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PATERNIDADE SOCIOAFETIVA - PARECER

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PARECER SOBRE PATERNIDADE SOCIOAFETIVA
FABIANE NICÁCIO DE MOURA
DIREITO: 7° SEMESTRE
1) RELATÓRIO
Trata-se de Parecer sobre a Paternidade Socioafetiva, visando conceituá-la
e abordá-la legal e jurisprudencialmente.
É o relatório.
2) DO MÉRITO
A paternidade já esteve ligada, unicamente, ao fator genético onde
independente de haver contato, cuidados, responsabilidades ou vínculo afetivo com a
pole, uma pessoa era considerada como pai. Segundo GAGLIANO e FILHO (2014)
“com o surgimento do exame de DNA, a análise científica do Código genético dos pais
passou a ser o fator determinante do reconhecimento da filiação”.
Essa realidade vem sendo modificada, pois segundo o artigo 1.593 CC, o
parentesco pode ser civil, resultante de consanguinidade ou outra origem, este último
termo possibilita, segundo DIAS (p. 406) reconhecê-lo como de outra origem afetiva.
A socioafetividade é entendida como a relação paternidade/filiação que é
construída ao longo do tempo, sedimentada no princípio da convivência familiar e do
afeto demonstrado por aquele que ocupa a função de pai na vida do filho, aquele que
segundo DIAS(2013) em citação a Chaves e Rosenvald, “é o pai das emoções, dos
sentimentos”, ou seja, o que protege, educa, ama e acompanha o desenvolvimento
pessoal de quem mesmo não tendo sua genética tem o seu afeto.
Nesse sentido:
2
Para GAGLIANO e FILHO (2014), “o que vivemos hoje, o moderno Direito
Civil, é o reconhecimento da importância da paternidade (ou maternidade) biológica,
mas sem fazer prevalecer a verdade genética sobre a afetiva”, pois independentemente
do vínculo sanguíneo, o vínculo do coração é reconhecido pelo Estado com a
consagração jurídica da "paternidade socioafetiva”.
Com base nos princípios que regem o direito de família brasileiro, quais
sejam, a dignidade da pessoa humana e a socioafetividade, tem se reconhecido não só
a paternidade, mas também a maternidade socioafetiva, esta calcada nos mesmos
preceitos anteriormente vistos, á que muitas mulheres tem criado os filhos de seus
maridos ou mesmo de outras pessoas como se tivessem sido gerados em seu ventre.
3) CONCLUSÃO
Hoje, pelo princípio da socioafetividade e da dignidade da pessoa humana
podemos ver a mudança no que tange ao reconhecimento da maternidade/paternidade,
pois, entende-se que, somente o fato de gerar biologicamente uma criança não
significa ser pai/mãe, mas o que tem sido analisado no caso concreto é a construção
do vínculo afetivo, o efetivo sentimento de filiação e paternidade/ maternidade e o
amparo e zelo dispensados entre os envolvidos.
Percebe-se que esse assunto tem sido mais bem analisado em cada caso
concreto, ou seja, a jurisprudência hoje se baseia o contexto familiar para definir qual o
tipo de relação existente, afinal de contas não basta ter o nome de um pai ou mãe no
registro de nascimento se na realidade dessa relação não se obtém lucros,
principalmente, afetivos e valores morais e sociais necessários ao desenvolvimento
pleno de qualquer ser humano.
Esses valores e a idéia de que as pessoas precisam estar inseridas em um
grupo familiar é que vem fazendo o STJ reconhecer também a maternidade
socioafetiva e, não somente isso, mas também reconhecendo tal parentesco em casos
de “adoção à brasileira”, o que é algo importante, visto que o mesmo não tendo
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documentos onde constem o nome das partes como filo e pai/mãe, existe o
fundamental, qual seja, o respeito e amor recíprocos, sentimentos indispensáveis ao
sucesso de qualquer relacionamento.
É o Parecer.
BIBLIOGRAFIA
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. RT. 9a Ed. 2013
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil.
Vol. VI: Direito de Família- As famílias em perspectiva constitucional. Saraiva, 2014.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - vol. VI - Direito de Família.
Saraiva. 12ª Ed.2014.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. I. Rio de Janeiro:
Forense, 28ª 2014.
LÔBO, Paulo. Direito Civil- Famílias. Saraiva, 5ª Ed. 2009, 2012.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Vol. VI. Direito de Família. São Paulo: Atlas, 15ª
Ed. 2004.
www.jusbrasil.com.br
www.stf.jus.br
www.stj.jus.br

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