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Resumo Melanie Klein

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Júlia Camargos Silva
FACULDADE DE MEDICINA DE BARBACENA
PSICOLOGIA MÉDICA E ÉTICA
RESUMO MELANIE KLEIN
INTRODUÇÃO:
● Psicanalista austríaca (1882 - 1960)
● Pioneira na teoria das relações objetais
● Declarava - se uma psicanalista freudiana
TEORIA DAS RELAÇÕES OBJETAIS:
● Difere da abordagem freudiana em pelo menos 3 pontos
fundamentais:
○ Ênfase menor aos impulsos biológicos e maior
importância aos padrões de relacionamento que a
criança desenvolve com as pessoas em seu
entorno.
○ Abordagem mais maternal, destacando a
intimidade e o cuidado da mãe.
○ Busca por contato e relacionamento: é a
motivação fundamental do comportamento humano e NÃO o prazer sexual.
CONTEXTO E FOCO:
● Contexto: a mãe oferece ao bebê um relacionamento de segurança, no qual o bebê
pode permanecer de forma tranquila.
● Foco: Relação direta olho no olho, que a mãe oferece. Na qual a criança aprende a
se relacionar, vivenciar e então pensar a respeito (vínculo).
RELAÇÕES OBJETAIS:
● São as relações que as crianças estabelecem com os objetos que estão ligados à
satisfação de seus desejos e necessidades. Esses objetos podem ser:
○ Pessoas
○ Partes de pessoas (como por exemplo o seio da mãe)
○ Coisas inanimadas
● O ser humano busca reduzir a tensão provocada por desejos insatisfeitos.
● A mãe e seus seios tornam - se modelos para seus futuros relacionamentos
interpessoais.
● O primeiro objeto que entramos em contato geralmente é o seio que alimenta a
criança.
● Todo relacionamento futuro está permeado por representações psicológicas de
antigos objetos que foram significativos em nossa infância, incluindo as pessoas.
Enxergamos parcialmente esses objetos, nas pessoas com quem nos relacionamos.
● São reminiscências: restos de experiências passadas, que projetamos no presente.
VIDA PSÍQUICA DA CRIANÇA:
A vida psíquica da criança segundo Melanie Klein destaca as experiências que ocorrem dos
4 aos 6 meses. A criança nasce com predisposição para tentar reduzir a ansiedade que é
causada pelo conflito entre a pulsão de vida e pulsão de morte (2 forças que habitam em
nós).
Júlia Camargos Silva
● Pulsão de vida: é nosso desejo inato de buscar a vida, a criação e o prazer.
● Pulsão de morte: é nosso desejo de buscar a morte, o isolamento e a destruição.
POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE:
● Nos primeiros meses de vida, o bebê entra em contato com os chamados SEIO
BOM e SEIO MAU. Ele possui emoções ambivalentes em relação ao seio materno
por causa das punções de vida e morte. Ele deseja controlar o seio devorando - o e
guardando - o dentro de si e ao mesmo tempo seus desejos de destruição inatos
fantasiam a aniquilação do seio por mordidas e rasgões.
● Para que esses sentimentos ambivalentes e simultâneos sejam toleráveis, o EGO
que é o centro da psique do bebê se divide em duas partes, cada qual lidará apenas
com 1 tipo de sentimento em relação ao seio.
● Sendo assim,o bebê passa a se relacionar com 2 fantasias, a do seio perseguidor e
do seio ideal.
● Seio ideal: representa a relação de gratificação, amo e conforto que o bebê tem com
o seio materno. Ele deseja guardar o seio ideal dentro de si como uma forma de
proteção contra o seio perseguidor. A fantasia é que o seio malvado deseja destruir
o seio ideal.
● Para proteger o seio ideal e lutar contra o perseguidor, o bebê adota a posição
esquizoparanóide que é uma forma de organizar suas experiências. Essa forma
apresenta duas principais características:
○ Sentimentos paranóicos de perseguição
○ Clivagem (compreensão de que todos os objetos internos e externos
apresentam uma versão boa e uma versão má) visão dividida da realidade
em 2 opostos. É um mecanismo psíquico de defesa (que levamos por toda
vida).
● O bebê possui uma predisposição biológica a atribuir valor positivo à nutrição e à
pulsão de vida e negativo à fome e à pulsão de morte.
● A projeção é um mecanismo que nos defende de coisas difíceis sobre nós que
preferíamos não saber. Coisas como ódio, inveja, ganância, fraqueza ou
dependência ou incompetência.
POSIÇÃO DEPRESSIVA:
● Por meio do 5º ou 6º mês o bebê começa a unir os aspectos ambivalentes dos
objetos externos e perceber que o bom e o mau podem existir em um único objeto.
● O bebê começa a desenvolver uma visão mais realista da mãe e a notar que ela é
um ser independente dele e que tanto pode ser boa, quanto má.
● O EGO começa a amadurecer a ponto de tolerar seus próprios desejos de
destruição ao invés de projetá-los em objetos “maus”.
● Nota que a mãe pode ir embora e desaparecer para sempre. O medo de perder a
mãe faz com que ele deseje protegê-la. O EGO do bebê já é maduro o suficiente
para perceber que é incapaz de proteger a mãe.
● A posição depressiva é um misto de ANSIEDADE pelo medo de perder a mãe e
CULPA por já ter desejado destruí-la. Desenvolve um sentimento de empatia por ela.
● Essa posição é resolvida quando a criança fantasia que conseguiu reparar as
transgressões do passado e a mãe não vai desaparecer. Se a resolução da posição
depressiva não for completa, o indivíduo pode desenvolver falta de confiança,
incapacidade de superar o luto por pessoas queridas e vários problemas psíquicos.
Júlia Camargos Silva
PROJEÇÃO:
● Serve como mecanismo para reduzir a ansiedade provocada por sentimentos e
impulsos que existem dentro do bebê e ele não consegue lidar.
● Desejos destrutivos (arranhar e morder o seio da mãe quando está com fome)
deixam a criança ansiosa e para se livrar desse material psíquico o mecanismo da
projeção entra em ação e o bebê projeta seus sentimentos e impulsos para FORA
de si e passa a fantasiar que eles residem em outra pessoa, objeto ou mesmo em
partes de corpos.
● Usamos esse mecanismo por toda a vida como forma de aliviar a ansiedade
causada por sentimentos e aspectos da nossa personalidade que nos recusamos a
aceitar, coisas como inveja, incompetência, rancores, avareza.
● Normalmente nós projetamos essas e outras características ruins nos outros, mas
também somos capazes de projetar boas qualidades.
IDENTIFICAÇÃO PROJETIVA:
● Nela, também projetamos em objetos externos aquilo que não conseguimos aceitar
dentro de nós. Mas depois nós introjetamos de volta esse material de maneira
modificada e distorcida.
● Na identificação projetiva o indivíduo projeta partes do seu self, ou eu, na mente de
outro indivíduo. Esse segundo indivíduo é atingido inconscientemente a identificar-se
com a parte projetada sobre si e passa a experimentar sentimentos e comportar-se
conforme a parte do outro que foi projetada dentro de si.
● A identificação projetiva pode ocorrer de diversas formas e ter efeitos benéficos ou
deletérios em nossas relações interpessoais. Aquele que recebe o material projetado
pode se identificar com esse material e passar a se comportar de acordo com isso.
● Podem ter situações em que o indivíduo que recebe a projeção passa a ser
depositório daquele material que não pode ser digerido por aquele que o projetou,
mas nem sempre isso é ruim.

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