Buscar

Embriologia do sistema nervoso


Continue navegando


Prévia do material em texto

EMBRIOLOGIA DO SISTEMA 
GGNERVOSO
1
1º Período
Sistema nervoso
O sistema nervoso é constituído de três partes 
principais:
• Sistema nervoso central (SNC), que inclui o encéfalo 
e a medula espinhal.
• Sistema nervoso periférico (SNP), que inclui 
neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais, 
que unem o encéfalo e a medula espinhal às estruturas 
periféricas.
• Sistema nervoso autônomo (SNA), que possui partes 
tanto no SNC como no SNP, e consiste em neurônios que 
inervam músculo liso, músculo cardíaco ou epitélios 
glandulares ou uma combinação desses tecidos.
Origem do sistema nervoso
 O sistema nervoso origina-se da placa neural 
(Fig. 1), uma área espessada do ectoderma 
embrionário. A notocorda e o mesoderma 
paraxial induzem o ectoderma sobrejacente 
a se diferenciar na placa neural. Moléculas 
sinalizadoras parecem envolver membros da 
família do fato de crescimento transformante, 
Shh e BMPs. A formação das pregas neurais, 
do tubo neural e da crista neural a partir da 
placa neural está ilustrada na figura abaixo.
Origem do sistema nervoso
 Tubo neural 
 Crista neural
Diferencia-se no SNC, que 
é formado pelo encéfalo 
e pela medula espinhal.
Dá origem às células que formam 
a maior parte do SNP e do SNA, 
constituídos de gânglios cranianos, 
espinhais autônomos.
Origem do sistema nervoso
 A fusão das pregas neurais e a formação do tubo 
neural avançam em direção cefálica e caudal até que 
somente pequenas áreas permaneçam abertas em 
ambas as extremidades. Nesses locais, a luz do tubo 
neural - canal neural – comunica- se livremente com a 
cavidade amniótica.
 A abertura cranial, o neuroporo rostral, fecha-se por 
volta do 25º dia; o neuroporo caudal fecha-se dois 
dias mais tarde(27º dia). 
 O fechamento dos neuroporos coincide com o 
estabelecimento de uma circulação vascular sanguínea 
no tubo neural. As paredes do tubo neural se espessam 
para formar o encéfalo e a medula espinhal . O canal 
neural é convertido no sistema ventricular do encéfalo e 
no canal central da medula espinhal.
Desenvolvimento da Medula Espinhal
 Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão 
das pregas neurais, o tubo neural é constituído por 
células neuroepiteliais, que formam a camada 
neuroepitelial ou neuroepitélio. 
 Com o tubo neural fechado, as células 
neuroepiteliais dão origem a outro tipo celular, as 
células nervosas primitivas ou neuroblastos, que 
formam a camada do manto. Esta camada, por sua 
vez, forma a camada marginal. Por volta de oito a 
dez semanas, a medula espinhal é parecida com a 
do adulto.
Desenvolvimento da Medula Espinhal
 Portanto, a medula espinhal com seis 
semanas é composta pelas seguintes 
zonas:
 Zona Ventricular : constituída por 
células neuroepiteliais da parede do 
tubo neural, dão origem a todos os 
neurônios e células macrogliais da 
medula espinhal.
 Zona Intermediária : formada por 
neuroblastos, provenientes das células 
neuroepiteliais em divisão da zona 
ventricular. Neuroblastos se tornam 
neurônios.
 Zona Marginal : composta pelas 
partes externas das células 
neuroepiteliais. É a futura substância 
branca da medula espinhal.
Desenvolvimento da Medula Espinhal
 Com o espessamento das paredes laterais 
da medula surgem às placas alares e
placas basais, dorsais e ventrais, 
respectivamente. Essas placas são 
separadas pelo sulco limitante. 
 As lâminas alares são unidas por uma 
delgada placa do teto, dorsalmente, e as 
lâminas basais, por uma delgada placa 
do soalho, ventralmente. As placas alares 
formam os cornos dorsais cinzentos 
(funções aferentes) e as placas basais, os 
cornos cinzentos ventrais e laterais 
(funções eferentes). O sulco limitante se 
estende por toda a medula espinhal e até 
o encéfalo médio, cranialmente.
Desenvolvimento da Medula Espinhal
 Além do corno dorsal e do corno ventral, existe o 
corno intermediário, nas porções torácica e lombar 
superior da medula espinhal, contendo neurônios da 
parte simpática do sistema nervoso autônomo.
 Externamente, a medula espinhal embrionária 
encontra-se delimitada por uma camada fibrosa de 
prolongamentos de células gliais, a membrana 
limitante externa, formada inicialmente pelos 
prolongamentos das células ependimárias, os quais 
posteriormente se retraem.
Desenvolvimento dos Gânglios Espinhais
 Os neurônios unipolares nos gânglios espinhais 
derivam de células da crista neural. O 
prolongamento periférico das células do gânglio 
espinhal vão através dos nervos espinhais para 
terminações nervosas sensoriais em estruturas 
somáticas ou viscerais. 
 Os prolongamentos centrais penetram a medula 
espinhal e constituem as raízes dorsais dos nervos 
espinhais.
Formação das meninges
 As meninges são formadas pela dura-máter, pia-máter
e aracnóide. 
 A dura-máter é proveniente do mesênquima que 
circunda o tubo neural. 
 A pia-máter e a aracnóide são derivadas das células 
da crista neural.
 O líquido cerebroespinhal (LCE) embrionário começa a 
se formar durante a 5ª semana, produzido pela tela 
corióide dos ventrículos laterais, 4º ventrículo e 3º 
ventrículo. Através das aberturas mediana e lateral, o 
LCE passa para o espaço subaracnóide. É absorvido 
pelas vilosidades aracnóideas, que são protusões da 
aracnóide nos seios venosos da dura-máter.
Mudanças de Posição da Medula Espinhal
 No embrião, a medula espinhal estende-se por todo o 
comprimento do canal vertebral, mas a coluna 
vertebral e a dura-máter crescem mais rapidamente, e 
a extremidade caudal da medula espinhal coloca-se 
gradualmente em níveis relativamente mais altos. No 
recém-nascido, a medula termina na vértebra L3; e no 
adulto, na borda inferior da primeira vértebra lombar.
 Abaixo de L2, uma extensão filiforme da pia-máter dá 
origem ao filamento terminal, que se fixa ao periósteo 
da primeira vértebra coccígea. As raízes nervosas 
inferiores à extremidade terminal da medula espinhal, 
o cone medular, formam um feixe de raízes nervosas, a 
cauda equina. A dura-máter continua fixada à coluna 
vertebral até o cóccix.
Mudanças de Posição da Medula Espinhal
Mielinização das fibras nervosas
 Na medula espinhal, as bainhas de mielina 
começam a se formar durante o período fetal 
tardio e continuam a fazê-lo durante o primeiro 
ano pós-natal, pelos olidendrócitos (no SNC) e 
células de Schwann (no SNP).
Defeitos do tubo neural(DTNs)
 Espinha bífida : defeito do tubo 
neural na região espinhal, causada 
por uma divisão dos arcos vertebrais, 
podendo ou não envolver o tecido 
neural subjacente. Tem origem 
multifatorial, estando associada com 
hipotermia, ácido valpróico e 
hipervitaminose A.
 A ingestão de ácido fólico com início 
dois meses antes da concepção e 
durante pelo menos até os 3 
primeiros meses de gestação podem 
diminuir em até 70% a incidência de 
defeitos no tubo neural. 
Defeitos do tubo neural(DTNs)
 Pode ser de dois tipos:
 Espinha bífida oculta : ocorre 
por um defeito no crescimento 
das metades do arco vertebral 
e da sua fusão no plano 
mediano na região lombossacra
(L4 a S1). Esse defeito é 
coberto pela pele e geralmente 
não envolve o tecido neural 
subjacente. Pode ser marcado 
por um tufo de pêlos 
sobrejacente à região afetada.
Defeitos do tubo neural(DTNs)
 Espinha bífida cística : ocorre protrusão da medula 
espinhal e/ou das meninges através do defeito no arco 
vertebral e na pele. É geralmente acompanhada de 
déficit neurológico, dependendo do local da lesão, com 
perda de sensibilidade e paralisia completa ou parcial 
de músculos. 
 Se o saco contém meninges junto com o líquido 
cerebroespinhal, a anomalia é chamada de espinha 
bífida com meningocele.
Defeitos do tubo neural(DTNs)
 Se o saco contém medula 
espinhal e/ou raízes nervosas, 
a anomalia é chamada de 
espinha bífida com 
meningomielocele. 
 Se as pregas neurais não se 
elevam, permanecendo como 
uma placa de tecido neural, a 
anomalia se denominaespinha 
bífida com mielosquise. 
Defeitos do tubo neural(DTNs)
 A espinha bífida cística é diagnosticada por meio 
do ultrassonografia com 10 a 12 semanas de 
gestação e dos níveis de α-fetoproteína no soro 
materno e no líquido amniótico.
Desenvolvimento do encéfalo
Desenvolvimento do encéfalo
 Flexuras Encefálicas
 Surgem entre a quarta e oitava semanas. São elas:
 1) Flexura mesencefálica: na região do mesencéfalo; 
direcionada ventralmente.
 2) Flexura cervical: na junção do rombencéfalo com a 
medula espinhal; direcionada ventralmente.
 3) Flexura pontina: entre o metencéfalo e o mielencéfalo; 
direção oposta das duas anteriores.
Desenvolvimento do encéfalo
 Telencéfalo
 Logo após o aparecimento das 
vesículas ópticas (diencéfalo), um 
segundo par de divertículos aparece, 
mais dorsal e rostralmente, as 
vesículas telencefálicas, primórdios 
dos hemisférios cerebrais, cujas 
cavidades formam os ventrículos 
laterais. 
 Gradualmente, vão se formando o 
pólo frontal e o pólo temporal, e 
posteriormente o pólo occipital 
começa a ser visto. A expansão dos 
hemisférios não é uniforme, e a 
região entre os pólos frontal e 
temporal fica deprimida, constituindo 
a ínsula.
Desenvolvimento do encéfalo
 No período fetal ocorrem várias mudanças, as mais perceptíveis 
são:
 1) União dos hemisférios cerebelares, com a visualização do verme 
na parte mediana;
 2) Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, 
gradualmente, o diencéfalo e o mesencéfalo, e posteriormente uma 
parte do cerebelo;
 3) Os pólos frontal e temporal vão se unindo, cobrindo a ínsula, 
assim no nascimento, só uma fossa lateral indica sua presença;
 4) Sulcos aparecem na superfície dos hemisférios;
 5) As flexuras cervical, pontina e mesencefálica tornam-se menos 
evidentes;
 6) Os hemisférios acabam se encontrando na linha média, 
achatando suas superfícies mediais. Portanto, no feto, ocorre a 
diferenciação das principais partes do encéfalo e um grande 
crescimento deste (aumento de várias centenas de vezes em 
volume).
Desenvolvimento do encéfalo
 Depois do nascimento, o peso dobra durantes os primeiros 
nove meses de vida, e em torno dos seis anos atinge 90% do 
peso do adulto. Isso ocorre pela produção de células da glia, 
formação de dentritos e mielinização dos axônios.
 As comissuras conectam áreas correspondentes dos hemisférios 
cerebrais. São elas: lâmina terminal, comissura anterior (une os 
lobos temporais direito e esquerdo), comissura do hipocampo 
(une os pilares direito e esquerdo do fórnice), corpo caloso 
(une os hemisférios cerebrais direito e esquerdo).
 A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes 
desenvolvem-se sobre a área insular, formando sinapses com o 
diencéfalo, por meio dos núcleos da base, dando origem a 
uma espessa camada fibrosa, a cápsula interna, que separa o 
núcleo caudado (telencéfalo), medial, do tálamo (diencéfalo), 
lateral; e, o putame (telencéfalo) do pálido (diencéfalo).
Desenvolvimento do encéfalo
 A parede dos hemisférios cerebrais é composta de quatro 
camadas: ventricular, subventricular, intermediária e 
marginal (fibras aferentes e neurônios dispersos).
 As células da camada ventricular migram pela superfície 
formando a camada intermediária. Células da zona 
intermediária migram para a zona marginal e dão origem 
às camadas corticais, essa migração é conduzida 
principalmente pelas células da glia radial, que através de 
um prolongamento pioneiro (eixo condutor), as células vão 
subindo gradativamente e estendendo um prolongamento 
como uma cauda; por isso a substância cinzenta se localiza 
na periferia, e os axônios caminham centralmente para 
formar o grande volume de substância branca, o centro 
medular.
Desenvolvimento do encéfalo
 No início do desenvolvimento do 
telencéfalo, a superfície dos 
hemisférios cerebrais é lisa; contudo, 
com o crescimento, há o surgimento 
de sulcos e giros, que promove 
aumento da superfície do córtex sem 
necessitar de grande aumento do 
tamanho do crânio. 
 Os primeiros sulcos surgem nas áreas 
filogeneticamente mais antigas, como 
o sulco do cíngulo e o sulco do 
hipocampo do córtex límbico, o sulco 
calcarino do córtex visual e o sulco 
central das áreas motoras e 
sensoriais.
Desenvolvimento do encéfalo
 Após o nascimento, dificilmente surgem novas células 
neurais, mas as células já existentes desenvolvem mais 
prolongamentos, estabelecendo sinapses com outras 
células, o que é responsável pela grande capacidade 
de aprendizagem do cérebro. 
 Durante o primeiro ano de vida, um neurônio cortical 
estabelece cerca de 100.000 sinapses com outros 
neurônios. Nesse contexto, a formação da bainha de 
mielina das fibras nervosas é muito importante, já que 
facilita a condução do impulso nervoso. O processo de 
mielinização não está totalmente completado até os 20 
anos.
Desenvolvimento do encéfalo
 Atividade funcional do cérebro: Os primeiros 
indícios de atividade cerebral são percebidos com 
cinco ou seis semanas e consistem em movimentos de 
extensão ou flexão do colo e da região torácica. 
Eles vão progredindo gradualmente, sendo que 
todos os padrões motores parecem estar presentes 
no início do segundo trimestre.
Desenvolvimento do encéfalo
 Diencéfalo
 Com o fechamento do neuroporo rostral, aparecem duas 
evaginações laterais, de cada lado do encéfalo anterior, as 
vesículas ópticas, primórdios das retinas e dos nervos 
ópticos. Elas identificam o diencéfalo. As evaginações
medianas que deixam o encéfalo anterior são a glândula 
pineal e a neuro-hipófise. Uma característica marcante do 
diencéfalo é o tálamo dorsal, uma intumescência bilateral 
que aparece com aproximadamente cinco semanas.
 Composto pelo epitálamo, tálamo e hipotálamo . O tálamo 
é separado do epitálamo pelo sulco epitalâmico, e do 
hipotálamo pelo sulco hipotalâmico.
 Os tálamos se encontram e se fundem na linha mediana que 
cruza o terceiro ventrículo – a adesão intertalâmica.
Desenvolvimento do encéfalo
 Diencéfalo
 O hipotálamo contém os corpos mamilares.
 O epitálamo é formado pela glândula pineal.
 A cavidade do diencéfalo é o 3º ventrículo.
 Obs: No prosencéfalo não há subdivisão em lâminas alares 
e basais, porque o sulco limitante se estende cefalicamente 
somente até o encéfalo médio.
 A hipófise origina-se de duas fontes:
 1) Divertículo hipofisário (bolsa de Rathke): evaginação do 
teto ectodérmico do estomodeu; originará a adenoipófise 
ou lobo anterior (parte glandular).
 2) Divertículo neuroipofisário: invaginação do 
neuroectoderma do diencéfalo; originará a neuroipófise ou 
lobo posterior (parte nervosa)
Desenvolvimento do encéfalo
 Mesencéfalo
 É a parte do encéfalo que sofre as menores modificações 
durante o desenvolvimento. Na parte ventral (tegmento) 
,com um desenvolvimento intenso da formação reticular, 
observa-se uma continuação da estrutura rombencefálica, 
enquanto a parte dorsal, constituída pelos colículos
superiores e inferiores, pode ser considerada uma 
continuação das regiões prosencefálicas. Os colículos se 
originam das lâminas alares e o tegmento se origina das 
lâminas basais. Os colículos superiores estão relacionados 
com os reflexos visuais, e os inferiores, com os reflexos 
auditivos. O tegmento contém os núcleos do terceiro nervo 
craniano. O núcleo do quarto nervo craniano aparece no 
istmo rombencefálico.
Desenvolvimento do encéfalo
 No período fetal, forma-se uma grande massa de fibras 
descendentes na região ventral, constituindo o pedúnculo da 
base. Essas fibras são corticoespinhais (piramidais) e 
corticonucleares.
 Os pedúnculos da base juntamente com a substância negra 
e o tegmento, formam os pedúnculos cerebrais direito e 
esquerdo (Figura 13).
 Cavidade: aqueduto cerebral (liga o 3º ventrículo ao 4º 
ventrículo).
 Metencéfalo
 As paredes do metencéfalo formam o cerebelo e a ponte, 
enquanto que sua cavidade forma a parte superior do 4º 
ventrículo.
Desenvolvimentodo encéfalo
 Cerebelo
 Origina-se de espessamentos dorsais das placas alares do 
metencéfalo. No início do período fetal, os 2 hemisférios 
cerebelares se unem dorsalmente, formando uma porção mediana, 
o verme. As partes laterais se expandem e começam a adquirir 
fissuras antes da metade da vida pré-natal. Comparativamente ao 
córtex cerebral, o córtex cerebelar se forma pela migração de 
células da zona matricial, formando as camadas sobrepostas. As 
células emigradas dispõem-se inicialmente em uma compacta 
camada cortical (camada granulosa externa), que de modo 
contrário ao córtex cerebral, ainda se prolifera na vida pós-natal.
Desenvolvimento do encéfalo
 Essa intensa proliferação da camada granulosa 
externa é responsável pelo aumento da superfície do 
cerebelo. 
 O cerebelo se liga ao mesencéfalo, à ponte e ao 
bulbo, pelos pedúnculos cerebelares superior, médio 
e inferior, respectivamente, que são constituídos por 
feixes de fibras. A mielinização dos pedúnculos segue 
a ordem de formação, começando pelo inferior 
durante o segundo trimestre, depois pelo superior e, 
termina, com o médio, pouco antes do nascimento.
Desenvolvimento do encéfalo
 É formado pelo vestibulocerebelo
(arquicerebelo), constituído pelo 
lobo floconodular; pelo 
espinocerebelo (paleocerebelo), 
constituído pela parte cranial do 
corpo; e, pelo pontocerebelo
(neocerebelo), constituído pela 
parte caudal do corpo.
 O cerebelo possui dois tipos de 
substância cinzenta: os núcleos 
(denteado, globoso, emboliforme
e fastigial) e o córtex cerebelar.
 É o centro para controle do 
equilíbrio e da postura.
 Cavidade: 4º ventrículo.
Desenvolvimento do encéfalo
 Ponte
 Reenvia sinais que ligam a medula espinhal e o 
córtex cerebral com o cerebelo. Contém os núcleos 
pontinos, cocleares e vestibulares, os núcleos 
sensitivos do nervo trigêmio e núcleo do nervo 
facial.
 Cavidade: 4º ventrículo.
Desenvolvimento do encéfalo
 Mielencéfalo
 As paredes do mielencéfalo formam 
o bulbo, enquanto que sua cavidade 
forma a parte inferior do 4º 
ventrículo.
 O teto do encéfalo posterior se 
torna romboidal, devido à 
separação das lâminas alares, 
coberto dorsalmente por uma fina 
lamela, o véu medular, para a qual 
os vasos sanguíneos se invaginam, 
formando os plexos coróides. Assim 
as lâminas alares e basais ficam 
dispostas no assoalho do encéfalo 
posterior. Consequentemente, as 
áreas motoras (lâminas basais) são 
mediais às sensitivas (lâminas alares).
Desenvolvimento do encéfalo
 Bulbo
 Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal.
 Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo, possuindo a forma 
rombóide.
 Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, 
devido à flexura pontina.
 Contém os núcleos gráceis, medialmente, e os núcleos cuneiformes, 
lateralmente – áreas isoladas de substância cinzenta, formadas 
devido à migração dos neuroblastos das placas alares para a zona 
marginal.
 O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, 
vago, acessório e hipoglosso, derivados de células da lâmina basal.
 Pirâmide: área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal.
 Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, 
batimentos cardíacos, movimentos reflexos e outras funções.
Anomalias do encéfalo
 Anomalias do Encéfalo
 1) Holoprosencefalia: há perda de estruturas da linha média 
levando a malformações encefálicas e faciais. As causas envolvem 
fatores genéticos e ambientais (diabetes materna, consumo materno 
de álcool na gestação).
 2) Crânio Bífido: causado por um defeito na ossificação dos ossos 
do crânio, sendo o mais frequentemente atingido a parte escamosa 
do occipital. Se o defeito é pequeno somente as meninges herniam
(meningocele); se ocorre herniação das meninges e de parte do 
encéfalo, a anomalia se denomina meningoencefalocele; se a parte 
do encéfalo que hernia contem parte do sistema vestibular, 
denomina-se meningoidroencefalocele.
Anomalias do encéfalo
 3) Exencefalia: exposição do encéfalo devido ao não fechamento da 
parte cefálica do tubo neural, com consequente não formação da 
abóbada craniana. O encéfalo exposto posteriormente se degenera, 
originando a anencefalia . O tronco encefálico pode permanecer intacto. 
Ocorre em 1 a cada 1.000 nascimento, sendo 2 a 4 vezes mais frequente
em mulheres. A prevenção como na espinha bífida é o uso de ácido fólico 
na gestação.
 4) Microcefalia: abóbada craniana menor do que o normal, com face de 
tamanho normal. Acompanhada de grave retardo mental. Multifatorial, 
envolvendo fatores genéticos e ambientais (exposição ao vírus da rubéola, 
citalomegalovírus, radiação ionizante, alcoolismo materno).
 5) Malformação de Arnold-Chiari: deslocamento caudal e herniação de 
partes do cerebelo pelo forame magno. Ocorre em quase todos os casos 
de espinha bífida cística. E está associada com frequência a hidrocefalia.
Desenvolvimento do SNP
 Derivado de células da crista neural. As fibras motoras 
que saem da medula começam a aparecer por volta 
da 4ª semana, formando a raiz nervosa ventral. A raiz 
nervosa dorsal é formada pelos prolongamentos 
centrais dos neurônios do gânglio espinhal. A raiz 
nervosa ventral mais os prolongamentos periféricos das 
células do gânglio espinhal formam o nervo espinhal 
(misto). O nervo espinhal divide-se em:
 1) Ramo primário ventral: inervação dos membros e da 
parte ventrolateral da parede do corpo; formam os 
plexos nervosos principais (braquial e lombossacro).
 2) Ramo primário dorsal: divisão menor; inerva a 
musculatura axial dorsal, as vértebras, as articulações 
intervertebrais posteriores e a parte da pele das 
costas.
Desenvolvimento do SNP
 Os nervos cranianos se formam durante a 5ª e 6ª 
semana de desenvolvimento, com exceção do nervo 
olfatório e do nervo óptico, todos os outros nervos 
cranianos se originam do tronco encefálico. O corpo 
celular dos neurônios motores estão localizados nos 
núcleos cranianos no tronco encefálico, enquanto o 
corpo celular dos neurônios sensoriais estão 
localizados em gânglios sensoriais fora do 
encéfalo.
Desenvolvimento do SNP
 Nervos cranianos somáticos eferentes:
 Seus axônios estão distribuídos para os músculos 
derivados dos miótomos da cabeça:
 1) Nervo hipoglosso (NC XII): inerva os músculos da 
língua.
 2) Nervo abducente (NC VI): inerva o músculo reto 
lateral do olho.
 3) Nervo troclear (NC IV): inerva o músculo oblíquo 
superior do olho.
 4) Nervo oculomotor (NC III): inerva os músculos 
superior, inferior, retos mediais, oblíquo inferior e 
levantador da pálpebra do olho.
Desenvolvimento do SNP
 Nervos dos arcos faríngeos:
 1) Nervo trigêmeo (NC V): nervo do primeiro arco faríngeo, 
é o principal nervo sensitivo da cabeça, inerva também os 
músculos da mastigação.
 2) Nervo facial (NC VII): nervo do segundo arco faríngeo, 
inerva os músculos da expressão facial.
 3) Nervo glossofaríngeo (NC IX): nervo do terceiro arco 
faríngeo, inerva o músculo estilofaríngeo, as glândulas 
parótida e lingual posterior, fibras gustativas para a região 
posterior da língua.
 4) Nervo vago (NC X): nervo do quarto e sexto arcos 
faríngeos, inerva o coração, intestino anterior e médio, os 
músculos cricotiróideo, constritores da faringe e da laringe.
 5) Nervo espinhal acessório (NC XI): inerva os músculos 
esternocleidomastóideo e trapézio.
Desenvolvimento do SNP
 Nervos sensoriais especiais:
 1) Nervo olfatório (NC I): responsável pela olfação.
 2) Nervo óptico (NC II): responsável pela visão.
 3) Nervo vestibulococlear (NC VIII): constituído por 
dois feixes de fibras sensoriais: nervo vestibular: 
responsável pelo equilíbrio; nervo coclear: 
responsável pela audição.
Desenvolvimento do SNP
 Desenvolvimento do Sistema Nervoso Autônomo
 Derivado de células da crista neural. A aferência do 
sistema nervoso autônomo possui dois neurônios: um 
pré-ganglionar e um pós-ganglionar. As células derivadas das cristas neurais não somente 
permanecem nos gânglios espinhais, mas também 
migram para outras áreas periféricas e se tornam 
células-fonte para a formação de todo o sistema 
nervoso autônomo, cujos derivados além de inervar os 
órgãos acomodados nas cavidades corporais e suas 
coberturas (pleura, peritônio, etc.) também formam 
paragânglios (medula da glândula supra-renal), 
melanócitos e diferentes células especializadas. 
Formam os gânglios paravertebrais e o tronco 
simpático.
 Desenvolvimento do Sistema Nervoso Autônomo
 Dividido em:
 Sistema Nervoso Simpático: os neurônios pré-
ganglionares originam-se dos segmentos 
toracolombares (T1-L2) da medula espinhal; os 
gânglios simpáticos formam: (a) os troncos 
simpáticos (Figura 3), em cada lado dos corpos 
vertebrais; (b) os gânglios pré-aórticos, 
ventralmente à aorta; (c) plexos simpáticos dos 
órgãos, localizados perto dos órgãos.
 Sistema Nervoso Parassimpático: neurônios pré-ganglionares 
originam-se do tronco encefálico e dos segmentos sacrais da 
medula espinhal (S2-S4); os gânglios parassimpáticos estão 
localizados próximos aos órgãos inervados. Fibras pré-ganglionares 
craniais originam-se do tronco encefálico e emergem dos nervos 
cranianos oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago. As fibras pós-
ganglionares originam-se de alguns gânglios da cabeça (ciliar, 
pterigopalatino, ótico e submandibular), ou nos gânglios terminais 
da parede das vísceras torácicas e abdominais (nervo vago).
 O sistema nervoso entérico (SNE) origina-se do vago e do sacro e 
constitui a divisão maior e mais complexa do sistema nervoso 
periférico, contendo mais neurônios do que a medula espinhal. 
Todos os componentes do SNE originam-se de precursores que 
migram para o intestino do vago e/ou da crista neural sacra.
Referências
 https://www.famema.br/ensino/embriologia/prime
irassemanas3.php