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Érika Cerri dos Santos UFES – 2021/1 EXTINÇÃO E REVISÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA O princípio da extinção por onerosidade excessiva caracteriza uma oposição ao princípio da intangibilidade do contrato, reconhecendo ser possível que, sob algumas circunstâncias, o cumprimento do contrato pode se tornar impossível ou prejudicial a um dos contratantes, bem como benéfico em excesso ao outro. A prestação se torna excessivamente onerosa quando se torna manifestamente mais gravosa do que quando surgiu. Impõe-se, para o seu adimplemento, atividades e meios não razoáveis para aquele tipo de relação contratual. A onerosidade excessiva superveniente interessa particularmente aos contratos bilaterais, embora este não seja o seu campo exclusivo de aplicação. A disciplina fundamental é dada pelo art. 478 do CC. - Marcos Jorge Catalan Art. 478, CC: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Adota-se, no ordenamento jurídico brasileiro, a Teoria da Imprevisão. São requisitos para a extinção contratual por meio do princípio da onerosidade excessiva: Érika Cerri dos Santos UFES – 2021/1 ❖ A prestação deve estar sendo excessivamente onerosa para uma das partes; ❖ A outra parte deve estar sendo beneficiada em excesso; ❖ A dificuldade em cumprir a prestação deve ser decorrente de acontecimentos imprevisíveis, os quais não devem se relacionar com a natureza do contrato.
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