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Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período HAM 1) POSTURA ÉTICA Tecnicamente, a ética vem do grego ethos e s ignifica m odo de ser, caráter, conduta. Uma preocupação e uma justificativa para o estudo da ética é o fato de que na medicina repousam os valores mais altos da humanidade, tendo assim o poder de dar e tirar a vida, lutar por ela e deixar morrer, ajudar e destruir pessoas. Já na moral apresenta classicamente duas especiais funções: inibição e transformação. Quanto mais intensa for a motivação do homem pela moral, mais sua particularidade se elevará na cotidianidade e assim vai surgir o conflito entre a herança moral d o p assado da humanidade e a exigência moral da época. A moral é objeto de estudos d a é tica e pressupõe três características: (1) seus valores não são questionados; (2) eles são impostos; (3) A desobediência às regras pressupõe um castigo. A grande diferença entre ética e moral é que, para funcionar, a moral precisa ser imposta, enquanto a ética deve ser inerente ao indivíduo, apreendida e incorporada por ele. A moral é imposta, a ética, percebida. 2) PRONTUÁRIO Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 3) ANAMNESE É o melhor instrumento para fazer a triagem e analisar os sintomas, reconhecer problemas de saúde e preocupações e registrar as maneiras como a pessoa responde a essas situações, permitindo aventar hipótese(s) diagnóstica(s) consistente(s), além de abrir espaço para a promoção da saúde. OBJETIVOS: Estabelecer condições para uma adequada relação médico paciente. Conhecer, por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos que influenciam o processo saúde doença de cada paciente. Fazer a história clínica, registrando, detalhada e cronologicamente, o(s) problema(s) de saúde do paciente. Registrar e desenvolver práticas de promoção da saúde Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam seu processo saúde doença. Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como suas condições socioeconômicas e culturais. Avaliar, de maneira clara, os sintomas de cada sistema corporal. Identificação: Perfil sociodemográfico que possibilita a interpretação dos dados individuais e coletivos do paciente Queixa principal: É o motivo da consulta. Sintomas ou problemas que motivaram o paciente a procurar atendimento História de doença atual: Registro cronológico e detalhado do problema atual de saúde do paciente Interrogatório sintomatológ ico : Avaliação detalhada dos sintomas de cada sistema corporal. Antecedentes pessoais e familiares: Avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais Hábitos de v ida : Documentar hábitos e estilo de vida do paciente, incluindo ingestão alimentar diária e usual, prática utilização de outras substâncias e drogas ilícitas Condições socioeconômicas e culturais: Avaliar as condições de habitação do paciente, além de vínculos afetivos familiares, condições de escolaridade. Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 4) LAVAGEM DAS MÃOS Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 5) ECTOSCOPIA Terminada a anamnese, inicia-se o exame físico de maneira sistematizada. Ademais, apesar da entrevista e o exame serem duas etapas diferentes, mas podem ser realizadas de maneira simultânea, pois são indissociáveis e se completam. Estado geral: é o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade. Para descrever a impressão obtida, usa-se a seguinte nomenclatura: Nível de consciência: A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, resultante da atividade de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema reticular ativado ascendente. Fala e linguagem: Durante a entrevista, desde o primeiro momento do encontro com o paciente, o examinador deve prestar atenção à linguagem do paciente, particularmente na linguagem falada (fala). Fácies: 1) Fácie hipocrática: - Apresenta os olhos fundos, parados e inexpressivos chamam logo a atenção do examinador. - O nariz afilase, e os lábios se tornam adelgaçados. - Quase sempre o rosto está coberto de suor. - Palidez cutânea e uma discreta cianose labial - Indica doença grave e quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que evoluem de modo lento 2) Fácie renal: - Edema que predomina ao redor dos olhos. - Palidez cutânea. 3) Fácie Leonina: - As alterações que a compõem são produzidas pelas lesões da hanseníase. - Pele, além de espessa, é sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior número na fronte. - Supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. - Lábios tornam se mais grossos e proeminentes. - As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. - A barba escasseia ou desaparece. Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 4) Fác ies Adeno id iana : - Nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. - Aparece nos indivíduos com hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais 5) Fác ies Park inson iana : - A cabeça inclina se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição. - O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. - A fácies parkinsoniana é observada na síndrome ou - na doença de Parkinson. 6) Fác ies H ipert ireó ides ou Basedowiana: - Olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro. - Outro elemento que salienta as características da fácies basedowiana é o bócio. - Indica hipertireoidismo 7) Fác ies M ixedematosa - Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada, com aumento dos sulcos. Edema periorbital, com supercílios escassos e cabelos secos e sem brilho. Expressão de desânimo e apatia. - Hipotireoidismo. 8) Fác ies Acromegá l ica - Saliência das arcadas supraorbitárias - Proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior - Aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 9) Fác ies Cush ingó ide Ou De Lua Cheia : - arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais. - aparecimento de acne. - Este tipo de fácies é observado nos casos de síndrome de Cushing por hipofunção do córtex suprarrenal. - Pode ocorrer também nos pacientes que fazem uso prolongado de corticosteróides. 10) Fác ies De Depressão : - Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. - Muitas vezes o olhar permanece voltado para o chão. - O sulco nasolabial se acentua e o canto da boca se rebaixa. 11) Fác ies Mongo lo ide/Down: - Está na fenda palpebral seu elemento característico, uma prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos dos chineses. - Um rosto redondo, boca quase sempre entreaberta e uma expressão fisionômica de pouca inteligência ou mesmo de completa idiotia. - É observada no mongolismo, trissomia do par 21 ou síndrome de Down 12) Fác ies Pseudobu lbar : - Tem como principal característica súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contêlas, dando um aspecto espasmódico à fácies. - Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar 13) Fácies da Paralisia Facial Periférica: - Assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, repuxamento da boca para o lado e apagamento do sulco nasolabial Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período14) Fác ies M iastên ica Ou Fác ies De Hutch inson - Caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. - Ocorre na miastenia grave e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior 15 ) Fác ies Do Def ic iente Menta l : - É muito característica, mas de difícil descrição. - Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação. - É comum que tais pacientes tenham sempre nos lábios um meio sorriso sem motivação e que se acentua em resposta a qualquer solicitação. 16) Fácies Etilicas: - Olhos avermelhados e certa ruborização da face. - O hálito etílico, a voz pastosa e um sorriso meio indefinido completam a fácies etílica ANTROPOMETRIA A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes mellitus, doenças do coração e hipertensão) em crianças, adultos, gestantes e idosos. Em crianças menores de 2 anos a medição é horizontal, utilizando o infantômetro, antropômetro ou estadiômetro. Etapas: 1° passo - Retire os sapatos, "roupas pesadas", remova enfeites e prendedores de cabelo e desfaça qualquer tipo de penteado. 2° passo - Deitar a criança no centro do antropômetro 3° passo: - Manter, com a ajuda do responsável: - A cabeça da criança apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito. - As nádegas e os calcanhares da criança devem estar em pleno contato com a superfície que apoia o antropômetro. Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 4° passo - Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que fiquem estendidos; juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com cuidado para que não se mexam. 5° passo - Fazer a leitura do comprimento 6° passo - Anotar o valor obtido. Em crianças a balança pediátrica mecânica se usa com crianças de até 2 anos de idade e com peso inferior a 15 quilogramas (kg). A balança antes da pesagem precisa ser higienizada, apoiada em uma superfície firme e forrar a balança. Já a balança pediátrica eletrônica, recomenda-se a utilização com crianças de até 2 anos de idade e com peso inferior a 15 quilogramas (kg). A precisão desta balança é de 5 gramas (g) para as medidas até 5 kg e de 10 g para as medidas entre 5 e 15 kg. E por fim a balança plataforma mecânica, esta sendo utilizada para pesar crianças maiores que 2 anos, adolescentes e adultos. É avaliada até os 2 anos de idade. Assim sendo, o perímetro cefálico (PC) é uma medida antropométrica que pode fornecer dados sobre a nutrição ocorrida nos dois primeiros anos de vida. Apresenta um rápido crescimento nos primeiros seis meses de vida, sendo 2 cm ao mês até três meses (6 cm), 1 cm ao mês dos três aos seis meses (3 cm) e 0,5 cm ao mês dos seis meses até completar 1 ano de vida (3 cm). A aferição do PC deve integrar a avaliação básica do crescimento e desenvolvimento da criança. Deve ser obtido em todas as consultas, conforme a técnica, e seu valor plotado na curva de referência de acordo com a idade e o sexo. Finalidade da avaliação, é acompanhar o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido e detectar precocemente possíveis atrasos de crescimento. 1) Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e passar a fita por trás do mesmo e trazê-la à frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada. 2) O perímetro torácico deve ser mensurado passando a fita métrica na altura dos mamilos. Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período Tem como objetivo, acompanhar o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido e detectar precocemente possíveis atrasos de crescimento. 1. Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e envolver o abdômen com a fita, passando-o por trás do mesmo e trazendo para frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada. 2. Para mensuração, a fita métrica deve passar na altura da cicatriz umbilical O IMC para a idade é recomendado internacionalmente para diagnóstico individual e coletivo dos distúrbios nutricionais na adolescência. Este indicador incorpora a informação da idade do indivíduo, foi avaliado como indicador de gordura corporal total nos percentis superiores e proporciona uma continuidade com o indicador utilizado entre adultos. IMC = 𝑃𝐸𝑆𝑂 𝐴𝐿𝑇𝑈𝑅𝐴² SINAIS VITAIS PRESSÃO ARTERIAL Pressão arterial é definida como uma força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. E tem por finalidade promover uma boa perfusão dos tecidos e assim possibilitar as trocas metabólicas. Está relacionada com o trabalho do coração e traduz o sistema de pressão vigente na árvore vascular arterial. A PA é determinada de maneira simplificada pela relação: PA = DC × RP. Além do débito cardíaco e da resistência periférica, a pressão arterial depende da elasticidade da parede dos grandes vasos, da viscosidade sanguínea e da volemia. ● Débito cardíaco: é a resultante do volume sistólico (VS), multiplicado pela frequência cardíaca (FC), expresso na seguinte fórmula DC = VS × FC. Em um homem, em repouso e em condições normais, o débito cardíaco alcança aproximadamente 5 a 6 L por minuto. ● Resistência periférica: É representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este o fator mais importante na manutenção e regulação da pressão diastólica. A resistência periférica depende,da ação do sistema nervoso simpático, por meio dos receptores alfa (vasoconstritores) e beta (vasodilatadores). Também é importante a influência humoral sobre a resistência periférica, Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período representada pela angiotensina e pelas catecolaminas, que interferem na vasoconstrição, e pelas prostaglandinas e cininas, que agem na vasodilatação. ● Elasticidade da parede dos grandes vasos: Grande distensibilidade é uma das características dos grandes vasos, principalmente da aorta, em cujas paredes predominam amplamente as fibras elásticas. Esta propriedade é fundamental para contrabalançar as consequências do funcionamento descontínuo do coração. ● Volemia: O volume de sangue contido no sistema arterial interfere de maneira direta e significativa nos níveis das pressões sistólica e diastólica. Ao reduzir a volemia, como ocorre na desidratação e nas hemorragias, observa-se queda da pressão arterial, que pode chegar a níveis extremamente baixos. ● Viscosidade sanguínea: A influência deste fator é relativamente pequena, embora participe tanto da determinação da pressão sistólica quanto da diastólica. Nas anemias graves, entretanto, a diminuição da viscosidade sanguínea pode ser o fator responsável por níveis pressóricos baixos. ● Manguito de tamanho adequado: 2/3 do comprimento do braço (80% do comprimento e 40% da circunferência) MÉTODOS PARA MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL: Os métodos utilizados para medir a pressão arterial podem ser direto ou indireto: - O método direto fornece a pressão direta ou intraarterial. - Por ser um procedimento invasivo e exigir equipamento mais sofisticado, é reservado para pesquisa. PREPAROS: - Repouso mínimo de 3 minutos - Local tranquilo e, preferencialmente, sem ruídos ou movimentos que possam interferir com a ausculta ou com as oscilações de pulso. - A bexiga deve estar vazia e deve-se aguardar 1 hora de intervalo após uso de cigarro, ingestão de café ou de outras substâncias excitantes - Posição: Podem ser utilizadas as posições sentada, deitadaou em pé. Em qualquer posição, é necessário manter a artéria braquial no nível do coração (4º espaço intercostal), tomando-se o cuidado de deixar o paciente em posição confortável, com o braço ligeiramente flexionado, apoiado sobre uma superfície firme, com a palma da mão voltada para cima. - Na perna, geralmente é o valor é 20% maior PASSOS: 1. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS sistólica obtido pela palpação. No método palpatório, a PAS é o valor que aparece no manômetro quando o pulso radial para de ser sentido 2. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo) 3. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação 4. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina 1º período 5. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa 6. Se os batimentos cardíacos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar os valores PAS/PAD/zero - Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto - Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar, e o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência - Informar o valor da PA obtido para o paciente - Anotar os valores exatos e o braço que a PA foi medida. FASES DE KOROTKOFF ● Fase I (aparecimento de sons): o primeiro som é claro como uma pancada. A força da onda sistólica é maior que a resistência oferecida pelo manguito e o sangue volta a passar pela artéria. A clareza do batimento depende de força, velocidade e quantidade de sangue. ● Fase II (batimentos com murmúrio): com a dilatação da artéria pressionada, a contracorrente reverbera e cria murmúrios na parede dos vasos sanguíneos ● Fase III (murmúrio desaparece): os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu constrição continua a se dilatar com a redução da pressão do manguito ● Fase IV (abafamento dos sons): os batimentos repentinamente tornam-se menos acentuados. ● Fase V (desaparecimento de sons): restabelecer o calibre normal da artéria e o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis à ausculta da artéria radial.
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