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Compreendendo como funciona os critérios de apoio ao Processo decisório Métodos de Apoio ao Processo Decisório As pessoas enfrentam a tomada de decisões em suas vidas profissionais e pessoais, como visto em todas as unidades de estudos anteriores, um dos exemplos é o chefe dos bombeiros na unidade 1, tomando decisões referente as ações necessárias de sua equipe, outro exemplo é você ao decidir estudar e para escolha analisa o curso e as classificações da universidade. Outro exemplo, candidatos a um emprego sendo que a vaga é "classificada" com base em sua experiência, desempenho durante a entrevista. Atualmente, a classificação de problemas ocorre naturalmente na vida cotidiana. Um médico, por exemplo, diagnostica um paciente com base em seus sintomas e os atribui a uma aula de patologia para poder prescrever o tratamento apropriado. Na organização, os projetos geralmente são classificados em categorias baseadas na prioridade. O processo decisório é um dos aspectos mais importantes de uma organização bem- sucedida e sustentável. A seleção adequada é essencial para maximizar a eficiência das medidas que aumentarão o impacto econômico e melhorarão o fluxo de trabalho, para isso, seleções conclusivas podem ser realizadas em diferentes níveis de tomada de decisão. Alguns projetos podem estar relacionados aos objetivos gerais relacionados à política da empresa. Nesse nível, as decisões geralmente são caracterizadas pela incerteza da situação e o processo de tomada de decisão diz respeito à perspectiva de longo prazo. No nível tático, as decisões frequentemente exigem a análise de muitos critérios e são repetidamente caracterizadas pela subjetividade, preferência e experiência do tomador de decisão. A seleção realizada no nível operacional é a melhor posição para a tomada de decisões, devido à repetibilidade e à rotina. Cada nível possui um conjunto diferente (em termos de quantidade e qualidade) dos dados de saída; portanto, abordagens diferentes são usadas na resolução de problemas. Os problemas com decisões podem ser analisados de acordo com as três condições a seguir: 1. Confiança- tomadores de decisão conhecem as consequências; 2. Risco - é conhecida a probabilidade da ocorrência das consequências; 3. Incerteza - tomador de decisão não tem conhecimento da probabilidade do resultado. Essas condições são caracterizadas como evidenciadoras de problemas, pois dependem de alguns julgamentos subjetivos do tomador de decisão, o que pode causar erros na estimativa do resultado final. Problemas de decisão como classificação e escolha são frequentemente complexos pois envolvem vários critérios, é isso que veremos nos próximos tópicos dessa unidade. Sistemas de Informações Gerenciais nas Tomadas de Decisão Atualmente existe a necessidade de que o processo de tomadas de decisão seja baseado em sistemas de informações gerenciais, pois tais sistemas, dentro de um processo decisório estruturado e disciplinado e com as adequadas informações gerenciais, levam à segurança que o administrador precisa para escolher qual a melhor decisão para a organização (MELO, 2006). Como a informação gerencial permite ao administrador tomar uma decisão, essas informações, apresentam uma variedade do que chama de "atributos técnicos", que são definidos conforme sua importância: l. Custo de sua oportunidade versus o benefício que ela proporciona: a organização tem um determinado custo para que a informação chegue até o tomador de decisão. Neste caso, se o benefício obtido com a decisão decorrente desta informação for igual ou menor a seu custo, é constatada que esta não se faz necessária para a organização; II. Oportunidade: a decisão terá um valor máximo se for tomada dentro de um certo momento; preservará algum valor por algum tempo e, finalmente, não terá nenhum valor, mas apenas custo; III. Correção: as informações gerenciais não têm a necessidade de serem exatas, pois, para que isto ocorra, demandam um certo tempo para serem geradas; basta serem corretas e disponíveis no momento certo, para refletir a realidade; IV. Relevância ou significado: as informações possuem graus de importância para as tomadas de decisão. O administrador utiliza as informações mais apropriadas, vindo a admitir uma margem de risco no processo decisório; V. Comparação e tendência: necessidade de comparação entre o desempenho real, o orçado e sua variação, e se possível indicar a tendência do ocorrido, para que se possa encontrar a origem do desvio e corrigi-lo. A importância da utilização dos sistemas de informação gerencial, permitem o correto comando, controle e coordenação do ciclo gerencial. Observa-se que o processo decisório é, em si, um processo que envolve não apenas fatores objetivos, mas também fatores subjetivos, pois são distintas variáveis que irão influenciar na escolha da melhor decisão ou da decisão mais adequada, a partir análises e ponderações necessárias a esse processo. Os diversos tipos de sistemas de informação empresariais têm suas próprias características para atender às necessidades de gestão e apoio à tomada de decisão. A competitividade e a dinâmica dos mercados exigem que as organizações tenham habilidade em sintetizar informações e velocidade na obtenção dessas informações como um diferencial. Basicamente, as informações geradas pelo SIG, introduzido na Unidade 2 e 3, podem atender a duas finalidades: conhecimento dos ambientes interno e externo de uma empresa e atuação nestes ambientes. Figural Nesse sentido, Sistema de Apoio à Decisão (SAD) fornece aos tomadores de decisão diversas ferramentas de análise sobre informações obtidas de diversas fontes de dados na empresa, com o objetivo de solucionar problemas de forma integrada. A importância e o conceito de sistema de informações evoluíram com o decorrer dos anos. Os sistemas de informação passaram por várias etapas, como a operacionalização das tarefas rotineiras, a integração entre os diversos sistemas de informação na empresa e o suporte ao gerenciamento. A informação passou a ser vista como recurso estratégico para obtenção de vantagem competitiva e sua utilização como garantia de sobrevivência organizacional, conforme visto nas unidades anteriores. Na busca pela competitividade, cada vez mais, as empresas buscam técnicas para a tomada de decisão. Entre as principais iremos descrever nos próximos tópicos: análise de cenários ou prospecção de cenário, análise por multicritério, diagrama de espinha de peixe e técnica nominal de grupo. Técnicas de Análise de Cenários ou Prospecção de Cenário Essa técnica é utilizada pelas organizações para vislumbrar seu futuro e, assim desdobrar em três cenários: utópico, realista e de crise (MORITZ, 2004). Para isso, são utilizadas as seguintes técnicas: 1. Brainstorming (tempestade de ideias): utilizada para auxiliar um grupo a imaginar elou criar tantas ideias quanto possíveis em torno de um assunto ou problema de forma criativa. Vantagem: não pressupõe a necessidade de especialistas. Desvantagem: inibição de alguns participantes; 2. Técnica Delphi: utiliza o brainstorming com grupos 6 de especialistas para chegar a um consenso e obter intuições sobre o futuro; 3. Análise por Multicritério: um grupo de "experts" avalia várias alternativas, atribuindo valores numéricos a critérios escolhidos pelo consenso; 4. Diagrama de Espinha de Peixe ou Diagrama de Causa-Efeito: permite visualizar melhor o universo em que o problema está inserido. Isso é feito por meio da construção de um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até chegar à sua origem. Vantagens: permite a visualização das causas de um problema de forma clara e agrupada por fatores chaves. Desvantagens: para o correto uso dessa técnica, é necessária a presença de pelo menos um especialista no problema e outro especialista na utilização da técnica. O diagrama de causa e efeito, é uma ferramenta de qualidade utilizadano gerenciamento e controle dos processos e da qualidade. É composto por seis tipos diferentes de causas principais que afetam os processos sendo: métodos, meio ambiente, mão de obra, máquina, material e medida. Pela sua estrutura, esta ferramenta também é conhecida por 6M. Desta forma, esta ferramenta auxilia o decisor a compreender a origem dos problemas, gerando reflexões e informações necessárias para tomar decisões. Conforme observa-se na Figura os fatores que compõe a matriz de causa e efeito são: • Método: utilizado para executar o trabalho ou um procedimento; • Matéria prima: utilizada no trabalho, que pode ser a causa de problemas; • Mão de Obra: caracterizada como, a pressa, imprudência ou mesmo a falta de qualificação da mão de obra podem ser a causa de muitos problemas; • Máquinas: caracterizado como falhas de máquinas e equipamentos, sendo derivado da falta de manutenção ou por operacionalização de forma inadequada; • Medida: qualquer decisão tomada anteriormente pode alterar o processo e pode ser a causa do problema; • Meio Ambiente: o ambiente pode favorecer a ocorrências de problemas. Está relacionada, neste contexto, à poluição, poeira, calor, falta de espaço, etc. A aplicação dessa técnica gera uma análise profunda das possíveis causas e efeitos de determinado problema, auxiliando na resolução do problema ou prevendo possíveis consequências sobre determinada situação. Este modelo proporciona ao decisor um grande número de informações que fundamentam a sua escolha. 5. Técnica Nominal de Grupo: é um processo estruturado que tem como objetivo potencializar a tomada de decisão criativa dos grupos quando não há consenso ou quando os membros possuem uma especialização incompleta da natureza do problema. Essa técnica tem como característica relevante fazer com que os critérios individuais sejam a chave para posteriormente chegar a acordos em equipe, com as seguintes etapas: geração de ideias; registro de ideias; esclarecimento de ideias; e votação de ideias. 6. Análise de Pareto é feita sobre um gráfico de colunas que indica e ordena a frequência de determinadas ocorrências. A ideia é a seguinte: 80% das consequências advêm de 20% das causas. O objetivo é identificar os problemas que são, de fato, prejudiciais para a empresa e listá-los em ordem de importância. Assim, é possível concentrar os esforços nos mais graves e solucioná-los de maneira. Poder contar com ferramentas para tomada de decisão é fundamental para que o gestor tenha uma visão mais ampla e completa sobre a atual situação da empresa. Elas fornecem informações valiosas para o processo decisório, permitindo corrigir falhas e potencializar táticas que já estão dando certo. Multicritérios do Processo de Decisão Como o próprio nome sugere, uma das principais vantagens dos métodos de tomada de decisão com vários critérios é a possibilidade de separar muitos critérios, independentemente do caráter dos dados. Esses métodos permitem a capacidade de considerar os dados qualitativos no processo de tomada de decisão e transmiti-los em forma linguística. Esses métodos são utilizados em diversos setores e campos organizacionais, principalmente ao considerar os fatores qualitativos e quantitativos que refletem os requisitos do tomador de decisão. A vantagem fundamental desse método é refletir com precisão a natureza do fenômeno examinado, os métodos de análise de decisão multicritério (MCDA) foram desenvolvidos para apoiar o tomador de decisão em seu processo de decisão único e pessoal. Métodos MCDA fornecem trampolins e técnicas para encontrar uma solução e têm a distinção de colocar o tomador de decisão no centro do processo. Eles não são métodos automatizáveis que levam à mesma solução para todos os tomadores de decisão, mas incorporaram informações subjetivas. Nesse contexto, informações subjetivas, também conhecidas como informações de preferência, são fornecidas pelo tomador de decisão, o que leva ao comprometimento na solução. Os métodos de classificação são úteis para uma triagem inicial ou para reduzir o número de opções a serem consideradas em uma etapa subsequente. O MCDA foi desenvolvido para resolver problemas com vários critérios, conforme listado abaixo: A. O problema da escolha - o objetivo é selecionar a melhor opção ou reduzir as opções para "boas" equivalentes ou incomparáveis. Por exemplo: um gerente que seleciona a pessoa certa para um projeto específico; 2. O problema de classificação - as opções são classificadas em grupos ordenados e predefinidos, chamado categorias. O objetivo é reagrupar as opções com comportamentos semelhantes ou características por razões descritivas, organizacionais ou preditivas. Por exemplo: os colaboradores podem ser avaliados quanto à classificação em diferentes categorias, como "desempenho superior", "desempenho médio" e "desempenho fraco". Com base nessas classificações, medidas podem ser tomadas. 3. O problema de ordenação - as opções são ordenadas da melhor para a pior por meio de pontuações ou comparações aos pares. A ordem pode ser parcial se incomparáveis opções são consideradas ou completas. Um exemplo típico é a classificação de universidades de acordo com vários critérios, como qualidade do ensino, pesquisa experiência e oportunidades de carreira. 4. O problema da descrição - O objetivo é descrever opções e suas consequências. Isso geralmente é realizado para entender as características do problema de decisão. Composto por Problema de eliminação visa os parâmetros de preferência, Problema de design que busca identificar ou criar uma nova ação, que irá atender aos objetivos e aspirações do tomador de decisão. Para resolver os problemas alguns métodos foram desenvolvidos, chamados de métodos MCDA que são compostos por: • Software MCDA: são programas que ajudam os usuários (tomadores de decisão) a estruturar e resolver seus problemas de decisão; • Seleção de métodos MCDA: é a escolha da ferramenta de suporte à decisão apropriada para àquele problema pois, nenhum dos métodos pode ser aplicado a todos os problemas. Cada método tem suas próprias limitações, particularidades, hipóteses, premissas e perspectivas Existem diferentes maneiras de escolher métodos MCDA, uma das formas é observar as informações de entrada, ou seja, os dados e parâmetros do método e, consequentemente, a criação de processos de apoio à decisão para abordar os aspectos sociais associados à tomada de decisões estratégicas. Os problemas que requerem técnicas de MCDA são complexos e, como resultado, é vantajoso decompô10s e resolver um "subproblema" de cada vez. 1. Teoria da utilidade de atributos múltiplos (MAUT) - baseia-se na principal hipótese que todo tomador de decisão tenta otimizar, consciente ou implicitamente, uma função que agrega todos os seus pontos de vista. Isso significa que as preferências do tomador de decisão podem ser representadas por uma função, chamada função utilitária U. Essa função não é necessariamente conhecida no início do processo de decisão, então o tomador de decisão precisa construí-lo primeiro. A função utilidade é uma maneira de medir a conveniência ou a preferência de objetos, chamados de alternativas. Estes podem ser bens de consumo (carros, smartphones, etc.) ou serviços. A pontuação da utilidade é o grau de bem-estar que essas alternativas fornecem. 2. MACBETH- significa 'Medindo Atratividade por uma Avaliação Baseada em Categorias Técnicas' são baseados em pares comparações inseridas pelo usuário; 3. PROMETHEE- significa Organização de Classificação de Método Preferencial para Avaliação Enriquecida. Assim, o método PROMETHEE fornecerá a decisão criador com um ranking de ações (escolhas ou alternativas) com base em graus de preferência. 4. O método se divide em três etapas principais: a) o cálculo dos graus de preferência para cada par ordenado de ações em cada critério; b) o cálculo dos fluxos unicritério; c) o cálculo dos fluxos globaisCom base nos fluxos globais, será obtido um ranking das ações, bem como uma representação gráfica do problema de decisão. 5. ELECTRE - Eliminação e Escolha expressando métodos de realidade, chamados ELECTRE, pertencem aos métodos de superação. Os métodos de superação são baseados em comparações pareadas das opções. Este significa que todas as opções são comparadas a todas as outras opções. Com base nesses pares comparações, é possível elaborar recomendações finais. Os métodos ELECTRE são relevantes ao enfrentar problemas de decisão com mais de dois critérios e se pelo menos uma das seguintes condições for atendida. 6. TOPSIS - Técnica da semelhança de preferência de pedido com a solução ideal. O método TOPSIS requer apenas um número mínimo de entradas do usuário e sua saída é fácil de entender. Os únicos parâmetros subjetivos são os pesos associado aos critérios. A ideia fundamental do TOPSIS é que a melhor solução é aquela que tem a menor distância para a solução ideal e a maior distância da solução anti-ideal. 7. Programação de metas - A ideia da programação de objetivos é que exista um objetivo ideal a ser alcançado, além de satisfazer restrições rígidas. Por quê devem ser aceitas soluções pouco atraentes? Como muitas vezes existem vários objetivos, nem tudo pode ser alcançado simultaneamente; portanto, algumas boas soluções podem ser pouco atraentes para alguns objetivos. Uma meta com uma restrição rígida tem um limite que é um ponto ideal e não pode ser excedido. As soluções mais próximas do ponto ideal são as preferidas. Nesse caso, apenas o desvio variável a ser minimizado deve ser introduzido na equação. 8. Análise do Envelope de Dados - DEA - a eficiência da empresa é definida como a razão entre soma de suas saídas ponderadas à soma de suas entradas ponderadas. O DEA é usado para medir o desempenho de firmas ou entidades (chamado de tomada de decisão unidades, DMUs) que convertem múltiplas entradas em múltiplas saídas. É apropriado para o uso de empresas do setor privado e organizações do setor público (e até mesmo para entidades como regiões ou países). Resumindo: Um modelo MCDA pode então ser construído para avaliar os múltiplos benefícios que cada opção gera e pode então calcular o melhor portfólio de opções, ou seja, aquela com o maior benefício marginal por unidade de custo, dada a orçamento da organização. Qualidade no Processo de Decisão Os Fundamentos da Qualidade da Decisão (DQ) O Decision Analysis-DA (Análise da Decisão) é um conjunto de conceitos e ferramentas que produzem clareza sobre a melhor escolha em um ambiente incerto e dinâmico. A Qualidade da Decisão não apenas utiliza o DA para obter a resposta "certa", mas também envolve as partes mais importantes no processo de decisão para alcançar alinhamento e compromisso com a ação. Dessa forma, o foco em cada elemento desse modelo racional de tomada de decisão e o envolvimento das pessoas, no momento oportuno e da maneira correta, possibilitam a cri ação de um valor significativo e evitam erros que corroem o valor. Por outro lado, a falta da Qualidade de Decisão leva a falhas de decisão: estratégias fracassadas, desperdício de capital nas decisões de investimento, reciclagem de decisões, responsabilização. Isso pelo fato de que as decisões moldam nossas vidas e nossos sucessos profissionais, a tomada de decisão é uma habilidade poderosa para moldar o futuro, pois tomar boas decisões é a chave do sucesso na organização. Toda decisão pode ser ramificada em seis elementos, cada um dos quais deve ser tratado com qualidade, sendo: um quadro apropriado, alternativas criativas, informações relevantes e confiáveis, informações claras, valores, raciocínio sólido e compromisso com a ação. As Alternativas definem o que se pode fazer; a informação é a captura do que se conhece e acredita; valores representam o que se quer e espera alcançar, é com o que se deve preocupar ou com o que preferir. No contexto da decisão, os valores às vezes são chamados de preferências. O raciocínio ajuda a entender o que se deve fazer, criando clareza de intenção. No entanto, uma intenção tem pouco valor prático, assim, o compromisso com a ação deve ser parte integrante parte da decisão. Por isso, deve-se analisar e responder à pergunta: "Que problema (ou oportunidade) estamos abordando?" tendo que compor três aspectos: O objetivo em tomar a decisão; o escopo, ou seja, o que será incluído e excluído; e a perspectiva, incluindo, nosso ponto de vista, como queremos abordar a decisão, quais conversas serão necessárias Dessa forma, uma decisão com uma estrutura ampla pode ter um horizonte de longo prazo, impactar muitas partes interessadas e abranger muitos problemas. Por exemplo, a decisão de uma empresa em uma nova estratégia de lançamento de produtos envolve fabricação, marketing, distribuição, preços e dados demográficos do cliente. Uma decisão com tal escopo e complexidade tem um amplo quadro. Por outro lado, uma decisão com um quadro estreito tem um foco menor, como o cronograma da empresa para distribuir seus catálogos de mala direta, assim a decisão envolve menos pessoas, departamentos e recursos, e as apostas são muito menores do que no lançamento de um novo produto. Um quadro apropriado é adequado à situação sendo chamado de quadro apropriado, em vez de o quadro certo, porque não existe o melhor quadro único para qualquer decisão. No entanto, encontrar o quadro mais apropriado para a situação é extremamente importante. Quando tratamos da Alternativa é um dos vários cursos de ação possíveis. A Qualidade da Decisão requer boas alternativas e se as alternativas consideradas não forem criativas e atraentes, vale a pena tempo e esforço para criar melhores, porque isso provavelmente levará a mais valor. No que tange a compreensão dos possíveis resultados de cada alternativa, é relevante que a informação seja confiável, ou seja, a informação relevante é qualquer coisa importante que saibamos, gostaríamos de saber ou devêssemos saber sobre os resultados da decisão. Informações confiáveis como o próprio nome informa são confiáveis, imparciais, e provenientes de fontes autorizadas. As decisões devem ser sobre o futuro, que é inerentemente incerto. Portanto, aprender a lidar com a incerteza é necessário para boas decisões, pois devem ser expressas com possibilidades (ou seja, possíveis resultados) e probabilidades (ou seja, suas chances de ocorrer). Se os desafios e os requisitos de recursos para implementação não são adequadamente considerados durante o processo de decisão, os problemas certamente aparecerão durante implementação. Resumindo: Os seis requisitos para a qualidade da decisão devem ser utilizados para julgar uma decisão no momento em que é tomada, para isso deve-se perguntar antes de decidir: "Como poderíamos classificar cada requisito? Vale a pena melhorar um ou mais deles antes de decidir? Assim, uma decisão de alta qualidade possui uma classificação de qualidade de 100% para cada um dos seis requisitos para DQ. Relembrando os seis requisitos para DQ são: (1) um quadro apropriado; (2) alternativas criativas; (3) informação relevante e confiável; (4) valores claros; (5) bom raciocínio; e (6) compromisso com a ação. Estratégia x Processo de Decisão Como já vimos, durante todas as unidades de estudo, uma decisão é definida como um processo contínuo de avaliar alternativas para atingir um objetivo, no qual as expectativas sobre um determinado curso de ação visam resultar no objetivo da empresa. Estratégia é uma das palavras mais utilizadas para se referir a sobrevivência de empresas, e sua definição é o "sobreviver a batalhas por meio de inteligência" (Mintzberg, 1987, p.26). A palavras estratégia deriva do grego strategos, que significa general, ou seja, é conhecida como a arte do general, pois a Grécia a palavra significa naquilo que o general fez. A estratégia sempre esteve ligada a questões de guerra, como uma formade conduzir os militares, e assim conquistar a vitória perante os inimigos. A estratégia foi incorporada no meio político, econômico e tático para conseguir identificar os problemas e conseguir superá- los. Para as empresas, a estratégica relaciona-se em verificar recursos disponíveis e na melhor forma de integrá-los, pode ser os recursos tecnológicos, as pessoas, as finanças e máquinas e equipamentos. A estratégia colabora para redução dos riscos e problemas internos e auxilia para competir e encontrar as oportunidades dentro do ambiente organizacional, assim como um jogo de xadrez que necessita da estratégia para encontrar oportunidades e vencer com "Check-Mat" (Objetivo do jogo). Figura 3 Existem diversas definições para estratégia, mas para Hambrick (1980, p. 567), é importante saber que a estratégia cumpre três propósitos: 1) Nortear a organização e como ela se comporta em seu ambiente externo; 2) Influenciar a estrutura interna e como são organizados seus processos; 3 Influir na performance da organização. A Estratégia consiste em direcionar, ou seja, mostrar quais são as oportunidades e as formas de como alcançar o resultado com ações que devem ser implementadas para conquistar as metas estabelecidas. A estratégia relaciona-se diretamente com o ambiente externo, por exemplo o concorrente a empresa não consegue controlar somente acompanhar as estratégias utilizadas. A estratégia deve estar sempre aliada a uma postura coerente, lógica e sensata, que seja acessível financeiramente, e que traga bons resultados com sua implementação. De uma forma geral a estratégia é definida como um conjunto de metas, mecanismos, diretrizes, para atingir os objetivos da empresa. Classificação das estratégias As estratégias podem ser classificadas de formas diferentes, pois se adequa a determinada situação: l. Estratégia de sobrevivência: É adotada quando não existem alternativas disponíveis, em um ambiente de muitas turbulências a apresenta resultados fracos e projeções desfavoráveis que resultam em muitas ameaças. Pode ser uma estratégia ariscada, pois as medidas são extremas, e podem trazer resultados caóticos. Algumas medidas são importantes para ajudar a empresa a sobreviver no mercado: Redução de custos; Desinvestimento e o Encerramento da empresa; II. Estratégia de manutenção: Neste ambiente também existem ameaças, porém existem pontos fortes como valores financeiros, colaboradores, tecnologias que auxiliam o processo de retomada do negócio. A estratégia de manutenção possui três formas. A) Estratégia de estabilidade: Manter o equilíbrio mesmo depois de sofrer ou ter um potencial ameaça que pode comprometer a capacidade produtiva e os produtos e serviços podem não chegar aos consumidores; B) Estratégia de nicho: quando a empresa tenta dominar o segmento de mercado onde ela está inserida e atua no momento. Provavelmente refere-se a um negócio especifico que não consegue expandir e limita-se por exemplo a uma determinada região; C) Estratégia de Especialização quando a empresa busca conquistar ou manter sua liderança no mercado que atua, com novos investimentos, melhorias no processo e qualidade e ampliação e variedade de produtos e serviços oferecidos; II l. Estratégia de crescimento: a empresa tem domínio dos seus pontos fracos e está aproveitando está situação para gerar oportunidade de novos negócios, conquistar e utilizar sua experiência, e aumento o seu ritmo de atuação no mercado. Algumas estratégias para a empresa crescer: Inovar; Internacionalizar; Associação com outras empresas e Expansão; IV. Estratégia de Desenvolvimento: A empresa possui muitos pontos fortes que o favorece a sua solidificação no mercado, tem procura e preferência dos clientes, o ambiente externo é favorável e os executivos tomam ações de expansão dos negócios. Para ter uma estratégia de desenvolvimento existem algumas condições: Crescer no mercado; desenvolver novos produtos; Aumentar as finanças; Desenvolver novas tecnologias e Manter uma estabilidade. Cada estratégia é utilizada para um determinado momento ou situação que a empresa possa estar enfrentando no momento, e todas as estratégias explicadas acima são caracterizadas pelos aspectos: 1. Quanto a amplitude: Macroestratégia, qual é a ação que a empresa irá implementar no ambiente que ela está inserida, pensando na sua missão e seus objetivos, tudo com uma estratégia direcionada ao resultado. Estratégia funcional, esta estratégia está relacionada ao nível tático onde é determinado a atuação em uma área da empresa. Microestratégia ou subestratégia, corresponde a área operacional com atuação em uma atividade, uma meta da empresa. 2. Concentração: Estratégia pura ação em uma área de atividade como por exemplo oferece uma grande variedade de produtos e serviços para torná-los mais baratos. Estratégia conjunta, combina várias estratégias, como aumentar os gastos com marketing, aprimorar a qualidade dos produtos e serviços, manter o preço e realizar ações de descontos para compras em grandes quantidades, tudo isso para atingir os resultados esperados. 3. Qualidade dos resultados: Estratégias fortes, necessário para trazer alterações que provem impacto nos negócios Estratégias fracas, para trazer pequenas mudanças no resultado da empresa 4. Fronteira: Estratégias internas, alteração na forma como a alta direção relaciona-se com os funcionários, muitas vezes esta estratégia é restritiva pelos executivos, pois está diretamente relacionada com o ambiente interno e externo. Estratégias externas, mercado ou desejo dos consumidores que ainda não estão sendo atendidos é que a empresa consegue visualizar e passa a realizar um plano de ação Estratégias internas e externas, engloba uma visão geral do negócio com o propósito de entender as o que a empresa consegue controlar e o que não consegue. 5. Recursos aplicados: Estratégia de recursos humanos, investir no capital intelectual e fatores humanos importantes a organização Estratégia de recursos não humanos, como materiais (máquinas e equipamentos) e valores financeiros (investimos e aplicações). Estratégia de recursos humanos e não humanos investimentos em pessoas, materiais e valores financeiros. 6. Enfoque: Estratégias pessoais, formas de proteger a empresa contra um ambiente muito competitivo, são técnicas, ou métodos para lidar com as pessoas, e a forma como é feita e realizada as tarefas e atividades pela alta direção. Estratégias empresariais ações da empresa perante o ambiente, diferentemente da abordagem macroestratégia, essa em questão é mais ampla. As Estratégias corporativas são aquelas elaboradas para a organização como um todo, não importando o número ou tipos de negócios que as componham. De acordo com Wright et al. (2000); as estratégias corporativas são elaboradas pela alta administração da organização e representam grandes passos para as empresas, porque, além de serem decisões tomadas que impactam todas as áreas, elas geralmente demandam grande montante de recursos financeiros, então, quando mal sucedidas, costumam trazer grandes prejuízos. Assim, a opção por uma estratégia corporativa ocorre de forma mais racional e analítica possível, incorporando níveis de incerteza e risco e premeditando possíveis consequências. Uma ferramenta aliada para mitigar os riscos é a diversificação que são utilizadas por empresas que estão em dois tipos de situação: bem estabelecidas e à em busca de novos negócios ou com desempenho além do desejado, buscando uma recuperação em outro tipo de negócio, pois uma empresa pode decidir se diversificar ampliando seu número de negócios, atuando em múltiplas indústrias simultaneamente ou ampliando seu leque de produtos explorando outros mercados, sendo que esta opção é mais utilizada como uma estratégia funcional da área de marketing do que uma estratégia corporativa. Os tipos de diversificação existentes são: A. Relacionada;em que a atuação da empresa se dá em diferentes negócios que possuem vínculos entre si, ou seja, características em comum. A diversificação relacionada pode ser restrita, quando os negócios possuem bastante similaridade entre si e compartilham um número razoável de ativos, ou vinculada, quando, apesar de possuir relacionamento, os negócios não compartilham muitos ativos em suas operações. Essas diversificações relacionadas podem dar origem ao arranjo produtivo, local que é a concentração, na mesma localidade geográfica, de empresas e instituições, como universidades e centros de pesquisa, que possuem entre si o vínculo de pertencerem ao mesmo setor. B. Não relacionada: em que a empresa opera em diferentes negócios que não possuem vínculo entre eles. O que determina o vínculo entre os negócios são os recursos neles utilizados, chamados de ativos específicos de relacionamento. Esses ativos são assim denominados por sua característica de utilização nas atividades, ou seja, um ativo específico de relacionamento é um recurso que só pode ser usado para a realização de uma determinada atividade e não para outras. Diversificações não relacionadas são justamente aquelas em que os negócios possuem muitos ativos específicos de relacionamento, ou seja, os recursos usados em um negócio ou indústria não podem ser utilizados nos demais negócios da corporação. Observa-se que estratégia corresponde a um fluxo de eventos, valores e ações executadas em um contexto que leva em consideração a localização da estratégia no tempo. Além de incluir outros elementos como cultura organizacional, ambiente, taxa de mudança ou de estabilidade, atividades e estrutura da organização, tecnologia e liderança do sistema interno da organização (Pettigrew, 1977). Para Mintzberg (2004), a estratégia é um processo de planejamento, idealizado ou apoiado por planejadores, para planejar a fim de produzir planos. O processo de estratégia poder ser compreendido como parte de um plano que objetiva uma direção, um plano para o futuro, uma intenção, uma priorização de recursos e ações. Neste sentido, uma produtora de projetos culturais deve hierarquizar seus projetos em virtude de um direcionamento estratégico para otimizar a realização dos mesmos, aumentar a relação e a sinergia com os patrocinadores e criar uma linha de atuação. O processo de planejamento estratégico deve estar integrado na empresa como um instrumento da gestão empresarial, alinhando as estruturas organizacionais, favorecendo maior interação com o ambiente externo e áreas internas, permitindo uma consolidação das ações e uma visão integrada dos focos e objetivos organizacionais (SERRA et al, 2002). O processo decisório, tem vinculação com o nível estratégico e começa nele suas ações e procedimentos, continuando no nível tático, necessitando de uma diretriz organizacional para sua análise e implementação. A correta condução do processo decisório é que cria as condições básicas para o sucesso dos projetos e da organização em si. A tomada de decisão consiste em analisar o problema para identificar possíveis soluções e, então fazer a escolha dentre as mesmas. Pode-se tomar decisões por conta própria ou obtê- las de outra parte, porém uma vez definidas, as decisões devem ser implementadas. A análise de decisão ajuda na compreensão de problemas proporcionando, dessa forma, que melhores decisões sejam alcançadas. Portanto, a análise de decisão possibilita um melhor entendimento da estrutura do problema, bem como da incerteza e das tensões inerente às alternativas e resultados, favorecendo as chances de melhores resultados e reduzindo as surpresas e os efeitos desagradáveis que não são previstos ou não são compreendidos em sua totalidade. Tomar decisões consiste em um processo que pode ser ensinado e treinado. Não obstante, a qualidade do processo decisório como um conjunto de providências e ações que possibilitam aumentar as chances de sucesso, diminuir as chances de fracasso e, persistindo o erro mesmo com o risco minimizado, permite aprender com essa situação e não repeti-la. A decisão pode ser sinônimo de efetuar escolhas sobre alternativas para alocação de recursos, bem como os caminhos de ação percorridos com vistas a alcançar determinadas preferências. Soma-se a isso a expectativa sobre os resultados gerados por cada uma das alternativas e preferências, que são, em geral, associadas a objetivos, necessidades, desejos, valores, nas organizações. Observa-se o reconhecimento da importância de envolver os colaboradores além dos níveis gerenciais nos processos estratégicos, pois a elaboração de estratégias pode ser entendida como um processo de aprendizagem social multinível. Então, ao se incluir Estratégia no processo de decisão o foco principal trata de decisões tomadas pelos gerentes na organização, ou seja, essas decisões desencadeiam dezenas ou mesmo centenas de outras decisões de menor magnitude em níveis decrescentes. As Decisões Estratégicas, portanto, definem o tom e o ritmo da tomada de decisão, portanto, são altamente complexas e envolvem cinco critérios a serem utilizados na identificação e tomada de uma decisão estratégica: 1. A decisão deve ser direcionada para a definição do relacionamento da organização com seu ambiente; 2. A decisão deve tomar a organização como um todo de análise; 3. A decisão deve abranger as principais funções desempenhadas na organização; 4. A decisão deve fornecer restrições e orientação para todas as questões administrativas e atividades operacionais da organização; 5. A decisão deve ser extremamente importante para o sucesso a longo prazo de toda a organização. Assim, as decisões estratégicas são orientadas para o relacionamento entre uma organização e seu ambiente externo, essa relação se concentra no ajuste entre os recursos da organização e suas entidades externas mais significativas. Segundo Wrigth et al (2000); para a alta direção realizar formulação das estratégias, deve- se apoiar na análise do ambiente, que lhe dará todas as informações corretas nos três níveis, sendo: a) Organizacional: Nesta etapa é discutido se a empresa continua atuando no mesmo segmento ou diversifica os negócios, busca estabilidade ou novos nichos de mercado e como atuar caso a estratégia organizacional proporcione riscos para a organização; b) Negócios: como desenvolver e utilizar os diversos recursos que compõem a empresa, que podem ser explorados em dois modelos; c) Funcionais: é realizada pelos especialista de cada área da organização (administração, operação, recursos humanos e sistema de informação) e apontam de que forma que as estratégias devem ser realizadas. Com isso torna-se fundamental o controle organizacional que consiste em monitorar e avaliar as ações da administração estratégica, para garantir o bom funcionamento do processo. Para Certo et al (2010); o controle tem a função de garantir que tudo aquilo que foi planejado torna- se realidade, afim que possa atingir as metas organizacionais, monitorando e avaliando todo o processo de administração estratégica. Conforme Wrigth et al (2000); a essência do controle é dar um suporte aos gestores para que os desafios sejam cumpridos da melhor forma possível, e pode ser realizado em vários níveis diferentes (individual, funcional, de produto, de divisão e da unidade estratégica de negócios). Nesse contexto, observa-se a lacuna estratégica, que reflete o desequilíbrio entre a posição estratégica da organização versus posição estratégica desejada, que é determinada pela comparação dos recursos inerentes à organização com as oportunidades e ameaças em seu ambiente externo. Então, a lacuna estratégica é uma medida do ajuste entre a organização e seu ambiente externo, para isso existem razões pelas quais uma empresa realiza a medição do hiato estratégico (lacuna estratégica) de uma determinada organização: a) Utilizar as oportunidades externas com o uso eficaz de recursos internos;b) Proteger a organização contra ameaças ambientais tendo conhecimento de fraquezas internas; c) Poucas organizações se destacam em todas as áreas. Portanto, as decisões estratégicas são o compromisso entre "ataque e defesa", ou seja, "forças e fraquezas" com o equilíbrio ideal da condição interna e externa. Nesse contexto, as principais categorias de organização e capacidade a ser avaliada para áreas de força e fraqueza são: • Gestão: com foco principal na mensuração do sucesso e falhas na organização • Tecnologia: com foco na utilização e como aumentar sua eficiência e produtividade por meio das tecnologias; • Políticas: com foco na orientação de todos os níveis e em todas as principais atividades da organização; • Recursos: humanos, fiscais, físicos e institucionais da organização, e como sua utilização mantêm a vantagem competitiva no ambiente externo; A partir desses pontos de análise é possível identificar situações para melhorar a vantagem competitiva a longo prazo na organização. Sendo assim, as oportunidades presumem que a organização tem capacidade de exploração para o benefício e ganho na organização. Entretanto, as ameaças incluem todas as forças externas com potencial de invadir a organização de maneiras que trabalhem em desvantagem. As ameaças mais comuns são concorrência e obsolescência tecnológica. Além dos requisitos legais, códigos legais e outros mecanismos de governança que atuam para limitar as escolhas estratégicas da organização, remetendo a Análise SWOT ou FOFA e as 5 forças de Porter, estudada na Unidade 3. Existem três variações do gap estratégico: gap estratégico positivo; negativo lacuna estratégica; e zero hiato estratégico. • Lacuna estratégica positiva: quando a avaliação da organização e seu ambiente externo revelar que a soma das capacidades internas é claramente superior ao seu principal ambiente. A diferença estratégica é equilibrada em favor da organização. • Lacuna estratégica negativa: quando seus principais agregados ambientais são maiores do que os recursos internos da organização, significa que a organização é incapaz de explorar oportunidades disponíveis, lidar com ameaças, cumprir seus requisitos legais ou cumprir suas responsabilidades esperadas. • Lacuna estratégica zero: Fatores como informações imperfeitas, atrasos no tempo de resposta a mudanças induzidas externamente, avanços tecnológicos e incompetência gerencial contribuem à inevitabilidade Essa dinâmica do processo de tomada de decisão resulta em efeitos caracterizados como fluxos de processo em cada uma das quais contribui para a resultado final, sendo: a) Fluxo primário que abrange as principais funções da tomada de decisão estratégica processo. Essas funções não podem ser contornadas sem comprometer seriamente a integridade do processo total. Em formação recebido do ambiente externo é usado para avaliar os pontos fortes e fracos da organização, juntamente com as oportunidades e ameaças no ambiente externo; b) Fluxo corolário: é o auxiliar das funções do processo, sendo que esse fluxo aumenta as perspectivas de uma decisão estratégica bem-sucedida; c) Fluxo de informações constitui a exploração de possibilidades das alternativas ou do feedback de informações do ambiente externo significando a aceitação ou não aceitação da decisão estratégica implementada. Como tal, o fluxo de informações cria sua própria contribuição especializada para sucesso na decisão. Sendo assim, a dinâmica do processo total está centrada em três relacionamentos principais: 1- A influência difundida do ambiente externo no processo total de tomada de decisão estratégica; 2- O acoplamento central do hiato estratégico com a tomada de decisão gerencial, garantindo que objetivos gerenciais remetem a atual análise de lacunas; 3- O fluxo contínuo de informações durante todo o processo, começando com o início da análise de lacunas, continuando com a busca de informações para desenvolver um conjunto de alternativas, seguindo um fluxo avaliativo do ambiente externo como ação corretiva. O êxito da decisão estratégica é aquele que resulta na realização do objetivo que deu origem a decisão dentro das restrições que tinham a ser observado para trazer cada conquista. Porque os objetivos constituem a base da tomada de decisão estratégica e esses objetivos são definidos com base nos resultados de uma abrangente análise de lacunas estratégicas, sendo propício ao sucesso da decisão estratégica. Escolhas estratégicas bem-sucedidas tendem a se manifestar um conjunto comum de características, um dele são os objetivos compatíveis com a estratégia da organização, os cursos de ação que abrangem as principais partes interessadas da organização e consideram tempo e custo, juntamente com as limitações cognitivas do tomador de decisão. Também, existe uma comparação e avaliação objetiva de um conjunto de cursos de ação alternativos com ênfase principal em consequências decorrentes da seleção de uma dada alternativa. Para isso, existe uma tendência de selecionar a alternativa com maior chance de resultar na obtenção dos objetivos dentro dos limites da escolha. A formação da estratégia é definida por Mintzberg e Quinn (2001, p. 107), como etapas ocultas, que possuem uma operação funcionado de forma satisfatória seguindo os padrões usuais utilizados no dia a dia das organizações. É um processo de aprendizado dinâmico no qual o planejamento gera novas formas de estratégia e é aceita pela organização. O que garante a formação da estratégia será como ela é criada, seja por um planejamento de ações futuras ou pela perspectiva de ações que forma realizadas pela empresa. A formação da estratégia é baseada na evolução dos processos estratégicos dentro da organização. A formação estratégica apresenta três teorias: lógica incremental, a estratégia emergente e estratégia artesã. • Lógica Incremental: Estratégias eficientes costumam surgir de maneira incremental, na forma que os sistemas organizacionais impõem um padrão coerente de comportamento e gerar um aprendizado em conformidade com esses padrões. Esta estratégia ajuda a Melhorar a qualidade das informações, consciência organizacional, diminuir as incertezas e Melhora a qualidade das escolhas estratégicas; • Estratégia Emergente: surge dos processos, cultura, e a experiência das relações no trabalho. A estratégia surge no desenvolvimento de um projeto ou durante uma venda; • Estratégia Artesã: quando o gestor que conhece bem o material que trabalha por meio de sua experiência, coloca em prática seus planejamentos se trazem resultados no futuro. Enfim, formular, analisar e formar uma estratégia é importante, mas a sua realização é considerada fundamental, sendo que outro fator é a implementação de uma alternativa que reflete fatores de riscos e recompensas em relação ao resultado esperado. Essas características serão usadas para avaliar o sucesso ou fracasso inerente às seguintes aplicações reais da tomada de decisões estratégicas. Resumindo: A definição da estratégia é a forma pelo qual os gestores e demais envolvidos de uma organização interagem e operam durante todo processo de formulação e de implementação da estratégia, com foco nas práticas sociais do dia a dia. Assim, a estratégia é considerada como um conjunto de decisões que: a) guie a organização de acordo com o ambiente, b) afete a estrutura e os processos internos; e c) consequentemente, seu desempenho. O papel da estratégia, nesse sentido, é o envolvimento desse conjunto no processo de decisão e seu efeito final sobre o resultado alcançado. Os processos estratégicos de tomada de decisão e qualidade da decisão se concentram nos atores (pessoas envolvidas) nos processos estratégicos, pois são estes que podem melhorar a qualidade das estratégias e sua implementação. Processo Decisório X Resultados Após a tomada de uma decisão, as pessoas experimentam uma variedade de reações. Além disso, as decisões influenciam a tomada dedecisões futuras, pois vários dos resultados que podem resultar de uma decisão são arrependimento ou satisfação; ambos influenciam as próximas decisões. O Desempenho também é a medida de resultados atingidos pela empresa em consequência da implementação de planos estratégicos. Partindo do direcionamento organizacional planejado, até a execução em nível organizacional mais baixo. O acompanhamento do desempenho propicia à organização o apoio ao seu processo de gestão, apontando pontos falhos, mas também pontos positivos, além de indicar o retorno dos investimentos realizados e possibilitar a comparação entre concorrentes. Para desenvolver um plano de acompanhamento do desenvolvimento, é preciso dois eixos principais: 1. Medir resultados: recolher dados e informações e para compor indicadores propostos para o planejamento. 2. Avaliar resultados: interpretar os indicadores, entender o seu comportamento, causas e consequências, e, eventualmente, porque as metas não são alcançadas. Para o efetivo acompanhamento do desempenho organizacional, faz-se necessária a colocação de medidas objetivas sobre os processos que também sejam claras e de fácil entendimento para todos dentro da empresa. Essas medidas são chamadas de indicadores, pois "indicam" o status atual das ações realizadas. Ao mesmo tempo em que todas as ações realizadas pela empresa devem ter seu resultado acompanhado, a criação de indicadores deve ser coerente, de forma a não criar medidas desnecessárias ou que não reflitam corretamente aquilo que se deseja acompanhar. Por exemplo, se o objetivo é conhecer a eficácia do treinamento ministrado na empresa, de nada adianta acompanhar os valores gastos com cursos. Ou seja, indicadores devem ser úteis e realmente refletir os processos que medem. Os primeiros estudiosos de estratégia empresarial, após passar pela primeira fase 'militar' (foco em traduzir estratégias militares para corporativas), focaram principalmente nos aspectos financeiro-econômicos. Ou seja, a administração estratégia tinha como objetivo principal a administração do capital da empresa, seu emprego e o retorno sobre seu uso - isto é, foco na satisfação dos acionistas. Apesar das inovações, até hoje muitas empresas somente pensam, desenvolvem e executam estratégia sob o ponto de vista da administração financeira. Diversos métodos podem ser usados para controlar as ações estratégicas de uma empresa. Entre elas, há uma ferramenta chamada Balanced Scorecard (BSC), em que diversos indicadores são utilizados para monitorar os diversos níveis organizacionais bem como as métricas que importam em cada um deles. Há indicadores medidos com frequências diversas - desde diários, semanais, trimestrais, etc. O BSC consiste em um conjunto integrado de medidas de desempenho que são derivadas da estratégia da empresa. Assim, essas medidas direcionam, monitoram e avaliam a evolução dos objetivos estratégicos da organização. Dessa forma, o BSC auxilia a alta administração da empresa na tradução da estratégia, fazendo com que os colaboradores compreendam e desenvolvam ações visando atingir os objetivos e metas; consequentemente, o método ajuda a transportar suas estratégias para o dia-a-dia dos negócios Nesse sentido, essa metodologia foi desenvolvida tendo como foco a visão multidimensional do desempenho da organização, evitando o predomínio de uma só área ou resultado. De acordo com Kaplan e Norton (2004) os indicadores utilizados no BSC foram desenvolvidos por meio de perspectivas ou dimensões que são: Figura 4: As perspectivas do Ba, lanced Score Card. 1. Financeira: é voltada para o crescimento da empresa enquanto tamanho e lucratividade, mas também se preocupa com a identificação e prevenção de riscos. Os principais controles desenvolvidos na perspectiva financeira são fluxos de caixa, retorno sobre patrimônio e retorno sobre ativos. 2. Cliente: é focada no valor percebido por ele sobre os produtos fornecidos pela organização. Aqui são desenvolvidas ações que estão relacionadas à identificação das necessidades e expectativas dos clientes, tendo na área de marketing sua principal desenvolvedora. Os principais controles relacionados a essa perspectiva são a qualidade da comunicação com o cliente, a eficácia do atendimento ao cliente, e a avaliação da capacidade de prever necessidades do cliente. 3. Processos internos: está voltada para o desenvolvimento das atividades da cadeia de valor da empresa, sem distinção entre atividades primárias e de suporte dando, cada qual, sua contribuição para o atingimento dos objetivos da empresa. Os principais controles dessa perspectiva abrangem indicadores de produção, vendas, logística e gestão de pessoas. 4. Aprendizagem e crescimento: No mapa estratégico essa perspectiva é aquela que baseia todas as demais, pois é voltada para criação do ambiente de mudança, propício à inovação e ao crescimento. Quanto mais eficiente e rápido for o processo de aprendizagem, maior vantagem a empresa estabelece em relação aos seus concorrentes; porém, para que isso aconteça, a empresa deve se comportar de forma adequada a um ambiente de inovação: realizar investimentos em pesquisa em desenvolvimento, ser tolerante com relação aos erros, encarando os como oportunidade para aprendizado, ser observadora para conseguir identificar oportunidade e transformá-las em negócio. Os principais controles dessa perspectiva podem ser número de novos produtos comparado à concorrência, número de patentes e aumento perceptível da capacidade dos funcionários. Kaplan e Norton (2004); essas quatro dimensões formam o mapa estratégico da organização que tem na base o aprendizado, sucedido pelos processos internos e cliente, tendo no topo a perspectiva financeira. O desenvolvimento do mapa estratégico ainda conta com as seguintes ações: l. Baseado nas diretrizes organizacionais, para cada perspectiva devem ser colocados seus respectivos objetivos; II. Para cada objetivo deve ser criado um indicador de desempenho, que será acompanhado periodicamente; III. O acompanhamento periódico do indicador se dá em face da comparação dos resultados obtidos e a meta almejada, verificando a existência de gaps (diferenças) de desempenho; IV. O acompanhamento do indicador subsidiará a elaboração de ações preventivas e corretivas de acordo com a linha de tendência apresentada pelos resultados, fechando o ciclo do BSC. Cada perspectiva deverá ser analisada conforme os 4 critérios da Figura, pois essas premissas são os "termômetros organizacionais" e devem ser passíveis de mensuração (não se compõem indicadores com objetos que não possam ser medidos), ser legitimados na organização (as pessoas devem reconhecê-los e aceitá-los como os monitores de desempenho) e devem ser simples em sua elaboração para que o acompanhamento e entendimento sejam viabilizados por todos os funcionários e relacionados às atividades que se propõem a mensurar (elaborar indicadores que realmente reflitam os objetivos das atividades que medem). Atualmente a utilidade do BSC é vista de forma a ultrapassar a real idade organizacional para o qual inicialmente havia sido proposto que o caracterizava como um sistema de medição composto por indicadores e metas. A análise da estratégia relaciona-se com o tipo de estruturação que deve ser realizada para obter uma estratégia de sucesso. A estruturação é associada ao modelo de Porter das cinco forças, onde é analisado o poder de negociação dos fornecedores e compradores, a ameaças de substitutos e novos entrantes e a intensidade da competitividade que existe no mercado, assim Porter define a concorrência de uma organização. Então, o controle e avaliação no planejamento estratégico tem por finalidade monitorar e comparar se o que foi planejado está de fato sendo alcançado. Analisa os objetivos e metas, como também as estratégias e políticas da empresa. O que se busca é que tudo o que estabelecido aconteça na realidadesem que ocorra imprevistos e mudanças inesperadas durante o processo, assim são definidos padrões que tornam o controle confiável. Resumindo: O controle estratégico tem como objetivo conquistar os desafios que foram estabelecidos, porém todo processo necessita de informação, e o gerenciamento desta informação alimenta as tomadas de decisões, reformula a estratégia para gerar ações que atinjam os objetivos. O processo de controle e avaliação requer motivação, capacitação, tempo e informação. A motivação pode ser entendida como o atendimento das metas e objetivos estabelecidos, e o desempenho individual e do grupo no projeto. A capacidade verifica se os funcionários e a empresa possuem uma formação que possibilite a correta avalição e controle dos processos. O tempo é a duração para a correta avaliação e dedicação dos envolvidos. A informação refere-se a coleta de dados que são pertinentes para facilitar a auxiliar no processo de todos os envolvidos. Alguns sentimentos como lamentação, decepção ou insatisfação com uma escolha feita é um resultado potencial da tomada de decisão. Depois que a decisão é tomada, o impacto da decisão afetará as decisões futuras. Geralmente as pessoas se arrependem de acordo com a forma como a decisão foi tomada; o arrependimento pode depender do número de opções disponíveis durante o processo de tomada de decisão e quão variadas eram as opções. Outras pessoas sentem remorso porque sentem que foram capazes de fazer uma escolha melhor analisando mais informações, anteriormente desconsideradas e ponderando cuidadosamente os prós e contras de cada escolha. Além disso, o arrependimento é ampliado quando os indivíduos revisitam as outras opções disponíveis e consideram a satisfação que a outra opção os traria. Curiosamente, as pessoas que estão insatisfeitas com sua decisão se sentem obrigadas a adotá-la, como um meio de reduzir a ansiedade em relação à qualidade da decisão. Por exemplo, quando um candidato a emprego não é contratado, ele pode reestruturar a experiência e encontrar muitos motivos que explicam por que ele não queria trabalhar para a empresa. Além de se arrepender, os indivíduos também podem sentir satisfação com suas decisões. Satisfação refere-se à satisfação do tomador de decisão com o resultado da decisão. Há muitas coisas que afetam os níveis de satisfação. As pessoas preferem tomar suas próprias decisões e acreditam que estarão mais satisfeitos com suas escolhas; no entanto, quando as pessoas recebem apenas opções indesejáveis, os tomadores de decisão ficam menos satisfeitos do que aqueles que tiveram a escolha feita por eles. Esse fenômeno é que o tomador de decisão assume a responsabilidade pela decisão tomada e como resultado, se as opções disponíveis forem ruins, elas poderão se sentir responsáveis por fazer más escolhas. Uma importante estratégia da tomada de decisão é avaliar aspectos positivos e negativos das escolhas, então a tomada de decisões futuras é baseada em decisões passadas, bem como em níveis de satisfação ou arrependimento. Embora existam evidências para apoiar essa noção, em muitos casos, principalmente quando a decisão pode ser revertida, as decisões podem ser baseadas no fator de reversibilidade, sendo que as pessoas estão dispostas a mudar de ideia posteriormente. Compreendendo como funciona os critérios de apoio ao Processo decisório Métodos de Apoio ao Processo Decisório Sistemas de Informações Gerenciais nas Tomadas de Decisão Técnicas de Análise de Cenários ou Prospecção de Cenário Multicritérios do Processo de Decisão Os Fundamentos da Qualidade da Decisão (DQ) Estratégia x Processo de Decisão Classificação das estratégias Processo Decisório X Resultados
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