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TAREFA Aberta 9 INTERDISCIPLINAR

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TAREFA Aberta 9 INTERDISCIPLINAR
Vencimento Terça-feira por 23:59 Pontos 6
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Disponível 18 mai em 0:00 - 25 mai em 23:59 8 dias
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Interdisciplinar em Controladoria no Agronegócio
Prezados alunos
De forma a alavancarmos a capacidade de vocês em termos da análise de empresas do setor de
agronegócio, segue a atividade que deverá ser feita de acordo com a seguinte metodologia:
Vocês entrarão no link abaixo descrito e deverão clicar em Setor de Atuação e, em seguida, em
Agricultura. Abaixo, segue um texto para auxiliar na construção do cálculo dos índices e na análise
que deverão apresentar com, no mínimo, 50 linhas. Os índices estão no final do texto.
http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/empresas-listadas.htm
Estarão postados os demonstrativos de 6 empresas para que você escolha um deles para analisá-
lo.
BOA SAFRA SEMENTES S.A. (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-
listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=25704)
BOA S
listadas
BRASILAGRO - CIA BRAS DE PROP AGRICOLAS (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-
listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20036)
BRASI
listadas
CTC - CENTRO DE TECNOLOGIA CANAVIEIRA S.A.
(http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-
listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=23981)
CTC S
listadas
POMIFRUTAS S/A (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-
listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=19658)
POMIF
listadas
SIDERURGICA J. L. ALIPERTI S.A. (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-
listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=12823)
ALIPE
listadas
SLC AGRICOLA S.A. (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-
listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20745)
SLC A
listadas
codigoC
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=25704
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=25704
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20036
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20036
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=23981
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=23981
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=19658
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=19658
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=12823
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=12823
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20745
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20745
TERRA SANTA AGRO S.A. (http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-
listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20354)
O BALANÇO NO MODELO DINÂMICO
Em vez de as instituições financeiras se perguntarem: “se essa empresa fechar as portas o que
sobra para nós?”, passaram a fazer outro questionamento: “como fazer essa empresa continuar
funcionando e pagando seus compromissos em dia”? Muitas análises consideravam apenas o
aspecto da solvência, medidas pelos indicadores de liquidez (seca, corrente e geral), extraídos do
Balanço Patrimonial.
O enfoque dinâmico da contabilidade se destaca pelos aspectos financeiros de liquidez,
privilegiando assim, as análises dos equilíbrios dos fluxos monetários.
A reestruturação do Balanço Patrimonial em seus componentes de curto e longo prazo e por
natureza das transações é necessária para então serem extraídas medidas de liquidez e estruturas
financeiras que denotam níveis de risco distintos.
As contas de ativo e passivo devem ser consideradas de acordo com a realidade dinâmica das
empresas, relacionando-as com o tempo, conferindo estado de permanente movimentação e fluxo
contínuo de produção, como a divisão do Balanço Patrimonial em elementos de curto e longo prazo,
assim como seus itens de curto prazo que se acham ligados às atividades operacionais (produção e
vendas) daqueles alheios a essas atividades.
É importante enfatizar que tais indicadores são extraídos a partir do ciclo financeiro da empresa
estudada, demonstrando assim a característica temporal da análise sendo que algumas contas,
quando analisadas isoladamente ou em relação ao conjunto de outras contas, apresentam
movimentação tão lenta, que podem ser consideradas como permanentes ou não cíclicas.
Outras, em contrapartida, apresentam movimento contínuo e cíclico bem de acordo com o ciclo
operacional da empresa e existem outras, finalmente, que apresentam movimento descontínuo, em
nada ou quase nada se relacionando com o ciclo operacional.
CICLO FINANCEIRO
A própria essência de um negócio é aumentar a riqueza por meio de seu ciclo produtivo, já que no
momento da venda de produtos e serviços há entrada de valores e através de despesas como o
consumo de matéria-prima ou bens para revenda, uso de trabalho, serviços externos como
transporte, pagamento de impostos e outras obrigações, esses valores são despendidos. O ciclo de
produção é a conversão de matéria-prima em produto e vendas.
Ao longo de sua atividade, uma empresa transforma seu estoque em vendas, e suas vendas em
dinheiro, que então é usado para pagar fornecedores por bens e serviços.
A duração de um ciclo financeiro é o tempo necessário para converter dinheiro em matéria-prima,
matéria-prima em produto final, produto final em recebíveis, e por fim, recebíveis de volta em
dinheiro, sendo que o processo de produção se inicia com a transferência das matérias-primas do
estoque para os departamentos de produção localizados dentro da fábrica
http://bvmf.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEmpresaPrincipal.aspx?codigoCvm=20354
estoque para os departamentos de produção localizados dentro da fábrica.
À medida que a mão-de-obra, juntamente com outros materiais, é utilizada para transformar as
matérias-primas em produtos acabados, os custos de produção fluem para o estoque em elaboração
e, finalmente, quando atingem a forma final, os produtos e os custos de produção a eles associados
são transferidos para o estoque de produtos acabados.
Em sentido amplo, o ciclo físico de produção compreende três fases principais: armazenagem de
matérias-primas, transformação das matérias-primas em produtos acabados e armazenagem dos
produtos acabados e os custos de produção incorridos em uma fábrica são aplicados à produção, à
medida que esta flui através das suas seções, departamentos ou centros de custo.
O fluxo dos custos de produção acompanha o movimento físico das matérias-primas, à medida que
estas são recebidas, armazenadas, retiradas dos estoques e transformadas em produtos acabados
e o resultado do ciclo de produção na demonstração de resultados é o balanço de lucros
operacionais e custos operacionais incorridos para obter estas entradas.
O ciclo de produção é caracterizado pelo tempo entre entrada de matéria-prima (compras) e saída
de produtos finais (vendas), enquanto o ciclo financeiro é caracterizado pelo período entre saídas de
caixa (pagamento a fornecedores) e entrada em caixa (recebimento de clientes), considerando que
o fluxo de produção é um processo contínuo, níveis de estoque de matérias-primas, produção,
produtos finais, fornecedores e contas a receber flutuam com as vendas, programa de produção e
políticas de administração de estoque.
A fim de assegurar um fluxo contínuo de produção, a fábrica deve manter em estoque certa
quantidade permanente de matérias-primas que são, em geral, adquiridas a prazo mediantecréditos
concedidos por fornecedores, dando origem às “contas a pagar”.
Os custos das matérias-primas consumidas durante o processo de produção, juntamente com os
custos de mão-de-obra e custos gerais de produção, fluem para o estoque de produtos acabados
que são, em geral, vendidos a prazo por meio dos créditos concedidos a clientes, dando origem às
“contas a receber”.
Considerando-se que o fluxo de produção é um processo contínuo, os níveis dos estoques de
matérias-primas, produção, produtos acabados, contas a pagar e contas a receber flutuarão com as
vendas, programa de produção e políticas de administração de estoques, contas a receber e contas
a pagar, sendo que os ciclos de produção e financeiros estão relacionados aproximadamente pela
equação seguinte:
Ciclo financeiro= Ciclo de produção + período médio de arrecadação das contas a receber – tempo
médio de pagamento dos Fornecedores.
O ciclo financeiro começa com a compra das matérias-primas e com o período necessário para
pagar os fornecedores (conta Fornecedores), continua com a conversão de matérias-primas em
produtos finalizados (Estoques), os produtos finalizados em Clientes a Receber e por fim, recebíveis
de novo em dinheiro e mede o tempo (em dias) que a empresa demora a produzir e vender seu
estoque, coletar os recebíveis e pagar seus fornecedores.
O ciclo financeiro fica ‘defasado’ em relação ao ciclo de produção, visto que o movimento de
dinheiro ocorre em datas posteriores às da compra de matérias primas e venda dos produtos finais e
dinheiro ocorre em datas posteriores às da compra de matérias-primas e venda dos produtos finais e
pode ser representado graficamente pela combinação do ciclo econômico e dos prazos de
estocagem, pagamento e recebimento.
É essencial isolar no balanço patrimonial, ativos cíclicos e passivos cíclicos que logicamente
aumentarão e diminuirão em relação com os negócios da empresa para definir a Necessidade de
Capital de Giro.
Tanto a receita quanto o ciclo e, portanto, a NCG, variam por:
1. Sazonalidade
Para negócios sazonais, compra de serviços e matéria prima, produção e vendas não ocorrem
regularmente durante o ano todo e, como resultado, a NCG também varia durante o ano,
aumentando em alguns meses, quando a produção aumenta, e diminuindo quando os consumidores
pagam.
2. O crescimento da empresa tende a aumentar a NCG.
Esse aumento representa uma necessidade adicional que um plano de negócios deve levar em
consideração uma vez que o ciclo financeiro mede o período pelo qual a empresa irá se privar de
financiamento se ela aumentar seus investimentos como uma parte de sua estratégia de
crescimento.
Uma empresa em crescimento é geralmente confrontada com uma NCG que aumenta mais que as
vendas, porque a gerência negligencia o controle do ciclo financeiro, se concentrando apenas na
estratégia e no aumento das vendas. Empresas com crescimento eficiente têm que reduzir os
prazos oferecidos aos clientes, negociar com os fornecedores e aumentar seu período de crédito
próprio, manter o nível correto de estoques através de administração de estoques, pois se a NCG
cresce de forma não controlada, mais cedo ou mais tarde ela irá levar a sérias dificuldades
financeiras e diminuir a independência da empresa.
3. RECESSÃO
Uma tendência crescente no prazo médio de estocagem (PME) pode significar demanda
decrescente por produtos da empresa e não é difícil entender que uma redução substancial das
vendas em períodos de recessão econômica pode ameaçar seriamente a liquidez das empresas que
apresentam uma estrutura financeira inadequada, forçando-as, até mesmo, a encerrar suas
atividades.
Em face de uma dramática redução nas receitas, a empresa não ajusta sempre o nível de produção
imediatamente e, como resultado, aumenta o número de dias que demora para a empresa converter
seu estoque em vendas – ou em caixa ou em contas a receber.
Uma redução substancial das vendas em período de recessão econômica aumenta o prazo do ciclo
financeiro, a menos que as empresas consigam adaptar rapidamente o ritmo de sua produção aos
novos níveis de vendas, mas quando as vendas caem, os estoques de produtos acabados
aumentam, uma vez que a empresa não consegue vender seus produtos no mesmo ritmo que
anteriormente. Em seguida, os estoques de produção em andamento também aumentam, visto que
a empresa reduz gradualmente seu ritmo de produção para adaptá-lo aos novos níveis de vendas.
Finalmente, quando a empresa consegue adaptar suas compras ao novo ritmo de produção, seus
estoques de matérias-primas estão também elevados e, por conseguinte, uma redução substancial
das vendas aumenta o prazo médio de rotação dos estoques da empresa, isto é, o prazo do seu
ciclo econômico.
Como resultado o número de dias que a empresa leva para converter seu estoque em vendas, ou
em caixa ou em contas a receber, aumenta.
Mas o impacto da recessão não para no PME, pois antes de constatar que as consequências de
uma redução das vendas podem ser desastrosas, a empresa pode tentar atrair novos clientes,
dilatando o prazo de créditos concedidos a clientes, aumentando assim o prazo médio de
recebimento de suas contas a receber. Por isto, como consumidores começam a ter dificuldades
financeiras e alongam seus pagamentos no tempo, o Prazo Médio de Recebimento (PMR) aumenta.
A empresa pode tentar garantir condições de pagamento mais favoráveis de seus fornecedores
(PMP), mas eles podem não estar inclinados a conceder e, ao inverso, os fornecedores tentarão
diminuir os prazos dos créditos concedidos à empresa, diminuindo, portanto, o prazo médio de
pagamento de suas contas a pagar.
O aumento do prazo do ciclo econômico, associado ao aumento do prazo médio de recebimento das
contas a receber e à diminuição do prazo médio das contas a pagar, aumenta o prazo do ciclo
financeiro da empresa, ao mesmo tempo em que aumenta o prazo do ciclo financeiro, a redução
substancial das vendas diminui também o autofinanciamento da empresa. Assim, enquanto a
Necessidade de Capital de Giro aumenta, o Capital de Giro diminui, reduzindo consequentemente o
Saldo de Tesouraria.
Bom gerenciamento dos estoques pode melhorar o desempenho da NCG, mas demorará algum
tempo para o PME voltar aos níveis iniciais, pois é difícil encontrar um equilíbrio entre estoque
mínimo e benefícios máximos a partir dos prazos de compras e sssas medidastêm um efeito
paradoxal de inflacionar o NCG porque certos itens se mantêm teimosamente altos enquanto as
contas a pagar diminuem.
Assegurar que as faturas e pagamentos estão no prazo é importante num cenário econômico
incerto. Faz sentido conduzir revisões diárias dos relatórios de recebimentos, nesse caso.
UMA NOVA DEFINIÇÃO DO CAPITAL DE GIRO
O Capital de Giro é um conceito econômico-financeiro e não uma definição legal e
representa uma fonte permanente de fundos para a empresa com o propósito de financiar sua
Necessidade de Capital de Giro. A fim de reformular um valor de financiamento de operações ao
conceito, o Capital de Giro no Modelo Dinâmico é calculado como a diferença entre o Passivo Não
Circulante (=Passivo de Longo Prazo + Patrimônio Líquido) e o Ativo Não Circulante.
A NCG positiva reflete uma aplicação permanente de fundos que deve ser financiada com os fundos
permanentes utilizados pela empresa. Quando a NCG é financiada com recursos de curto prazo,
geralmente empréstimos bancários, o risco de iliquidez aumenta. Para financiar a NCG a
companhia deveria usar recursos permanentes sendo que, neste caso, nenhum problema
financeiro de curto prazo deveria prejudicar sua existência.
Uma das características do Capital de Giro - CDG é que ele é relativamente estável no tempo e
diminui quando a empresa realiza novos investimentos em bens do ativo não circulante realizados
por meio de autofinanciamento como empréstimos a longo prazo e aumentos de capital (em
dinheiro.
O Capital de Giro pode ser negativo, quando o ativo não circulante é maior do que o passivo não
circulante, significando que a empresa financia parte de seu ativo permanentecom fundos de curto
prazo, aumentando o risco de insolvência.
O capital de giro é o total de recurso de longo prazo que está disponível para conduzir operações
normais ao invés de uma medida útil no processo de liquidar ativos numa falência. A empresa deve
manter um capital de giro positivo para cobrir riscos intrínsecos ao negócio como perda de valor do
estoque, clientes que não pagam, prejuízo.
ESTRUTURAS DE CAPITAL
A regra básica de gestão é a que iguala os prazos de financiamento e de aplicação para diminuir
o risco de liquidez da empresa, denominado como gestão da estrutura de capital, ou seja, a
empresa seguiria uma ordem natural na busca de recursos para investimento, primeiramente,
lucros retidos; em segundo lugar, emissão de dívidas e, por último, emitiria novas ações.
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO: UM “NOVO” CONCEITO
NCG POSITIVA
Na maioria das empresas industriais, as saídas de caixa ocorrem antes das entradas. A produção
transforma matérias-primas e componentes em produtos finais, a fábrica compra insumos, converte
esses insumos em produtos ao passo que matérias-primas são transformadas em bens finalizados,
incentivando o cliente a adquirir seu produto através das condições de venda (preços e
disponibilidade de crédito).
Essa situação cria uma necessidade de aplicação permanente de fundos, que se evidencia no
balanço por uma diferença positiva entre o valor das contas dos ativos cíclicos e as contas dos
passivos cíclicos, neste caso, a NCG é positiva e depende, basicamente, da natureza e do nível de
atividades dos negócios da empresa sendo muito sensível às modificações que ocorrem no
ambiente econômico, pois a natureza dos negócios da empresa determina seu ciclo financeiro,
enquanto o nível de atividade é função das vendas.
O modelo de negócios da empresa, o setor em que ela atua e a sua capacidade de negociação com
clientes e fornecedores explicam o ciclo financeiro, por exemplo, supermercados com alto poder de
barganha tentam apertar seus fornecedores para estender os prazos de pagamento, ao mesmo
tempo em que tentam fazer com que seus produtos tenham um giro rápido na prateleira.
NCG NEGATIVA
As empresas com NCG negativa recebem antes de desembolsar, o resultado de seu ciclo financeiro
é negativo e há três razões principais para um ciclo financeiro negativo: 
• o modelo de negócio da empresa,
a força da empresa vis-à-visseus clientes e fornecedores,
empresas que recebem pagamentos adiantados por bens em produção.
 
COMO DEFINIR O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem a suas próprias necessidades”
podendo, então, ser definido como: “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente
sem comprometer a capacidade da empresa de atender suas próprias necessidades no futuro”.
Quando as metas de lucratividade de curto prazo levam a empresa ao crescimento não sustentável,
o valor criado é uma armadilha mortal, pois para tocar sua produção futura a empresa não precisa
somente de investimentos em ativos imobilizados, mas precisa também mobilizar recursos que a
permitam bancar o crescimento da receita. Neste caso, a variável importante é a necessidade
de reinvestimento para o crescimento da empresa.
“Novos investimentos” podem ser divididos em duas partes, os investimentos de manutenção que
vão compensar a redução de valor devida à obsolescência e à exaustão da vida útil de um ativo e os
investimentos de expansão que são aqueles necessários para crescer.
 
 GERENCIAR A NCG
Nem todos os componentes da NCG são gerenciáveis, poucas empresas pequenas e médias
gerenciam de forma eficiente sua NCG, como apertar o controle do ciclo financeiro num processo
contínuo, como analisar os negócios “contra o fluxo”, que fornecem outputs para os clientes – em
outras palavras, começar por entender as questões maiores no final do negócio e, então, descobrir
os problemas possíveis ao longo do processo, fornecendo uma indicação das ações prioritárias a
serem tomadas como período de recebimento de contas a receber, período de pagamento de contas
a pagar e gerenciamento de estoques.
ADMINISTRANDO PMR (PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO)
O período de recebimento de contas a receber resulta quando a empresa decide os prazos de
pagamentos dos clientes, mas o comportamento dos clientes pode impor pagamentos atrasados e
eventuais não recebimentos. Por isto, empresas deveriam faturar o mais rápido possível depois de
finalizar o trabalho, de preferência em uma semana, pois quanto menor o atraso na emissão da
fatura, menor a espera para ser pago.
Empresas podem oferecer prazos e condições excepcionais de pagamento para alguns clientes,
desde que o cliente pague um preço maior ou compre um volume maior ou o oposto, uma empresa
pode dar descontos para que um consumidor pague mais rápido.
O nível de atrasos nos pagamentos e omissões depende de políticas de gerenciamento de crédito
O nível de atrasos nos pagamentos e omissões depende de políticas de gerenciamento de crédito
efetivas e procedimentos de execuções legais. Quando um cliente “esquece” de pagar no prazo ele
torna o fornecedor por seu banqueiro compulsório. Há sempre o risco que o cliente irá pagar
atrasado, irá pagar parcialmente ou não irá pagar porque ele foi à falência, o que pode, por sua vez,
criar problemas para empresa e gerar uma série de falências, num efeito-dominó.
Para evitar este risco, empresas deveriam gerenciar O PMR pela segmentação dos clientes,
analisando as contas de cada cliente com a empresa para dividir os consumidores de acordo com a
sua importância e seu risco com base no histórico de vendas e risco e após, adaptar processos de
cobrança para cada tipo de clientes e identificando clientes que sistematicamente atrasam
pagamentos ou que regularmente aparecem com táticas para atrasar o pagamento, podendo pedir a
estes clientes para prover uma garantia bancária para honrarem seus pagamentos.
ADMINISTRANDO PMP (PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO)
Para renegociar o PMP e alongar os prazos com os principais fornecedores, uma empresa deve
revisar as práticas existentes pelo menos anualmente e checar períodos de pagamentos negociados
com cada grande fornecedor, erros ao comparar períodos de pagamentos contratuais com os que
estão em prática e procedimentos para validar recibos de entrega.
Além disto, deve encontrar fontes de informações que ajudem a compreender os prazos de
pagamentos comparativos, por exemplo, como se comportam empresas concorrentes (PMP) e
fornecedores (PMR) do setor, comparativos internos de prazos de pagamentos (PMP) entre os
fornecedores e quais os prazos da indústria como um todo.
Além disto, usar benchmark para estabelecer alvos de melhoria em PMP, segmentando os
fornecedores para preparar negociações de acordo com a facilidade de implementação, como
fornecedores intocáveis: a empresa precisa deles mais do que eles da empresa, bons soldados: os
que fariam quase qualquer coisa para ajudar a empresa, rodas dentadas: são imprevisíveis, não se
sabe como vão reagir ou mesmo se continuarão a ser fornecedores da empresa no futuro e
irrelevantes: eles não importam realmente e se recusarem a mudança de política, basta achar um
substituto.
ADMINISTRANDO PME (PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM)
O princípio básico de gerenciamento de PME é que as empresas devem ter estoques suficientes
para satisfazer às demandas dos clientes, sem estocar demais sendo difícil colocar em prática, pois
a acumulação de estoque para reduzir o risco de perder um cliente, devido à falta de suprimentos
disponíveis, não é algo sustentável e depende de diversos parâmetros como o setor de atuação, o
grau de otimização do processo de produção, a habilidade da empresa de corretamente prever o
nível de atividade antecipadamente, seus princípios de gerenciamento, fatores externos como
inflação de preços de commodities, logística e infraestrutura de
Em petróleo e gás, refinarias mantêm mais estoques que empresas envolvidasna exploração e
produção. Além disso, há fatores que são específicos para cada indústria local, pois o PME depende
do período de fornecimento e da habilidade da empresa de diminuir o ciclo de produção. Algumas
empresas focam em maior eficiência na produção, cadeia de suprimentos e operações de compra.
Esses esforços incluem aplicar uma fabricação mais enxuta e reduzir a complexidade através da
simplificação da base de fornecedores e do corte do número de unidades de manutenção de
estoques.
Aumento na terceirização e terceirização global tem um papel significativo em conduzir o
desempenho dos estoques, pois há muitas vantagens em ir para países de baixo custo, mas há
também alguns inconvenientes como importar as compras da empresa por containers inteiros que
levam semanas para chegar e, geralmente, são comprados para evitar quebras no estoque com
mais atrasos semanais.
Manter os níveis de estoques altos reduz o risco de perder uma venda porque os fornecedores não
estão disponíveis, mas a empresa deve sempre focar em itens que são realmente importantes.
Empresas vendendo fora de suas regiões experimentam prazos mais longos e requerem estoques
de segurança em excesso, além de que incertezas no fornecimento são problemas para produtos de
moda ou algo com muita variabilidade de demanda, devendo manter muito mais no seu estoque.
Distribuição e logística variam muito entre regiões e países, levando a significativas diferenças em
custos locais com cadeia de suprimento, níveis de serviço e risco, além de desempenho dos
estoques.
Há o risco de perda de valor pela obsolescência de alguns bens com ciclo de vida menor e rápidas
taxas de mudanças tecnológicas aumentam a obsolescência do estoque, o que leva à diminuição da
PME.
 
1. ANÁLISE DE ROTATIVIDADE
A situação dos ciclos operacionais e financeiros, nos proporciona um conhecimento maior sobre
certas políticas adotadas pela administração da empresa e podemos então, avaliar se essas
políticas vêm sendo adequadas para a empresa. Cabe observar, que não podemos analisar
individualmente esses índices.
Ciclo operacional - É a soma dos prazos médios de renovação de estoques e de recebimento de
vendas. É o tempo decorrido entre a compra da mercadoria e o recebimento da venda ao cliente.
Ciclo financeiro - É o tempo decorrido entre o momento em que a empresa aplica o dinheiro
(pagamento dos fornecedores) e o momento em que recebe as vendas (período em que ela precisa
de financiamentos). Esse ciclo financeiro pode ocorrer ao contrário quando a empresa recebe do
cliente antes de pagar o fornecedor, o que seria ideal para sua gestão financeira, evitando que a
empresa fique descapitalizada.
 
Fórmulas:
1. Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE):
Fórmulas: a. Prazo Médio de Renovação de Estoques (PMRE):
Estoque/ CMV x 360=
1. Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV):
duplicatas a receber/receita líquida x 360=
1. Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC):
onde calculam-se as compras pela fórmula: CMV = estoque inicial + compras – estoque final,
portanto,
Compras = CMV – estoque inicial + estoque final
PMPC = fornecedores/compras x 360=
CICLO OPERACIONAL: Prazo médio de renovação de estoques + Prazo médio de recebimento de
vendas
CICLO FINANCEIRO: Ciclo operacional – Prazo médio de pagamento de compras.

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