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CCJ0002-WL-PP-04-A História do Direito no Brasil Império (Elaine) [Modo de Compatibilidade]

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FACULDADE ESTÁCIO DO RECIFE
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
PROFA. ELAINE CUNHA
D. PEDRO II E REPÚBLICA VELHA
D. Pedro II
• “A aclamação oficial de Pedro II como novo Imperador
brasileiro ocorreu em 9 de abril. Foi levado na carruagem
ao lado de Mariana de Verna até o Paço da Cidade, em
choque devido à ausência do pai e da madrasta e
completamente aterrorizado com a multidão que o cercava
e pelo barulho causado pelos tiros da artilharia. Um
assustado Pedro II foi exibido ao lado das irmãs numa das
janelas do paço sobre uma cadeira para que pudesse
observar a sua aclamação pela multidão. Os brasileiros de
todo o país simpatizavam “com a figura do pequeno órfão
que deveria governá-la um dia”. O espetáculo foi seguido
por tiros de artilharia que assustaram ainda mais a criança
de apenas cinco anos de idade e deste trauma infantil que
provavelmente resultou em parte na aversão do monarca a
pompa do poder”.
• Diante da instabilidade política e social causada
pelas revoltas desencadeadas entre 1831 a 1838,
em 23 de julho de 1840, com o apoio do Partido
Liberal, foi feita a Declaração da Maioridade, de
Pedro II, a qual pôs fim ao período regencial
brasileiro. Os liberais viram na figura do jovem
imperador a oportunidade de ascenção ao poder,
visto a educação moderada do governante. Além
disto, visava pôr fim a disputas políticas que
abalavam o Brasil mediante sua autoridade. O
governo de D. Pedro II, levou o Brasil não apenas a
um período de estabilidade, mas de inserção no
cenário internacional devido à personalidade
“civilizada” do jovem imperador.
• Ao longo de nove anos, Pedro de Alcântara foi
moldado para assumir o trono do recém criado
Império brasileiro. Seu governo durou de 1840 a
1889 e trouxe a estabilidade desejada pelas
principais forças políticas e econômicas na época: as
elites rurais.
• Interessado em se tornar regente de uma nação
civilizada, D. Pedro II promoveu amplo progresso
cultural com a permissão de visitas de artistas e
intelectuais estrangeiros que escreviam sobre suas
impressões a respeito do Brasil. Porém, manteve-se
por muitos séculos o estigma de nação colonizada e
atrasada.
VISITA DE CHARLES DARWIN A PERNAMBUCO
“A cidade é repugnante em toda parte, com suas ruas estreitas,
mal pavimentadas e imundas. (...) Não havia nada na vista, no
odor ou nos sons dessa grande cidade que pudesse deixar em
minha mente alguma impressão agradável.” No passeio em que faz
pelos arredores do Recife, ele foi mais simpático com a vizinha
Olinda. “Descobri que essa antiga cidade é mais limpa e mais
encantadora que Pernambuco”, anota em seu diário de viagem.
Sua benevolência com o local, no entanto, não se estende aos
moradores. “Fui rejeitado de forma rabugenta em duas casas
diferentes e obtive com dificuldade em uma terceira a permissão
para passar por seus jardins até uma colina não cultivada, com o
propósito de ter uma visão de conjunto da paisagem. Fico
satisfeito que isso tenha acontecido comigo na terra da ‘Brava
Gente’, pois não tenho qualquer boa vontade para com eles —
essa é também uma terra de escravidão e, portanto, de
degradação moral”
• Para contornar as rixas políticas que incentivaram as
principais revoltas no período da Regência, Dom
Pedro II contou com a criação de dispositivos
capazes de agraciar os dois grupos políticos da
época: liberais e conservadores. Tendo origem em
uma mesma classe socioeconômica, barganharam a
partilha de um poder repleto de mecanismos onde
a figura do imperador aparecia como um
“intermediário imparcial” às disputas políticas. Ao
mesmo tempo em que se distribuíam ministérios, o
rei era blindado pelos amplos direitos do
irrevogável Poder Moderador.
• Um desses mecanismos foi criado em 1847 e
denominado de Conselho de Ministros, o qual
consistia num órgão que aconselharia o imperador
a dirigir o Brasil, em alguma medida espelhada no
parlamentarismo britânico. Porém, no Reino
Britânico, o parlamentarismo tinha como maior
função a limitação do poder monárquico
enquanto no Brasil serviu para blindar ainda mais
o poder de D. Pedro II visto que era ele quem
nomeava cada ministro. Disto, surgiu a expressão
"parlamentarismo às avessas".
• Porém, o desgaste desencadeado com este órgão
fez com o imperador criasse o cargo de presidente
do Conselho de Ministros (primeiro-ministro), que
seria o chefe do ministério, encarregado de
organizar o Gabinete do Governo. Assim, o
imperador, em vez de nomear todos os ministros,
passou a nomear somente o Presidente do
Conselho, e este escolhia os demais membros do
Ministério, retirando um elemento de desgaste
político do imperador, sem que este tivesse
diminuída sua autoridade.
• Durante o Segundo Reinado, o tráfico negreiro era
sistematicamente combatido pelas grandes
potências, tais como a Inglaterra, que buscava
ampliar seus mercados consumidores por aqui. A
partir da segunda metade do século XIX,
movimentos abolicionistas ensaiavam ações e
textos favoráveis a uma economia mais dinâmica e
um regime político moderno e inspirado pela onda
republicana liberal.
• Devido a estas ações e pressão inglesa,
gradualmente
• Tratado de 1810: D. João VI se compromete com a
Inglaterra para abolir o tráfico negreiro nos
territórios portugueses
• Tratado de 1815: renovação da obrigação
• Convenção de 1817: o direito de visita e busca de
navios suspeitos. Julgamento feito por portugueses
e ingleses
• O reconhecimento da independência: obrigação de
extinção do tráfico após três anos.
Leis importantes do Império: leis abolicionistas
• Porém, a extinção não ocorreu e a escravidão
continuou além do período da Regência.
• Contra o conceito do escravo enquanto “coisa” ou
mercadoria sujeita aos direitos econômicos e ao
usufruto do senhor
• A favor da alforria: o que não significava o
rompimento definitivo com a dependência em
relação ao senhor
• Contra a escravidão herdada através da mãe
• Contra a comercialização dos capturados na África
• Lei de 7 de novembro de 1831: extinção do tráfico
“para inglês ver”.
• Parlamento britânico aprova a Lei Bill Aberden: o
direito da marinha inglesa aprisionar navios
negreiros
• A lei Eusébio de Queiroz: a extinção do tráfico
externo. Permanece a escravidão e o tráfico
interprovincial. Senhores se livram das dívidas para
com os grandes traficantes.
• Decreto de 6 de novembro de 1866: alforria para os
escravos soldados na guerra do Paraguai
A lei do ventre livre: Nº 2040 de 
28.09.1871 
• Aprovação da Lei do Ventre livre em 28 de 
setembro de 1871
• Art. 1.º - Os filhos de mulher escrava que nascerem 
no Império desde a data desta lei serão 
considerados de condição livre.
• E as entrelinhas?
A lei do ventre livre: Nº 2040 de 
28.09.1871 
• Art. 1.º -
§ 1.º - Os ditos filhos menores ficarão em poder o 
sob a autoridade dos senhores de suas mães, os 
quais terão a obrigação de criá-los e tratá-los até a 
idade de oito anos completos. Chegando o filho da 
escrava a esta idade, o senhor da mãe terá opção, 
ou de receber do Estado a indenização de 600$000, 
ou de utilizar-se dos serviços do menor até a idade 
de 21 anos completos. No primeiro caso, o Govêrno 
receberá o menor e lhe dará destino,em 
conformidade da presente lei.
A lei do ventre livre: Nº 2040 de 
28.09.1871 
• Art. 2.º - O govêrno poderá entregar a associações, 
por êle autorizadas, os filhos das escravas, nascidos 
desde a data desta lei, que sejam cedidos ou 
abandonados pelos senhores delas, ou tirados do 
poder dêstes em virtude do Art. 1.º- § 6º.
§ 1.º - As ditas associações terão direito aos serviços 
gratuitos dos menores até a idade de 21 anos 
completos, e poderão alugar êsses serviços [...]
A lei do ventre livre: Nº 2040 de 
28.09.1871 
• Art. 4.º - É permitido ao escravo a formação de um 
pecúlio com o que lhe provier de doações, legados 
e heranças, e com o que, por consentimento do 
senhor, obtiver do seu trabalho e economias. O 
govêrno providenciará nos regulamentos sôbre a 
colocação e segurança do mesmo pecúlio.
[...]
§ 7.º - Em qualquercaso de alienação ou transmissão 
de escravos, é proibido, sob pena de nulidade, 
separar os cônjuges e os filhos menores de doze 
anos do pai ou da mãe.
Lei dos sexagenários: 28.09.1885
• Artigo 3º.
• §10. São libertos os escravos de 60 anos de 
idade, completos antes e depois da data em 
que entrar em execução esta lei, ficando, 
porém, obrigados a título de indenização pela 
sua alforria, a prestar serviços a seus ex-
senhores pelo espaço de três anos.
Lei dos sexagenários
• §12. É permitida a remissão dos mesmos 
serviços, mediante o valor não excedente à 
metade do valor arbitrado para os escravos da 
classe de 55 a 60 anos de idade.
Lei dos sexagenários
• §13. Todos os libertos maiores de 60 anos, 
preenchido o tempo de serviço de que trata o 
§10º, continuarão em companhia de seus ex-
senhores, que serão obrigados a alimentá-los, 
vesti-los, e tratá-los em suas moléstias, 
usufruindo os serviços compatíveis com as 
forças deles, salvo se preferirem obter em 
outra parte os meios de subsistência, e os 
Juizes de Órfãos os julgarem capazes de o 
fazer.
Lei dos sexagenários
• §14. É domicílio obrigado por tempo de cinco 
anos, contados da data da libertação do 
liberto pelo fundo de emancipação, o 
município onde tiver sido alforriado, exceto o 
das capitais.
• §15. O que se ausentar de seu domicílio será 
considerado vagabundo e apreendido pela 
polícia para ser empregado em trabalhos 
públicos ou colônias agrícolas.
A Lei Áurea
• Contexto de fugas, rebeliões escravas, 
abondono das fazendas e intensas atividades 
abolicionistas
A Lei Áurea
• A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua
Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz
saber a todos os súditos do Império que a
Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei
seguinte:
• Art. 1.º: É declarada extinta desde a data desta lei a
escravidão no Brasil.
• Art. 2.º: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o
conhecimento e execução da referida Lei pertencer,
que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão
14. Lei de Terras - 1850
• No Brasil, a Lei de Terras (lei nº 601 de 18 de
setembro de 1850.
• Trata-se de legislação específica para a
questão fundiária. Esta lei estabelecia a
compra como a única forma de acesso à terra
e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias.
Lei de Terras - 1850
• Definiu que: as terras ainda não ocupadas
passavam a ser propriedade do Estado e só
poderiam ser adquiridas através da compra nos
leilões mediante pagamento à vista, e não mais
através de posse, e quanto às terras já ocupadas,
estas podiam ser regularizadas como propriedade
privada.
• inibição da propriedade da terra através de
• Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do
Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as
primeiras medidas que indicaram o fim do regime
monárquico. O anseio por mudanças parecia vir em
passos tímidos ainda controlados por uma elite
desconfiada com transformações que pudessem
ameaçar os seus antigos privilégios. A estranha
mistura entre o moderno e o conservador ditou o
início de uma república nascida de uma quartelada
desprovida de qualquer apoio popular.

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