Buscar

Transtorno Depressivos

Prévia do material em texto

MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
113 
TRANSTORNOS DEPRESSIVOS 
O transtorno depressivo maior afeta de 10-15% da 
população por ano. Infelizmente apenas 65% respondem 
ao tratamento. 
Impactos na qualidade de vida, trabalho, vida 
social. Maior responsável incapacitante global. 
4% evolui para suicidio 
Fatores de risco 
2M:1F, 15 a 29 anos, baixo nivel socioeconomico, 
exposição à estressores precoces e ambientais 
(negligencia parental, hostilidade, abuso fisico e 
sexual, perdas significativas, rejeicão social, 
mudanças bruscas), aspectos genéticos (30 a 40%). 
Quadro Clínico 
É uma síndrome clínica=conjunto de sinais e sintomas 
1. Humor deprimido 
2. Perda de interesse/ prazer = anedonia 
3. Apetite e peso alterados 
4. Alteração do sono – insonia ou hipersonia 
5. Fadiga e cansaço 
6. Retardo ou agitação psicomotora 
7. Alterações cognitivas 
8. Sintomas psicóticos (qdos graves) 
9. Morte e suicidio – perguntar sempre a 
possibilidade 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
114 
Diagnóstico DSM-V 
A) 5 ou + dos sintomas listados acima (pelo menos 
um é anedonia ou humor depressivo) presentes 
por > 2 semanas e representarem uma mudança ao 
funcionamento anterior do paciente. 
B) Os sintomas causam sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuizo no funcionamento 
social, profissional ou em areas importantes na 
vida do individuo 
C) O episódio não é atribuivel aos efeitos 
fisiológicos de uma substância ou a outra 
condição orgânica 
D) A ocorrencia do episódio não é explicado por um 
transtorno psicotico 
E) Nunca houve episódio maníaco ou hipomaníaco 
 
Gravidade 
Leve: poucos sintomas além do necessário para 
diagnóstico. A intensidade dos sintomas causa 
sofrimento e pouco prejuizo funcional, social, 
profissional. É manejavel. 
Moderada 
Grave: grande prejuizo funcional, social, 
profissional; grande numero de sintomas; não é 
manejavel 
 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
115 
Diagnósticos Diferenciais 
Condições médicas gerais: hipotireoidismo, 
hipopituitarismo, Doença de cushing, AVC, esclerose 
multipla, doenca de parkinson, doneca de huntington, 
AOS, doencas neoplasicas disseminadas, sifilis 
terciaria, AIDS 
Substancias ou medicamentos: interferons, 
esteroides, reserpina, alcool, opioides, sedativos, 
hipnoticos, ansioliticos, cocaina, anfetamina, 
alucinogenos, inalantes. 
Outros transtornos psiquiatricos: transt de 
adaptacao com humor deprimido, bipolar, distimia, 
ansiosos, TDAH, transt personalidade borderline, 
transt esquizofrenicos. 
à Exames complementares para afastar HDx organica 
HC, bioquimica, TSH, EAS, outros específicos 
 
Tratamento 
- Necessário criar vinculo com o pct, explicar o que 
é e como se trata para boa aderencia ao tto. 
- É escolhido com base nas necessidades e 
características individuais, levando em conta custo 
beneficio, disponibilidade, segurança e dosagem 
ideal. 
 
 
 MARIA EDUARDA T BRIANTE. 
116 
Casos leves: psicoterapia como 1º escolha 
Casos mod – graves: psico + farmaco 
Fase aguda: 8-12s à remissão dos sintomas e 
recuperação 
Fase de manutenção: 6-24 meses à retorno das 
funcionalidades e qualidade de vida 
• Conhecer as CI, EA e interações medicamentosas 
• Dose inicial = menor dose eficaz que produza 
menos efeitos colaterais 
• Monitoramento: a partir de escalas – HAM D ou 
MADS 27 
• Efeitos iniciam a partir da 2º semana de uso 
• Cuidado com idosos: maior probabilidade de 
toxicidade à mais indicado usar Citalopram, 
Sertalina, Escitalopram 
• Prognóstico 
Leve a moderado: até 30 semanas 
Grave: até 8 meses 
A remissão rápida é um bom preditor a longo 
prazo 
 
Classes farmacológicas: ISRS, IRSN, ISRN, IMAO, 
IRND, ANSE, ASIR, triciclicos 
(medicamentos, doses, efeitos colaterais etc estão 
na tabela da Andreza)

Continue navegando