polícia – e sou lotado na Divisão de Operações 
Especiais – DOE. O treino tático, técnico e físico é intenso e as missões, 
invariavelmente, são do tipo “valendo a vida”. Sem qualquer fragmento de dúvida, 
garanto a você: faria tudo de novo! E para concluir esse pequeno momento 
motivacional, complemento a frase acima: eu, sozinho, não consigo muita coisa, 
porém, quando estou de preto com meus irmãos, faço uma guerra. Vitória sobre a 
morte! 
(Retornando à explicação) Mas e aí? Poderiam os policiais pensar “bem, já 
que não temos condições atuais de realizar uma prisão em flagrante, vamos 
embora”? Não! O que deve ser feito? Simples, se não tem como agir naquele 
momento, pegue o máximo de informações possíveis e aja no primeiro momento 
possível. 
O que eu não quero é o excesso, ou seja, nem o frouxo e nem o louco que se 
acha o Batman. 
Por fim, mas não menos importante, vejamos o aquilatador magistério de 
Nucci (obra já citada) quando trata do flagrante facultativo e flagrante obrigatório: 
conferiu à lei a possibilidade de que qualquer pessoa do povo – inclusive a vítima 
do crime – prenda aquele que for encontrado em flagrante delito (conceituando-o 
no Art. 302), num autêntico exercício de cidadania, em nome do cumprimento das 
leis do País. Quanto às autoridades policiais e seus agentes (Polícia Militar ou Civil), 
impôs o dever de efetivá-la, sob pena de responder criminal e funcionalmente pelo 
seu descaso. E deve fazê-lo durante as 24 horas do dia, quando possível. Note-se 
o disposto no seguinte acórdão: TJSP: A situação de trabalho do policial civil o 
remete ao porte permanente de arma, já que considerado por lei constantemente 
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MUDE SUA VIDA! 
14 
 
atrelado aos seus deveres funcionais (HC 342.778-3, Jaú, 6.ª C., rel. Barbosa 
Pereira, 19.04.2001, v.u., JUBI 60/01). Quando qualquer pessoa do povo prende 
alguém em flagrante, está agindo sob a excludente de ilicitude denominada 
exercício regular de direito (Art. 23, III, CP); quando a prisão for realizada por 
policial, trata-se de estrito cumprimento de dever legal (Art. 23, III, CP). (grifo 
nosso). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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4. Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime em 
determinado local. Por determinação da autoridade policial, agentes se dirigiram ao local e 
aguardaram o desenrolar da ação criminosa, a qual ensejou a prisão em flagrante dos 
autores do crime quando praticavam um roubo, que não chegou a ser consumado. Foi 
apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo organizado para a prática de 
crimes contra o patrimônio. Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou 
hipótese legal de ação controlada. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime 
em determinado local. Por determinação da autoridade policial, agentes se 
dirigiram ao local e aguardaram o desenrolar da ação criminosa, a qual ensejou a 
prisão em flagrante dos autores do crime quando praticavam um roubo, que não 
chegou a ser consumado. Foi apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de 
grupo organizado para a prática de crimes contra o patrimônio. 
Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou hipótese legal de 
ação controlada. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Aqui, temos de distinguir dois conceitos: flagrante esperado e flagrante 
prorrogado ou diferido ou ação controlada. 
Só para ficar claro, flagrante prorrogado, diferido e ação controlada são a 
mesma coisa. 
Quanto aos dois institutos acima, faço minhas as palavras de três grandes 
nomes do direito processual penal brasileiro: Guilherme de Souza Nucci, Eugênio 
Pacelli e Renato Brasileiro. 
Flagrante esperado 
Nucci (obra já citada): flagrante esperado (...) é uma hipótese viável de 
autorizar a prisão em flagrante e a constituição válida do crime. Não há agente 
provocador, mas simplesmente chega à polícia a notícia de que um crime 
será, em breve, cometido. Deslocando agentes para o local, aguarda-se a sua 
ocorrência, que pode ou não se dar da forma como a notícia foi transmitida. Logo, é 
viável a sua consumação, pois a polícia não detém certeza absoluta quanto ao local, 
nem tampouco controla a ação do agente criminoso. Enfim, poderá haver delito 
consumado ou tentado, conforme o caso, sendo válida a prisão em flagrante, se 
efetivamente o fato ocorrer. 
Pacelli (obra já citada): No flagrante esperado, não há intervenção de 
terceiros na prática do crime, mas informação de sua existência. Ocorreria, porexemplo, quando alguém, que por qualquer motivo tivesse conhecimento da 
prática futura de um crime, transmitisse tal informação às autoridades policiais, 
que então se deslocariam para o local da infração, postando-se de prontidão para 
evitar a sua consumação ou o seu exaurimento. (grifo nosso). 
Renato Brasileiro (obra já citada): Nessa espécie de flagrante, não há 
qualquer atividade de induzimento, instigação ou provocação. Valendo-se de 
investigação anterior, sem a utilização de um agente provocador, a autoridade 
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MUDE SUA VIDA! 
16 
 
policial ou terceiro limita-se a aguardar o momento do cometimento do delito para 
efetuar a prisão em flagrante, respondendo o agente pelo crime praticado na 
modalidade consumada, ou, a depender do caso, tentada. Tratando-se de flagrante 
legal, não há falar em relaxamento da prisão nos casos de flagrante esperado, 
funcionando a liberdade provisória com ou sem fiança como medida de 
contracautela. 
A propósito, como já se manifestou o STJ, não se deve confundir flagrante 
preparado com esperado - em que a atividade policial é apenas de alerta, sem 
instigar qualquer mecanismo causai da infração. A “campana” realizada pelos 
policiais a espera dos fatos não se amolda à figura do flagrante preparado, 
porquanto não houve a instigação e tampouco a preparação do ato, mas apenas o 
exercício pelos milicianos de vigilância na conduta do agente criminoso tão somente 
à espera da prática da infração penal. 
Flagrante prorrogado, diferido ou ação controlada 
Nucci (obra já citada): é a possibilidade que a polícia possui de retardar a 
realização da prisão em flagrante, para obter maiores dados e informações a 
respeito do funcionamento, componentes e atuação de uma organização criminosa. 
Eugênio Pacelli (obra já citada) afirma que: A Lei nº 12.850/13, que, no 
ponto, revogou a antiga Lei nº 9.045/95, prevê uma espécie diferente de flagrante 
em relação às ações praticadas por meio de organizações criminosas. Trata-se da 
chamada ação controlada. Diante da complexidade que acompanha as ações 
criminosas praticadas por grupos organizados, a lei prevê a possibilidade de 
retardamento da ação policial, para observação e acompanhamento das condutas 
tidas como integrantes de ações organizadas. Em tal situação, a ação policial, ou 
seja, a prisão em flagrante, será diferida, isto é, adiada, para que a medida final se 
concretize no momento mais eficaz, do ponto de vista da formação da prova e 
fornecimento de informações (Art. 8º). Compreende-se a preocupação do 
legislador, sobretudo no que respeita à chamada macrocriminalidade, na qual, em 
regra, os agentes se utilizam de meios e técnicas mais sofisticadas para as 
respectivas ações. Na mesma linha, a Lei nº 11.343, de agosto de 2006, a Lei de 
Tóxicos, prevê a possibilidade de infiltração por agentes de polícia, em tarefas de 
investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes (Art. 53, I), e, 
também, a não atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores 
químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no 
território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número 
de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal 
cabível (Art. 53, II). Ambas as diligências dependem de ordem judicial, com prévia 
oitiva do Ministério Público, exigindo-se, ainda, para o flagrante diferido, sejam 
conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de 
colaboradores. 
Renato Brasileiro (obra já citada): A ação controlada consiste no 
retardamento da intervenção policial, que deve ocorrer no momento mais oportuno 
do ponto de vista da investigação criminal ou da colheita de provas. Também 
conhecida como flagrante prorrogado, retardado ou diferido, vem prevista na Lei de 
Drogas, na Lei de Lavagem de Capitais e na nova Lei das Organizações Criminosas 
(Lei n° 12.850/13). 
Em sendo assim, não se trata de ação controlada, mas de flagrante esperado. 
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5. Segundo o CPP, qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Leitura simples do Art. 301, CPP. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Faço minhas as palavras de Renato Brasileiro (obra já citada) quando explica 
as fases da prisão em flagrante: Inicialmente, a prisão em flagrante funciona como 
mero ato administrativo, dispensando-se autorização judicial. Exige apenas a 
aparência da tipicidade, não se exigindo nenhuma valoração sobre a ilicitude e a 
culpabilidade. 
Na sistemática do CPP, o flagrante se divide em quatro momentos distintos: 
captura, condução coercitiva, lavratura do auto de prisão em flagrante e 
recolhimento à prisão. No primeiro momento, o agente encontrado em situação de 
flagrância (CPP, Art. 302) é capturado, de forma a evitar que continue a praticar o 
ato delituoso. A captura tem por função precípua resguardar a ordem pública, 
fazendo cessar a lesão que estava sendo cometida ao bem jurídico pelo 
impedimento da conduta ilícita. Após a captura, o agente será conduzido 
coercitivamente à presença da autoridade policial para que sejam adotadas as 
providências legais. De seu turno, a lavratura é a elaboração do auto de prisão em 
flagrante, no qual são documentados os elementos sensíveis existentes no 
momento da infração. Este ato tem como objetivo precípuo auxiliar na manutenção 
dos elementos de prova da infração que se acabou de cometer. Por fim, a detenção 
é a manutenção do agente no cárcere, que não será necessária nas hipóteses em 
que for cabível a concessão de fiança pela autoridade policial, ou seja, infrações 
penais cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos 
(CPP, Art. 322, com redação dada pela Lei n° 12.403/11). Ao preso, depois, deve 
ser entregue nota de culpa, em até 24 (vinte e quatro) horas após a captura. 
Posteriormente, a prisão em flagrante converte-se em ato judicial, a partir do 
momento em que a autoridade judiciária é comunicada da detenção do agente, a 
fim de analisar sua legalidade, para fins de relaxamento, necessidade de conversão 
em prisão preventiva, ou acerca do cabimento de liberdade provisória, com ou sem 
fiança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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6. Segundo o CPP, nas infrações permanentes e nos crimes continuados, entende-se o 
agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência e a continuidade. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Segundo o CPP, nas infrações permanentes e nos crimes continuados, 
entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência e a 
continuidade. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Leitura simples do Art. 303, CPP, segundo o qual nas infrações permanentes, 
entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. 
Mas o que é um crime permanente? 
Masson (Masson, Cleber Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1 / 
Cleber Masson. – 9.ª ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: 
MÉTODO, 2015) nos responde quando trata das classificações dos crimes em 
relação ao momento consumativo: 
Crimes instantâneos ou de estado: são aqueles cuja consumação se 
verifica em um momento determinado, sem continuidade no tempo. É o caso do 
furto (CP, Art. 155). 
Crimes permanentes: são aqueles cuja consumação se prolonga no tempo, 
por vontade do agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente, razão 
pela qual a prisão em flagrante é cabível a qualquer momento, enquanto perdurar a 
situação de ilicitude. Como decidido pelo Superior Tribunal de Justiça: Os tipos 
penais previstos nos Arts. 12 e 16 daLei n.º 10.826/2003 (Estatuto do 
Desarmamento) são crimes permanentes e, de acordo com o Art. 303 do CPP, o 
estado de flagrância nesse tipo de crime persiste enquanto não cessada a 
permanência. Os crimes permanentes se subdividem em: 
Necessariamente permanentes: para a consumação é imprescindível a 
manutenção da situação contrária ao Direito por tempo juridicamente relevante. É o 
caso do sequestro (CP, Art. 148); 
Eventualmente permanentes: em regra são instantâneos, mas, no caso 
concreto, a situação de ilicitude pode ser prorrogada no tempo pela vontade do 
agente. Como exemplo pode ser indicado o furto de energia elétrica (CP, Art. 155, 
§ 3.º). 
Crimes instantâneos de efeitos permanentes: são aqueles cujos efeitos 
subsistem após a consumação, independentemente da vontade do agente, tal como 
ocorre na bigamia (CP, Art. 235) e no estelionato previdenciário (CP, Art. 171, 
caput), quando praticado por terceiro não beneficiário. 
Crimes a prazo: são aqueles cuja consumação exige a fluência de 
determinado período. É o caso da lesão corporal de natureza grave em decorrência 
da incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias (CP, Art. 129, § 
1.º, I), e do sequestro em que a privação da liberdade dura mais de 15 dias (CP, 
Art. 148, § 1.º, III). 
E o que é um crime continuado? 
Masson (obra já citada): Crime continuado, ou continuidade delitiva, é a 
modalidade de concurso de crimes que se verifica quando o agente, por meio de 
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MUDE SUA VIDA! 
19 
 
duas ou mais condutas, comete dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas 
condições de tempo, local, modo de execução e outras semelhantes, devem os 
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro. (...) O crime continuado, 
como unidade delitiva, surgiu como forma de manifestação às leis penais 
excessivamente severas. Originou-se como fenômeno de defesa fundado em 
sentimento de humanidade, por meio dos glosadores italianos, notadamente 
Bartolo de Sassoferrato e Baldo de Ubaldi, no século XIV. A ideia por eles concebida 
foi posteriormente desenvolvida pelos práticos italianos dos séculos XV e XVI, 
destacando-se Julio Claro e Próspero Farinaccio, que propuseram considerar três ou 
mais furtos como um crime único, quando haviam sido cometidos em determinadas 
condições, especialmente de tempo e lugar, pois a legislação penal da época 
impunha a pena de morte ao autor do terceiro furto. Àquela época, constava da lei 
Carolina, como informa Manzini: Se ficar devidamente provado que o ladrão atual 
se encontra na prática do seu terceiro furto, ver-se-á considerado como “ladrão 
famoso”, não menos culpado do que os ladrões violentos, e deverá ser condenado à 
morte. 
É possível a prisão em flagrante por conta da continuidade delitiva? Não. A 
prisão em flagrante não é “pelo todo”, mas por conta de cada um dos crimes 
isoladamente considerados. 
Vamos supor que um indivíduo pratique 5 furtos em continuidade delitiva. 
Pode ele ser preso em flagrante em qualquer momento entre o primeiro e o quinto 
furto? Não. Pode ser ele preso em flagrante quando da prática de qualquer dos 5 
furtos? É óbvio que sim! E isso ocorre, em regra, para qualquer crime. O que não 
dá é pegar a ficção jurídica do crime continuado, que foi criada para beneficiar o 
sujeito, e tentar sustentar uma prisão em flagrante quando, na verdade, não houve 
qualquer uma das hipóteses do Art. 301, CPP. 
A situação de crime permanente é diferente! Vamos imaginar uma extorsão 
mediante sequestro. Ora, enquanto a vítima estiver com o perpetrador, haverá 
crime. O flagrante se renova a todo instante. Tem também o caso clássico do 
sujeito que guarda 2 quilos de maconha em sua casa. A todo o momento há o 
flagrante e a prisão pode ser realizada tanto de dia quanto de noite. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Na hipótese de continuidade delitiva, 
temos, indubitavelmente, várias condutas, simbolizando várias infrações. Contudo, 
por uma ficção jurídica, irá haver, na sentença, a aplicação da pena de um só 
crime, exasperada de um sexto a dois terços, na hipótese do Art. 71, caput, do 
Código Penal. Como existem várias ações independentes, irá incidir, isoladamente, 
a possibilidade de se efetuar a prisão em flagrante por cada uma delas, ou seja, na 
medida em que os delitos que compõem o crime continuado guardam, em termos 
fáticos, autonomia entre si, cada um deles autoriza, de forma independente no 
tocante aos demais, a efetivação da prisão, desde que presente uma das hipóteses 
do Art. 302 do CPP. É o que se denomina de flagrante fracionado. 
Essa questão apresenta uma afirmação capciosa a mais: você poderia pensar 
na Súmula 711 do STF e, por analogia, aplicar o Art. 303, CPP. Pensamento errado! 
Vejamos a tal Súmula: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado 
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade 
ou da permanência. 
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MUDE SUA VIDA! 
20 
 
Esta súmula está a tratar de conflito aparente de normas penais no tempo e 
não tem nada a ver com a caracterização ou não de flagrante para o crime 
continuado. 
Masson (obra já citada): O crime continuado é formado por uma pluralidade 
de crimes da mesma espécie. Pode ocorrer de estar em vigor uma determinada lei 
para um grupo de delitos, e, com a superveniência de outra lei, mais gravosa, ser 
praticada uma nova série de crimes, todos eles em continuidade, nos moldes do 
Art. 71, caput, do Código Penal. A lei mais gravosa deve ser aplicada a toda a série 
delitiva, pois o agente que insistiu na empreitada criminosa, depois da entrada em 
vigor da nova lei, tinha a opção de seguir ou não seus mandamentos. Além disso, 
se o crime continuado é um único delito para fins de aplicação da pena, deve incidir 
a lei em vigor por ocasião da sua conclusão. 
Nesse sentido é o teor da Súmula 711 do STF. (...) A teoria da ficção jurídica 
considera vários crimes como um só para fins de aplicação da pena. Para os demais 
efeitos subsiste a pluralidade de delitos. Em relação à extinção da punibilidade, 
destacando-se a prescrição como uma de suas formas, o Art. 119 do Código Penal 
estatui: No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a 
pena de cada um, isoladamente. E, especificamente no tocante à prescrição do 
crime continuado, estabelece a Súmula 497 do Supremo Tribunal Federal: Quando 
se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na 
sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
21 
 
7. A CF/88 determina que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Nada obstante, em uma 
leitura garantista e consentânea com o respeito à dignidade da pessoa humana, apenas 
admite-se, como hipótese de exceção à inviolabilidade do domicílio, a prisão em flagrante 
próprio. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
A CF/88 determina que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante 
delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial. Nada obstante, em uma leitura garantista e consentânea com o respeito à 
dignidade da pessoa humana, apenas admite-se, como hipótese de exceção à 
inviolabilidade do domicílio, a prisão em flagrante próprio. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Aqui seremos bem claros e diretos: alguns poucos autores limitam tal 
hipótese de flagrante apenas ao próprio, e outros (a maioria) autores aceitam todos 
(próprio, impróprio e o presumido).E nas provas? Fique com a maioria. E outra 
coisa, a banca CESPE também segue a maioria. 
Tourinho Filho e Renato Brasileiro são exemplos dos que pensam que todos os 
flagrantes autorizam a entrada forçada no domicílio. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Diverge a doutrina quanto à espécie de 
flagrante que autoriza a violação ao domicílio sem mandado judicial. Parte da 
doutrina entende que a única espécie de flagrante que autoriza o ingresso em 
domicílio sem autorização judicial é o flagrante próprio (CPP, Art. 302, I e II). Como 
garantia constitucional, a proteção ao domicílio não pode ser alargada 
indevidamente. (...) A nosso ver, se a Constituição Federal estabelece que é 
possível o ingresso em domicílio nas hipóteses de flagrante delito, deve se extrair 
do estatuto processual penal o conceito de flagrância (CPP, Art. 302, I, II, III e IV). 
Ora, se interpretarmos que a fuga para residência seria inviabilizadora da prisão em 
flagrante, estar-se-ia criando uma hipótese de imunidade ao criminoso: bastaria, ao 
notar que está sendo perseguido, adentrar em uma residência para se eximir de 
sua prisão. 
Tourinho Filho (Código de Processo Penal Comentado. 9ª ed. rev., aum. e 
atual. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 689): Na mesma linha, de acordo com o STJ, 
não é ilegal a entrada em domicílio sem o consentimento do autor do delito, que é 
perseguido, logo após a prática do crime, pela autoridade policial, pois a própria 
Constituição Federal permite a entrada em casa alheia, mesmo contra a vontade do 
morador, para fins de prisão em flagrante. (STJ, 5a Turma, HC 10.899/GO, Rei. 
Min. Gilson Dipp, DJ 23/04/2001 p. 166). E ainda: STJ, 5a Turma, RHC 21.326/PR, 
Relatora Ministra Jane Silva, Desembargadora convocada do TJ/MG, DJ 19/11/2007 
p. 247. 
Mais uma observação: a recentíssima lei de abuso de autoridade – lei 
13.869/19 – tratou do crime de invasão de domicílio em seu Art. 22 e não criou 
qualquer restrição. Vejamos: 
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MUDE SUA VIDA! 
22 
 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da 
vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas 
mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas 
em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o 
acesso a imóvel ou suas dependências; 
II - (VETADO); 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e 
uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou 
quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso 
em razão de situação de flagrante delito ou de desastre . (grifo nosso) 
Por fim, vejamos importante tese, com repercussão geral reconhecida, do STF 
no RE 603.626: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, 
mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente 
justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de 
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou 
da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. Presidiu o julgamento o Ministro 
Ricardo Lewandowski. Plenário, 05.11.2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
23 
 
8. Imagine a seguinte situação hipotética: João, preso em flagrante por subtrair para si 
coisa alheia móvel mediante grave ameaça, teve, em audiência de custódia, sua prisão em 
flagrante não relaxada pelo magistrado. Segundo o Juiz, o auto de prisão em flagrante 
descreve a seguinte conduta dos policiais: (...) que, 16 horas após os fatos, João, que estava 
sendo contínua e ininterruptamente perseguido pelos agentes de polícia, foi localizado 
ainda com o produto do roubo. Razão pela qual a Autoridade Judiciária entendeu pela 
presença do chamado flagrante impróprio ou imperfeito. Conclui-se, portanto, que o Juiz 
agiu corretamente à luz da doutrina, lei e jurisprudência dominante.Imagine a seguinte 
situação hipotética: João, preso em flagrante por subtrair para si coisa alheia móvel 
mediante grave ameaça, teve, em audiência de custódia, sua prisão em flagrante não 
relaxada pelo magistrado. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Basta a simples leitura dos Arts. 302, III, e 290, §1°: 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; 
Art. 290, §1° Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, 
quando: 
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o 
tenha perdido de vista; 
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, 
há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu 
encalço. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
É o que a doutrina chama de flagrante impróprio, imperfeito ou quase flagrante. 
Pacelli (obra já citada): O que deve ser decisivo aqui é a imediatidade da perseguição 
(...), para o fim de caracterizar a situação de flagrante. A perseguição, como ocorre em 
qualquer flagrante, pode ser feita por qualquer pessoa do povo (Art. 301, CPP) e deve ser 
iniciada logo após o cometimento do fato, ainda que o perseguidor não o tenha efetivamente 
presenciado. 
Nucci (obra já citada): ocorre quando o agente conclui a infração penal – ou é 
interrompido pela chegada de terceiros – mas sem ser preso no local do delito, pois 
consegue fugir, fazendo com que haja perseguição [pode demorar horas ou dias, desde que 
tenha tido início logo após a prática do crime] por parte da polícia, da vítima ou de qualquer 
pessoa do povo. Note-se que a lei faz uso da expressão em situação que faça presumir ser 
autor da infração, demonstrando, com isso, a impropriedade do flagrante, já que não foi 
surpreendido em plena cena do crime. Mas, é razoável a autorização legal para a realização 
da prisão, pois a evidência da autoria e da materialidade mantém-se, fazendo com que não 
se tenha dúvida a seu respeito. Exemplo disso é o do agente que, dando vários tiros na 
vítima, sai da casa desta com a arma na mão, sendo perseguido por vizinhos do ofendido. 
Não foi detido no exato instante em que terminou de dar os disparos, mas a situação é tão 
clara que autoriza a perseguição e prisão do autor. A hipótese é denominada pela doutrina 
de quase flagrante. 
 
 
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9. O flagrante se divide em obrigatório e facultativo. É obrigatória a prisão em flagrante 
por parte dos agentes policiais e é facultativa para o particular. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Basta a simples leitura do Art. 301, CPP 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes 
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Apenas para expandir seu conhecimento, acho importante você saber que há 
exceções constitucionais e legais à prisão em flagrante, ou seja, determinadas 
pessoas não podem ser presas em flagrante ou até podem sendo que apenas em 
poucas situações. 
Nucci (obra já citada): há pessoas que, em razão do cargo ou da função 
exercida, não podem ser presas em flagrante ou somente dentro de limitadas 
opções. É o que ocorre com os diplomatas, não submetidos à prisão em flagrante, 
por força de convenção internacional, assegurando-lhes imunidade. Há, ainda, o 
caso dos parlamentares federais e estaduais, que somente podem ser detidos em 
flagrante de crime inafiançável, e ainda assim devem, logo após a lavratura do 
auto, ser imediatamente encaminhadosà sua respectiva Casa Legislativa. Os 
magistrados e membros do Ministério Público, igualmente, somente podem ser 
presos em flagrante de crime inafiançável, sendo que, após a lavratura do auto, 
devem ser apresentados, respectivamente, ao Presidente do Tribunal ou ao 
Procurador Geral de Justiça ou da República, conforme o caso. (...) Quanto ao 
Presidente da República, estabelece o Art. 86, §3°, da Constituição Federal, que 
enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente 
da República não estará sujeito a prisão. 
 
 
 
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10. Segundo o CPP, considera-se em flagrante delito quem é encontrado, em até 24 horas, 
com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
Segundo o CPP, considera-se em flagrante delito quem é encontrado, em até 
24 horas, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele 
autor da infração. 
Basta a simples leitura do Art. 302, IV. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis 
que façam presumir ser ele autor da infração. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Grave isso: o CPP não impõe qualquer limite temporal à prisão em flagrante. 
Não existe esse papo de 24 horas ou 48 horas. Simples assim! 
Renato Brasileiro (obra já citada): Segundo parte da doutrina, a expressão 
logo depois constante do inciso IV não indica prazo certo, devendo ser 
compreendida com maior elasticidade que logo após (inciso III). Deve ser 
interpretada com temperamento, todavia, a fim de não se desvirtuar a própria 
prisão em flagrante. Com a devida vênia, pensamos que a expressão logo depois 
(CPP, Art. 302, IV) não é diferente de logo após (CPP, Art. 302, III), significando 
ambas uma relação de imediatidade entre o início da perseguição, no flagrante 
impróprio, e o encontro do acusado, no flagrante presumido. Na verdade, a única 
diferença é que, no Art. 302, III, há perseguição, enquanto que, no Art. 302, IV, o 
que ocorre é o encontro do agente com objetos que façam presumir ser ele o autor 
da infração. Caso o agente seja encontrado com objetos que façam presumir ser 
ele o autor da infração, porém algum tempo após a prática do delito, deve a 
autoridade policial deixar de dar voz de prisão em flagrante, sem prejuízo, no 
entanto, da lavratura de boletim de ocorrência e posterior instauração de inquérito 
policial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. Segundo o CPP, entende-se que o executor vai em perseguição a um indivíduo quando: 
 
a) Tendo-o avistado, for perseguindo-o com ou sem interrupção, embora depois o tenha 
perdido de vista. 
b) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito procurado tenha 
passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no 
seu encalço e o encontre em menos de 24 horas. 
c) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido 
de vista. 
d) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito tenha passado, há pouco 
tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço ainda 
que descontinuamente. 
e) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, desde que não o tenha perdido 
de vista. 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) Tendo-o avistado, for perseguindo-o com ou sem interrupção, embora 
depois o tenha perdido de vista. 
b) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito procurado 
tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o 
procure, for no seu encalço e o encontre em menos de 24 horas. 
c) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o 
tenha perdido de vista. 
d) Sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o sujeito tenha 
passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for 
no seu encalço ainda que descontinuamente. 
e) Tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, desde que não o 
tenha perdido de vista. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Remetemos o aluno aos comentários anteriores acerca do tema. 
 
 
 
 
 
 
 
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12. Segundo a doutrina, as espécies de flagrantes podem ser classificadas segundo o 
critério da característica marcante. Em sendo assim, é correto dizer que: 
 
a) O flagrante próprio tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
surpreendido no momento da execução da infração ou quando acaba de cometê-la. 
b) O flagrante impróprio tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
surpreendido no momento (ou logo após) da execução da infração. 
c) O flagrante presumido tem como principal característica o fato de que o indivíduo é 
encontrado, em até 24 horas, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração. 
d) O flagrante ficto ou assimilado é o mesmo que quase flagrante. 
e) O flagrante irreal é o mesmo que flagrante presumido. 
GABARITO: A 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) O flagrante próprio tem como principal característica o fato de que o 
indivíduo é surpreendido no momento da execução da infração ou quando acaba de 
cometê-la. 
b) O flagrante impróprio tem como principal característica o fato de que o 
indivíduo é surpreendido no momento (ou logo após) da execução da infração. 
c) O flagrante presumido tem como principal característica o fato de que o 
indivíduo é encontrado, em até 24 horas, com instrumentos, armas, objetos ou 
papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
d) O flagrante ficto ou assimilado é o mesmo que quase flagrante. 
e) O flagrante irreal é o mesmo que flagrante presumido. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Bem, vamos lembrar os principais detalhes da aula: 
Flagrante próprio – CPP, Art. 302, I e II 
Outros nomes: perfeito, real ou verdadeiro. 
Principal característica: execução da infração. 
Flagrante impróprio – CPP, Art. 302, III 
Outros nomes: imperfeito, irreal ou quase flagrante. 
Principal característica: perseguição contínua e ininterrupta; o CPP não impõe 
um limite temporal. 
Flagrante presumido – CPP, Art. 302, IV 
Outros nomes: ficto ou assimilado. 
Principal característica: instrumentos; o CPP não impõe um limite temporal. 
Remetemos, ademais, o aluno aos comentários anteriores acerca do tema. 
 
 
 
 
 
 
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13. No que toca aos institutos da inviolabilidade de domicílio e o da prisão em flagrante, é 
correto dizer que (conforme a CF/88, Código Penal e Código de Processo Penal): 
 
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de, durante o dia, flagrante delito. 
b) A expressão "casa" compreende qualquer compartimento habitado; aposento ocupado 
de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade. 
c) A inviolabilidade do domicílio é um direito individual absoluto. 
d) Apenas a prisão em flagrante real pode ser realizada a pretexto de se violar o domicílio. 
Não admitimos tal violação em situações outras, e.g., o flagrante ficto. 
e) O flagrante presumido, por se tratar de uma presunção legal, não dá ensejo para uma 
entrada forçada na casa do indivíduo. 
GABARITO: B 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de, durante o dia, flagrante delito. 
b) A expressão "casa" compreende qualquer compartimento habitado; 
aposento ocupado de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, 
onde alguém exerce profissão ou atividade. 
c) A inviolabilidade do domicílio é um direitoindividual absoluto. 
d) Apenas a prisão em flagrante real pode ser realizada a pretexto de se 
violar o domicílio. Não admitimos tal violação em situações outras, e.g., o flagrante 
ficto. 
e) O flagrante presumido, por se tratar de uma presunção legal, não dá 
ensejo para uma entrada forçada na casa do indivíduo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Essa questão exige – além de tudo o que já foi dito até aqui – o conhecimento 
do seguinte dispositivo do Código Penal: 
Art. 150, §4° 
§4º - A expressão casa compreende: 
I - qualquer compartimento habitado; 
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou 
atividade. 
A letra C traz mais um tema de direito constitucional. Memorize isto: não há 
direito fundamental absoluto. É o que a doutrina chama de relatividade dos direitos 
fundamentais. 
STF, Pleno, RMS 23.452/RJ, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 
12.05.2000, p. 20: OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER 
ABSOLUTO. Não há, no sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que 
se revistam de caráter absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse 
público ou exigências derivadas do princípio de convivência das liberdades 
legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, 
de medidas restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que 
respeitados os termos estabelecidos pela própria Constituição. O estatuto 
constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a que estas 
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estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre 
elas incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a 
integridade do interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa 
das liberdades, pois nenhum direito ou garantia pode ser exercido em detrimento 
da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros. 
Remetemos o aluno aos comentários anteriores acerca do tema. 
 
 
 
 
 
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14. Em se tratando do flagrante impróprio, qual alternativa aponta as corretas disposições 
legais previstas no CPP? 
 
a) O indivíduo é perseguido, logo após, exclusivamente pela autoridade policial ou seus 
agentes, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
b) O indivíduo é perseguido, logo depois, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
c) O indivíduo é perseguido contínua e ininterruptamente, logo após (mas não por prazo 
superior a 48 horas), pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração. . 
d) O indivíduo é perseguido, logo após, pela autoridade, por qualquer pessoa (inclusive o 
próprio ofendido), em situação que faça presumir ser autor da infração. 
e) Erro! Fonte de referência não encontrada.. 
 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
 a) O indivíduo é perseguido, logo após, exclusivamente pela autoridade 
policial ou seus agentes, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
b) O indivíduo é perseguido, logo depois, pela autoridade, pelo ofendido ou 
por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
c) O indivíduo é perseguido contínua e ininterruptamente, logo após (mas não 
por prazo superior a 48 horas), pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
d) O indivíduo é perseguido, logo após, pela autoridade, por qualquer pessoa 
(inclusive o próprio ofendido), em situação que faça presumir ser autor da infração. 
e) O indivíduo é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação tal que se tenha certeza de ele é o autor da infração. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Não caia em ciladas! A questão foi clara ao pedir o previsto no CPP. Então 
busque a letra da lei: 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. 
Ademais, remetemos o aluno aos comentários anteriores acerca da matéria. 
 
 
 
 
 
 
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15. Nas alternativas abaixo há um sujeito ativo e uma relação de obrigação no que toca à 
realização ou não da prisão em flagrante. Aponte a alternativa errada: 
 
a) Qualquer do povo e o flagrante é facultativo. 
b) Autoridade Policial e o flagrante é obrigatório. 
c) Escrivão de Polícia e o flagrante é obrigatório. 
d) Perito Criminal e o flagrante é facultativo. 
e) Policial Militar e o flagrante é obrigatório. 
 
GABARITO: D 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) Qualquer do povo e o flagrante é facultativo. 
b) Autoridade Policial e o flagrante é obrigatório. 
c) Escrivão de Polícia e o flagrante é obrigatório. 
d) Perito Criminal e o flagrante é facultativo. 
e) Policial Militar e o flagrante é obrigatório 
SOLUÇÃO COMPLETA 
 No que toca ao flagrante facultativo e flagrante obrigatório, estamos a tratar 
do sujeito ativo do flagrante, ou seja, aquele que prende. 
Renato Brasileiro (obra já citada): Sujeito ativo da prisão em flagrante é 
aquele que efetua a prisão do cidadão encontrado em uma das situações de 
flagrância previstas no Art. 302 do CPP. Pode ser qualquer pessoa, integrante ou 
não da força policial, inclusive a própria vítima. Não se confunde com o condutor, 
que é a pessoa que apresenta o preso à autoridade que presidirá a lavratura do 
auto, nem sempre correspondendo àquele que efetuou a prisão. Flagrante 
facultativo: Extrai-se do Art. 301 do CPP que qualquer do povo poderá prender 
quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Percebe-se, pois, que o 
particular (inclusive a própria vítima) tem a faculdade de prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito. Para o particular, portanto, a prisão em 
flagrante configura exercício regular de direito. Flagrante obrigatório, compulsório 
ou coercitivo: Também se extrai do Art. 301 do CPP que as autoridades policiais e 
seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
A autoridade policial e seus agentes têm, portanto, o dever de efetuar a prisão em 
flagrante, não tendo discricionariedade sobre a conveniência ou não de efetivá-la. A 
prisão em flagrante, para as autoridades policiais e seus agentes, configura estrito 
cumprimento do dever legal. O Art. 301 do CPP não faz qualquer distinção entre 
polícia ostensiva (Polícia Militar, Polícia Rodoviária e Ferroviária Federal) e polícia 
judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal), razão pela qual se aplica a ambas o dever 
de efetuar a prisão em flagrante. 
 Assim, considerando que estamos diante de um Perito Criminal integrante 
dos quadros da Polícia Federal ou Civil, o flagrante é obrigatório. 
 
 
 
 
 
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16. O sujeito passivo da prisão em flagrante é aquele que sofre o ato, ou seja, é o conduzido. 
Marque a alternativa que aponta para aquele que se sujeita à prisão em flagrante: 
 
a) Os membros do Congresso Nacional pela prática que um crime afiançável. 
b) Os deputados estaduais pela prática de um crime afiançável. 
c) Os menores de 18 anos. 
d) O motorista que socorre a vítima em acidente de trânsito por ele provocado. 
e) O autor de infração de menor potencial ofensivo quando não se compromete a 
comparecer em juízo. 
 
GABARITO: E 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) Os membros do Congresso Nacional pela prática que um crime afiançável. 
b) Os deputados estaduais pela prática de um crime afiançável. 
c) Os menores de 18 anos. 
d) O motorista que socorre a vítima em acidente de trânsito por ele 
provocado. 
e) O autor de infraçãode menor potencial ofensivo quando não se 
compromete a comparecer em juízo. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
Letras A e B: 
Renato Brasileiro (obra já citada): Senadores, deputados federais, estaduais 
ou distritais, desde a expedição do diploma, não poderão ser presos, salvo em 
flagrante de crime inafiançável. É a chamada freedom from arrest. Nesse caso, os 
autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, 
pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (CF, Art. 53, § 2°, 
c/c Art. 27, § 1°). Ressaltamos, mais uma vez, que a impossibilidade de se prender 
em flagrante os membros do Congresso Nacional por crimes afiançáveis não 
significa que nada possa ser feito quando colhidos em situação de flagrância. Nesse 
caso, seja a autoridade policial, seja qualquer do povo, poderá adotar medidas no 
sentido de interromper a atividade ilícita, registrando a ocorrência, mas não será 
lavrado o auto de prisão em flagrante, nem tampouco ocorrerá o recolhimento ao 
cárcere. Na hipótese de prisão em flagrante por crime inafiançável, a autoridade 
que presidir o auto deve encaminhá-lo à casa respectiva, que, no exercício de 
função anômala, pelo voto aberto da maioria de seus membros (maioria absoluta: 
257 deputados ou 41 senadores), deve deliberar sobre a prisão, mantendo ou não 
o congressista preso. Vale ressaltar que vereadores, ao contrário do que ocorre 
com parlamentares federais, estaduais ou distritais, não gozam de incoercibilidade 
pessoal relativa (freedom from arrest), embora sejam detentores da chamada 
imunidade material em relação às palavras, opiniões e votos que proferirem no 
exercício do mandato e na circunscrição do município (CF, Art. 29, VIII) e possuam, 
em alguns Estados da Federação, prerrogativa de foro assegurada na respectiva 
Constituição. 
Letra C: 
Renato Brasileiro (obra já citada), quanto aos menores, nos ensina que: 
Cuidando-se de criança, não é possível a privação de sua liberdade em razão da 
prática de ato infracional (Lei n° 8.069/90, Art. 101, §1°, com redação dada pela 
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Lei n° 12.010/2009). Logo, caso uma criança seja, por exemplo, surpreendida em 
situação de flagrância de conduta prevista como crime ou contravenção penal (Lei 
n° 8.069/90, Art. 103), deve ser apresentada ao Conselho Tutelar ou à Justiça da 
Infância e da Juventude, para fins de aplicação da medida de proteção que se 
reputar adequada, nos termos dos Arts. 101, 105 e 136, inciso I, do Estatuto da 
Criança e do Adolescente. Por outro lado, nenhum adolescente será privado de sua 
liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária competente (Lei n° 8.069/90, Art. 106, 
caput). Como se percebe, no caso de adolescentes, é possível que ocorra 
sua apreensão (não se deve usar o termo prisão) em duas situações: 
flagrante de ato infracional e nos casos de internação provisória. Antes da sentença 
definitiva, a internação pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 (quarenta e 
cinco) dias. A decisão deve ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes 
de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida (grifo 
nosso). 
Letra D: 
Basta a simples leitura do Código de Trânsito Brasileiro, Art. 301. Ao condutor 
de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá 
a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral 
socorro àquela. (grifo nosso) 
Letra E: 
Basta a simples leitura da lei 9.099/95, Art. 69. A autoridade policial que 
tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as 
requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso 
de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. 
 
 
 
 
 
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17. Segundo a lei 9.099/95, com relação à prisão em flagrante é correto afirmar que: 
 
a) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará Auto de Prisão em 
Flagrante e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, 
providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
b) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz não poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
c) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá 
determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de 
convivência com a vítima. 
d) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a 
vítima. Em face da celeridade que o rito sumaríssimo exige, não é necessário 
providenciar quaisquer exames periciais. 
e) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, exclusivamente com o 
autor do fato, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
 
GABARITO: C 
SOLUÇÃO RÁPIDA 
a) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará Auto 
de Prisão em Flagrante e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do 
fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
b) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente 
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se 
imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, 
o juiz não poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a vítima. 
c) Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente 
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se 
imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, 
o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a vítima. 
d) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e 
a vítima. Em face da celeridade que o rito sumaríssimo exige, não é necessário 
providenciar quaisquer exames periciais. 
e) A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, exclusivamente com o 
autor do fato, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. 
SOLUÇÃO COMPLETA 
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MUDE SUA VIDA! 
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Basta a simples leitura da Lei 9.099/95, Art. 69. A autoridade policial que 
tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as 
requisições dos exames periciais necessários. 
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá

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