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AULA 1 DIREITO DO CONSUMIDOR - RELAÇÃO DE CONSUMO, VULNERABILIDADE, ART

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DIREITO DO CONSUMIDOR
PROF. ORIENTADOR RENATO 
UNIFENAS - 2019
7/2
CF/88
· Art. 5º, XXXII: proteção individual
· Art. 170, V: trata do consumidor como elemento indispensável para que a economia funcione.
Essa previsão de que o consumidor tem que ser protegido encontra-se nesses dois pontos da CF que falam que o Estado deve promover a defesa do consumidor. Todos nós, enquanto consumidores, devemos ser protegidos.
O fundamento dessa proteção ocorre, pois o consumidor é a parte mais fraca, é a parte vulnerável (fragilidade) da relação de consumo. E, essa vulnerabilidade é condição intrínseca ao consumidor, ou seja, entende-se que todo consumidor é vulnerável, tem alguma fraqueza que o coloca em desvantagem em relação aos fornecedores.
Além do art. 5º, o art. 170 da CF também prevê a defesa do consumidor, esse artigo compõe o capítulo da ordem econômica da CF. A nossa CF trata de vários assuntos, um dos assuntos tratados é a estruturação do sistema econômico e o que se espera do funcionamento da economia. Nesse capítulo temos a defesa do consumidor como princípio da ordem econômica. O consumidor é uma figura indispensável para que a economia funcione, este é mais um dos motivos, além da vulnerabilidade, de proteção ao consumidor.
CDC – Lei 8.078/90
O direito do consumidor são normas que precisam de uma previsão expressa, uma norma específica; não basta somente o que está expresso na CF.
O CDC é uma lei de natureza principiológica. 
Relação de consumo: é uma relação na qual existe um consumidor, um fornecedor e entre eles há um objeto que engloba a oferta de um produto ou serviço.
CONCEITO CONSUMIDOR
Há 4 espécies de consumidor no CDC
1ª- art. 2º do CDC: strictu senso, consumidor é todo aquele que adquire produto ou serviço como destinatário final. Há duas correntes para essa espécie de consumidor:
a. Maximalista: é uma corrente que dava uma conceituação ampla de consumidor; para esta corrente, consumidor é todo aquele que adquire produto ou serviço. O destinatário final para essa corrente é ser destinatário fático, o fato de comprar o produto ou contratar o serviço já o torna destinatário fático. 
b. Finalista: tem que dar a proteção a quem dela necessite e para tanto eu tenho que interpretar esse termo destinatário final, não somente como destinatário fático. Aqui, para que o consumidor seja enquadrado como tal ele tem que ser destinatário fático e econômico do produto ou do serviço. Destinatário econômico significa que o consumidor é o último elo da cadeia econômica, toda cadeia econômica se destina a ele, ele compra o produto para si para uso pessoal, não dá finalidade econômica para o produto ou serviço (ex. compra o carro para si, não para fazer frete que seria um fim econômico). O conceito dessa corrente é um conceito mais restrito do que o da corrente maximalista.
A corrente finalista prevalece na jurisprudência, mas enquadrando a pessoa jurídica como consumidora (finalismo aprofundado ou finalismo mitigado, tendo em vista que na corrente finalista citada acima não aceitava pessoa jurídica como consumidor).
Em alguns casos pontuais a jurisprudência adota a corrente maximalista, mas são casos específicos, casos estes em que há uma atividade específica. Ex. pequeno lavrador que contrata empréstimo no banco para financiar a sua lavoura.
2ª espécie art. 2º, parágrafo único: coletividade de consumidores. Ex. publicidade enganosa.
Obs. a defesa coletiva não impede a defesa individual
3ª espécie, art. 17: vítima do acidente de consumo, vítima do evento. No CDC a regra é pela responsabilidade objetiva no caso de reparação de dano, logo é uma regra mais rigorosa do que no CC/2002. Quando se tem um acidente de consumo, é possível que algumas pessoas envolvidas não se enquadrem no conceito de consumidor (ex. a pessoa estava passando do outro lado da rua, nem estava abastecendo o carro e ocorre uma explosão no posto, a pessoa pode usar do CDC). Assim, a vítima do evento poderá usar do CDC para ressarcir o dano. 
4ª espécie - Consumidor por equiparação: O código fala que toda pessoa exposta à atividade do fornecedor equipara-se a consumidor, ou seja, vai gozar de proteção do CDC. É uma noção de caráter preventivo e com um viés coletivo muito forte.
VULNERABILIDADE
Vulnerabilidade é uma fraqueza intrínseca a condição de consumidor.
Vulnerabilidade ≠ hipossuficiência: no ramo do direito do consumidor esses termos são diferentes. 
Ex. No art. 6º do CDC há o termo hipossuficiente, mas com conceito diferente. 
Classificação doutrinária mais usual de vulnerabilidade. São as formas que a fraqueza do consumidor pode ocorrer:
a. Técnica: vulnerabilidade técnica. O consumidor é mais fraco do que o fornecedor, pois ele não detém o conhecimento técnico sobre o produto ou o serviço que ele contrata.
b. Científica/jurídica: conhecimento, por exemplo, de contrato, de cláusula abusiva, etc. se traduz em um conhecimento de matérias de ciências que não são técnicas naquele caso, mas que são importantes na relação com o fornecedor.
c. Fática/sócio-econômica: nesse caso a fraqueza ocorre ou porque o fornecedor tem o poder econômico muito grande, ou porque o produto ou o serviço que esse fornecedor disponibiliza é um produto essencial para aquele consumidor. Ex. você brigando com a copasa, pagou a conta, não pagou, etc. a copasa corta a água e pronto, o consumidor não terá o que fazer.
d. Informacional: a vulnerabilidade informacional engloba muito das outras espécies. O consumidor é mais fraco, pois ele não tem acesso as informações que os fornecedores têm. Amplia a definição de vulnerabilidade, não interessa se ela é técnica, jurídica, etc., o que acontece aqui é que o consumidor detém menos informações, de qualquer espécie, do que o fornecedor, informações estas que são importantes em tal relação de consumo do produto ou do serviço. 
14/2
 
Relação de consumo
· ​Consumidor: Art. 2º CDC
· ​Fornecedor: Art. 3º CDC. Tem que ofertar o produto de forma profissional.
· ​Produto / Serviço: § 1º e 2º do art. 3º. A doutrina e a jurisprudência entendem que relações gratuitas podem estar sujeitas ao CDC caso haja uma intenção de ganho indireto por aquela pessoa que disponibiliza o produto ou o serviço.
CDC e Autonomia da vontade
Perspectiva de ganho indireto, amostra grátis. Ainda que seja uma relação gratuita posso indenizar. Responsabilizar supermercado ou empresa que fornece produto? Vai contra supermercado e não contra fabricante.
Cadeia de solidariedade varia dependendo do problema
O parágrafo segundo art 3, é relativizado, relações gratuitas podem sim estar incluídas no CDC, não é só relação onerosa que tem o ganho indireto.
O CDC vai definir sobre autonomia das partes. A liberdade sofrerá limites, o CDC não aniquila a autonomia da vontade, ele não elimina a autonomia da vontade, mas ele estabelece limites para o exercício dessa autonomia.
Art 51 CDC cláusulas abusivas: Não posso pretender uma aplicação de cláusula abusiva sob o argumento que houve acordo entre as partes.
O franqueador é aquele sujeito que é dono de uma marca; ele sabe executar o negócio.
O Franqueado recebe do franqueador um apoio para executar o negócio. Ele entra no mercado de uma maneira mais firme; e o franqueador recebe por isso. Entre o franqueador e o franqueado existe uma relação de consumo? O franqueado não é destinatário final, ele recebe tudo aquilo para exercer uma atividade econômica, pela doutrina não há uma relação de consumo.
CDC é uma norma de ordem pública, ou seja, a vontade das partes não pode afastar a aplicação do CDC, a obrigação dela é obrigatória.
Política Nacional das Relações de Consumo – art. 4º 
Art 4 CDC, conteúdo principiológico, ele da diretrizes importantes para a relação de consumo. Um primeiro elemento que direciona esse pensamento é que o CDC busca harmonizar as relações de consumo, ou seja, a relação de consumo é naturalmente desequilibrada, pois o consumidor é vulnerável, parte mais fraca.
Tenta harmonizar interesses de forma equilibrada, não posso ignorar que fornecedor também tem direitos.
1) Harmonizar
2) Açãogovernamental para proteger o consumidor, educar o consumidor quanto aos seus direitos, este estará mais longe de sofrer abusos. Essa parte do art 4 tem relação com o art 5, execução da política, como estado deve agir, ex. estabelecendo varas do consumidor, especialização traz qualidade. Podemos ter delegacias especializadas. 
3) Abusos sofridos pelo consumidor, desvio de uso e de finalidade. Usar direito desviando da finalidade, usar direito com excesso. Direito de fazer publicidade existe, mas espero que não engane consumidor, se pratico ato estou me desviando do direito e posso ser punido por isso. No código há mecanismos de repressão.
4) Princípio da transparência. Vulnerabilidade. Impor ao mercado regra de transparência, para que o consumidor tenha acesso as informações que são importantes para sua decisão. Ex letras miúdas em contratos, embalagens – proibir o uso dessas letras. Princípio da transparência que está nesse art 4, se desdobra, está presente, em vários outros arts. 
5) Não posso ignorar avanço tecnológico, ex. Preço no código de barras. Vou tratar a questão tecnológica de modo que o consumidor também não será prejudicado.
6) Análise do mercado, estudar mercado. Não perder de vista mudanças do mercado. 
7) Pode cobrar valor diferente em cartão de crédito? Não há disposição expressa no código. No crédito há o percentual e o prazo para fornecedor receber. 
Obs. Juizado: Quando exige prova complexa, afasta do juizado e julga na justiça comum
Quando tem procedimento especial, afasta do juizado. Ex. Afastar mora, através da consignação em pagamento, é feita na justiça comum.
7/3
Art. 6º do CDC
ART 6 CDC MUITO IMPORTANTE
DIREITOS DO CONSUMIDOR
Inciso I: DIREITO BÁSICO DO CONSUMIDOR: esse inciso tem ligação muito forte com os dispositivos oitavo, nono e décimo. Esse outros artigos tratam de elementos concretos para a aplicação desse direito básico. Como vou proteger a saúde e segurança desse consumidor.
Quanto mais perigoso for o produto, mais exigente será o código.
1-Quando o produto não traz um risco significativo, tem que apresentar quais são os riscos.
2-Se produto já tem nível de periculosidade maior, que tipo de produto é intrinsecamente perigoso? Bebida alcoólica, explosivo. Não torna o produto ilegal, só vai discutir o perigo que ele traz. A diferença do veneno e do remédio é a dosagem. Nesse caso a comunicação que o fornecedor tem que fazer é maior, deve apresentar ostensivamente os perigos.
- Deve apresentar riscos de maneira clara e completa. Não pode omitir informação e tem que ser apresentada de maneira compreensível ao consumidor.
Se eu sou o fornecedor cujo produto ou serviço oferece algum risco, a apresentação do produto é diferente, tem que apresentar de uma maneira chamativa. Ex. tem um veneno que compro para o jardim, na lata de veneno tem uma caveira chamando atenção, a fim de alertar para o risco de uma maneira chamativa, ostensiva. Porém, tem, ainda, uma situação de produto ou serviço que tem um nível de risco ou perigo intolerável, ex. talidomida, era um remédio que teve muito apelo na déc. de 70, voltado para o público gestante, mas ela tinha um efeito colateral que era a deformação do feto, um produto deste não pode estar no mercado de jeito nenhum, é inadmissível deixar um produto desse circular ainda que tenha um aviso ostensivo, assim, a obrigação básica do fornecedor nesse caso é não colocar o produto no mercado nessa hipótese. Mas, se eu colocar o produto no mercado mesmo assim, o fornecedor vai ter outras obrigações: 1ª, retirar o produto do mercado; 2ª avisar aos consumidores e autoridades quanto ao risco que o produto oferece, estou comunicando para falar desse problema e para ninguém usar; 3ª situação que o fornecedor estará sujeito é de reparar o dano que o produto eventualmente terá causado – obs. essas obrigações estão previstas no art. 10. Mesmo que o fornecedor desconheça dos riscos do produto e tenha colocado ele no mercado ele terá que reparar o dano. 
Inciso II: Esse dispositivo tem a ver com o inciso III. É dever do fornecedor apresentar todas as informações que sejam relevantes para a tomada de decisão do consumidor, tudo tem que estar muito bem especificado. Temos inclusive uma possibilidade de defeito do produto se as informações sobre ele não tiverem sido fornecidas de maneira clara e adequada. Ex. certo produto tem uma maneira específica de manuseio, e não veio acompanhado dessa informação, assim o produto será considerado defeituoso.
Inciso IV: publicidade enganosa e publicidade abusiva, previstas no art. 37 do CDC, as duas são proibidas. Enganosa é aquela capaz de induzir o consumidor em erro; ela pode me enganar, me induzir a erro de 2 formas diferentes: posso ser induzido a erro de maneira comissiva (ato), ex. contei uma mentira. Mas, também posso ter publicidade enganosa por omissão, deixar de colocar alguma informação e isso induzir o consumidor em erro. Ex. falo que o carro x rende 20km/h, mas não falo que ele faz esse desempenho com gasolina y, na estrada tal, com pneu calibrado em y, etc. Já a publicidade abusiva é mencionada no CDC alguns dos seus tipos, só que essa lista é de caráter exemplificativo, ela não esgota a questão, assim, a doutrina interpreta esse conceito como sendo um tipo de publicidade que ofenda, conflita, com algum valor básico, principalmente constitucionais. Ex. spam, não está previsto no CDC, mas é uma publicidade abusiva por infringir meu direito de privacidade. Essas duas formas de publicidade são ilícitas, inclusive consideradas como crime mais adiante no CDC. 
Outro ponto tratado nesse inciso é quanto as práticas de cláusulas abusivas. Elas são proibidas porque elas desequilibram a relação de consumo, o CDC vem para equilibrar essa relação, para proteger esse sujeito que é o consumidor, a parte mais frágil. 
O consumidor tem direito de requerer a mudança de contratos dessa relação de consumo que possuem cláusulas que se enquadram nesses abusos citados nesse dispositivo. Há algumas observações: 
a- A eventual retirada de uma cláusula considerada abusiva não anula todo o contrato, não implica necessariamente na nulidade do contrato inteiro, ele ainda vai permanecer se ainda for exequível. 
b- Obs. existe sumula do STJ que proíbe ao magistrado conhecer de oficio certas cláusulas abusivas. Ex. se eu chegar com uma ação e pedir restituição do banco pois acho que o juros que eu paguei foi abusivo, se o juiz de oficio ordenar que houvesse a mudança dessa cláusula e ainda condenar a juros abusivo, não pode ser feito. Essa sumula não proíbe que a justiça altere as cláusulas contratuais, ela somente diz que para isso ser feito tem que haver o pedido, peticionado.
Inciso VII: é direito do consumidor acesso aos órgãos judiciários e administrativos.
Inciso VIII: importante! Que o consumidor tem direito a inversão do ônus da prova no processo civil todos já sabem, mas uma coisa importante são as hipóteses que autorizam a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, são elas: 
1ª) quando o consumidor for hipossuficiente (não é sinônimo de vulnerável, todo consumidor é vulnerável), hipossuficiente na defesa do consumidor é condição processual, significa que essa pessoa não tem condição de produzir a prova. 
2ª) verossimilhança da alegação: fumaça do bom direito; é um indicio é uma possibilidade que aquilo que estou dizendo possa ser verdade, diferentemente, verossimilhança é uma situação na qual eu exijo uma prova muito mais robusta de que aquilo que eu falo é verdade. Ex. tenho condições de pagar o perito no carro, logo não sou hipossuficiente, mas depois que entrei com esse processo a fábrica está fazendo um recal dos carros, é a verossimilhança, nesse caso posso pedir também a inversão do ônus da prova. 
14/3
Fato de produto/serviço (art. 12 a 17 e 27)
Vício de produto/serviço (art. 18 a 26)
Fato de produto ou de serviço: configura um acidente de consumo, configura um dano, em função no problema do produto ou do serviço. (Dano) acidente 
≠
Vicio de produto: é configurado pela não obtenção do resultado quese espera daquele produto ou daquele serviço. (Produto não gera o que se espera)
Tanto no fato quanto no vício há um problema, a diferença está na consequência do problema.
Vício: Se a consequência é interna (consequência não extrapola o produto, está contida no produto. Ex. Cafeteira que não esquenta) eu estou falando de um vício. 
Fato: Quando tem fato, a consequência extrapola o produto ou serviço problemático (ex. cafeteira que esquenta demais e me queima, é um fato, pois a consequência gerou efeitos externos do produto, o problema foi externo)
O tratamento jurídico de cada situação é distinto. A cadeia de responsabilidade de cada um é diferente.
FATO
Art 12 ao 17 c/c art 27 CDC 
Quando é FATO, a responsabilidade é objetiva (conduta, nexo causal, dano, mas não se fala em dolo ou culpa, via de regra. Ou seja, não me interessa analisar o dolo ou a culpa. 
É uma regra diferente do código civil, que é subjetiva (no civil deve ter conduta ou omissão ilícita; dano; entre a conduta e o dano deve ter o nexo de causalidade; dolo ou culpa). 
Art 12. Quando o CDC quer falar de todos os agentes da cadeia produtiva, ele enumerou e não colocou o comerciante. Então, na responsabilidade de fato a regra é que comerciante não responde, porém, é importante observar que no caso de serviço dificilmente tenho uma cadeia de serviço. Via de regra o comerciante não responde pelo fato do produto, porém existem situações no art 13, nas quais o comerciante irá responder, são elas: 
a) O comerciante responde pelo fato sempre que não puder identificar as pessoas acima dele na cadeia. Ex. Produto é importado. Ele irá responder. 
b) Os produtos perecíveis não adequadamente conservados pelo comerciante, ele deverá pagar.
Quando é fato, a cadeia toda não é automaticamente acionada, tem as hipóteses do art 13 onde o comerciante irá responder.
Obs.: No caso de serviço, exemplo, pacotes de agências de turismo, toda cadeia será responsabilizada.
Obs.: exceção parágrafo 4, do art 14. Responsabilidade subjetiva em relação de consumo. Subjetiva será ao profissional liberal, com atividade intelectual com caráter personalíssimo.
Ex. Médico. É personalíssimo, interessa o sujeito que presta o serviço. Se é sujeito é subjetiva.
Art. 14, § 3º – dever de provar: Ele tem que provar que não colocou o produto no mercado, ou que colocouo produto e o defeito não existe, ou se culpa é de consumidor.
Obs.: 5 anos, prazo prescricional: a prescrição nasce da violação do direito. Para reclamar de problema de fato de produto ou de serviço, art. 27.
OBS: art. 17 fala que as vítimas do evento poderão usar o CDC para arguir reparação de danos que tenham sofrido. Não é propriamente o consumidor. Pode ser terceiro passando pela rua, ele poderá usar o CDC, de responsabilidade objetiva.
21/3
VICIO 
· O vício é uma situação problemática, mas a diferença dele em relação ao fato está na consequência do problema. 
· Vício é uma garantia legal, lei que da garantia.
· No vício, a consequência do defeito é simplesmente o produto não gerar o resultado que dele se espera. Mas ele não provoca o acidente que o fato provoca.
· O art. 18 impõe solidariedade da cadeia inteira.
· Existe um encadeamento de possibilidades: 
- Há um prazo para reclamar: 30 dias para produto não durável ou 90 para produto durável. Art 26 
- O prazo de 90 pode variar quanto ao início de sua contagem: se não for um vício oculto, começa a contar o prazo no dia que comprou. Mas se for um vício oculto, começará a contar o prazo no dia que deu o defeito.
- O fornecedor terá o prazo de 30 dias para resolver o problema, ele terá uma oportunidade de resolver. Esse prazo de 30 dias para solução do vício, pode ser alterado mediante vontade das partes, no prazo entre 7 e 120 dias, art 18, § 2º.
- Existem hipóteses onde o fornecedor deverá, imediatamente, trocar o produto, ou desfazer o negócio, ou dar abatimento; que são opções do consumidor.
Primeira hipótese: quando o produto for essencial ao consumidor. Ex. celular.
Segunda hipótese: quando o conserto do produto gerar uma perda de valor ou de eficiência desse produto. Quando fornecedor, mesmo que, enviando o produto na assistência técnica, não consiga restaurar o produto, deverá dar outro produto.
Art. 18, §§ 3º e 4º 
· E se fornecedor não resolver no prazo de 30 dias? Consumidor irá resolver, consumidor terá o poder. Consumidor faz a escolha.
· Quero trocar um produto por outro, mas produto saiu de linha. Posso exigir um produto melhor? Sim, desde que eu pague a diferença. Ou posso exigir um inferior, recebendo a diferença.
· A premissa para troca é que no começo da discussão, o produto tenha um vício. 
Produto sem vício, para ter troca, por exemplo de roupa, loja deve dizer que tem direito a troca. Só será obrigada a trocar, quando ela disser que é seu direito de troca.
28/3 - Prova
11/4
Práticas Comerciais 
* Oferta / Vinculação (atrs 30, 31, 35) 
Maneira como fornecedor disponibiliza seu produto/serviço 
Toda informação vinculada com precisão suficiente vinculara o consumidor, o código pede que a informação seja vinculada, que seja vinculada com exata precisão, 
Ex: consumidor vira chave do carro, o carro vira um tapete voador, porem o fornecedor não tem obrigação de vender um carro que vire tapete. 
O CDC proíbe o Dollus Bonus , segundo Rizzato Nunes não é propaganda enganosa. 
Se o fornecedor não cumprir o que foi oferecido, pelo artigo 35 o consumidor pode cobrar o que foi exibido. 
A responsabilidade cabe a quem as patrocina. O ônus de provar a veracidade é do fornecedor, na ação judicial pode requerer a inversão de provas. 
* Peças reposição (art 32) 
O CDC diz que deve repor as peças durante um período, mas não fala qual. 
A jurisprudência entende que o prazo razoável é a vida útil/média do produto. O tempo que se espera que este produto esteja no mercado. 
* Publicidade – é espécie do gênero de informação, é um tipo de informação que é vinculada com a finalidade especifica do produto ou serviço, convencer o consumidor a comprar. O fornecedor pode fazer publicidade, desde que respeite a informação, atente para eventuais problemas, tem que respeitar as proibições do próprio CDC que se aplicam a qualquer tipo de publicidade. 
Existem vedações que são gerais. 
Subliminar (art 36) – não pode – a publicidade deve ser reconhecida como tal. É proibida a publicidade que fica oculta, que tenha o intuito de vender. 
Enganosa (art 37) – não pode 
É aquela capaz de induzir o consumidor em erro, 
Ela tem duas modalidades: 
Comissiva – fala uma mentira, falsa. 
Omissiva – ela induz ao erro pela falta de informação. 
1º - Não é preciso que haja um engano concreto para que se configure uma propaganda enganosa, basta a mera potencialidade do engano. 
2º - A referencia se tem pelo consumidor típico, se ela for capaz de induzir ao erro o consumidor típico, mensagem ou serviço a quem se destina a publicidade. 
Abusiva (art 37) – não pode 
Ela tem uma lista no CDC, artigo 37. 
Essas formas são abusivas e portanto proibidas. 
A doutrina entende que publicidade abusiva são aquelas que ofendem princípios básicos. 
EX: SPAM ofenda o direito da privacidade. 
São tipificadas como infração penal. 
Não pode fazer publicidade:
- subliminar (publicidade oculta, escondida) (art. 36): o consumidor tem que entender que ele está sendo submetido à publicidade.
- enganosa (art. 37): capaz de induzir o consumidor em erro. Tem duas modalidades: omissiva ou comissiva. Não é preciso que haja o engano concreto para que se configure a publicidade enganosa. Basta a mera potencialidade do engano. A publicidade será considerada enganosa se ela conseguir induzir a erro o consumidor típico.
- abusiva (art. 37): Há uma lista no CDC, mas, é uma lista aberta. A doutrina entende que a publicidade abusiva é aquela que fere princípios constitucionais básicos. Ex: SPAM fere o direito à privacidade.
As sanções são tipificadas como crime no CDC(tanto para enganosa, quanto para a abusiva)
Existe algum órgão que fiscaliza a publicidade? 
Sim – CONAR – Conselho de Auto Regulação Publicitária.É um ente privado, é uma associação. 
CONAR – Conselho de Autoregulação Publicitária.É uma entidade privada, uma associação. Foi criada pelos próprios agentes, a fim de criar regras para serem aplicadas a eles mesmos. Na autoregulação as regras só vão vincular se o agente aceita esta vinculação.
	- Resp. Presposto (art. 34)
Na auto regulação as regras só vão vincular na medida em que, o agente aceita. 
* Responsabilidade preposto 
O fornecedor se obriga pelos os atos de seus prepostos. 
25/4
Práticas comerciais
Art 39 do código fala de práticas abusivas.
As práticas abusivas são proibidas
Art 39 mostra lista das práticas que são consideradas abusivas.
Lista é aberta, enumerativa, exemplificaria. Pode ter outras hipóteses não elencadas nesse rol. Temos que ter noção do que seja prática abusiva.
Prática abusiva pode ser entendida como qualquer prática feita pelo fornecedor que desequilibre a relação de consumo. Desequilibrar de forma a prejudicar o consumidor. 
Art 39, I
Venda casada
Art 39,III
Oferecer produto ou serviço que não tenha sido solicitado
Ex. Cartão de crédito
Cobrança de entrada e cover não é venda casada.
Cover não é prática abusiva desde que, cobre enquanto estiver existindo o show, cobre quando a pessoa estiver na área que esteja na área que está acontecendo. 
A questão da consumação mínima é abusiva, pois vc exige pagamento sem dar nada a ele algo em troca, você força ele ao consumo. 
As ofertas tipo, pão em restaurante, são equiparados a amostra grátis. 
Fornecedor pode cobrar, mas depende da forma como irá cobrar.
Parágrafo único do art 42 diz que o consumidor que paga algum valor indevido terá direito de restituição em dobro. A jurisprudência entende que vc tem que pagar, para assim ter o direito de pedir a restituição em dobro. Art deveria ser mais rigoroso. A jurisprudência fala que vc tem que pagar para receber. 
Art 40
Aquele que é demandando por dívida tem direito de restituição em dobro, se já pagou, ou indenização se não tiver pago. Para usar esse art vc tem que ser demandado por esse credor. 
Lei não autoriza ao judiciário que o dano moral seja maior do que foi cobrado.
Bancos de dados: 
CDC prevê a possibilidade de criação de banco de dados com informações dos consumidores e fornecedores. O mais comum é informação do consumidor, spc, serasa. O banco de dados deve ter dados verídicos, e consumidor pode pedir para modificar seus dados se estiverem errados. 
Prazo máximo das informações: 5 anos. Porém se a prescrição da obrigação for inferior a 5 anos, vale o prazo da prescrição. Se a obrigação for prescrita ela não pode ser objeto de cobrança. Ex. Prazo para hoteleiro cobrar sua estadia, 1 ano contado do momento em que houve. 
O banco de dados tem que ser público. 
Art 39, II
Recusa de oferta ou de serviço sem razão aparente
Lista negra com cadastro de consumidores é ilegal. 
Provar que há negativa sem motivo. 
9/5
- Práticas abusivas (art. 39)
Qualquer prática feita pelo fornecedor que desequilibre a relação de consumo, prejudicando o consumidor.
Desequilibrar de forma a prejudicar o consumidor.
A lista do art. 39 é uma lista exemplificativa, enumerativa, podendo ter outras práticas abusivas não elencadas neste rol.
Inciso I – Venda casada: condicionar a venda de um produto ou serviço para a aquisição de outro. 
Inciso III – Oferecer produto ou serviço que não seja solicitado. Ex. cartão de crédito. Cobrança de cover (aquele pãozinho). Estes só podem ser cobrados, se o consumidor for cobrado antes. Consumo mínimo.
Geralmente, são práticas feitas antes da realização do contrato. 
Art. 40: 
- Orçamento (art. 40): tem prazo de validade. O forncedor pode cobrar pelo custo do orçamento desde que ele comunique antes ano consumidor.
- Cobrança (42): Proibida a cobrança que exponha o consumidor ao ridículo. § único: o consumidor que paga algum valor indevido tem direito de restituição em dobro. A jurisprudência majoritária entende que o consumidor tem que pagar pra poder receber em dobro.
940 do CC: aquele que é demandado por dívida.... A jurisprudência entende que você tem que ser demandado.
- Banco de Dados: bancos de dados devem atender a certos requisitos:
	- deve conter informações devidas. O consumidor pode usar um Habeas Data.
	- Prazo: 5 anos (máximo). Se o prazo da prescrição da obrigação for inferior a 5 anos o prazo será o prazo da prescrição da obrigação.
	- Tem que ser público: não quer dizer que somente instituição de direito público pode manter a publicidade. Quer dizer que é de interesse público
	- Banco de dados de fornecedores: Ex. A Anatel divulga quais as empresas de telefonia tem muitas reclamações.
- Desistência: se adquire o produto fora do estabelecimento comercial ele pode desistir da compra no prazo de 7 dias. No art. 18 o consumidor pode desfazer se houver vício. No art. 49 o produto não precisa ter vício nenhum. Se o consumidor compra à distância ele não tem a oportunidade de experimentar o produto. 
Obs: Se a compra é feita no estabelecimento e não houver vício no produto o consumidor somente poderá efetuar a troca se o estabelecimento oferecer este serviço. Caso contrário, o consumidor não pode trocar. 
16/5 – trabalho em sala
17/5
CLÁUSULAS ABUSIVAS(ART. 51)
Cláusulas que invertem o ônus da prova contra o consumidor.
O juiz não pode conhecer de ofício cláusula de juros abusivos, segundo o STJ
GARANTIA LEGAL 
(decorre da lei)
Não pode sofrer limitação e nem ser condicionada
A garantia legal está no art. 18 e art. 26. Corrente majoritária
Mero prazo para reclamação. Outra corrente
A corrente majoritária se vale da garantia legal. 
GARANTIA CONTRATUAL (ART. 50)
Pode ser limitada e pode ser condicionada.
Configura uma proteção adicional que nasce de um contrato, de um acordo de vontades, o fornecedor te oferta esta garantia.
O prazo da garantia contratual e da legal devem ser somados, não se sobrepõem.
A natureza jurídica do contrato de garantia estendida tem natureza de contrato de seguro. Assim, o fornecedor que oferecer a garantia estendida deve se valer do intermédio de uma corretora de seguradora.
JUROS / MULTA
A multa é aplicada uma única vez com a prática do ato que a multa fala que não poderia acontecer.
Os juros se projetam no tempo e serão cobrados até o momento em que se faz o adimplemento da obrigação.
Espécies de juros:
Podem ser moratórios: o fundamento para a cobrança é justamente o atraso que se teve no adimplemento da obrigação, ficou-se em mora. Mora é um atraso de uma obrigação e que ainda é útil para o credor.
Podem ser remuneratórios: é devido para remunerar o dono do dinheiro. Aplica-se tipicamente a contratos de mútuo oneroso. Ex. empréstimo bancário: juros cobrado pelo banco no empréstimo. Se atrasar a parcela pode haver o juros de mora junto com o remuneratório.
Juros legais: imposto por lei. Por exemplo: quando se tem uma condenação judicial o juros é legal.
Juros contratuais
O CDC não fala de limite de cobrança dos juros. Mas, existe o CC, a Lei de usura (decreto) e o Código Tributário Nacional.
O decreto de usura fala que é proibido contratar juros em taxa superior ao dobro da taxa legal. Isso foi revogado. O CC fala que o juros legal é o da taxa cobrada pela fazenda pública. 
Espécies de multa
A multa pode ser moratória: é devida em função de... no caso de relação de consumo a multa moratória máxima é de 2%. Para relações cíveis (ou seja, fora da relação de consumo) a multa moratória pode ser de até 10%, exceto condomínio que é de 2%
Pode ser rescisória: devida no desfazimento do negócio. O CC diz que a multa rescisória pode ser até o valor da obrigação.Ex.
O CTN fala que o juros legal é de 1%, portanto, o limite do juros moratório é de 2%, em vista da lei de usura.
Se o juros for remuneratório o juros limite é de 1%.
Súmula do STF: as instituições financeiras não se sujeitam a limite de cobrança de juros. Assim, avalia-se se o juros que está sendo cobrado é abusivo ou não, verifica-se a média de juros que está sendo cobrada no mercado.
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
As infrações podem ter sanções de natureza civil, penal(lei 8137, 61 a 80 do CDC) e administrativas que são medidas que certas autoridades podem adotar contra o infrator.
Espécies:
Pecuniárias: são aquelas aplicadas na forma de multa.
Objetivas: recaem sobre o produto. Envolve penalidades de apreensão e destruição de produtos que tenham sido ofertados que 
Subjetivas: recaem sobre a atividade. Relaciona-se a sanções de suspensão e proibição definitiva do exercício da atividade
Estas sanções podem ser cumuladas. 
Apesar de natureza administrativa, da-se ao fornecedor o direito de defesa dentro do procedimento administrativo, podendo discutir também no judiciário.
DEFESA EM JUÍZO (art. 81 ss)
Trata de ações judiciais
	- Individual: o foro das ações é no foro do autor
	- Coletiva: defender um universo de consumidores. A parte do CDCc pode ser usada em outras situações que não se refira a Direito do Consumidor.
	DIREITOS
	TITULARES DETERMINÁVEIS
	OBJETO DIVISÍVEL
	DIFUSO
	Não
	Não
	COLETIVO
	Sim
	Não
	IND. HOMOGÊNEO
	Sim
	Sim
Titulares determináveis: Em tese, saber determinar os titulares do direito, verificando se existe algum critério que me permita determinpa-los.
Objeto divisível: a forma como a infração afeta este universo de pessoas. Se afeta todos de forma igual e a solução favorecer a todos será divisível.
O difuso: é indivisível 
Coletivo: defeito no freio do carro, por exemplo. O objeto será o conserto do freio. Portanto, o objeto não é divisível. 
Coletivo.A pretensão é individual, mas a origem é comum.
Art. 82 - rol de pessoas que pode ingressar em juizo para discutir
A defesa coletiva não impede a aplicação da defesa individual.
A ação coletiva não induz litispendência em ralção às individuais.
Difuso: efeito erga omnes. Cria coisa julgada formal e não material. 
Coletivo: o efeito da decisão é ultra parte: 
Individual Homogêneo: erga omnes, porém, no entendimento do professor é ultra parte.
Individual: defeito no freio do carro, por exemplo. A consequência pode variar de usuário para usuário. O objeto é divisível porque pode ser individualizado.
Nem tudo vai para o juizado especial
Juizado especial:
	40 salários
	Rito 
–--
1)Sanções administrativas
2)Defesa em juízo 
1) sanções
O consumidor lesado pelo fornecedor terá sanções de natureza civil, de natureza penal e tem sanções administrativas. 
Penal tem lei de crimes contra o consumidor. E no próprio CDC nos arts 61 até o 81.
Sanções administrativas são medidas que certas autoridades podem adotar contra o infrator. O CDC confere a eles esse poder. Essas sanções são de três naturezas administrativas:
A)Sanções pecuniárias- aquelas aplicadas em forma de multa. 
B)Sanções objetivas-recaem sobre o produto/ envolve penalidades de apreensão e destruição de produtos que tenham entrado em desacordo com normas de CDC. 
C) Sanções subjetivas- recaem sobre a atividade relacionada as sanções de suspensão e proibição definitiva do exercício da atividade. Proíbo empresa de funcionar enquanto ela não regularizar. Cai sobre a pessoa o sujeito que prática a atividade
NÃO TEM NADA A VÊ COM RESPONSABILIDADE CIVIL
Essas sanções podem ser cumuladas. Não são excludentes. 
Apesar de serem de natureza administrativa, é dado ao fornecedor um direito de defesa, e dentro dos procedimento o infrator poderá apresentar uma defesa. 
Dependendo posso sofrer penalidades penais, civil e administrativas. 
2) defesa em juízo
Art 81 seguintes
Trata de ações judiciais
Tem regras específicas e CDC criou mecanismos de natureza coletiva, para defender um universo de consumidores.
A) defesa individual: principal ponto que CDC traz diz respeito ao foro das ações, as ações que tutelam direito do consumidor, o foro será do AUTOR. 
Ex. Processar bb por relação de consumo pode cair no juizado específico.
Se réu na ação for de competência federal não cairá em juizado comum. 
Juizado só aceita o rito específico.
Procedimento especial tipo consignação não cabe no rito do juizado.
Provas não cabe no juizado.
b) defesa coletiva
Instrumentos para entrar com ação com universo de pessoas.
Art 81 e seguintes.
Uma parte da doutrina entende que as disposições de defesa coletiva criaram um micro sistema de defesa coletiva que pode ser usada por outros ramos do direito. 
Situações nas quais o direito em discussão se enquadra em uma das especias de direito coletivo:
Direito difuso, 
direito coletivo
Direito individual, homogêneo 
 Percebo que tenho situação nas outras áreas, que tem esses direitos também. 
 O CDC até conceitua os três acima. Mas tem um detalhe, são conceitos muito específicos. 
 Para saber conceito deve se olhar:
Titulares são determináveis?
O objeto é divisível? 
Difuso- titular não determinável/ objeto não divisível
Coletivo- titular determinável/ objeto não divisível
Individual homogêneo- titular determinável/ objeto é divisível 
Titulares determináveis- saber em tese quem são os titulares do direito
Verificar se existe algum critério para determinar quem são essas pessoas.
 Divisível - diz respeito a forma como a relação afeta a todos.
Se infração atinge a todos de forma igual ou não e se solução que é dada irá atender a todos. 
O direito difuso não tem titulares determináveis e objeto é indivisível, por exemplo, outdoor com publicidade enganosa, não consigo determinar pessoas que foram expostas ao outdoor, titulares são indeterminados. Qual a pretensão que toda coletividade quer? Tirar o outdoor com publicidade enganosa, é a mesma pretensão. Indivisível todos querem a mesma coisa
 O direito coletivo tem titulares determináveis, eles guardam entre si ou com fornecedor alguma relação fatico ou jurídica que permite traçar limitação do conjunto. Ex. Montadora de veículo, lote específico saiu com defeito. 
O direito individual e homogêneo tem objeto divisível, cada um tem uma pretensão diferente. Divisível cada um quer uma coisa. 
23/5 - prova

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