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1 Profa. Edenise Aparecida dos Anjos Práticas Contábeis em Laboratório Aula 3 Conversa Inicial Documentos Fiscais • O que são? • Quais os tipos? • Cuidados na emissão e registro Declarações Pessoa Jurídica • Federais • Trabalhistas • Estaduais • Municipais Produtor Rural Pessoa Física • Cadastro CAEPF • Declarações DIRPF e DITR Noções Gerais sobre Documentos Fiscais Os documentos fiscais referem-se à documentação que comprove a realização de uma transação comercial entre as partes envolvidas: fornecedor (emitente) e cliente (destinatário) Documentos Fiscais Tipo de Operação Tipo de Documento Fiscal Modelo Venda de mercadorias Cliente Pessoa Jurídica Nota Fiscal Modelo 1 ou 1-A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Modelo 55 Venda de mercadorias Cliente Pessoa Física Nota Fiscal de Venda a Consumidor Modelo 2 Nota Fiscal do Consumidor eletrônica (NFC-e) Modelo 65 Vendas feitas por Produtores Rurais Nota Fiscal de Produtor (NFP) Modelo 4 Venda de Energia Elétrica Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica Modelo 06 Serviços de Telecomunicações Nota Fiscal de Serviços de Telecomunicação Modelo 22 Serviços de Comunicações Nota Fiscal de Serviços de Comunicação Modelo 21 Exemplos de documentos fiscais 2 O CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) é responsável pela elaboração e publicação dos Ajustes SINIEF (Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais), contendo as normatizações e especificações dos tipos de documentos fiscais Documentos Fiscais A NF-e, modelo 55, é um documento fiscal emitido eletronicamente e armazenado de forma digital (arquivo em formato XML) validado juridicamente por meio de certificação digital do emissor Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Contribuinte gera a NF-e e transmite para Sefaz Sefaz recebe a NF-e, analisa (estrutura) e autoriza Autorizada a NF-e é possível imprimir o DANFE O CT-e, modelo 57, é utilizado para documentar as operações de transporte de cargas rodoviário, aéreo, ferroviário, aquaviário ou dutoviário, municipal, intermunicipal, interestadual e internacional Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) CT-e MDF -e Realização da Prestação de Serviços de Transportes DACTE DAMDFE A nota fiscal de serviços é utilizada para documentar as operações de prestações de serviços municipais previstas na Lei Complementar Federal n. 116/2003 (ISSQN) Em muitos municípios do Brasil, já é utilizada a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). Compete a cada município regulamentar a forma de emissão do documento fiscal Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) Práticas de Emissão e Cuidados com Documentos Fiscais 3 Tipo do documento fiscal (NF-e, CT-e, etc.); Tipo do documento fiscal (NF-e, CT-e, etc.); Descrição da operação e CFOP; Descrição da operação e CFOP; Identificação completa do emitente; Identificação completa do emitente; Identificação completa do destinatário; Identificação completa do destinatário; Forma de pagamento; Forma de pagamento; Itens negociados (Descrição, NCM, quantidade, valores e códigos de tributação - CST) Itens negociados (Descrição, NCM, quantidade, valores e códigos de tributação - CST) Valor total da operação; Valor total da operação; Informações adicionais. Informações adicionais. Dados básicos dos documentos fiscais Código Fiscal de Operações e de Prestações de Mercadorias e Bens e da Aquisição de Serviços (CFOP) Emissão e Registro: CFOP Operações de Entrada (destinatário) Operações de Saída (emitente) CFOP Operações de Entrada Operações de Entrada 1 No Estado1 No Estado 2 Interestadual 2 Interestadual 3 Internacional 3 Internacional Operações de Saída Operações de Saída 5 No Estado5 No Estado 6 Interestadual 6 Interestadual 7 Internacional 7 Internacional CFOP: Emissão e opções de registro CFOP 6.102 •Vendas de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros - Interestadual 2.101 •Compras para industrialização 2.102 •Compra para comercialização 2.556 •Compra de material para uso e consumo 2.551 •Compra de bem para ativo imobilizado A NCM é composta por oito dígitos que segue a seguinte estrutura: 00 00.00.00 Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) Classificação Composição do Código Exemplo da Tabela NCM Capítulo 2 primeiros dígitos 01 – Animais Vivos Posição 4 primeiros dígitos 0101 – Cavalos, asininos e muares, vivos Subposição 5 - 6 primeiros dígitos 0101.2 – Cavalos Item e Subitem 7º e 8º dígitos 0101.21.00 – Reprodutores de raça apurada Código de Situação Tributária (CST) Códigos CST PIS CST COFINS CST IPI CST ICMS OU CSOSN 4 Como saber qual CST utilizar? CFOP NCM CST Como saber qual CST ICMS utilizar? Regime de Tributação Federal Regime de Tributação Estadual Código de Tributação Estadual (ICMS) CST ICMS CSO SN Principais Declarações Federais das Pessoas Jurídicas Declarações anuais: Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) Escrituração Contábil Digital (ECD) •Registros contábeis. •Prazo: último dia útil do mês de maio do ano seguinte. Escrituração Contábil Fiscal (ECF) •e-Lacs e e-Lalur •Prazo: último dia útil do mês de julho do ano seguinte. Declarações mensais: Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) EFD ICMS IPI Apuração do ICMS e IPI. Prazo: até dia 20 do mês subsequente. EFD-Contribuições Apuração das Contribuições PIS, Cofins e CPRB. Prazo: 10º dia útil do segundo mês subsequente. EFD-Reinf Escrituração das Retenções. Prazo: até dia 15 do mês subsequente. Declaração semestral: Escrituração Financeira ─ (e-Financeira) Registros das operações financeiras das operações de previdência complementar, FAPI, intermediação e aplicação de recursos e de seguradoras. Prazo: 1º semestre até ultimo dia útil de agosto do mesmo ano e, 2º semestre até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente. Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) 5 Outras Declarações Federais DCTF Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais. Mensal. Prazo: até 15º dia útil do segundo mês subsequente. PGDAS-D Declaração de Apuração Mensal do Simples Nacional. Mensal. Prazo: Até o dia 20 do mês subsequente. DEFIS Declaração de Informações Socioeconômicas e fiscais (Simples Nacional, exceto MEI). Anual. Prazo: Até último dia útil do mês de março do ano subsequente. DASN- Simei Declaração Anual do Simples Nacional para o MEI. Anual. Prazo: Até o último dia útil do mês de maio do ano subsequente. Declarações Trabalhistas: mensais GFIP Guia de Recolhimento do FGTS e de Informação à Previdência Social. Prazo: até o dia 7 do mês subsequente. Para a competência 13º Salário o prazo é até 31 de janeiro do ano seguinte. CAGED Cadastro Geral de Empregados e Desempregados em regime Celetista. Prazo: até o dia 7 do mês subsequente e, imediatamente em caso de admissão de colaborador percebendo Seguro-desemprego. Declarações Trabalhistas: anuais RAIS Relação Anual de Informações Sociais. Prazo: Definido pelo governo (geralmente até início do mês de abril do ano subsequente). DIRF Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte. Prazo: até o dia 7 do mês subsequente e imediatamente em caso de admissão de colaborador percebendo Seguro-desemprego. Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas e-Social Visa unificar as informações dos trabalhadores referente a: cadastros, vínculos, remunerações, contribuições, folha de pagamento, comunicados de afastamentos, avisos prévios, escriturações fiscais e o FGTS. A DCTFWeb (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos) é uma declaração criada para substituir a GFIP e integra o e-Social. Está em fase de implantação, conforme cronograma. Principais Declarações Estaduais e Municipais das Pessoas Jurídicas DeclaraçõesEstaduais DESTDA Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e Antecipação, pelos optantes do Simples Nacional, exceto MEI. Mensal. Prazo: até o dia 28 do mês subsequente. EFD ICMS IPI Pertence ao SPED como é, obrigatória aos contribuintes do ICMS, é de competência estadual. Mensal. Prazo: Até o dia 20 do mês subsequente. GIA - ICMS Guia de Informação e Apuração do ICMS. Mensal. Prazo e obrigatoriedade: depende da legislação de cada estado. Em alguns casos, foi substituída pelo EFD ICMS IPI. SINTEGRA Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços. Mensal. Prazo e obrigatoriedade: depende da legislação de cada estado. 6 Umas das principais obrigações municipais é a obtenção da inscrição municipal e do Alvará Municipal Para os contribuintes tributados pelo ISSQN, os municípios podem estabelecer obrigações acessórias relacionadas à apuração e ao recolhimento desse imposto Declarações Municipais Declarações É fundamental conhecer as legislações para ter maior clareza quanto às declarações obrigatórias. É preciso atender os requisitos de preenchimentos e prazos de entrega. Normalmente as declarações possuem seu manual e orientações. A não entrega no prazo ou a entrega com incorreções pode ocasionar penalidades (normalmente multas). Principais Declarações do Produtor Rural pessoa física Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa FísicaCAEPF O produtor rural pessoa física é considerado autônomo, estando obrigado ao CAEPF, que passou a ser exigido a partir de janeiro de 2019. É administrado pela Receita Federal e fundamental para o cumprimento de obrigações acessórias como e-Social. Será utilizado para acompanhar as contribuições previdenciárias como o Funrural que a partir de 2019 poderá ser opcionalmente sobre a receita bruta da comercialização rural ou da folha de pagamento do empregador rural. Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF) A apuração da tributação sobre a renda das atividades rurais da pessoa física ocorrerá na DIRPF, que possui uma ficha específica para seu detalhamento. Tributação: sobre o resultado obtido no período ou no limite de 20% da receita bruta auferida, podendo optar pela opção mais vantajosa. Aliada à DIRPF, tem-se a obrigatoriedade da escrituração em Livro Caixa, para contribuintes que obtiverem receita bruta na atividade rural superior a R$56.000,00. O LCDPR (Livro Caixa Digital do Produtor Rural) obrigatório a partir de 2019, para os produtores rurais com receita bruta superior a R$3.600.000,00. Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) Na apuração do imposto é considerado o percentual de utilização da área e o valor da terra nua (terra sem benfeitorias). A Prefeitura Municipal estabelecerá os valores para apuração da terra nua. Será informada a utilização do imóvel abrangendo áreas produtivas, não produtivas, não utilizadas e reservas ambientais, e os valores das benfeitorias. Obrigatória aos proprietários, titulares de domínio útil, posseiro ou usufrutuário de imóveis rurais, pessoa física ou pessoa jurídica. 7 O produtor rural é um contribuinte do ICMS, e deve observar a legislação do seu Estado, a fim de identificar as obrigações acessórias que precisa cumprir Quando registrar seus colaboradores, vai se tornar um “empregador” que deverá cumprir as obrigações acessórias trabalhistas e previdenciárias Produtor Rural Pessoa Física Na prática Para compreender um pouco mais sobre os documentos fiscais, propomos que você, aluno(a), procure pelo menos três documentos fiscais, podendo ser aqueles do seu dia a dia, dos familiares e até de amigos, e identifique: CFOP NCM CST (...) Pesquise na internet para conferir se o código do NCM informado na nota é compatível com a descrição do produto contida no documento fiscal Realize uma comparação das informações com o conteúdo desta aula, e verifique se está de acordo com os dados utilizados Finalizando Emissão correta de documentos fiscais Escrituração dos registros (documentos fiscais) seja adequada Entrega das declarações obrigatórias em conformidade com os requisitos legais. Permite Contribui 8 Referências BRASIL. Lei Complementar Federal n. 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios de do Distrito Federal e, dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP /Lcp116.htm>. Acesso em: 20 jun. 2019. CONFAZ, 1970. Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970. Disponível em: <https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao /ajustes/sinief/cvsn_70?utm_source=blog&utm _campaign=rc_blogpost>. Acesso em: 25 jun. 2019. INVEST & EXPORT BRASIL. Codificação de Produtos e Serviços (NCM/NBS). 2019. Disponível em: <https://investexportbrasil.dpr.gov.br/Produtos Servicos/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx >. Acesso em: 25 jun. 2019. PORTAL DA NF-e. Nota Fiscal Eletrônica. 2019. Disponível em: < http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal. aspx>. Acesso em: 21 jun 2019. PORTAL DO CT-e. Conhecimento de Transporte Eletrônico. 2019. Disponível em: <http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/princip al.aspx>. Acesso em: 21 jun. 2019. PORTAL DO EMPREENDEDOR. Portal do Empreendedor Individual – MEI. 2019. Disponível em: <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/>. Acesso em 25 jun. 2019. PORTAL DO SIMPLES NACIONAL. Simples Nacional. 2019. Disponível em: <http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesN acional>. Acesso em: 26 jun. 2019. PORTAL MTE. Portal do Ministério do Trabalho. 2019. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/portal-mte/>. Acesso em 26 jun. 2019. PORTAL SPED RFB. Sistema Público de Escrituração Digital: MDF-e. 2019. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1515>. Acesso em: 22 jun. 2019. RAIS. Relação Anual de Informações Sociais – RAIS. 2019. Disponível em: <http://www.rais.gov.br/sitio/index.jsf>. Acesso em: 26 jun. 2019. 9 RFB. Receita Federal do Brasil. Disponível em: <http://receita.economia.gov.br/>. Acesso em: 25 jun. 2019. SPED RFB. Sistema Público de Escrituração Digital. 2019. Disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/>. Acesso em: 22 jun. 2019.
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