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Física do estado sólido Professor: Emmanuel Favre-Nicolin 4a lista de exercícios : vibrações da rede e propriedades térmicas 1. Vibrações da rede quadrada. Considere vibrações transversais de uma rede quadrada constituída por linhas e colunas com átomos idênticos. Seja u l ,m o deslocamento normal ao plano da rede do átomo na coluna de número l e na linha número m (v. Fig. 4.13). A massa de cada átomo é M, e C é a constante da força para átomos vizinhos mais próximos. (a) Mostra que a equação do movimento é dada por (um desenho dos átomos com os respectivos indícios pode ser de uma grande ajuda para evitar erros iniciais) M d 2u l ,m dt 2 =C [ u l1,mu l−1,m−2u l ,m u l ,m1u l ,m−1−2u l ,m] (b) Suponha soluções da forma u l , m=u 0exp[i lK x amK y a−t ] onde R é o espaçamento entre átomos vizinhos mais próximos. Mostre que a equação do movimento é sarisfeita se 2M =2C 2−cosK x a−cosK y a Esta é a relação de disperção do problema. (c) Mostre que a região do espaco K para a qual existem soluções independentes pode ser considerada como um quadrado de lado 2 a . Esta é a primeira zona de Brillouin. Trace em função de K para K =K x com K y=0 (direção [10]) e para K x=K y (direção [11]) 2. Rede monoatômica linear. Considere uma onda longitudinal u s=ucos t −Ksa que se propaga numa rede monoatômica linear de átomos com massa M, espaçamento a e interação entre vizinhos mais próximos igual a C (as outras interações são consideradas nulas). (a) Mostre que a energia total da onda é dada por E = 1 2 M∑s du dt 2 1 2 C∑s u s−u s1 2 onde s assume valores para todos os átomos. (b) Substituindo u s por nesta expressão, verificar que a média temporal da energia total por átomo é dada por 1 4 M 2u21 2 C 1−cosKa u2=1 2 M 2u 2 , onde na última etapa, utilizamos a relação de dispersão 2= 2C M 1−cosKa para este problema. 3. Equação de onda contínua. Mostre que, para comprimentos de onda longos ( ≫a ), a equação do movimento M d2ul,m dt2 =∑p≠0Cpuspus se reduza equação de onda contínua de meios elásticos ∂ 2u ∂ t 2 =V 2 ∂ 2u ∂x 2 onde v est a velocidade do som. 4. Base de 2 átomos. Para o problema da rede linear com 2 átomos na base visto durante as aulas precedentes, encontra de novo os 2 ramos da relação de dispersão de cada átomos da rede, usando u s e v s respectivamente para o primeiro e segundo átomo da base. Encontre a razão de amplitudes u s v s para os dois ramos, para K = a . Mostra que nesse caso as duas redes se comportam como se estivessem desacopladas: uma rede permanece em repouso enquanto a outra se move. 5. Anomalia de Kohn. Para metais, podemos supor que a constante da força interplanar C p na equação M d 2u s dt 2 =∑p0C u sp−u s 2 entre o plano de indício s e s+p seja da forma C p=A sen p k 0a pa onde A e k 0 são constantes e p varia segundo números inteiros. Use a equação 2= 2 M ∑p0 C p 1−cos pKa para encontrar a equação para encontrar 2 e ∂ 2 ∂K . Prove que ∂ 2 ∂K é infinito quando K =k 0 ; existe uma dobra vertical na curva de dispersão de fônons. 6. Singularidade na densidade dos modos. (a) Da relação de dispersão deduzida para uma rede monoatômica linear com N átomos ( = 2 M ∑p0 C p 1−cos pKa ), sendo a interação produzida pelos vizinhos mais próximos, mostre que a densidade dos modos em é dada por D = 2N 1 m2−2 onde m é a freqüência máxima. (b) Suponha que o ramo ótico dos fônons possua a forma k =0−AK 2 , nas vizinhanças de K=0 em 3 dimensões. Mostre que D = L 2 3 2 A3 /2 0− para 0 , e D =0 pour 0 . Neste caso a densidade de modos é descontínua. 7. Média quadratica da dilatação térmica da célula do cristal. (a) Estime par 300 K a média quadrática da dilatação térmica V V para uma célula primitiva do sódio. Considere o módulo volumétrico B igual a 7×103 J.cm−3 . Observe que a temperatura de Debye de 158K é menor do que 300K, de modo que a energia térmica é da ordem de kBT . Indicação : O parâmetro da célula convencional do sódio aNa=4.29Å . A estrutura do sódio é CCC. Considere a energia correspondente a um grau de liberdade por átomos do volume considerado como fonte da dilatação térmica. (b) Use este resultado para estimar a média quadratica da flutuação térmica a a para o parâmetro da rede. 8. Capacidade calorífica de uma rede unidimensional. (a) Mostre que a capacidade calorífica de uma rede monoatômica unidimensional na aproximação de Debye é proporcional a T D para baixas temperaturas T≪D onde D é a temperatura de Debye a uma dimensão definida pela relação D= ℏ kB = ℏ0 kBa onde a é a distância interatômica e kB a constante de Boltzmann.(b) Considere um cristal dielétrico constituído por camadas de átomos, com camadas adjacentes muito fracamente ligadas umas com as outras. Que forma devemos esperar para o limite da capacidade calorífica em temperatura muito baixas?