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@biavetlove STAPHYLOCOCCUS Bactérias cocos gram-positivas que formam aglomerados irregulares. Produção de catalase (constitui um mecanismo de defesa para a bactéria contra células fagocitárias). Presentes na pele e superfícies epiteliais. Principal diferenciação entre as espécies é a produção de coagulase (enzima capaz de ativar a protrombina, favorecendo a coagulação do plasma). Proteína A (proteína de superfície, responsável pela interação com a porção Fc da molécula IgG, impedindo essa interação). Hemólise: alfa, beta e gama (distúrbios hemolíticos na corrente sanguínea). Oxidase negativos. Comportamento ao O2: aeróbios, microaerófilos - aeróbios ou anaeróbios facultativos. StaphylococcusStaphylococcus Staphylococcus coagulase positivos: S. aureus, S. intermedius, S. schleiferi subsp. coagulans, S. delphini. Staphylococcus coagulase negativos: S. hyicus, S. simulans, S. epidermidis, S. schuri, S. lentus, S. haemoliticum, S. felis, S. cromogenes, S. xilosus, S. cohnii, S. galinarum, S. equorum, S. warneri. - S. caprae (caprinos). - S. delphini (golfinhos). - S. equorum (equinos). - S. felis (gatos). - S. gallinarum (aves domésticas). - S. lentus (caprinos). - S. hyicus (suínos). - S. intermedius. - S. pseudintermedius (cães). - S. simiae (macacos). *Nenhuma dessas associações a hospedeiros é absoluta, estão listados os principais. Características G+ Algumas Espécies Morfologia e Coloração Apresentam 0,5 a 1,5 μm de diâmetro e coloração fortemente gram-positiva. Nos exsudatos, formam aglomerados, pares ou cadeias curtas de colônias. Não formam esporos. Não possuem flagelos e são imóveis. Podem sobreviver em ambientes inóspitos e em objetos inanimados por longo tempo. Em ágar sangue, as colônias são arredondadas e relativamente grandes (3 a 5 mm). S. aureus produz pigmentos carotenoides que conferem uma coloração dourada, especialmente em alguns meios de cultura, enquanto colônias de outras espécies geralmente são brancas. Toxinas A maioria das cepas de S. aureus coagulase-positivos são toxigênicas. Uma evidência disso é que essas bactérias causam hemólise em ágar sangue. As toxinas detectadas em ágarsangue incluem as toxinas alfa, beta e delta (α, β e δ). Alfatoxina - toxina formadora de poros que provoca lise total de eritrócitos suscetíveis. Betatoxina - ocasiona hemólise incompleta, exacerbada pela incubação em temperatura de 4°C. Deltatoxina - modulina solúvel em fenol, estreitamente relacionada com o sistema regulador AGR (accessory gene regulator). StaphylococcusStaphylococcus Principais medicamentos antimicrobianos utilizados para o tratamento de infecção estafilocócica são aqueles que inibem a biossíntese da parede celular. Os principais exemplos incluem os betalactâmicos, principalmente aqueles derivados da meticilina, e as cefalosporinas de primeira geração, bem como a vancomicina. A maioria das cepas de S. aureus apresenta cápsula. Polissacarídios capsulares contribuem para a patogênese da infecção por limitarem a fagocitose mediada por neutrófilos. Cepas de S. aureus e de vários estafilococos coagulase-negativos, mais notavelmente S. epidermidis, podem produzir um segundo exopolissacarídio, com importante participação na formação do biofilme, chamado de polissacarídio intercelular adesina (PIA). Tem-se utilizado ágar vermelho Congo (CRA) como indicador de produção de PIA e da capacidade relativa em formar biofilme. As cepas produtoras de biofilme apresentam cor preta no meio de cultura. Todas as espécies de estafilococos são capazes de se multiplicar em altas concentrações de sais e em faixa de variação de temperatura relativamente ampla. Seu núcleo é formado por uma espessa camada de peptidoglicano fortemente unida. G+ Tratamento Estrutura Mecanismo de Ação Ela produz uma enzima (coagulase) que vai coagular o plasma do hospedeiro e com isso irá produzir um local apropriado onde se agrupará e formará um microabscesso (com secreção purulenta). - Forma uma camada ao redor do abscesso de Proteínas do plasma: pró- trombina, trombina, fibrinogênio e fibrina que protege as bactérias da fagocitose ativando um coágulo onde o sistema imune não consegue atacar. - Maioria das infecções por catalases positivos; os negativos aparentemente são menos patogênicos, mas oportunistas (aproveitam a baixa imunidade do hospedeiro). - Distinção das características incluem padrões de fermentação/oxidação de carboidratos e outros testes bioquímicos, inclusive aqueles para nitrato redutase, fosfatase alcalina, arginina dihidrolase, ornitina descarboxilase, urease e citocromo oxidase. S. aureus libera exotoxina (TSST-1) no sangue. - Manifesta-se pelo início abrupto de febre alta, vômitos, diarréia, mialgia, erupção escariatiniforme seguida de descamação, hipotensão, insuficiência cardíaca e renal (casos mais graves). - Causa infecções de pele e algumas vezes pneumonia, endocardite e osteomielite. Algumas cepas elaboram toxinas que provocam gastrenterite, síndrome da pele escaldada e síndrome do choque tóxico. StaphylococcusStaphylococcus Adesinas: torna os microrganismos capazes de se ligar as fibronectinas (glicoproteínas da membrana celular, plasma, saliva) e laminina (glicoproteína da membrana celular); se aderem às células dos hospedeiros. Biofilmes: acúmulo de bactérias aderidas ao tecido hospedeiro (tecido, pele ou mucosa). Faz com que essa bactéria seja a precursora – colonização e multiplicação – produção de condições para outras bactérias se aderirem criando um biofilme. Super antígeno: quando o sistema imune produz imunoglobulinas, os staphylococcus produzem mecanismo de defesa que impedem a fusão da porção Fc da Ig com a staphylo, não fazendo a ligação antígeno- anticorpo. Ele faz uma ligação externa chamada superantígeno e com isso ele não consegue quebrar o staphylo para apresentar ao sistema imune. Dessa forma, ele migra no sistema de defesa, migrando na corrente sanguínea junto aos macrófagos. Esses macrófagos vão liberar o staphylo no organismo e consequentemente causam lesões entéricas, como abscessos profundos, alguns sendo superficiais, especialmente em grandes massas musculares chamados furúnculos. (A célula é fagocitada e multiplica-se no macrófago que migra por todo organismo do animal, sem ação dos antimicrobianos). G+ Resistência Temperatura de crescimento: 37°C Resistência: luz solar, temperatura 60° por 30min, pH (4 - 9,5), concentração de sais 7,5%, desinfetantes, pasteurização lenta, rápida e UHT. Fatores de Virulência Cápsula: algumas amostras de S. aureus possuem cápsula de natureza polissacarídica, proporcionando maior resistência a fagocitose. Não permite a quebra do S. em pequenas estruturas para apresentar ao sistema imune. Ela migra dentro do hospedeiro produzindo abscessos. Peptideoglicano: ativa a via alternativa do complemento provocando uma reação inflamatória do hospedeiro. Proteína A: provoca efeitos quimiotáticos, anticomplementar, antifagocitário, liberação de histamina, reações de hipersensibilidade e lesão plaquetária. StaphylococcusStaphylococcus - Positivo: Staphylococcus - teste coagulase positivo ou negativo. - Negativo: Streptococcus - Agar sangue - alfa hemólise (hemólise parcial) e beta hemólise (hemólise total). G+ Clínica Bovinos: mastite subclínica, doença aguda, sub-aguda e crônica, gangrenosa. Ovinos: doença aguda, sub aguda, crônica e gangrenosa. Caprinos: mastite sub aguda e crônica. Suínos: Síndrome MMA (metrite, mamite e agalaxia). Distúrbio hormonal na galatogênese. Equinos: mastite, botriomicose. Aves: artrite, sepcemia, cefalite, piogranulomas. Cães e gatos: dermatites, piodermites. Cães e gatos: piodermite juvenil, otite externa, piometra, abscessos. Equinos: infecções raras. Suínos: epidermite exudativa, poliartrite exudativa. Bovinos: mastite. S. aureus: abcessos e supurações. Pode estar relacionada a infecções alimentares, dependendo do tempo de incubação, que é de 8-12 horas. Sinal clínico em menos de 8h = Staphylo. Mais de 8h = infecção por Salmonella. S.intermedius: S. hyicus: Teste de Catalase Diagnóstico Coloração de gram, cultivo em Agar sangue, tioglicolato de sódio, 37°C. Controle: higiene da instalação, na ordenha e prevalência de bactérias. Profilaxia: desinfetantes. Tratamento: antimicrobianos locais e sistêmicos, drenagem, tratamento sistêmico, limpeza de equipamentos, higiene (ordenhador), água de qualidade. Infecções metastáticas - Penicilinas semi- sintéticas, cefalosporinas, eritromicinas. - Clindamicina em endocardites, penicilina semi-sintética + aminoglicosideo.
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