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APG 18 - Monstros SA

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APG 18 – s9p2 – Monstros SA
· Termos desconhecidos:
· Protozooses: doenças causadas por protozoários 
· Definir problema: 
· Quais as principais protozooses?
· Quais são as mais comuns em crianças? 
· Como se dá a contaminação 
· Brainstorming:
· As principais protozooses intestinais são amebíase e giardíase 
· As formas de contaminação incluem: má higiene, falta de saneamento básico, água e alimentos contaminados 
· Conclusão:
· 
· Objetivos:
Estudar as parasitoses intestinais e suas principais manifestações clínicas 
Listar quais políticas públicas devem ser tomadas contra protozooses 
Parasitoses intestinais 
São infecções intestinais causadas por protozoários ou helmintos, com manifestações clínicas específicas. Embora cada parasita possua um ciclo de transmissão próprio, a maioria das doenças ocorre com a chegada de larvas ou ovos no intestino do hospedeiro, ocorrendo assim a infecção. Praticamente todas as parasitoses intestinais apresentam transmissão oral-fecal pelo consumo de água e alimentos contaminados por fezes contendo o agente infeccioso, ou por penetração de larvas por via cutânea. 
Ascaridíase 
Infecção intestinal pelo nematoide Ascaris lumbricoides ou Ascaris suum, mais prevalente em crianças, em regiões tropicais e países em desenvolvimento 
Transmissão 
A transmissão fecal-oral acontece a partir de alimentos obtidos em solo ou fontes aquosas contaminadas com fezes humanas. Pode apresentar caráter zoonótico associado à ingestão de carnes suína contaminadas com Ascaris suum 
Fisiopatologia 
Os ovos eclodem no intestino e as larvas passam pela parede intestinal e migram pelo sistema porta para o fígado (4 dias) e pulmão (14 dias), podendo evoluir com síndrome de Loeffler. 
As larvas são expectoradas e deglutidas, alcançando o jejuno (maturação em 65 dias). Os helmintos da espécie Ascaris lumbricoides podem viver de 10 a 24 meses no jejuno e íleo. 
Manifestações clínicas 
Geralmente são assintomáticas, mas pode causar dor abdominal periumbilical, diarreia, náusea, vômitos e flatulência. O paciente pode apresentar eliminação do parasita por orifícios como ânus, boca, nariz e ouvido, sinais de suboclusão ou oclusão intestinal ou migração para via biliopancreática (bolo de áscaris). Também pode cursar com síndrome de Loeffler por conta do ciclo pulmonar da larva com quadro de broncoespasmo, pneumonite e eosinofilia. 
Teníase 
Infecções causadas pelos vermes platelmintos do gênero Taenia, da classe Cestoda, que geralmente manifestam-se como infestação intestinal, podendo causar afecção extraintestinal grave no caso da espécie Taenia solium
Fisiopatologia 
A forma adulta dos platelmintos apresenta uma cabeça (escólex) que faz a aderência da mucosa intestinal. Os ovos são liberados no ambiente pelas proglotes grávidas misturadas nas fezes, podendo sobreviver por meses. No homem, as infecções decorrem da ingesta de carne crua ou mal passada contendo cisticercos e desenvolvem a forma adulta do verme em até dois meses no intestino humano. As espécies mais prevalentes são Taenia solium e Taenia saginata. No caso da saginata, o seu hospedeiro intermediário é o boi. 
Além de ser o hospedeiro definitivo, o homem também pode se tornar hospedeiro intermediário quando ingere os ovos de T. solium, levando a disseminação do embrião nos órgãos, sendo acometido pela cisticercose e, com caráter grave, pela neurocisticercose, que pode surgir em até 3-5 anos após infecção inicial. 
Muitos pacientes contraem o cisticerco por autocontaminação com os ovos presentes nas próprias fezes. 
Manifestações clínicas 
História de ingestão de carne crua ou mal cozida de porco ou vaca 
Sintomas como náuseas, vômitos e diarreia de intensidade variável estão presentes, associados ou não à alteração do apetite, perda de peso, astenia e irritabilidade. 
A maioria das infestações é assintomática, com detecção acidental das proglotes dos organismos na defecação ou higiene anal. Os sintomas geralmente são inespecíficos, como dor abdominal, cólicas, anorexia, náuseas, diarreia, perda ponderal ou mal-estar. Na cisticercose, os sítios mais frequentes de desenvolvimento das lesões por larvas de T. solium são o SNC e músculos esqueléticos, resultando em resposta inflamatória local e efeito de massa mediante o crescimento do cisto 
Ancilostomíase 
Infecção intestinal pelo parasita Ancylostoma duodenale ou Necator americanus, resultando em anemia.
Transmissão 
O contágio se dá através do contato com o solo contaminado por dejetos humanos contendo ovos de Ancylostoma duodenale ou Necator americanus. A infecção pode durar um ano (A. duodenale) ou três a cinco anos (N. americanus).
Fisiopatologia 
Os parasitas adultos vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam as paredes intestinais, se alimentam do sangue (0,3 a 0,5 mL por dia) e provocam hemorragias e anemia. Para que ocorra anemia, é necessária infecção por cerca de 40 vermes. Depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes. Encontrando condições favoráveis no solo, tornam-se embrionados 24 horas depois da expulsão. 
A larva assim originada denomina-se rabditoide, e abandona o ovo, passando a ter vida livre no solo. Após cerca de sete dias transforma-se em larva capaz de penetrar através da pele do homem, denominada larva filarioide infestante, e permanece viável no ambiente por até seis semanas. Após penetração ativa na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e, em seguida, capilares sanguíneos, sendo levadas pela circulação até o coração e, finalmente, aos pulmões, onde se caracteriza a fase migratória pulmonar com possível apresentação da síndrome de Loefler. 
Outra contaminação é pela larva filarioide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual, se é ingerida oralmente, alcança o estado adulto no intestino delgado, sem percorrer os caminhos descritos anteriormente. O parasita não se reproduz no hospedeiro. 
As pessoas portadoras desta verminose apresentam anemia com palidez evidente, com a pele amarelada e depleção das reservas de ferro. A síndrome de Loefler ocorre na fase migratória pulmonar de desenvolvimento do helminto. No local da penetração das larvas filarioides na pele, ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa). As perturbações intestinais se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes ou placas cortantes existentes na boca dos vermes.
Manifestações clínicas 
Dermatite pruriginosa (nos casos de transmissão por via cutânea) geralmente nos pés, hemorragias, perversão do apetite, diarreia ou constipação intestinal, anorexia ou polifagia e anemia em graus variáveis. Em crianças com alta carga parasitária, pode ocorrer desnutrição grave, insuficiência cardíaca e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Pode complicar também com síndrome de Löffler que, em casos graves, pode levar à hemorragia pulmonar e pneumonite.
Amebíase 
Infecções por Entamoeba histolytica, incluindo colite amebiana, abscesso hepático e, raramente, abscesso cerebral; e por Entamoeba moshkovskii, agente etiológico de diarreia. 
Transmissão
A amebíase é disseminada por transmissão fecal-oral da forma cística (estágio infectante mesmo com pequeno número de cistos) via água contaminada e alimentos, e também contato interpessoal, destacando práticas de sexo anal ou inoculação direta por dispositivos de irrigação colônica. O período de incubação para a infecção por E. histolytica é comumente entre 2-4 semanas, com variações entre dias ou anos. 
Fisiopatologia
A eclosão do cisto ocorre no íleo terminal ou cólon. Ela resulta em trofozoítas móveis (forma invasiva), que podem penetrar e transpor a barreira mucosa colônica, levando à destruição tecidual, diarreia secretória sanguinolenta e colite, com aspectos similares à doença inflamatória intestinal. Adicionalmente, os trofozoítas podem se disseminar por via hematogênica, via circulação portal para o fígado ou órgãos mais distantes. Após a colonização, os trofozoítas podem também encistar e ser excretados nas fezes.
Manifestações clínicasEmbora a maioria dos casos seja assintomática, disenteria e doença extraintestinal invasiva podem acontecer. Os abscessos hepáticos amebianos são as manifestações mais comuns da amebíase invasiva, mas outros órgãos podem estar envolvidos, inclusive sítios pleuropulmonares, cardíaco, cerebral, renal, geniturinário, peritoneal e cutâneo. Na amebíase intestinal invasiva pode haver complicações como hemorragias, perfurações intestinais, peritonite e oclusão intestinal por ameboma. A colite disentérica aguda caracteriza-se pela tríade de fezes mucossanguinolentas, cólicas abdominais e tenesmo.
Estrongiloidíase 
Geralmente assintomática. Quando sintomática, primeiro mostra lesões urticariformes, serpiginosas, maculopapulares ou lineares pruriginosas migratórias, decorrentes da penetração de larvas na pele. Depois, durante a migração da larva, podem ocorrer manifestações pulmonares (dispneia, broncoespasmo, tosse seca e/ou edema pulmonar), chamadas de síndrome de Löffler. 
Também pode levar a alterações intestinais como diarreia ou disenteria crônica, acompanhada de sintomas dispépticos que mimetizam úlcera péptica; pode haver síndrome de má absorção ou enteropatia perdedora de proteínas nas formas graves. 
A síndrome hiperinfecciosa resulta de disseminação de larvas em pacientes imunocomprometidos e se caracteriza por febre, dor abdominal difusa, vômitos, diarreia, manifestações de íleo paralítico e de choque, acompanhado de hipoproteinemia e hipopotassemia.
Giardíase 
Geralmente é assintomática, mas com o acometimento do intestino delgado pode ocorrer diarreia aguda (fezes líquidas, explosivas e fétidas, com curso autolimitado) até casos de diarreia persistente ou intermitente com esteatorreia, seguida ou não de má absorção, semelhante à doença celíaca. A presença de anorexia com má absorção pode gerar anemia e perda de peso.
Síndrome de Loeffler 
Ocorre em alguns ciclos evolutivos de helmintos, naqueles que apresentam uma fase larval, que atinge os pulmões do hospedeiro. As manifestações clínicas incluem sintomas respiratórios como broncoespasmo, pneumonia intersticial e sinais de insuficiência respiratória. Ocorre como manifestação de ascaridíase e ancilostomíase
APG 18 
–
 
s9p2
 
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Monstros SA
 
·
 
Termos desconhecidos:
 
§
 
Protozooses: doenças causadas por protozoários 
 
·
 
Definir problema: 
 
§
 
Quais as principais protozooses?
 
§
 
Quais são as mais comuns em crianças? 
 
§
 
Como se dá a contaminação 
 
·
 
Brainstorming:
 
§
 
As principais 
protozooses intestinais são amebíase e giardíase 
 
§
 
As formas de contaminação incluem: má higiene, falta de saneamento básico, água e alimentos 
contaminados 
 
·
 
Conclusão:
 
§
 
 
·
 
Objetivos:
 
Estudar 
as parasitoses intestinais e suas principais manifestações clínicas 
 
Listar quais políticas públicas devem ser tomadas contra protozooses 
 
 
Parasitoses 
intestinais
 
 
São infecções intestinais causadas por 
protozoários ou helmintos
, com manifestações clínicas específicas. 
E
mbora 
cada parasita possua um ciclo de transmissão próprio, 
a maioria das doenças ocorre com a 
chegada de larvas ou ovos no intestino do 
hospedeiro
,
 
ocorrendo assim a infecção
. 
P
raticamente 
todas as 
parasitoses intestinais apresentam 
transmissão oral
-
fecal pelo consumo de água e alimentos contaminados 
por fezes contendo o agente infeccioso, ou por 
penetração
 
de larvas por via c
utânea
. 
 
A
scaridíase 
 
Infecção intestinal pelo 
nematoide 
Ascaris lumbricoides 
ou 
Ascaris suum
, mais prevalente em crianças, em 
regiões tropicais e países em desenvolvimento 
 
Transmissão 
 
A transmissão 
fecal
-
oral
 
acontece a partir de 
alimentos obtidos em solo ou fontes aquosas contaminadas 
com fezes humanas
. 
P
ode 
apresentar caráter zoonótico associado à ingestão de carnes suína 
contaminadas com 
Ascaris suum 
 
Fisiopatologia 
 
Os 
ovos eclodem no intestino e 
as larvas passam pela parede intestinal
 
e migram pelo sistema porta para o 
fígado (4 dias) e pulmão (14 dias
), podendo evoluir com síndrome de Loeffler
. 
 
A
s 
larvas são expectoradas e deglutidas, alcançando o jejuno
 
(maturação em 65 dias). 
O
s 
helmintos da 
espécie 
Ascaris lumbricoides
 
podem viver de 10 a 24 meses no jejuno e íleo.
 
 
Manifestações clínicas 
 
Geralmente são assintomáticas
, mas pode causar 
dor abdominal periumbilical, diarreia, náusea, vômitos e 
flatulência
. 
O
 
paciente pode apre
sentar 
eliminação do parasita por orifícios
 
como ânus, boca, nariz e 
ouvido, sinais de suboclusão ou oclusão intestinal ou migração para via biliopancreática (bolo de áscaris). 
T
ambém 
pode cursar com síndrome de Lo
e
ffler por conta do ciclo pulmonar da larv
a 
com quadro de 
broncoespasmo, pneumonite e 
eosinofilia
. 
 
APG 18 – s9p2 – Monstros SA 
 Termos desconhecidos: 
 Protozooses: doenças causadas por protozoários 
 Definir problema: 
 Quais as principais protozooses? 
 Quais são as mais comuns em crianças? 
 Como se dá a contaminação 
 Brainstorming: 
 As principais protozooses intestinais são amebíase e giardíase 
 As formas de contaminação incluem: má higiene, falta de saneamento básico, água e alimentos 
contaminados 
 Conclusão: 
 
 Objetivos: 
Estudar as parasitoses intestinais e suas principais manifestações clínicas 
Listar quais políticas públicas devem ser tomadas contra protozooses 
 
Parasitoses intestinais 
São infecções intestinais causadas por protozoários ou helmintos, com manifestações clínicas específicas. 
Embora cada parasita possua um ciclo de transmissão próprio, a maioria das doenças ocorre com a 
chegada de larvas ou ovos no intestino do hospedeiro, ocorrendo assim a infecção. Praticamente todas as 
parasitoses intestinais apresentam transmissão oral-fecal pelo consumo de água e alimentos contaminados 
por fezes contendo o agente infeccioso, ou por penetração de larvas por via cutânea. 
Ascaridíase 
Infecção intestinal pelo nematoide Ascaris lumbricoides ou Ascaris suum, mais prevalente em crianças, em 
regiões tropicais e países em desenvolvimento 
Transmissão 
A transmissão fecal-oral acontece a partir de alimentos obtidos em solo ou fontes aquosas contaminadas 
com fezes humanas. Pode apresentar caráter zoonótico associado à ingestão de carnes suína 
contaminadas com Ascaris suum 
Fisiopatologia 
Os ovos eclodem no intestino e as larvas passam pela parede intestinal e migram pelo sistema porta para o 
fígado (4 dias) e pulmão (14 dias), podendo evoluir com síndrome de Loeffler. 
As larvas são expectoradas e deglutidas, alcançando o jejuno (maturação em 65 dias). Os helmintos da 
espécie Ascaris lumbricoides podem viver de 10 a 24 meses no jejuno e íleo. 
Manifestações clínicas 
Geralmente são assintomáticas, mas pode causar dor abdominal periumbilical, diarreia, náusea, vômitos e 
flatulência. O paciente pode apresentar eliminação do parasita por orifícios como ânus, boca, nariz e 
ouvido, sinais de suboclusão ou oclusão intestinal ou migração para via biliopancreática (bolo de áscaris). 
Também pode cursar com síndrome de Loeffler por conta do ciclo pulmonar da larva com quadro de 
broncoespasmo, pneumonite e eosinofilia.

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