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Cistos ovarianos e síndrome da hiperestimulação ovariana

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Cistos ovarianos 
- São formações 
preenchidas com fluido 
ou sangue, que podem 
causar dor pélvica 
quando rompem, 
crescem rapidamente ou 
causam hemorragia 
Ruptura de cisto 
ovariano 
Síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO) 
Cistos ovarianos 
Cisto folicular
- Cisto simples causado 
quando a ovulação não 
acontece e um folículo 
maduro regride
Cisto lúteo 
- Quando o corpo lúteo se 
preenche de fluido ou 
sangue e permanece no 
ovário
Cisto 
hemorrágico 
- Quando a parede do 
cisto sangue dentro dele 
mesmo
Cisto dermóide 
- Mais comum em 
jovens 
- Tumor benigno 
(teratoma cístico 
benigno) que pode 
conter vários tecidos 
- Cirurgia é uma opção 
- Acompanhamento 
ultrassonográfico pelo 
risco de transformação 
maligna
Endometriomas
70% se resolve em 3 meses 
-Endometriose ovariana cística, 
ocorre na pré-menopausa
- Conteúdo pontilhado fino e 
vidro fosco com cápsula espessa
- Tem risco de transformação 
maligna, devendo ser 
acompanhado por USG
Fibromas 
- Comum na pré- menopausa
- Massa sólida hipoecoica, 
homogênea, com atenuação do 
feixe acústico posterior
Massa anexial 
Investigar com USG e B-hCG (se 
positivo pensar em gravidez 
ectópica)
- Achados sugestivos de 
malignidade (componente 
sólido, cistos multiloculados, 
aumento da espessura da 
cápsula, diâmetro> 6cm, 
presença de septo grosseiro, 
projeções papilares, ascite ou 
diminuição do fluxo do doppler) 
- Ou cisto > 10 cm
- Pós menopausa: Considerar 
CA-125 (>35 U/mL encaminhar) 
Referenciar 
para o 
oncologista 
USG a cada 4 
semanas, 
considerar AINE 
Sim Não 
- Dor pélvica aguda e forte, 
náuseas, vômitos e fraquezas 
 - Sinais de irritação 
peritoneal podem acontecer
Exames: 
- Investigação com USG 
(líquido na cavidade)
- exames laboratoriais para 
abdome agudo + B-hCG
- Ruptura sem complicações: 
Manejo com AINEs
- Hemorragia ou risco de 
infecção: intervenção cirúrgica 
- Complicação iatrogênica relacionada a tratamentos de 
estimulação da ovulação
- Fatores de risco: (Primários) <35 anos, baixo IMC, SOP, 
baixa contagem de folículos antrais, história prévia. 
(Secundários) Estrogênio > 4000 pg/mL, >20 folículos e 
diâmetro >10 mm após estimulação e número de 
oócitos>20 
Apresentação clínica: 
- Sintomas que incluem aumento do volume ovariano, 
desconforto e distensão abdominal, extravasamento de 
líquido para cavidade abdominal e terceiro espaço e 
complicações decorrentes da hipovolemia 
- Forma leve: distensão abdominal, desconforto 
abdominal, náuseas e vômitos leves, dispnéia leve, 
diarréia, ovários aumentados 
- Forma moderada: Distensão abdominal, náuseas e 
vômitos leves, diarréia, ovários aumentados, ascite na 
ultrassonografia, hemoconcentração e leucocitose 
(>15.000)
- Forma grave: Hipotensão, derrame pleural, ganho de 
peso rápido (>1 kg em 24 hrs), síncope, dor abdominal 
intensa, trombose venosa/arterial, anúria crítica/ IRA, 
arritmias, derrame pericárdico, hidrotórax maciço, 
síndrome da dificuldade respiratória em adultos 
Tratamento (casos críticos): 
-Repouso no leito; 
- Dieta hiperproteica; 
- Controle da ingesta hídrica, do peso, da circunferência 
abdominal, da diurese, dos dados vitais 
- Hidratação EV, analgésicos, antieméticos, expansores de 
volume, anticoagulante profilático ou terapêutico
- Intervenção com paracentese
Referências: 
-Tratado de ginecologia 
Febrasgo / editores Cesar 
Eduardo Fernandes, Marcos 
Felipe Silva de Sá; 
coordenação Agnaldo Lopes 
da Silva Filho ...[et al.]. - 1. ed. 
- Rio de Janeiro : Elsevier, 
2019.
- Câmara FA, Santos AC, 
Silveira BS, Socorro FH, Moura 
JT, Rollemberg KC. Principais 
causas ginecológicas de dor 
pélvica aguda em 
mulheres.Femina. 
2021;49(2):115-20.

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