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Resenha Capitulo 4

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
RESENHA CRÍTICA DO CAPÍTULO 04
VIEIRA, Sonia. Introdução à Bioestatística. 4 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008
O capítulo 4 do livro Introdução á Bioestatística, escrito pela professora titular de Bioestatística da Unicamp, Sonia Vieira, aborda as medidas de tendência central, utilizadas para representar um conjunto de dados como um todo e identificando as características apresentadas pelo conjunto, diferentemente das medidas de dispersão, que são aplicadas para determinar o grau de variação dos números de uma lista com relação à sua média. As medidas de tendência central estudadas aqui são três: média, mediana e moda.
O texto observa que embora a consulta a um gráfico seja uma forma mais prática e agradável de obter uma informação, sendo a forma preferida de muitas pessoas, as medidas numéricas são mais úteis do que os gráficos, pois além de serem mais exatas, elas podem ser escritas e faladas. Símbolos matemáticos são apresentados como uma forma de representação de todos os elementos de um conjunto de dados, em que cada elemento “x” é identificado por um índice “i”, subscrito ao elemento. Assim, num conjunto de dados composto por “n” elementos, cada um deles seria identificado como x1, x2, x3,..., xn, sendo a ordem dos índices “i” a mesma ordem em que foram feitas as respectivas observações.
Em seguida, é definido o somatório dos “n” termos de um conjunto de dados, representado pela letra grega sigma (Σ), como sendo a soma de todos os termos consecutivos, desde o primeiro até o n-ésimo termo. A média aritmética, ou simplesmente média, dessa amostra, representada por “x” (x-traço ou x-barra), seria o resultado da divisão do valor desse somatório pelo número total de amostras e representa o valor que seria assumido por cada elemento dessa amostra, se todos esses elementos tivessem o mesmo valor. A autora alerta para o fato de poderem ocorrer vários valores iguais, repetidos, no caso de a amostra ter um grande número de valores discretos. Nesse caso, ela recomenda a utilização de uma tabela de distribuição de frequências, que indicaria de forma bastante clara o número de ocorrências de cada valor. Se os dados retratados na tabela forem de valores contínuos, caso em que as bases das colunas correspondem a faixas de valores das diversas classes, os valores utilizados serão os calculados pelas médias dos valores extremos de cada classe.
Embora a média aritmética seja uma ferramenta de mais fácil compreensão em termos de aplicação no cotidiano, em alguns casos a mediana também pode ser empregada como forma de compreensão do comportamento de um grande conjunto de dados. A mediana é o valor que está no meio quando os dados estão ordenados (do menor valor para o maior valor), ou seja, ela é tal que o número de observações com valores menores que ela é igual ao número de observações com valores maiores. No caso, por exemplo, da observação da vida útil de determinados equipamentos, a mediana desses valores nos informaria que a metade desses equipamentos já teria parado de funcionar naquele tempo de operação e que a outra metade ainda estaria em operação. 
A última medida de tendência central estudada no capítulo é a moda, que indica o valor que ocorre com maior frequência dentro de um conjunto de amostras. No caso de as amostras serem distribuídas por faixas de valores, aquela de maior frequência será denominada classe modal. Interessante observar que a moda não precisa estar necessariamente associada a valores numéricos, podendo também retratar dados qualitativos, como o time de maior torcida, por exemplo. A autora mostra que, em alguns casos, determinado conjunto de dados tanto pode não ter moda, quando nenhum dos valores se repete, quanto também pode ter mais de uma moda, quando dois ou mais valores se repetem pelo mesmo número de vezes. Isso é mais provável de acontecer no caso de conjuntos com baixo número de amostras. Por esse motivo, a moda só se torna suficientemente representativa no caso de conjuntos com números mais elevados de observações. Isso não sendo possível, a média e a mediana serão mais recomendáveis como ferramentas de análise.
Seguindo a tendência dos capítulos anteriores, este se mantem muito didático, o que torna a leitura agradável e compreensível. Facilitando a sequência de aprendizado do tema do livro. É altamente recomendável sua leitura para dar prosseguimento aos estudos introdutórios á Bioestatística.

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