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Queixa Crime-Capitu

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EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DO ___º JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO/RJ
CAPITÚ, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº XXX, CPF nº XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, bairro, Estado/UF, CEP: XXX, vem, com fulcro no arts. 30, 41 e 44, todos do CPP c/c art. 100, §2º, do CP, à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
 (
QUEIXA CRIME
)
em face de RIOBALDO, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº XXX, CPF nº XXX, residente na Rua XXX, nº XXX, bairro, Estado/UF, CEP: XXX, pelos motivos e fatos que passa a expor.
1. DOS FATOS 
A querelante relata que após se desentender com seu namorado, o próprio postou uma foto em sua rede social, e escreve que ela não passa de uma ’’Prostituta de Luxo’’.
Diante de tal abuso do direito, a querelante resolveu buscar seu advogado com o objetivo de resolver a presente lide da forma adequada e, consequentemente, a condenação do querelado. 
2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
É axiomático que, diante do exposto, resta claro que a atitude perpetrada pelo querelando enquadra-se na conduta típica descrita no crime de difamação (CP, art. 139) Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
 
 “Art. 139 - "difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação" é crime. Para o Código Penal Brasileiro, entretanto, se o ofendido é funcionário público, o agente pode afastar o caráter criminoso de sua conduta se comprovar que a imputação feita ao servidor público é verdadeira..”
.
Válidas as colocações de Cleber Rogério Masson, quando, no tocante ao crime de difamação, leciona que: 
““Constitui-se a difamação em crime que ofende a honra objetiva e, da mesma forma que a calúnia, depende da imputação de algum fato a alguém. Esse fato, todavia, não precisa ser criminoso. Basta que tenha a capacidade de macular a reputação da vítima, isto é, o bom conceito que ela desfruta na coletividade, pouco importando se verdadeiro ou falso....”
Ademais, o pensamento de Norberto Avena:
“Como regra geral, o direito de queixa deverá ser exercido no prazo de seis meses, contados do dia em que o ofendido, seu representante legal ou cada uma das pessoas do art. 31 do CPP (no caso de morte da vítima ou de sua ausência) vierem a saber quem foi o autor do crime, conforme reza o art. 38 do CPP....”
Podemos notar que, com a atitude do quelerado de postar a foto de Capitú, verifica-se o elemento objetivo da ação, qual seja, o dolo de fazer pelas próprias mãos, com o objetivo de satisfazer sua pretensão. 
Por fim, a querelante requer a condenação do querelado na forma dos artigos 139, caput do Código Penal, em razão da prática de crime de exercício arbitrário das próprias razões.
3. DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer a Vossa Excelência: 
· O recebimento e autuada da presente Queixa-Crime, tendo em vista que preenche os pressupostos de sua admissibilidade; 
· A citação do querelado para que, caso queira, apresente suas versões dos fatos; 
· A produção de todos os meios de provas disponíveis em direito; 
N. Termos,
E. Deferimento.
Rio de Janeiro, dia de mês de ano.
___________________________________________
ADVOGADO(A) - OAB/RJ

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