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Alimentação e hidratação do cliente Professora: Enf. Simária silva ASSU/RN 2021 1 CONCEITO 2 Conceito: fornecimento de alimentos necessários para conservação das funções vitais. Responsáveis pela execução: enfermeiro, médico, nutricionista, auxiliar e técnico de enfermagem. 3 ALIMENTAÇÃO ORAL 4 CLASSIFICAÇÃO DAS DIETAS HOSPITALARES Tipo Características Indicações Normal / Geral / Livre Caracteriza-se pela consistência normal e quantidade suficiente de energia, proteína, carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais, entre outros nutrientes, com a finalidade de manutenção da saúde e estado nutricional adequado. Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias Valor calórico: 2.000 a 2.200 kcal/dia Pacientes com ausência de alterações metabólicas importantes ou que não estejam em risco nutricional, portanto, não necessitam de modificações dietéticas importantes. 5 tipo Características Indicações Dieta Branda Dieta com valor nutricional similar à dieta livre. Caracteriza-se, principalmente, pela atenuação da textura dos alimentos por meio do processo de cocção das fibras e de verduras/legumes/frutas e tecido conectivo das carnes, com finalidade de facilitar o trabalho digestivo (mastigação/deglutição/digestão/absorção). Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias Valor calórico: 1.800 a 2.200 kcal/dia Pacientes no pré e pós-operatórios imediatos de diversos procedimentos cirúrgicos (exceto de cirurgias do sistema digestório, para qual é indicada apenas no pós-operatório tardio), afecções gástricas (úlceras e gastrites) e dificuldades em outras funções digestivas. Utilizada na transição entre a dieta posta e normal. tipo Características Indicações Dieta Pastosa Dieta que proporciona repouso digestivo e fornece quantidade adequada de nutrientes semelhante à dieta bruta. A textura, porém, é menos sólida. Normalmente, os alimentos/preparações apresentam-se na forma de purês, cremes, papas e carnes subdivididas (moídas, trituradas, desfiadas) e suflês. Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias Valor calórico: 1.800 a 2.200 kcal/dia Pacientes com dificuldades de mastigação e deglutição, principalmente pacientes idosos (ausência de próteses dentárias), portadores doenças neurológicas e estados graves de doenças crônicas (insuficiência cardíaca e respiratória). Utilizada na transição entre dieta leve e a branda. 6 Tipo Características Indicações Dieta Leve Conhecida também como semilíquida, caracteriza-se pelas preparações de consistência espessada (presença de farináceos ou espessantes artificiais), constituídas de líquidos e alimentos semissólidos, cujos pedaços encontram-se em emulsão ou suspensão. Permite repouso digestivo, porém apresenta valor nutricional reduzido quando comparada às dietas anteriores. Recomenda-se acompanhar o paciente, e, se necessário, orientar suplementação. Fracionamento: 5 a 6 refeições diárias Valor calórico: 1.300 a 1.500 kcal/dia Pacientes com função gastrointestinal moderadamente reduzida, intolerância aos alimentos sólidos devido à dificuldade de mastigação e deglutição, e evolução de pós-operatório. Utilizada na transição entre a dieta líquida e a pastosa. 7 Tipo Características Indicações Dieta Líquida Conhecida também como líquida completa. A dieta apresenta os alimentos/preparações na forma líquida e é prescrita para os pacientes que necessitam de mínimo esforço digestivo e pouco resíduo. Devido ao valor nutricional reduzido, geralmente além das necessidades dos pacientes, deve-se oferecer suplementos alimentares com intuito de melhorar o aporte energético, proteico, vitamínico e de minerais, e evoluir o mais breve a dieta via oral. Caso não seja possível, recomenda-se terapia nutricional. Fracionamento: a cada 2 horas ou em intervalos menores. Aconselha-se o controle do volume da dieta para evitar distensão abdominal. Valor calórico: 750 a 1.500 kcal/dia Pacientes no pós-operatório de cirurgias na boca, plástica de face e pescoço entre outras evoluções de pós operatórios, fratura de mandíbula, estreitamento esofágico e intolerância aos alimentos sólidos. Utilizada na transição entre a dieta líquida restrita e a leve. Atentar-se ao risco de bronco aspiração em pacientes com disfagias. 8 Tipo Características Indicações Dieta Líquida Restrita Conhecida também como cristalina ou de líquidos claros. Caracteriza-se pela presença de água, líquidos límpidos e carboidratos, com a finalidade de hidratação e a mínima formação de resíduos, proporcionando o máximo repouso do sistema digestório. Além disso, devido ao baixo valor nutricional, a dieta deve ser evoluída o quanto antes, caso não seja possível via oral, recomenda-se terapia nutricional. Fracionamento: a cada 2 horas ou em intervalos menores. Aconselha-se o controle do volume da dieta para evitar distensão abdominal. Valor calórico: 375 a 600 kcal/dia Pacientes no pré-operatório de cirurgias do colón, pós-operatório imediato e evolução de terapia nutricional – redução da nutrição parenteral e introdução da via oral. 9 Tipo Características Indicações Dieta Zero Conhecida também como jejum, caracteriza-se pela ausência da ingestão de alimentos por via oral. Valor calórico: 0 kcal/dia (via oral Pacientes em pré – pós operatórios ou preparo de exames agendados, que exijam tal procedimento. deve-se conhecer/controlar a duração exata do tempo de jejum, evitando que o paciente permaneça com dieta zero além do necessário. 10 Nota: A prescrição dietética é responsabilidade do nutricionista e do médico. Contudo, a enfermagem auxilia na administração. (SOUZA et al 20217). ALIMENTAÇÃO PARA CONDIÇÕES ESPECÍFICAS São dietas indicadas para pacientes com doenças que requerem terapia nutricional específica, como: Dieta para diabéticos; Doenças cardiovasculares; Cirurgia bariátrica; Doença renal; Alergia alimentar; Dentre outras condições. 11 ALIMENTAÇÃO PARENTERAL A nutrição parenteral, segundo portaria 272 da ANVISA, consiste em solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e epirogênica, Acondicionada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos e sistemas. (SOUZA et al 20217). 12 13 14 ALIMENTAÇÃO ENTERAL Alimentação enteral pode ser definida como: alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sonda ou via oral; industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas (SOUZA et al 20217). 15 16 Dieta enteral Os Técnicos de Enfermagem, em conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e no Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que regulamentam o exercício profissional no país, participam da atenção de enfermagem em TN, naquilo que lhes couber, ou por delegação, sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, garantindo a capacitação e atualização referente às boas praticas da Terapia Nutricional; b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a prescrição de enfermagem ou protocolo preestabelecido; c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda da TNP; d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual. 17 18
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