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QUINONAS • As quinonas são conhecidas desde a antiguidade, principalmente porque elas eram, e ainda são, utilizadas como corante. • A substância alizarina, extraída da planta Rubia tinctorum L., já era conhecida pelo seu potencial corante pelos egípcios. • Sua cor púrpura avermelhada servia de corante para os alimentos. E ficou provado que esta substância complexa com cálcio deixando os ossos cor de rosa. • Os povos antigos também utilizam as quinonas como medicamento, principalmente como laxativos. QUINONAS • Quinonas são produtos da oxidação de fenóis. – A nomenclatura das quinonas deriva do anel aromático que lhe deu origem. As estruturas básicas estão a seguir: Fonte: Simões et al, Farmacognosia da planta ao medicamento, Porto Alegre: Ed.UFRS e UFSC, 2004. QUINONAS • As quinonas são encontradas nas plantas na forma reduzida e sofrem oxidação, principalmente depois de colhidas. • As quinonas podem ser encontradas na forma de glicosídeos (ligadas a açúcar) ou genina (sem açúcar). • Os glicosídeos são mais solúveis em solventes polares e a genina em solventes apolares. Fonte: Simões et al, Farmacognosia da planta ao medicamento, Porto Alegre: Ed.UFRS e UFSC, 2004. QUINONAS • A estrutura fundamental (genina) pode estar ligada ao açúcar através de um oxigênio (O- glicosídeo), ou de um carbono (C- glicosídeo). Fonte: Simões et al, Farmacognosia da planta ao medicamento, Porto Alegre: Ed.UFRS e UFSC, 2004. QUINONAS • A identificação das quinonas, principalmente das antraquinonas, é feita utilizando uma base, pois há formação de íons fenolatos que conferem uma cor avermelhada. Esta reação é conhecida como reação de Borntrager. • As antraquinonas são as mais utilizadas comercialmente, principalmente devido a sua atividade laxativa. Fonte: www.sbfgnosia.org.br QUINONAS • Mecanismo de ação das antraquinonas como laxantes: – Estimulação direta da contração de musculatura lisa por irritação da mucosa intestinal e aumento de histamina. – Inibição da reabsorção de água da luz intestinal pela inativação da bomba Na/K ATPase. – Inibição dos canais de Cl, com inibição da reabsorção de água da luz intestinal. QUINONAS • As antraquinonas devem ser consumidas na forma oxidada, pois na forma reduzida são catárticas, isto é, laxativas drásticas. • Não se deve utilizar antraquinonas de forma contínua, pois pode haver alterações morfológicas do reto e do cólon, levando ao escurecimento da mucosa intestinal, bem como prolapsos retais, entre outros, até um carcinoma colorretal. • O uso crônico pode levar a redução do peristaltismo, conduzindo a uma atonia. • Pode haver perda muito drástica de eletrólitos (água e sais minerais) podendo levar a desidratação, distúrbios renais, entre outros. QUINONAS • Drogas vegetais que contêm antraquinonas: • Rhamnus purshiana DC. (cáscara sagrada): casca dos caules • Laxativo • Sabor amargo • Rhamnus frangula L. (frangula ou amieiro negro): casca dos caules • Laxativo • Utilizado para falsificar cáscara sagrada. Fonte: www.tuasaude.com Fonte: umjetofarmaceuticodeser.blogspot.com QUINONAS • Senna alexandrina Mill (Sene): folíolos e frutos – Laxativo, muitas cólicas – Rheum spp (ruibarbo): rizomas – Laxativo – Anti-inflamatório (China) Fonte: kampodeervas.com Fonte: ppmac.org QUINONAS • Aloe vera (L.) Burn.f (babosa): latex dessecado das folhas • Laxativo • Mucilagem – hidratante – queimaduras Fonte: cedida por Nilsa S Y Wadt