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PET-CT nos Tumores de Fígado, Vias Biliares e Pancreáticas · Usa 18F-FDG, que é igual à glicose exceto por uma molécula de flúor · Não é eliminada pela célula, fica tempo o suficiente na célula para fazer imagem · Em pâncreas, em tumores de baixo grau, usa-se DOTA como marcador (análogo da somatostatina) Tumores de Pâncreas · 95% são adenocarcinomas, que tem mau prognóstico. São silenciosos, só dão sintomas em fases mais avançadas, quando tem poucos receptores de superfície · Sobrevida em 1 ano de 20% · Sobrevida em 5 anos de <5% · Tratamento cirúrgico é o único potencialmente curativo, com sobrevida de longo termo de 25% · O objetivo da investigação por imagem é a possibilidade de cirurgia, verificar tumor e evitar cirurgia desnecessária · Somente 15-20% são candidatos à cirurgia no diagnóstico · 2-5% são tumores acinares e neuroendócrinos · Os tumores acinares sempre que < 3 cm são cirúrgicos · TC Multidetector · Alta sensibilidade e VPP no diagnóstico no exame contrastado (97 a 92%) · Sensibilidade intermediária no estadiamento hepático e linfondoal (75 e 54%) · VPN de 100% para invasão vascular e 87% para ressecabilidade · Exame fundamental para determinar se o paciente será operado ou não · Pode superestimar a ressecabilidade em 10-50% porque o linfonodo pode estar de tamanho normal (micrometástases), além de lesões hepáticas pequenas também às vezes não serem detectadas · USG endoscópica · Acurácia de 75-92% · Guia biópsia · Maior sensibilidade que TC em lesões < 3 cm · Melhor método para avaliar linfonodos peripancreáticos · Similar para estadiamento linfonodal e invasão vascular · RM · Melhor para a avaliação de nódulos hepáticos · Colângiorressonância: avalia vias biliares e compressão delas; informa o nível de · Outros métodos · CA 19.9 tem muita sensibilidade quando aumentado; mas especificidade baixa, ou seja, outras patologias podem aumentar, mas sempre que se detecta seu aumento, precisa investigar câncer de pâncreas · PET · Alta sensibilidade e especificidade, superiores à da TC · VPN de 97% em lesões pancreáticas císticas suspeitas (dúvida entre lesão benigna e adenocarcinoma pancreático cístico) OBS: a presença de linfonodos peripancreáticos acometidos não altera na ressecabilidade, a cirurgia resseca esses linfonodos independentemente de estarem comprometidos. · Diagnóstico e estadiamento pré-operatório · Principais objetivos é determinar ressecabilidade · Critérios de irressecabilidade · Invasão vascular · Sensibilidade similar da TC com a do PET com contraste · PET sem contraste não é muito bom pra ver · Comprometimento da artéria hepática ou mesentérica · Obstrução da porta ou da veia mesentérica superior · Doença metastática: PET é muito bom pra ver · Condições clínicas · Estudo falando sobre PET · Em 59 pacientes; PET-CT mudou a conduta no pré-operatório em 16% dos pacientes · Série de estudos em tumor de pequenas células pancreáticas · Sensibilidade do PET de 100% para tumores < 2 cm; 93% entre 2 e 4; 100% quando > 4 cm · O PET é superior sobretudo para pequenos tumores (comumente não detectados na TC/RM) · Pode aumentar a complexidade do PET mas também resolve tudo em um exame só (“one stop shop”) · Estudo sobre adenocarcinoma pancreático · PET tem papel fundamental na determinação da ressecabilidade · Quando adiciona-se contraste ao PET, a acurácia e o VPP aumentaram significativamente · PET-CT contrastado · Metástases peritoneais, infiltração.. · Vantagem quando se adiciona contraste ao PET-CT · PET-CT no carcinoma de pâncreas · Lesões suspeitas em imagens convencionais · Lesões inflamatórias, massas formadas na pancreatite crônica · Ou TC/RM negativos com evidências clínicas e/ou laboratoriais · Diferenciação entre recorrência e fibrose · PET: 96% S; TC/RM: 39% · Principal indicação do PET (diferenciar entre benigno e maligno) · Caso clínico. 96 anos, assintomático, elevação do CA 19.9, TC e RM normais. Ao fazer a fusão das imagens com PET, foi visto um pequeno tumor no processo uncinado, segmento cefálico do pâncreas. · Estadiamento T · PET é limitado para estadiamento T pela resolução espacial · Método de escolha: MDCT dual phase (TC), USG endoscópico · O PET pode se tornar ideal se adicionar contraste ao exame · Não é muito a praia do PET ver características anatômicas do tumor; a intenção básica é ver se há metástases à distância · Estadiamento N · PET e MDCT são limitados no estadiamento N locorregional · A TC, se os LN tiverem < 1 cm, serão considerados normais · O PET: quando o tumor capta glicose, fica brilhante, e pequenos LN ao redor (peripancreáticos) podem não ser vistos, mas de toda forma esses linfonodos perto não são critérios de irressecabilidade, porque eles serão ressecados de qualquer jeito · PET: 46% S /// 71% E · TC: 61% S /// 100% E · Estadiamento M · Maior impacto do PET-CT · Alta sensibilidade e especificidade para lesões hepáticas acima de 1 cm (97-95%) · Baixa sensibilidade para lesões subcentimétricas (43%), embora essa sensibilidade aumente se colocar contraste · Alta sensibilidade e especificidade para lesões ósseas e pulmonares (> 1 cm) · Os linfonodos longe da lesão primária são considerados metástases, estadiamento M e não N · Valor prognóstico · Quanto maior o grau de captação (SUV) do tumor, pior o prognóstico · SUV > 4 piora muito a sobrevida · Sobrevida de 7 e 32% em um ano em pacientes inoperáveis · Tumores neuroendócrinos · São melhor vistos com o 18F-DOPA (90% de acurácia); usa cintilografia com 111-In-Octreoscan para quem não tem possibilidade de fazer o PET-DOPA · Conclusões sobre 18F-FDG/PET-CT no câncer de pâncreas · Papel limitado no estadiamento linfonodal (mas os outros também tem) · PET-CT com contraste é um “one-stop-shop”: se você precisasse resolver um problema com seu carro, você resolveria tudo na mesma hora, faz tudo num lugar só (não precisa fazer USG-E, RM, mais nada) · Papel ainda não bem definido quanto à mudança de terapia Tumores Hepáticos · Metastáticos · Colangiocarcinoma · Hepatocarcinoma · Adenocarcinoma de vesícula biliar · Metástases hepáticas · PET tem 95% de sensibilidade, bem superior à RM/TC · Quando se tem paciente com tumor de cólon e metástase hepática, o paciente se beneficia da metastasectomia (se tiver outra metástase, não pode ser operado, a cirurgia seria fútil) · Quando se faz pelo PET, em 25% dos casos há revelação de outros sítios de metástases em comparação aos métodos de imagem convencionais · Sugerido a todo paciente candidato a metastasectomia · Colangiocarcinoma · PET tem muita sensibilidade, diferencia bem da colangite esclerosante · Muda a conduta em até 20% dos pacientes · Indicação: estadiamento de tumores potencialmente ressecáveis e follow-up quando há suspeita de recidiva · Hepatocarcinoma · Tumor muito agressivo, capta muita glicose, mas é muito rico em glicose-6-fosfatase, que expulsa a glicose da célula, então muitos hepatocarcinomas não captam o FDG; · Mas isso não é ruim para o PET (porque se conhece o tumor, e sabe que não capta o FDG, sabe que ele tem melhor prognóstico, se parece mais com o hepatócito normal) · Se o hepatocarcinoma capta muita glicose (PET-positivo), péssimo prognóstico · Estadiamento · Importante valor prognóstico: · Relação entre SUV e sobrevida · Relação entre SUV e grau de diferenciação celular · Avaliação pré-transplante: em alguns centros é fator de contraindicação da ressecção · Avaliação pós-tratamento: o PET é excelente para avaliar resposta ao tratamento de quimioembolização (isso se o tumor apresentar captação do radiofármaco antes) · Follow-up: na suspeita de recidiva (mas precisa ter PET de antes para saber se tumor tem afinidade ou não pelo FDG) · Quando o tumor capta FDG, provavelmente tem invasão vascular porque provavelmente é agressivo · O PET conseguiu estratificar muito melhor que os critérios de Milão · Só o PET-positivo indica sobrevida péssima; · PET-negativo sobrevida livre de recorrência de quase 100%
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