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INSTITUTO DE ENGENHARIA DIÁLOGOS HIDROVIÁVEIS 2020 DESAFIOS PARA A PERENIDADE DO CORREDOR LOGÍSTICO DOS RIOS PARANÁ E TIETÊ AO PORTO DE SANTOS EQUIPE DO PROJETO2 PRESIDENTE DO INSTITUTO DE ENGENHARIA Eduardo Ferreira Lafraia DIRETOR EXECUTIVO DO MOVIMENTO PRÓ-LOGÍSTICA Edeon Vaz Ferreira CHAIRMAN DO SIMPÓSIO José Wagner Ferreira EQUIPE TÉCNICA Camil Eid Carlos Daher Padovezi Celso T. Matsuda Edeon Vaz Ferreira Eliezé Bulhões de Carvalho George Takahashi Jean Pejo João Carlos Parkinson de Castro Joaquim Riva Jorge Hori José Olímpio Dias de Faria Luiz Alberto Fioravante Maria Elizabet Paez Rodriguez Paulo Bustamente Pedro Ventura Ricardo Kenzo Motomatsu Rosa Maria Padroni Tiago Lima VICE-PRESIDENTE DAS DIVISÕES TÉCNICAS Jerônimo Cabral Pereira Fagundes Neto DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MOBILIDADE E LOGÍSTICA Ivan Metran Whately DIVISÃO TÉCNICA DE NAVEGAÇÃO INTERIOR E PORTOS José Wagner Ferreira George Takahashi Pedro Ventura SUPERINTENDENTE DO INSTITUTO DE ENGENHARIA Adriano Marques Silvério DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO George Paulus, Isabel Dianin e Ana Farah EDIÇÃO DE TEXTOS E DIAGRAMAÇÃO Fernando Bortolin - MTB: 20.658 EDIÇÃO DE VÍDEOS Rogério Rovaris TIME WEBINAR Eduardo Bendari, Thiago Branco, Sidney Botelho e Vitória Cristina PARTICIPANTES DA CONFERÊNCIA PRESIDENTE DO INSTITUTO DE ENGENHARIA Eduardo Ferreira Lafraia COORDENADOR DA DIVISÃO TÉCNICA DE LOGÍSTICA DO INSTITUTO DE ENGENHARIA José Wagner Ferreira SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO João Octaviano Machado Neto DIRETOR DO DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO DO ESTADO E SÃO PAULO José Manoel de Oliveira Reis MODERADOR PESQUISADOR SÊNIOR DO IPT Carlos Daher Padovezi PALESTRANTE PRESIDENTE DA ABIOVE André Nassar DEBATEDORES PRESIDENTE DO SINDASP Luizio Rizzo Rocha GERENTE DE LOGÍSTICA DA ELDORADO CELULOSE Flávio da Rocha Costa CONSULTOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA MRS Claudenildo dos Santos Chaves O Instituto de Engenharia, pela sua Divisão de Navegação Interior e Portos, em conjunto com o Movimento Pró- Logística, sensibilizados com a relevância do tema hidroviário, promoveu, entre 21 de setembro e 07 de dezembro de 2020, o 2º Simpósio de Navegação Interior em parceria com o ciclo do Diálogos Hidroviáveis que comemora seu 4º ano de realização. Esta iniciativa foi elaborada pela Equipe Técnica do Instituto de Engenharia que conta com seus associados especializados e convidados como DNIT, ANA, ANTAQ, ANEEL, MPL, FATEC, IPT, GESP, consultores multidisciplinares, entre outros. Uma das metas da Equipe Técnica é a divulgação da Navegação Interior Sustentável promovendo discussão de temas com a geração de empregos, educação, crescimento econômico e desenvolvimento nacional. Assim, durante este período, foram debatidos com diversos profissionais e entidades representativas ao setor de navegação interior temas sobre políticas públicas, uso múltiplo das águas, segurança de transportes de cargas e passageiros, oportunidades de financiamentos verdes, tecnologias e inovações do setor para segurança e governança, estratégias vocacionais por regiões hidrográficas e o desenvolvimento sustentável no entorno de hidrovias com especialistas e profissionais. Este ano, considerando requisitos de saúde ocasionados pela pandemia do coronavírus, foi realizado de forma virtual sua série de painéis no formato webinar. Com o apoio de entidades como BNDES, DNIT, FRENLOGI e IBL e patrocínio das instituições: APROSOJA/MT, AMPORT, ESTALEIRO MAGUARI e ROBERT ALLAN Ltd, atingimos o objetivo de debater os gargalos e viabilizar soluções para o desenvolvimento deste importante modo de transporte de cargas, mercadorias e passageiros, que promove logística, desenvolvimento econômico e social e ocupação territorial sustentáveis. A missão do Instituto de Engenharia é promover a Engenharia em benefício do desenvolvimento e da qualidade de vida da sociedade, é uma sociedade civil sem fins lucrativos, com mais de 100 anos de tradição, credibilidade e comprometimento com o desenvolvimento do Brasil. Seu quadro de associados é constituído por personalidades de todas as áreas, firmando-se como uma das mais conceituadas entidades do ramo no Brasil. Composto por profissionais que em suas horas cívicas se empenham na propagação e inovação da engenharia para o país. O 2º Simpósio de Navegação Interior e o Diálogos Hidroviáveis são fóruns permanentes de debates relacionados a navegação interior, tendo como objetivo a discussão de temas para buscar soluções a fim de viabilizar o desenvolvimento deste relevante modo de transporte na logística nacional de cargas e passageiros. INTRODUÇÃO AFRMM - Impactos no Desenvolvimento e na Segurança da Navegação Interior de Passageiros e Cargas. Gestão e Planejamento no Uso Múltiplo das Águas com Ênfase em Navegação Interior. Navegação na Amazônia: Desafios na Segurança para o Transporte de Cargas e Passageiros. Emissão de Fundos Verdes: Oportunidades de Financiamento para Sistemas Hidroviários. Inovação e Tecnologias para Navegação e Segurança em Hidrovias. Desafios para Perenidade do Corredor Logístico dos Rios Paraná e Tietê ao Porto de Santos. Desafios dos Corredores Logísticos dos Rios Madeira, Tapajós e Tocantins. Cidades e Desenvolvimento Urbano, Social e Econômico Estruturado pela Hidrovia. Turismo Fluvial Estruturado como Motor de Desenvolvimento Urbano Social e Econômico. Encerramento e entrega da síntese do Simpósio. TEMAS ABORDADOS DURANTE O C ICLO DE CONFERÊNCIAS PRESIDENTE DO INSTITUTO DE ENGENHARIA Eduardo Ferreira Lafraia "Vamos discutir como integrar os diversos modais do transporte, temos de falar da Hidrovia Tietê-Paraná, das ferrovias, dos portos e toda essa integração. Temos de trabalhar para que o sistema flua" Página 07 SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO João Octaviano Machado Neto "Vem aí uma novidade que é o caráter turístico da hidrovia, uma questão fundamental que estará presente no Plano Diretor. Em breve teremos a alegria de anunciar investimentos com a perspectiva de um novo porto na hidrovia" Página 08 DIRETOR DO DEPARTAMENTO HIDROVIÁRIO DO ESTADO E SÃO PAULO José Manoel de Oliveira Reis "Todos compraram e assumem a importância da hidrovia e da intermodalidade" Página 08 PRESIDENTE DA ABIOVE André Nassar "A hidrovia reduz custos, tem maior eficiência energética na comparação com outros modais, tem menor emissão de gases do efeito estufa, e maior segurança no transporte" Páginas 09 a 20 PRESIDENTE DO SINDASP Luizio Rizzo Rocha "Quando falamos de obras de infraestrutura na Hidrovia Tietê-Paraná, Avanhandava é um ponto essencial" Páginas 21 a 22 GERENTE DE LOGÍSTICA DA ELDORADO CELULOSE Flávio da Rocha Costa "Fico feliz em saber sobre a retomada do projeto da Hidrovia Tietê-Paraná. Para nós que estamos na beira do Rio Paraná, já na entrada do Rio Tietê, é música para os ouvidos, mas há dificuldades" Páginas 23 a 28 CONSULTOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA MRS Claudenildo dos Santos Chaves "No longo prazo, uma das principais alavancas para o crescimento da carga geral a ser transportada está pautada na multimodalidade com a hidrovia Tietê-Paraná, através do terminal de Pederneiras" Páginas 29 a 40 Patrocinadores SEJA UM ASSOCIADO. O MELHOR CONTEÚDO DA ENGENHARIA, A QUALQUER HORA E EM QUALQUER LUGAR! Realização Associe-se ao IE Apoio 6 Temos que integrar os diversos modais do transporte Eduardo Ferreira Lafraia Presidente do Instituto de Engenharia O Instituto de Engenharia tem hoje 104 anos e tem como missão promover a ajudar a promover o desenvolvimento do Brasil e esse trabalho só se faz através do amplo apoio da sociedade e com a união de esforços – tal qual vimos nos vídeos institucionais – os nossos parceiros e patrocinadores e a somatória de todas essas entidades e profissionais, empresas e competência é que vai gerar desenvolvimentopara o Brasil. Hoje estamos discutindo um problema dos mais relevantes, gestado e administrado pelo José Wagner Ferreira, coordenador do Departamento de Hidrovias do Instituto de Engenharia, e um tema muito caro que é a navegação interior. Vamos discutir como integrar os diversos modais do transporte, temos de falar da Hidrovia Tietê-Paraná, das ferrovias, dos portos e toda essa integração. Temos de trabalhar para que o sistema flua, de uma forma normal, sem burocracias, aproveitando os pontos fortes de cada um dos sistemas. Essa é a missão do Instituto de Engenharia estamos 104 anos fazendo isso e pretendemos continuar fazendo nos próximos 104 anos. Bom trabalho a todos! 7 Tenho um orgulho muito grande de dirigir essa secretaria e tratar de temas como esse, da hidrovia. Há quem diga que a hidrovia vai sucumbir à ferrovia, que a hidrovia não aguenta a concorrência com a rodovia, que o fato de a hidrovia não chegar até o Porto de Santos seria um fator mortal para ela (a hidrovia), enfim. Tudo isso é bobagem: a hidrovia é fundamental para o desenvolvimento do país, do Estado de São Paulo, e as condicionantes que temos são muito peculiares e nos dão condições sim de ter uma situação de intermodalidade de cargas, com plataformas logísticas envolvendo a ferrovia, a rodovia, e carga que é tipicamente hidroviária. A conexão da hidrovia com o Paraná é fundamental e movimenta cargas do Brasil todo e tem sim uma conexão com o Porto de Santos, através de todo o modal rodoviário e ferroviário a partir, por exemplo, de Pederneiras (SP). Por isso o que estamos fazendo em conjunto hoje, com o Instituto de Engenharia, que é o Plano Diretor da Hidrovia do Tietê-Paraná. Esse plano vai mostrar a capacidade que temos de investir nesse modal e, sobretudo, mostrar a viabilidade desse modal, e mais ainda, vem aí uma novidade que é o caráter turístico da hidrovia, uma questão fundamental que estará presente no Plano Diretor. Em breve teremos a alegria de anunciar investimentos com a perspectiva de um novo porto na hidrovia, para possamos oferecer ao Estado de São Paulo uma competentíssima hidrovia do Tietê trazendo riqueza, renda e emprego, num momento em que a infraestrutura surge como grande elemento do desenvolvimento nacional. A Engenharia nacional é das melhores do mundo, não tem nenhuma situação em que ela não resolva. Temos competência de sobra e não nos faltará Engenharia nacional para resolver os problemas da hidrovia. José Manoel de Oliveira Reis Diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo Sou um apaixonado pela hidrovia e tenho que fazer o meu melhor para que possamos construir algo que faça estória na hidrovia. Destaco que temos tido um apoio fantástico para isso, através do apoio do Secretário de Logística de Transporte do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto e do vice- governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, e do Governador do Estado, João Doria. Todos compraram e assumem a importância da hidrovia e da intermodalidade. A hidrovia é fundamental para o desenvolvimento do País João Octaviano Machado Neto Secretário de Logística de Transporte do Estado de São Paulo 8 Capital nacional e estrangeiro; Pequeno, médio e grande portes; Processadoras e exportadoras de oleaginosas; Produtoras de biodiesel verticalizadas e não verticalizadas. 60% do volume comercializado de soja no Brasil; 30% da produção de biodiesel. Outras oleaginosas e óleos vegetais (girassol, canola, algodão, milho, palma etc.); Comercialização interna e na exportação de milho, trigo e outros granéis vegetais; São ainda atores relevantes nos segmentos de: energia; etanol e açúcar; fertilizantes; nutrição animal. São 14 empresas associadas com características diversas: Essas empresas respondem por, aproximadamente: Também trabalham com: A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) é a entidade que representa as indústrias de óleos vegetais e as tradings no mercado brasileiro. As principais associadas da entidade são: ADM, AMAGGI, Baldo, Binatural, Bunge, Cargill, Selecta, Cofco Intl, Fiagril, Sodrugestvo, IMCOPA, JBS, LDC, Óleos Menu. Associados da ABIOVE são grandes usuários de infraestrutura de transportes André Nassar - Presidente da ABIOVE São grandes usuários de infraestrutura de transportes, principalmente de grãos, mas também, no transporte de processados, com o farelo e óleo de soja, os dois produtos que derivam da industrialização da soja. Hoje 2/3 da soja é exportada em grão no Brasil e 1/3 é processada e comercializado na forma de farelo ou na forma de óleo. Perfil da ABIOVE 9 A questão da infraestrutura e logística é enorme. A ABIOVE opera com 232 mil produtores de soja e 1,63 milhão de produtores de milho. Tudo isso gera uma demanda por serviços de infraestrutura muito grande, e estamos no dia a dia fazendo esse relacionamento direto com o produtor. Além disso, nosso setor trabalha com 12 mil silos e armazéns onde os produtos comprados dos produtores são armazenados. Para a ABIOVE, a questão da infraestrutura e da logíst ica é enorme André Nassar - Presidente da ABIOVE Tudo isso segue para os vários corredores de exportação e a Hidrovia Tietê-Paraná é um deles, bastante relevante, mas há vários outros corredores e tudo multimodal, é integração de hidrovia com ferrovia e com rodovia. Os nossos produtos, principalmente a soja e o milho, operam no modelo multimodal. Das associadas a ABIOVE são 11 terminais portuários que fazem todo o serviço de elevação e assim se faz para viabilizar a exportação. 10 A Hidrovia Tietê-Paraná é um sistema de navegação interior que se aproxima das hidrovias norte-americanas e europeias sobre o aspecto de uso múltiplo das águas. Esse modelo desenvolvido na Hidrovia Tietê- Paraná foi até inspirado no Vale do Tennessee, no Rio Mississippi, esse conceito do uso múltiplo das águas está presente na Hidrovia Tietê- Paraná. Essa questão do uso múltiplo das águas é muito importante para quem movimenta um volume muito grande de produtos como é o caso do nosso setor. Concebida na década de 1940, sua área de influência tem ligação direta com um dos maiores Produtos Internos Brutos do País. A influência da Hidrovia Tietê-Paraná está ligada diretamente com uma participação muito grande da produção brasileira. Já foram investidos mais de R$ 10 bilhões em obras para viabilizar a navegação (eclusas, pontes, derrocamento, balizamento). É uma hidrovia que já recebeu muitos investimentos, mas não foi totalmente concluída e requer obras complementares de navegação e de políticas públicas para fomento e segurança jurídica deste modal. A questão da segurança jurídica, como um fator que impende o desenvolvimento do modal hidroviário para o transporte de grãos, por exemplo, isso é muito relevante, precisa de mais segurança jurídica. Temos uma visão de que há uma insegurança institucional associada com a Hidrovia Tietê-Paraná e isso tem muito a ver com o evento de 2014 quando ela ficou paralisada por 20 meses devido ao rebaixamento do lago de Ilha Solteira e Três Irmãos. Essa paralisação trouxe prejuízos enormes, estimados em R$ 685 milhões e demissão de 1.400 colaboradores, e mais que esses prejuízos financeiros, esse fato gerou insegurança para os usuários e acabou por afastar potenciais investidores. Em nossa visão essa insegurança persiste até hoje e prejudica as atividades da hidrovia. Hidrovia Tietê-Paraná usa conceito inspirado no Vale do Tennessee (EUA) André Nassar - Presidente da ABIOVE A hidrovia reduz custos, tem maior eficiência energética na comparação com outros modais, tem menor emissão de gases do efeito estufa, e maior segurança no transporte. Além disso a hidrovia tem uma semelhança com a rodovia. Porque, por exemplo, o setor que a ABIOVE representa utiliza muito rodovia? Não é só porque, às vezes, só o modal rodoviário está disponível, mas é porque ele é um modal com flexibilidade.Já o modal ferroviário, e não tem o que discutir a relevância desse modal como vetor de expansão da produção, como redução de custos de frete, é uma modalidade de transporte que, uma vez concedida (uma ferrovia) é operada, basicamente, por uma empresa, então a flexibilidade é muito menor. É evidente que as empresas que são usuárias fazem contratos com as proprietárias das ferrovias e dentro desses contratos estão as flexibilidades necessárias, mas a ferrovia é um sistema de um único operador, ao passo que a hidrovia não é um sistema de um único operador. Vários operadores podem atuar e, nesse sentido, ela tem uma semelhança com o modal rodoviário que dá muita flexibilidade. A hidrovia precisa ser o sistema de transporte que mais cresça, o modal de transporte que mais evolua no Brasil, porque traz essa flexibilidade e para um setor como o que a ABIOVE representa, esse é um fator de competição com o modal ferroviário, sem a menor dúvida. Essa é uma variável importante para ser analisada. Redução de custos Maior eficiência energética Menor emissão de poluentes Menor emissão de CO2 Maior segurança no transporte AS HIDROVIAS PROPORCIONAM A hidrovia tem maior ef iciência energét ica na comparação com outros modais André Nassar - Presidente da ABIOVE 12 Sustentabi l idade Desenvolvimento Regional Dados comparativos da maior eficiência das hidrovias em relação a outros modais do transporte A hidrovia favorece o desenvolvimento de uma ampla cadeia socioeconômica 13 Se olharmos para um comboio duplo, tipo Tietê- Paraná, por exemplo, ele substitui o equivalente a 172 caminhões bi-trens nas estradas. Ou seja, é uma eficiência muito grande, há uma economia de escala enorme que torna o transporte hidroviário altamente competitivo com outros modais., tem múltiplos operadores e uma caráter concorrencial muito forte e a competição é fundamental para promover, de forma eficiente, as exportações, fazendo com que os demais modais tenham de ser e ficar mais eficientes para que os usuários continuem Um comboio duplo subst i tui 172 caminhões bi- trens contratando. A hidrovia tem esse aspecto concorrencial que se equivale ao rodoviário e que passa a ser um importante vetor de estímulo para que as ferrovias ganhem em eficiência. No fundo, estamos falando aqui de uma questão multimodal, mas sabemos que, mesmo com essa multimodalidade, há trechos em que pode haver competição explícita entre todos os modais e isso é fundamental para quem produz e movimenta a produção. André Nassar - Presidente da ABIOVE 14 Primeiro, teve o crescimento da soja, por conta desse hub logístico, depois veio a indústria e quem processa a soja, e, evidentemente, a exportação. O hub logístico é muito importante exatamente por isso, para trazer a indústria de processamento. Nesse sentido, a hidrovia gera um desenvolvimento regional inegável, além do fomento à indústria naval e serviços associados que são necessários para que a hidrovia funcione bem. Com o transporte multimodal associado a hidrovia e a esses hubs logísticos, isso estimulou a produção de soja e o advento das esmagadoras, tais como: Dreyfus (Jataí), Caramuru (São Simão), Comigo, Cargill e LDC (Rio Verde). Ou seja, o Sudoeste de Goiás virou um polo de esmagamento de soja fruto do desenvolvimento da Hidrovia Tietê-Paraná. Sabemos que a RUMO vai começar a competir nessa região (Sudoeste de Goiás), mas ela vai competir junto com a hidrovia. Imagina o benefício de ter à disposição dois modais para quem está produzindo e transportando cargas? Isso é fundamental. No Leste de Mato Grosso e Sudoeste de Goiás há toda uma área de influência da hidrovia e sua existência foi fundamental para o desenvolvimento dessa região. Pode-se dizer, sem dúvida alguma, que a hidrovia foi fundamental para a expansão da produção de soja e o estabelecimento das esmagadoras. Outro aspecto relevante se atém ao turismo. A hidrovia tem esse apelo muito forte do desenvolvimento regional e que outros modais não têm. Ela integra agricultura, indústria, transporte, serviços, turismo e lazer. Tudo isso está dentro de uma área de influência não apenas física, mas como consequência do desenvolvimento da hidrovia. Por exemplo, turismo com integração com o meio ambiente e lazer são atividades que crescem de forma paralela ao transporte e isso é muito interessante. Mais importante do que isso, esses hubs logísticos de transporte de cargas, e Pederneiras e São Simão são exemplos, eles geram muito desenvolvimento, nós sabemos disso. Se olharmos o que ocorre na região de Pederneiras e São Simão, há várias esmagadoras de soja estabelecidas. Turismo integrado ao meio ambiente e lazer são at iv idades que devem crescer André Nassar - Presidente da ABIOVE 15 Basicamente por conta da insegurança relacionada ao uso múltiplo das águas. É muito importante que não só os investimentos na própria hidrovia ocorram, mas que o marco legal seja aprimorado de tal forma que essa questão do uso múltiplo das águas seja desenvolvida para que a hidrovia fique atrativa para investimentos no transporte de cargas. Hoje vemos que há um sub-investimento, que operadores que poderiam estar utilizando a rota de exportação (está claro que há uma demanda reprimida nesta rota), poderiam estar utilizando muito mais não fossem os problemas de insegurança jurídica. Olhando-se as eclusas do Tietê temos uma capacidade para movimentar 10 milhões de toneladas de grãos por ano no sentido exportação e mais 10 milhões de toneladas de grãos anuais no sentido da importação. Mas o que acontece hoje? Atualmente, a movimentação é pouco mais de dois milhões de toneladas/ano e apenas no sentido exportação. No passado, essa movimentação já foi muito superior e hoje se tem ali apenas duas empresas operando, sendo 2/3 relativos ao transporte de soja e 1/3 é de cana-de-açúcar. O potencial é enorme e há uma demanda reprimida muito grande e por que isso acontece? As eclusas do Tietê-Paraná permitem tráfego de 20 milhões de toneladas/ano André Nassar - Presidente da ABIOVE Eclusa na Hidrovia Tietê-Paraná 16 O Brasi l precisa de uma polí t ica de navegação inter ior Temos que pensar na questão da estabilidade institucional e a primeira questão nesse aspecto é a política da navegação interior. O Brasil precisa de uma política de navegação interior para que haja o desenvolvimento duradouro das hidrovias. Nesse ponto amplio o escopo não apenas para o contexto da Hidrovia Tietê-Paraná, mas amplio a discussão para que possamos tratar da política de navegação interior de forma mais ampla. Essa política precisa estar sob o guarda-chuva do Ministério da Infraestrutura, com ações de redução de custos de combustíveis, manutenção do AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do FMM (Fundo da Marinha Mercante). É preciso, tanto o fundo como o funding, e a questão da desoneração da folha de pagamentos dos trabalhadores, porque são formas de incentivo. A QUESTÃO DA INFRAESTRUTURA É preciso ter um programa público de obras de infraestrutura ou algum tipo de parceria com o setor privado. Sem obras, a hidrovia não fica mais eficiente. A questão da regulação é de fundamental importância, ou seja, a regulação, pela ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), do uso múltiplo das águas e que isso ofereça segurança jurídica para as condições de navegação. Atualmente, em nosso entendimento, não há segurança jurídica por conta dessa ausência de regulação acerca do uso múltiplo das águas e que gere estímulos para a boa navegação. Algumas hidrovias são bem navegadas, mas quando se pega a Hidrovia Tietê- Paraná e todo aquele problema de interrupção no tráfego vemos como caem os estímulos para a realização de investimentos. Outro ponto essencial é o planejamento de longo prazo e informações hidrometeorológicas e de navegação atualizadas via Web, pelo órgão público gestor. Aqui é muito importanteque se tenha um planejamento, porque, sem ele, a questão hidroviária acaba ficando muito restrita às questões de vazão e de geração de energia, o que acaba prejudicando toda a parte de navegação interior. Esses quatro aspectos são muito importantes para se gerar estabilidade institucional e investimentos em hidrovias. André Nassar - Presidente da ABIOVE 17 Creio que precisemos de um tipo de Operador Nacional de Navegação Interior, algum órgão que olhe para o uso múltiplo das águas, mas numa visão de navegação interior. O projeto BR do Rio surge em um bom momento, para que essa discussão possa ser feita. Primeiro, precisamos da BR do Rio, é uma iniciativa correta. Ela não vai resolver o problema dos investimentos e obras, sobretudo as obras públicas e as que dependem do DNIT e outros órgãos. Nesse ponto sou um pouco mais pessimista, porque essa questão da disponibilidade de recursos no Brasil está muito crítica. Investimentos puramente privados na questão hidroviária esperariam por uma BR do Mar e uma BR do Rio para acontecer. Me refiro a investimentos em obras e, talvez, houvesse uma tendência desses investimentos migrarem para hidrovias mais novas, que precisam de obras de Engenharia menos pesadas. Evidentemente, a Hidrovia Tietê-Paraná precisa de obras grandes. De toda forma, além da BR do Rio, para trazer segurança jurídica, tem que ter um trabalho mais forte olhando para a questão de Avanhandava. Esse derrocamento é fundamental e já vai gerar uma coisa importante: atratividade, junto com a figura do operador criado na BR do Rio. Precisamos de um Operador Nacional de Navegação Inter ior André Nassar - Presidente da ABIOVE Derrocamento em Avanhandava (SP) 18 Tem mais uma questão acerca da ANTAQ que muitos já sabem, mas é importante mencionar: hoje ela já expede as outorgas de navegação, portanto, quem tem intenção de navegar em uma hidrovia pede essa outorga para fazer a navegação em um determinado trecho. Em termos de obras complementares é de fundamental importância a derrocagem do Canal de Nova Avanhandava (foto ao lado), bem como a proteção das pontes SP-333, SP- 425 e Tramo sul do Rio Paraná até Itaipu. Na priorização das obras, em nosso entendimento, se deveria olhar onde tem maior liquidez e cargas e, nesse sentido, estamos falando de São Simão-Pederneiras, em grãos e farelo, e Três Lagoas-Pederneiras, na questão da celulose. Na nossa visão, as obras deveriam ser dirigidas e priorizadas aonde existe essa maior liquidez de cargas. Também pontuamos como essenciais, a conclusão das demais obras complementares do projeto Hidrovia Tietê- Paraná. Para a questão de grãos, o Tramo Sul do Paraná é muito relevante. Você tem um potencial enorme, uma vez que a produção de grãos está toda estabelecida ali e tem integração até com a Argentina. Do ponto de vista daquilo que existe de carga e de produção de grãos faz todo o sentido, mas confesso que não consigo fazer uma análise detalhada do tamanho desse desafio. Me parece ser um desafio realmente grande. Quando analiso o Tramo Sul e a possibilidade de integração com o Paraguai-Paraná, e isso do ponto de vista de grãos, faz muito mais sentido. A importância do Tramo Sul Obras Complementares André Nassar - Presidente da ABIOVE Ela concede a outorga para utilizar o trecho, mas não há nenhum tipo de segurança de que aquele trecho estará disponível para navegação o ano todo. É muito importante combinar esses quatro aspectos de planejamento e regulação e ter uma política de navegação interior. Não estou falando desse aspecto, mas do que precisamos que é uma outorga de uso múltiplo e não a outorga para fazer a navegação daquele trecho. Por que isso? Porque temos de sair de uma política hidroviária para uma política de navegação interior, porque a outorga de navegação atual, expedida pela ANTAQ, não é suficiente para dar a segurança jurídica para quem vai investir na navegação. 19 No Rio Tietê, das atuais seis mil toneladas para até nove mil toneladas; No Rio Paraná, das atuais seis mil toneladas para até 18 mil toneladas; Autorizar a navegação de comboios fluviais maiores mediante estudos técnicos voltados à segurança da navegação: · Retomar os estudos para implantação de eclusas em Itaipu, interligando o Sistema de navegação interior do Tiete-Paraná ao Paraguai-Paraná. Com isso estaremos interligando a navegação desde Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso até a região de Buenos Aires; Promover e priorizar a intermodalidade utilizando os modais hidroviários e ferroviários para longas e médias distâncias e o rodoviário para curtas distâncias, a exemplo do que já ocorre no terminal intermodal de Pederneiras. Hidrovia Tietê-Paraná Outras ações importantes André Nassar - Presidente da ABIOVE 20 Segurança jur ídica é de fundamental importância. Temos de buscar isso Luízio Rizzo Rocha – Presidente do SINDASP Quando falamos da Hidrovia Tietê-Paraná, falamos de um corredor importante para as empresas que atuam no ramo e a questão da segurança jurídica é de fundamental importância e temos de buscar isso. Estamos realizando um trabalho em conjunto com a Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (FENAVEGA), a fim de trabalharmos essa questão. Quando falamos de obras de infraestrutura na Hidrovia Tietê-Paraná, a cidade paulista de Avanhandava é um ponto essencial para a operação. É preciso destacar que boa parte das empresas que estavam atuando no transporte hidroviário no Tietê-Paraná estão ou acabaram saindo da operação, principalmente devido aos problemas ocorridos em 2014 e 2015, momento em que ocorreram muitas demissões e paralisação de terminais e estaleiros. Essa segurança jurídica é muito importante e não tem como ficarmos sem isso e Avanhadava, com esse princípio de estiagem, já reduziu o calado, com empresas que navegam com três metros (de calado), mas que estão fazendo com apenas 2,7 metros. Infelizmente isso afeta o peso a ser transportado, o volume total da barcaça, e, consequentemente, se eleva o custo. A tripulação é a mesma, o diesel é o mesmo, o tempo de viagem é o mesmo, e na ponta do lápis transporta-se 800 toneladas a menos com um calado desse. Uma viagem, duas, tudo bem. Mas, na escala de 2,7 metros de calado é passível de se fazer apenas 15 viagens, portanto, perde-se um volume expressivo de transporte e de movimentação de cargas. Como mencionado, algumas empresas que operavam na hidrovia não voltaram ainda devido à obra de Avanhandava não estar pronta e muitas empresas que estão na hidrovia hoje acabam não investindo pela falta de segurança jurídica (se vão poder navegar). Estamos em negociação com a Agência Nacional das Água (ANA) para ver se conseguimos elevar esse calado até dezembro. Em Santa Maria da Serra temos um terminal que retira os produtos das barcaças para os caminhões, sentido ao Porto de Santos, em que a altura do cais já baixou mais de cinco metros. Estamos com baixa entre quatro e cinco metros no Rio Piracicaba, que faz parte do Lago de Barra Bonita. Isso é preocupante e estamos vendo se poderemos continuar navegando até o final do ano ou não. É preciso priorizar projetos e f inal izá-los Luízio Rizzo Rocha – Presidente do SINDASP Quando falamos em obras, o pessoal tende a falar muito de Itaipu. Nós que estamos navegando na hidrovia hoje vemos sempre o crescimento do sistema com bons olhos, porém, temos muito a ser fazer ainda na Hidrovia Tietê-Paraná antes de começar outras obras. Nossa recomendação e o que pedimos nesse momento é terminar o que está começado para depois se iniciar novas obras e novos projetos. Falamos muito na questão de Avanhandava, uma obra cuja conclusão é importantíssima para se trazer mais e novos investimentos para a Hidrovia Tietê-Paraná. Temos outras obras como alargamento de pontes, também. Para fazermos um volume de 10 mil toneladas hoje, sem melhorias, talvez não iremos conseguir. Com muita luta faremos entre seis a sete mil toneladas, porque ainda temosmuitos entraves, como a ponte SP-333, que liga Borborema e Pongaí, gastamos 1h30 para passar. Tem que ter um vão novo de 140 metros, mas sem isso temos que desmembrar o comboio e passar em um vão de 40 metros, isso porque falta apenas um pequeno investimento para concluir esse projeto. Por isso, nós do Sindicato dos Armadores de Navegação Fluvial do Estado de São Paulo (SINDASP), pedimos que é muito importante concluir as obras que temos antes de iniciar novas. As eclusas que estão na esfera de atuação do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo funcionam muito bem, com sinalização positiva, mas as eclusas que estão à mercê do DNIT não funcionam bem. O Tramo Sul é de grande relevância para a celulose, além do complexo soja. No Tramo Sul, que vai até Itaipu, à montante, há a necessidade de derrocamento de um canal com cerca de três quilômetros, algo que é muito interessante e merece ser analisado. Já foram feitas movimentações de cargas importantes em trigo no passado e com essa hidrovia do Tramo Sul funcionando haverá ganho ao sistema hidroviário como um todo. Na Hidrovia Tietê-Paraná temos o Tramo Norte e o Tramo Sul. O Tramo Norte vai de Santa Maria-Pederneiras-São Simão e o Tramo Sul vai de Santa Maria-Pederneiras-Itaipu. Já fizemos muito trigo e soja do Paraguai para Panorama, mas infelizmente, já há 12 anos, estamos com todos os terminais paralisados. No Tramo Sul temos um pequeno trecho, entre dois e três quilômetros para fazer um derrocamento também, para ter um calado que seja real para o trabalho com segurança. As eclusas de Jupiá e Três Irmãos, a cada dia que passa, temos uma nova surpresa. Estamos com as obras paradas há mais de um ano. O Tramo Sul 22 Fico feliz em saber sobre a retomada do projeto da Hidrovia Tietê-Paraná. Para nós que estamos na beira do Rio Paraná, já na entrada do Rio Tietê, é música para os ouvidos, mas o rol de dificuldades que todos os agentes tiveram e vem tendo, inclusive diante do fechamento da hidrovia, quando muitas empresas paralisaram suas operações. A hidrovia ficou fechada por dois anos, por uma questão de priorização da energia ao invés da navegação interior, e a Eldorado Celulose, que na época vinha operando na hidrovia, foi obrigada a parar e depois não retornou mais. Nossa planta fica em Três Lagoas, na divisa com o Estado de São Paulo, às margens do Rio Paraná, com uma produção equivalente a 1.750.000 toneladas, 4.600 colaboradores e faturamento bruto da ordem de R$ 5,2 bilhões. Da produção total, 90% é exportada e já temos estudos para um projeto de expansão visando 4.500.000 de toneladas por ano. E para que serve a celulose? Agora em agosto houve um leilão para duas áreas no Porto de Santos destinadas à celulose em que a Eldorado venceu as duas áreas e por obrigação do edital teve que optar por uma delas. Ou seja, agora temos uma área específica no Porto de Santos para poder levar a nossa celulose, através do uso dos modais ferroviário e rodoviário. O Brasil enxerga, para o potencial do mercado de celulose, um segmento que cresce 1.200.000 a 1.500.000 toneladas/ano, praticamente uma nova fábrica por ano. Mesmo com a pandemia não paramos de produzir e exportar, até porque a celulose é matéria-prima para produção de papel, mas é claro que houve uma retração no mercado, principalmente para o segmento de imprimir e escrever. Então para quem nós fornecemos celulose? Para empresas que vão produzir o papel e fazer o tipo específico de papel, seja ele de imprimir e escrever, como cadernos e impressoras, ou nichos de papeis para produtos descartáveis (papel toalha, higiênico e guardanapos), como papeis especiais (passaporte, embalagens). O mercado de celulose de eucalipto, chega a 24 milhões de toneladas e o Brasil é o maior exportador, com de 18 milhões de toneladas. A retomada da Hidrovia Tietê-Paraná é posi t iva, mas ainda há dif iculdades Flávio da Rocha Costa Gerente de Logística da Eldorado Celulose Fábrica da Eldorado Celulose TERMINAL MULTIMODAL DE APARECIDA DO TABOADO (MS) Além do terminal de barcaças também tínhamos um terminal multimodal em Aparecida do Taboado (MS), com o objetivo de fazer o transbordo de carga oriunda dos trens e que também está paralisada porque também não temos um acesso ferroviário ao Porto de Santos (SP). Isso demonstra o tamanho do desafio que é operar com celulose. Essas são as duas modalidades, logisticamente falando, para o setor de celulose. Estamos na Região de Três Lagoas (MS) e temos duas saídas para a nossa logística. Uma delas é por Aparecida do Taboado (MS), onde pegamos a malha da RUMO que sai de Rondonópolis (RO) e vai até Santos (SP). Aqui temos um trecho rodoviário de 50 km, ou temos a saída pelo Tietê, seguindo até Pederneiras (SP) e usando a base da MRS, transferimos a carga para a ferrovia que segue até Santos (SP). Tem volume e tem condições de utilizar a hidrovia, só que esse modelo, infelizmente acabou quando a Hidrovia Tietê-Paraná foi fechada em 2014. Quando eu falo celulose, não tem somente a Eldorado (e essa previsão de produção em aceleração, com perspectiva para 4.500.000 de toneladas, tem também nosso concorrente que já produz hoje algo em torno de 3.000.000 a 4.000.000 de toneladas, ou seja, estamos falando de uma perspectiva que poderia estar sendo utilizada nessa hidrovia-ferrovia de quase 8.000.000 de toneladas, apenas nessa região de Três Lagoas. Alternativas de Escoamento Flávio da Rocha Costa Gerente de Logística da Eldorado Celulose TERMINAL DE BARCAÇAS NA FÁBRICA Para se ter uma ideia trazíamos madeira de Anhembi (SP), onde tínhamos uma base e trazíamos pela hidrovia toda a madeira que era descarregada em nosso terminal, dentro da fábrica. Esse terminal privado tinha duas funcionalidades principais: o recebimento de madeira e sua transformação em celulose. A celulose era embarcada em barcaças de grãos – acabamos por nos adaptar a um operador da hidrovia que já operava com grãos e fizemos um acordo para também operar com a celulose. Eclusa na Hidrovia Tietê-Paraná 24 Temos um terminal no Porto de Santos (SP) onde somos obrigados a usar 100% do transporte sobre caminhões. O ponto central é que a Eldorado começou a operar sua logística com base no modal ferroviário e hidroviário com o transporte de ferro e usando essa intermodalidade, e, em função da crise hídrica tivemos de parar por dois anos, devido, também, a um problema que tivemos em Santos, pelo nosso terminal não ter acesso ferroviário, paramos a ferrovia também, e obrigatoriamente nos concentramos em 100% no modal rodoviário. Portanto, hoje a planta da Eldorado, em Três Lagoas, opera entre 130 e 140 caminhões todos os dias, com variados destinos e essa é a nossa complexidade logística. Devido a essas dificuldades, tivemos que distribuir toda a nossa operação em praticamente cinco portos. Hoje mandamos cargas por Navegantes (SC), São Francisco do Sul (SC), Itapoá (SC), Paranaguá (PR) e Santos (SP) – onde temos o nosso terminal – e por contêiner. Para se ter uma ideia, operamos 50% em contêiner, estufamos os contêineres diretamente no porto e essa foi a solução que encontramos, porque celulose a gente precisa entregar, é uma commodity e precisamos ser muito eficientes, desde a plantação do eucalipto à colheita, produção e, Somos obrigados a usar 100% do transporte sobre caminhões Flávio da Rocha Costa Gerente de Logística da Eldorado Celulose principalmente na logística, porque qualquer custo acima do normal representa perda de rentabilidade na veia. Esse é o desafio de se trabalhar com commodity. Em resumo, tivemos que distribuir toda a nossa rede de distribuição logística para que tenhamos também capacidade para a realização das operações em nosso próprio terminal e não ter uma condição de realizar uma logística mais eficiente. Não digo que o rodoviário não seja eficiente, pelo contrário, é muito flexível e nos ajuda a fazer uma operação complexa como essa, mas onde podemos ter oportunidades de ganhos temos de buscaralternativas e melhorias para a nossa rentabilidade operacional. PORTO DE SANTOS O contrato do terminal estava programado para ser assinado com o governo em novembro de 2020. As obras, previstas para início no 1º trimestre de 2021 e pronto para operar no final de 2022 e início de 2023. 25 A pergunta é: vale a pena voltar para a hidrovia? Flávio da Rocha Costa Gerente de Logística da Eldorado Celulose Aqui é chover no molhado. A pergunta é: vale a pena voltar para a hidrovia? Será que estamos prontos e, não somente isso, estamos confiantes em retornar para a hidrovia? Esses são os questionamentos que fazemos constantemente, insistimos em conversar, participar de encontros como esse, fazemos questão disso, porque gostamos das hidrovias e vemos, um dia, a esperança de estar retornando a esse modal. As posições do Estado de São Paulo são positivas, mas os questionamentos são esses. Quando a gente fala em voltar para a hidrovia, estamos falando de investimentos iniciais de R$ 150 milhões, recursos que são necessários para aquisição de barcaças, empurradores, montagem de uma estrutura com terminais (em Pederneiras). É claro que hoje temos operações com a MRS com quem estamos mantendo conversações para tentar ajudar nessa estruturação, mas o ponto é: como eu ponho dinheiro sem saber o que vai acontecer no futuro? Como eu coloco dinheiro fazendo uma conta financeira que vai fechar para carregar um comboio de 6.000 toneladas e, de repente, eu recebo uma notícia de que tenho de descarregar a barcaça para 5.000 toneladas porque o calado, em determinada região, principalmente em Nova Avanhandava (SP), não permite a realização de uma navegação segura (e de 6.000 toneladas). São contas que, ao colocar esses riscos todos para poder fazer o investimento, não fecham. Estamos olhando, observando, gostaríamos muito de retornar para a hidrovia, mas precisamos estar um pouco mais seguros, tem que ter uma segurança maior, uma segurança jurídica maior. Está em aprovação no Congresso Nacional a BR do Mar, já se cogita fazer uma regulação com o nome inicial de BR do Rio e posso dizer que estamos atentos, aguardando e tentando ver como podemos trabalhar junto com o governo, junto às agências, como a ANA, e como podemos ter a segurança de fazer os investimentos superiores a R$ 150 milhões. Esse é o nosso posicionamento. O que gostaria de deixar em aberto é a nossa disponibilidade e estamos presentes em todos os fóruns e entidades que discutem o tema, mas, à princípio, e cada vez mais, o que estamos enxergando está nos deixando mais distantes do que próximos de fazer um investimento ou retornar para a hidrovia, por mais que tenhamos uma infraestrutura já pronta e recursos investidos no passado, e podendo iniciar a operação. 'O ponto central da discussão é finalizar a obra de Nova Avanhandava, o que para nós já dá um sinal positivo com relação à hidrovia' 26 Se o primeiro ponto se atém à Nova Avanhandava, o segundo é: em nossa percepção a hidrovia não tem um dono. Quando estávamos para paralisar as operações de transporte na hidrovia não tinha um dono. Você fala com quem? Com a Marinha, agências reguladoras, ministérios, governos? Deveria se estabelecer, além de uma regulação clara, que se tenha um dono. Quem é o dono da hidrovia? É o DNIT, é o Departamento de Hidrovia do Governo de São Paulo, é o Governo Federal, é a ANA, ou mesmo as próprias geradoras de energia? Deveria ser estabelecido um órgão que seja o dono e isso, por mais que se tenha uma regulação eficiente, quem será o dono e quem vai decidir? Novamente, primeiro passo: conclusão da obra de Nova Avanhandava e, segundo passo, a BR do Rio, que já está correndo para ter uma regulação um pouco mais consistente sobre o assunto, e para nos dar uma certa segurança jurídica, e terceiro passo: quem vai ser o dono desse negócio? O ideal é criar mais projetos mostrando ao setor de meio ambiente que a intervenção em um rio não se dá sobre o rio inteiro, mas apenas sobre um trecho específico, sendo relevante garantir o maior número de informações, uma vez que o setor de licenciamento ambiental tende a ser, naturalmente, mais receoso até mesmo pela falta de conhecimento e quem tem de dar esse conhecimento é aquele que está buscando fomentar e fazer uma infraestrutura. Quem é o dono da hidrovia? A hidrovia precisa ter um dono Flávio da Rocha Costa Gerente de Logística da Eldorado Celulose Produção: 1.750.000 toneladas Quadro de funcionários: 4.600 Faturamento Bruto (2019): R$ 5,2 bilhões 90% da produção é exportada para: Ásia, EUA, Europa e Latam Projeto de expansão Linha 2: 4.500.000 de toneladas 230.000 ha de área produtiva certificada 100.000 ha de área de preservação ambiental ELDORADO CELULOSE EM NÚMEROS FLORESTAS 28 A MRS é uma ferrovia que está situada na Região Sudeste, tem uma extensão superior a 1.600 km, mas com densidade de carga muito alta. Em 2018 transportamos mais de 174 milhões de toneladas úteis de carga e atendemos cinco portos, dentre eles: Rio de Janeiro, Itaguaí, Guaíba, Sudeste e Santos. Através de contratos de compartilhamento de malha, e contratos operacionais específicos, adentramos as malhas de outras ferrovias. Temos a RUMO na malha paulista, a VLI, a Estrada de Ferro Vitória-Minas, e,, portanto, temos uma capilaridade muito grande de atendimento. Temos mais de 40 terminais intermodais em nossa malha e uma diversificação muito grande de segmentos e clientes atendidos, dentre eles: mineração, siderurgia, agrícola, construção civil, industrializados, celulose, químico e petroquímico, sendo que a multimodalidade expande a nossa malha e a área de abrangência. Mais de 40 terminais intermodais ao longo de toda a malha, com capacidade para atender variados tipos de cargas. Diversificação de segmentos e clientes atendidos: mineração, siderurgia, agrícola, construção civil, industrializados, celulose, químico e petroquímico. Multimodalidade: um serviço que permite extrapolar limites geográficos da malha e prospectar novos mercados. Quem é a MRS Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS 1.600 Km extensão, conectando os principais centros econômicos do País: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Mais de 174 milhões de toneladas transportadas em 2018. Cinco portos atendidos pela companhia dentre eles: Rio de Janeiro, Itaguaí, Guaíba, Sudeste e Santos. A MRS EM NÚMEROS Foto: Assessoria de Imprensa da MRS Foto: Assessoria de Imprensa da MRS Temos uma hidrovia com 2.400 km de extensão, dos quais 800 km no Rio Tietê e 1.600 km no Rio Paraná, e essa hidrovia transporta ou já transportou farelo de soja, areia, madeira, cana- de-açúcar, celulose e adubo. Apenas para mostrar o fluxo, a carga que vem pelo modal rodoviário até São Simão (GO), oriunda de Goiás e Mato Grosso e faz o transbordo para as barcaças e empurradores da hidrovia, navega pelo Rio Paraná, adentra o Rio Tietê, através do Canal de Pereira Barreto e chega ao terminal intermodal de Pederneiras, passando por algumas eclusas. A Hidrovia Tietê-Paraná Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS Outro modelo de transporte, citado pela Eldorado Celulose é o transporte que fizemos saindo de Três Lagoas e circulando pelas eclusas de Jupiá e Três Irmãos até Pederneiras e ao Porto de Santos. Temos aproximadamente 500 km de ferrovias e fazemos essa intermodalidade. É um transporte no qual apostamos muito, porque estamos operando com a hidrovia desde 2004. Nesses 16 anos tivemos apenas o período de interrupção de 2014/15 e, infelizmente fomos obrigados a parar. 31 Existem sete eclusas no sistema Tietê- Paraná (Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava, Três Irmãos e Jupiá), sendo que as quatro primeiras atendem ao fluxo de São Simão e que está operacional hoje e Três Irmãos e Jupiá, que são fundamentais para o sistema, estão com problemas de manutenção, mas são essenciais para atender ao fluxo de cargas oriundode Três Lagoas. Falando das eclusas, a hidrovia tem um sistema que viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios, o Paraná e o Tietê. Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS No longo prazo, uma das principais alavancas para o crescimento da carga geral a ser transportada está pautada na multimodalidade com a hidrovia Tietê-Paraná, através do terminal de Pederneiras (SP). As eclusas da hidrovia Eclusa de Jupiá, Rio Paraná 32 No Complexo de Pederneiras, temos três terminais à margem da hidrovia, cerca de 520 km do Porto de Santos via ferrovia e, nesse complexo, fechamos 2018 com a movimentação de três milhões de toneladas. Temos uma área de ampliação de 440 mil metros quadrados. O complexo reflete uma solução completa porta-a-porto, com integração de três modais e um operador hidroviário. Através desse fluxo, rompemos os limites geográficos de nossa malha férrea e atendemos importantes fluxos de grãos com origem no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, junto a cinco grandes players do segmento agrícola. Dentre as principais cargas movimentadas estão: soja, milho, farelo, celulose, com clientes como a Cargill, LDC, Caramuru, Gavilon e Eldorado Celulose. Dado o potencial e a relevância estratégica da região para o transporte de cargas no País, a O Complexo de Pederneiras Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS Terminal LDC - Opera Carga Própria (100 mil toneladas/mês) Terminal Caramuru - Opera Carga Própria (90 mil toneladas/mês) Terminal Jaú - Opera Carga Própria (110 mil toneladas/mês) Terminal DNP - Bandeira Branca (110 mil toneladas/mês) ATENDIMENTO ATUAL MRS realiza diversos investimentos, totalizando cerca de R$ 0,5 bilhão e projeta-se o potencial de aporte de mais R$ 1 bilhão no sistema Pederneiras, investimentos esses desdobrados entre manutenção, pátio, sinalização, frota e terminais. 33 A Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ) responde pelas visitas a eclusas do Programa Nacional de Recuperação, Operação e Manutenção de Eclusas (PROECLUSAS), com o propósito de promover a gestão, manutenção e operação sob responsabilidade da ANTAQ. Foto: DNIT Região de Três Lagoas tem forte potencial Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS Vemos um potencial muito grande para expansão da movimentação, sendo celulose e grãos da região de Três Lagoas. São Simão exibe um potencial enorme para grãos e Araçatuba é um projeto novo, que vem sendo desenvolvido pela prefeitura local em conjunto com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada no sentido de, também, ser incluída em terminais intermodais para a movimentação e transporte de grãos, açúcar e carga geral. 36 contratação de empresa para o levantamento e realização de diagnósticos. Isso é uma boa notícia e algo que estamos acompanhando. Essa questão é importante porque essa indefinição da regulação e regulamentação, as responsabilidades e o contexto institucional geram problemas. Havia, por exemplo, no contrato de gestão junto ao operador de Três Irmãos, a realização de manutenção e operação do canal, mas esse contrato se encerrou no mês passado. Há, portanto, um vácuo que está sendo negociado pelo DNIT para que, justamente, a operadora continue fazendo essa manutenção do canal e que ele não pare. Esse é um tipo de coisa que gera ansiedade dos agentes que operam na hidrovia, porque ficamos sempre no fio da navalha e precisamos evoluir. Temos, sim, uma ausência de responsabilidades e as questões precisam ser resolvidas. Temos de saber como vamos navegar nos próximos anos, como podemos trazer e fazer novos investimentos. Temos aqui uma boa notícia que é o Programa PROECLUSAS, anunciado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) . Esperamos que ele aconteça da forma como foi projetado, algo que trará maior organização e planejamento para manutenção e operação da hidrovia. Temos estações no mercado ocorrendo em uma primeira fase para as eclusas de Jupiá e Três Irmãos, com a Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS O Programa PROECLUSAS 37 OBJETO: Efetuar o derrocamento em fundos rochosos (cerca de 10 km), localizados no canal de navegação à jusante da eclusa de Nova Avanhandava. BENEFÍCIOS: Reduzir o risco de interrupção da navegação decorrente dos baixos volumes úteis nos reservatórios de Três Irmãos e Ilha Solteira em períodos secos, uma vez que a cota de navegação passará de 325,40 metros para 323 metros (2,4 metros de fundo rochoso derrocado). NOVA AVANHANDAVA E O DERROCAMENTO À JUSANTE DA ECLUSA CANAL DE PEREIRA BARRETO: canal sem manutenção estrutural desde 2014; NOVA AVANHANDAVA: obra paralisada. Revisão de projeto executivo em andamento; TRÊS IRMÃOS: contrato de operação e manutenção venceu em outubro de 2020. Nova licitação de manutenção em curso; JUPIÁ: eclusa sem operação desde março de 2019. Nova licitação de manutenção em curso. OBRAS NECESSÁRIAS Obras Públicas Fundamentais Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS 38 Protocolo de intenções de obras Claudenildo dos Santos Chaves Consultor de Relações Institucionais da MRS Implantação da Sala de Crise, que reúne os principais stakeholders do setor e atua no sentido de prover o uso mútuo das águas, fator essencial para evitar novas paralisações da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná. Programa Nacional de Recuperação, Operação, Manutenção e Gestão de Eclusas, sob responsabilidade do DNIT. Esse programa intenciona implementar a necessária estruturação e governança a esses segmentos de infraestrutura de transporte, no horizonte temporal de 2019 a 2026. ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS PROECLUSAS (MINFRA/DNIT) Inspirado no BR do Mar, seria uma nova política pública setorial voltada à navegação fluvial; Nova regulação para a manutenção e operação das eclusas e dos canais; Incentivos. Obras de Conservação e Recuperação nas Hidrovias do Tietê-Paraná; Derrocagem de Nova Avanhandava; Gerenciamento das Obras de Melhoramento na Hidrovia do Tietê; Escavação Canal de Acesso Ibitinga. BR DOS RIOS (MINFRA/SNPTA) PRÓ-BRASIL (GOVERNO FEDERAL) Iniciativas dos entes públicos 39 Obras de infraestrutura na Hidrovia Tietê-Paraná - Foto: Antaq Conclusões e recomendações TV ENGENHARIA Para assistir à conferência clique na tela Desafios para Perenidade do Corredor Logístico dos Rios Paraná e Tietê ao Porto de Santos Implantar uma plataforma de comunicação integrada entre os entes federativos que atuam nesse modal. A incerteza da indisponibilidade impacta na deficiência do amplo uso da hidrovia na logística de carga. A promoção de segurança jurídica na gestão das águas e operação das eclusas pode criar confiabilidade no sistema. Um Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento Regional, abrangendo todas as cidades lindeiras aos dois rios, no Estado de São Paulo, consolidará importante polo econômico, já induzido pelo modo hidroviário. Retomar os estudos para implantação de um sistema de transposição de Itaipu, consolidando a Hidrovia Tietê Paraná como a Hidrovia do Cone Sul https://vimeo.com/482165957 Instituto de Engenharia Avenida Doutor Dante Pazzanese, 120 Vila Mariana - São Paulo - SP CEP: 04012-180 Telefone: 55 11 3466-9200 Para participar e saber mais sobre a evolução do projeto, consulte o hotsite: https://www.institutodeengenharia.org.br/site/dialogoshidroviaveis/ VISÃO DE FUTURO Com mais de um século de existência, o Instituto de Engenharia tem em seu DNA o compromisso de promover a valorização da Engenharia e o avanço científico e tecnológico do País, por meio da troca de informações e o desenvolvimento da qualidade e da credibilidade dos profissionais. Visionário e sempre de olho no amanhã, concentra esforços para montar o projeto Instituto de Engenharia do Futuro, que tem como objetivos promover o trabalho e o estudo derivadosdo crescimento populacional exponencial e relacionados às demandas por reservas e o limite dos recursos disponíveis no planeta, face aos possíveis esgotamentos ou situações de estresse e conflitos decorrentes desse crescimento. Para grande parte das soluções a serem construídas, a Engenharia terá papel fundamental e determinante e é nessa demanda que o Instituto de Engenharia do Futuro concentra seus esforços. O INSTITUTO DE ENGENHARIA QUER AJUDAR A SOCIEDADE BRASILEIRA A CRIAR UM PROJETO BRASIL, E A PROPOSTA AGORA APRESENTADA É MAIS UM PASSO DESSA CAMINHADA INDISPENSÁVEL . OUTROS PROJETOS VIRÃO. https://www.institutodeengenharia.org.br/site/dialogoshidroviaveis/
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