Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processos Grupais: Kurt lewin Prof. Zeimara de Almeida Santos 1 2 Alexandra Teixeira 202004094572 Alexsander de Jesus Reis Oliveira 202008404568 Aline Barbosa da Silva 201907309471 Amanda Carvalho Santos Siqueira 201904072097 Cássia Cristine de Paula 202101327811 Cristiane Araújo de Paula 202101327731 Jadeson da Silva Sousa 202002823161 Karina Faustino Emandi 201903347734 Kayanne Katleen Ferreira de Oliveira 201908276011 Lucilene Simor Dutra Gentil 202004117521 Maria da Gloria Costa de Magalhães 201807138003 Mariana Pereira da Silva 202001360662 Neide de Paiva Gomes 201808063601 Nubia de Andrade dos Santos Netto 201901203425 Pedro Bitencourt Viana 202003193933 Priscilla Dionizia Lino 201908596661 Raquel de Jesus Santos 201908276134 Thales Martins Rodrigues Martha 201802091581 Vittorio Brum Vohryzek 201903284147 BIOGRAFIA Kurt Lewin nasceu no dia 9 de setembro de 1890 em Mogilno, na antiga Prússia. Pouco sabemos de sua infância e adolescência, de seus pais e de sua constituição familiar. Em sua juventude fez sucessivamente estudos universitários em Friburgo (Alemanha), Munique e Berlim. Seus interesses pela Psicologia aparecem gradualmente. Inicialmente se dedica à Química e à Física, depois à Filosofia e, finalmente, prepara uma tese em Psicologia. Doutora-se em Filosofia pela Univ. de Berlim (1914), apresentando uma tese sobre “A psicologia do comportamento e das emoções”. Essa tese será retomada e completada por trabalhos posteriores, publicados simultaneamente em Londres e Berlim (1926). 3 3 Vida e trabalho O título em inglês de sua primeira obra é “Investigation into the psychology of behavior and emotion”. Kurt Lewin começa sua carreira na Universidade de Berlim em 1914 mas o início da Primeira Guerra frustra seus planos. É convocado e servirá durante toda a Guerra, dela saindo ileso. Em 1921 torna-se professor assistente do Instituto de Psicologia da Universidade de Berlim e em 1926, professor titular da mesma Universidade, de onde só sairá com a chegada dos nazistas ao poder em 1933. Neste ano, por ser judeu, Lewin é obrigado a deixar a Alemanha, após pagamento de resgate para não ir a um campo de concentração. Fica na Inglaterra alguns meses, indo depois aos Estados Unidos, onde é convidado a lecionar na Universidade de Stanford (Califórnia) e, na sequência, Cornell, em Nova York. 4 4 VIDA E TRABALHO Kurt Lewin foi um psicólogo de origem alemã, naturalizado norte-americano para fugir do nazismo. É considerado o fundador da moderna Psicossociologia Experimental. As experiências que levou a cabo mostraram que a conduta do indivíduo varia de acordo com o meio em que se encontra inserido. Ao criar em 1935 uma Teoria Dinâmica da Personalidade, demonstrou que a personalidade apenas pode ser definida em situação social – segundo Kurt Lewin, o indivíduo e o meio em que está integrado fazem parte de um sistema único, proposta de sua famosa teoria do campo. Nesse período pós-guerra (1918-1921), publica três artigos sobre a medida dos fenômenos psíquicos. Em 1926 torna-se professor titular de psicologia na Universidade de Berlim. Conservará suas funções e este estatuto acadêmico até a tomada do poder pelos nazistas em 1933. Em 1933, Kurt Lewin, que era judeu, é obrigado pelos nazistas a deixar a Alemanha com sua família em 24 horas. Não foi para um campo de concentração porque pagou um resgate 5 VIDA E TRABALHO Fica por alguns meses na Inglaterra, e depois se muda para os Estados Unidos da América, recebendo convite para ensinar na Universidade de Stanford. Após 1 ano, torna-se professor de psicologia na Universidade de Cornell. Nessa época, Lewin publica dois trabalhos teóricos, que logo o tornarão celebre: “A dynamic theory of personality” (Uma teoria dinâmica de personalidade) e “Principles of topological psychology” (Princípios da psicologia topológica). Nesse período, seu principal interesse é formular uma teoria do conjunto do comportamento individual e, ao mesmo tempo, elaborar modelos teóricos que permitam uma renovação na experimentação e a exploração dos fatos psíquicos. Em 1939 Kurt Lewin volta à Universidade de Stanford, e em 1940 torna-se professor na Universidade de Harvard. Em 1945, a pedido do M.I.T. (Massachussets Institute of Technology), funda um centro de pesquisas em dinâmica de grupos. Para Kurt Lewin é o momento para criação e introdução do termo “dinâmica dos grupos” no vocabulário dos psicólogos. No início tentou defini-lo por referencia ao contexto acadêmico no qual empreende seus novos projetos de pesquisas 6 MORTE DE KURT LEWIN Kurt Lewin morreu de ataque cardíaco em 12 de fevereiro de 1947, com 56 anos, em sua residência em Newtonville, situada próxima aos dois centros que trabalhava: Harvard e o M.I.T.. Após sua morte, os professores Allport, de Harvard, e Cautwright, da Universidade de Michigan, em colaboração com sua filha, Gertrud, editam e publicam vários artigos de Kurt Lewin sobre dois temas complementares tratando de psicologia social e de dinâmicas de grupos. O primeiro destes volumes intitulado “Resolving social conflicts” (resolvendo conflitos sociais) e o segundo “Field theory in social science” (teoria de campo em ciências sociais). As descobertas de Kurt Lewin sobre a comunicação humana só constituíram para ele uma ciência depois de serem submetidas a experimentações sistemáticas e a verificações múltiplas na “vida real” dos grupos humanos, não apenas em laboratório. 7 MORTE DE KURT LEWIN Um psicólogo tímido que adorava grupos Kurt Lewin era, ao primeiro contato, um homem tímido e sem flexibilidade, e mostrava uma certa dificuldade em abordar as pessoas. Mas para aqueles que trabalhavam diretamente nas pesquisas tornava-se extremamente atraente por sua integridade intellectual. Outro traço interessante do comportamento de Kurt Lewin era o fato de que exigia que tudo fosse discutido explorado e decidido em grupo: hipóteses, objetivos, metodologia e etc. Sempre atento às opiniões e sugestões de onde quer que viessem, respeitoso e disponível, sempre pronto a ajudar seus alunos nos primeiros passos da preparação de suas pesquisas. 8 A Teoria de Campo de Kurt Lewin 9 Em 1935, Kurt Lewin já se referia, em suas pesquisas sobre comportamento social, ao importante papel da motivação. Para melhor explicar a motivação do comportamento, elaborou a teoria de campo, que se baseia em duas suposições fundamentais. a) o comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes; b) esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação com as demais partes. O comportamento humano depende do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico…” 10 O ENVELHECIMENTO, A TEORIA DE CAMPO E A DINÂMICA DE GRUPOS. Embora existam grandes diferenças individuais nesse processo, três domínios gerais devem ser considerados: aumento de déficits físicos; pressões e perdas sociais; e perspectiva iminente de finitude Para muitos idosos, a velhice está associada à decadência, à dependência e à incapacidade para as atividades simples de vida diária, como, andar, vestir-se, cuidar da casa e dos netos. Esse fato ocorre quando não acreditam que suas instâncias psíquicas possam protegê-los das surpresas do espelho, e preferem não se reconhecer com a imagem refletida. 11 O ENVELHECIMENTO, A TEORIA DE CAMPO E A DINÂMICA DE GRUPOS Lewin criou a teoria de campo fundamentada em duas suposições: 1) O ser humano comporta-se em resposta à totalidade de fatos coexistentes; 2) Os fatos coexistentes resultam no campo dinâmico onde cada um de seus componentes é interdependente. Para o mesmo, o comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico”. Acredita-se, que a experiência grupal comidosos baseada na teoria de Kurt Lewin daria uma ressignificação de velhice e uma valorização de estratégias que percebam as dinâmicas de grupo como ferramentas de intervenção importantes na área de saúde. 12 O ENVELHECIMENTO, A TEORIA DE CAMPO E A DINÂMICA DE GRUPOS As experiências de saúde e doença têm profundas implicações na qualidade de vida do idoso e interferem drasticamente no indivíduo, sobre seus sentimentos de vida ou de morte. Embora a velhice esteja ligada a estereótipos positivos (por exemplo, sábios) e negativos (por exemplo, senil), estes claramente superam aqueles. Existem pelo menos duas rotas através das quais os estereótipos podem influenciar avaliações e performances. A “teoria da rotulagem” sugere que, quando confrontados com estereótipos de idade, os idosos integram a informação estereotipada em sua autoavaliação e, mostram efeitos de assimilação. No caso de estereótipos negativos, os achados resultam em um desempenho mais típico de idade, como uma marcha mais lenta ou um desempenho de memória mais desfavorável. A “teoria da resiliência”, por outro lado, sugere que um confronto com estereótipos negativos ou informações negativas relacionadas à idade leva a autopercepções ou performances mais positivas. A ideia é que, quando as pessoas sentem-se ameaçadas (por exemplo, por estereótipos negativos), envolvem-se em comparações sociais descendentes (ou seja, comparam-se com aqueles que são piores) para restaurar uma autoimagem positiva. 13 O ENVELHECIMENTO, A TEORIA DE CAMPO E A DINÂMICA DE GRUPOS Contudo, alguns autores questionam esse tipo de associação (descendente), ao confirmar em estudos que quando expostos a estereótipos de envelhecimento positivo, os idosos apresentam melhorias no desempenho físico e mental, e estão mais propensos a aceitar intervenção médica. Swift et al. demonstraram, por exemplo, o aumento no desempenho de idosos, que são estereotipados, em um domínio, de forma mais favorável do que pessoas mais jovens. Isso revela que fazer comparações sociais ascendentes e não descendentes tem múltiplos efeitos prováveis nos comportamentos de saúde de indivíduos mais velhos. 14 A teoria da dinâmica dos grupos com idosos Para Lewin, um grupo consiste em uma totalidade dinâmica que não resulta apenas da soma de seus integrantes; e tem propriedades específicas enquanto totalidade, princípio da Escola da Gestalt. Possui estrutura própria, objetivos e relações com outros grupos. A essência de um grupo não é a semelhança ou a diferença entre seus membros, mas sua interdependência. Lewin caracteriza um grupo como um todo dinâmico, o que significa que uma mudança no estado de uma das suas partes provoca mudança em todas as outras. Nesse sentido, as tentativas com vistas à realização dos objetivos grupais criam no grupo um processo de interação entre as pessoas, que se influenciam reciprocamente e pode haver a produção de novos significados e metas. Ademais, ao aproximar-se da realidade, o homem faz simplesmente a experiência da realidade de que ele está à procura, a qual ele é capaz de enxergar, ou seja, o que a sua consciência permite. Portanto, faz-se necessário desenvolver uma conscientização nesse futuro ou atual condutor, pois a conscientização implica que ultrapassemos essa esfera espontânea de apreensão da realidade, para chegarmos a uma esfera crítica na qual o homem assume uma posição de construtor do conhecimento. 15 TRABALHANDO COM IDOSOS A escolha da melhor abordagem por profissionais que lidam com idosos é um desafio para muitos deles, pois exige habilidades e conhecimentos que muitas vezes não fazem parte de seu repertório ou área de atuação. As avaliações e expectativas centradas no declínio e nas perdas do envelhecimento, bem como a aceitação indiscriminada e pouco reflexiva de uma visão negativa da velhice, limitam o reconhecimento das habilidades dos idosos, influenciam negativamente o seu engajamento em comportamentos positivos de saúde, e têm efeitos sobre o tratamento oferecido pelos profissionais. 16 17 INFLUÊNCIA DOS ESTILOS DE LIDERANÇA Lewin e seus colegas também dedicaram-se à análise da influência dos estilos de liderança e do clima grupal sobre o comportamento dos membros do grupo, e observaram que o estilo de liderança democrático produzia normas grupais construtivas e independentes, que levavam à realização de um trabalho produtivo, independentemente da presença ou não do líder. Isso torna o alcance do objetivo mais demorado, entretanto, mais duradouro. Já a liderança laissez-faire deixava os membros passivos, enquanto os grupos com liderança autocrática tornavam-se agressivos ou apáticos. Pois, como as decisões são centralizadas na figura do líder, os membros somente funcionam a partir de sua demanda19. Ou seja, para Lewin a aprendizagem é mais eficiente quando desenvolvida como um processo ativo para o sujeito, especialmente quando é coordenada de maneira colaborativa. 18 Espaço vital Por toda carreira de 30 anos, Kurt Lewin dedicou-se a área amplamente definida da motivação humana, descrevendo o comportamento humano dentro de total contexto social e físico (Lewin, 1936, 1939). Seu conceito geral de psicologia era prático, concentrando-se nas questões sociais que afetam a nossa vida pessoal e profissional Buscava mudança organizacional humanizando as fábricas da época, de modo que o trabalho se tornasse mais uma fonte de satisfação pessoal do que apenas uma forma de ganhar a vida. 19 A teoria da dinâmica dos grupos As dinâmicas de grupo são aplicadas em escolas, trabalhos, recrutamento As contribuições teóricas de Kurt Lewin são utilizadas atualmente, principalmente por muitos pesquisadores e estudiosos da psicologia de grupo assim como a psicologia como um todo. Em 1945, Kurt Lewin funda um centro de pesquisas em dinâmicas de grupos a pedido do M.I.T. (Massachussets Institute of Technology), ele é o teórico responsável pela introdução do termo “Dinâmica dos grupos”. Lewin procurava discutir os temas e as questões explorando em grupos: tanto com seus alunos como também em suas pesquisas, assim como em todos os trabalhos que ele desenvolvia. Estava sempre atento a opiniões e divergências porque buscava o entendimento dessa força que possui o grupo e de suas interações sociais. 20 A teoria da dinâmica dos grupos Quando mencionamos Dinâmicas do grupo, nos referimos às forças que estão acontecendo dentro de um determinado grupo. Um grupo é um todo (todas as pessoas que ali estão inseridas) e dinâmico por existirem forças atuando a todo tempo no sentido de impulsionar essas pessoas para o centro, para a parte interna e para fora desse grupo. De acordo com Kurt Lewin, ao considerar o grupo como um todo e não como partes, quando não fragmentado, qualquer mudança que ocorra em um dos seus participantes, irá interferir no estado do grupo como um todo, causando interferências em todo o grupo, e por estar sujeito a mudanças o grupo é dinâmico. Um grupo pode desenvolver-se de forma autoritária, democrática ou liberal, dependendo da vocação do grupo e de sua liderança. Se um grupo cujos seus membros acharem que a forma autoritária seria melhor forma de organizar as relações, necessitará de um líder autoritário que por sua vez, este reforçará a autoridade dentro do grupo. 21 A Motivação e o Efeito Zeigarnik Kurt Lewin propôs a existência de um estado básico de balanço ou equilíbrio entre o indivíduo e o ambiente. Qualquer pertubação desse equilíbrio provoca uma tensão que, por sua vez, conduz a alguma ação em um esforço de avaliar a tensão e restabelecer o equilíbrio. Assim, para explicar a motivação humana, Lewin acreditava que o comportamento envolve um círculo de estados de tensão ou estados de necessidade seguidos de atividades e alívio. Em 1927, Bluma Zeigarnik realizou um experimento, sob a supervisão de Lewin, para testar essa proposição. Os indivíduos recebiam uma série de tarefas e lhes era permitido terminar algumas, mas eles eram interrompidos antes de completarem outras.Resultado: a probabilidade de as pessoas lembrarem das tarefas era 1,9 maior no caso das tarefas interrompidas. De acordo com a teoria de Lewin, a maior precisão da memória era devida à tensão não descarregada da tarefa incompleta. 22 Frases de kurt lewin “’Se você realmente quer entender alguma coisa, tente mudá-la.” “Não existe nada mais prático do que uma boa teoria.” “A má teoria é aquela que tenta tomar o lugar dos fatos, dizendo-se mais importante que eles.” 23 23
Compartilhar