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ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS Profª Lívia Motta Nutricionista ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS A falta de organização e o inadequado armazenamento de alimentos podem resultar em diversos problemas para o estabelecimento, como: • Contaminação cruzada; • Dificuldade em encontrar produtos; • Temperatura inadequada dos alimentos; • Rápida deterioração; • Desperdício de produtos; • Gastos desnecessários. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS • Quando se fala em armazenamento, primeiramente devemos manter o foco nas Boas Práticas de Armazenamento de Alimentos, que devem ser da seguinte forma: ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS EXTERNAS • As áreas externas devem ser mantidas livres de entulhos, sucatas e materiais fora de uso. • A área ao redor das construções devem estar calçadas junto as paredes na largura de pelo menos 1,0m. • As passagens vizinhas às calçadas ou paredes devem ser mantidas livres e limpas, para facilitar o controle de pragas. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS EXTERNAS • A grama, quando houver, deve ser mantida aparada a fim de não se constituir em um foco de proliferação de pragas. • As áreas externas devem ser iluminadas com lâmpadas de vapor de sódio e instaladas em locais distantes das portas de modo a não ser fator de atratividade de insetos noturnos para os prédios e suas entradas. • O local de armazenagem deve possibilitar a carga e descarga dos veículos de modo a preservar as condições de temperatura e umidade do ambiente requeridas pelo produto. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • O local de armazenagem dos alimentos deve ser fresco, ventilado e iluminado. • As áreas de armazenagem devem ser mantidas limpas; • As áreas de armazenagem devem permanecer livres de animais peçonhentos e insetos; • Devem ser periodicamente higienizadas e desinfetadas com produtos apropriados. • Deve existir área própria e isolada do armazém principal para os produtos recolhidos ou destinados a inutilização. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • Os ralos internos devem ser evitados. Se necessários, devem ser sifonados e tampados; • O teto deve ser isento de vazamentos e goteiras; deve ser evitada a utilização de telhas que permitam a ocorrência de respingos. • O piso deve estar em nível elevado em relação a rua para permitir o escoamento da água. • Os pisos deverão ser construídos sem inclinação para permitir a construção de pilhas altas sem o risco de tombamento. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • O piso deverá ser construído com material resistente à abrasão, podendo ser do tipo monolítico. • O piso e as paredes devem ser mantidos secos e sem infiltrações. Todas as lâmpadas devem possuir proteção plástica para que em possíveis estouros, não caiam pedaços de vidro sobre o alimento, além da possibilidade de causar ferimentos nos funcionários. • Devem ser evitadas fiações elétricas expostas e vidros quebrados. • As pias e banheiros devem ser separados das áreas de estocagem de alimentos. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • Entre tetos e paredes não devem existir aberturas, para evitar a entrada de pragas, tampouco bordas que facilitem a formação de ninhos. • As janelas devem ser providas de telas removíveis para facilitar a sua limpeza e higienização e evitar a entrada de insetos, roedores, pássaros e morcegos. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • Entre tetos e paredes não devem existir aberturas, para evitar a entrada de pragas, tampouco bordas que facilitem a formação de ninhos. • As janelas devem ser providas de telas removíveis para facilitar a sua limpeza e higienização e evitar a entrada de insetos, roedores, pássaros e morcegos. • As telas devem estar fixadas pela parte interna da construção. • A malha das telas devem ser de 1,0 mm. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM ÁREAS INTERNAS – EDIFICAÇÕES • Clarabóias ou outros materiais de vidro devem ser de tipo que garantam a segurança evitando a contaminação dos alimentos em caso de quebra. • As portas e acessos devem ser mantidos fechados e com abertura máxima de 1,0cm do piso. • Se necessário, instalar cortinas de ar ou cortinas plásticas. • A temperatura de armazenamento das matérias-primas, deve ser compatível com a recomendação do fabricante. ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS • O armazenamento de alimentos compreende a manutenção de produtos e ingredientes em um ambiente que proteja sua integridade e qualidade. ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS • Produtos acabados e matérias- primas devem ser armazenados segundo as boas práticas respectivas, de modo a impedir a contaminação e/ou a proliferação de microrganismos e proteger contra a alteração ou danos ao recipiente ou embalagem. ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS • Durante todo o período do armazenamento deve ser exercida uma inspeção sistemática dos produtos acabados, a fim de que somente sejam expedidos alimentos aptos para ao consumo humano e sejam cumpridas a especificações de armazenamento quando existirem. ARMAZENAMENTO DE MATÉRIAS PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS • Durante todo o período do armazenamento deve ser exercida uma inspeção sistemática dos produtos acabados, a fim de que somente sejam expedidos alimentos aptos para ao consumo humano e sejam cumpridas a especificações de armazenamento quando existirem. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Na recepção deve ser realizada uma inspeção de acordo com as instruções e os planos estabelecidos, escritos e documentados (recebimento, amostragem, análise e descarga). • Os procedimentos devem prever a identificação do material do produto, indicando a condição da inspeção, ou seja, aguardando análise, aprovado ou rejeitado (ou equivalente). • Esta identificação deve ser feita na recepção. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • As instruções para a armazenagem, o prazo ou data de validade e a temperatura de conservação, quando estabelecidas pelo fabricante e constantes dos rótulos, devem ser rigorosamente respeitadas e produtos em desacordo com os mesmos não devem ser utilizados ou comercializados. • Adotar o sistema PVPS (primeiro que vence primeiro que sai) para matéria-prima, produto ou embalagem. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • A disposição dos produtos deve obedecer a data de fabricação, sendo que os produtos de fabricação mais antiga são posicionados, de forma a serem consumidos em primeiro lugar. • Nunca utilizar produtos vencidos. • Os alimentos devem ser porcionados com utensílios apropriados exclusivos e após sua utilização, as embalagens devem ser fechadas adequadamente. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Todos os produtos devem estar adequadamente identificados e protegidos contra contaminação. • Na impossibilidade do rótulo original do produto as informações devem ser transcritas em etiquetas. • Alimentos que necessitem serem transferidos de suas embalagens originais devem ser acondicionados de forma que se mantenham protegidos, em contentores descartáveis ou outro adequado para guarda de alimentos, devidamente higienizados. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • As informações do rótulo devem ser transcritas em etiquetas. • O armazenamento deve ser feito de tal forma, que não permita que a carga, matéria-prima, embalagem ou produto, receba luz solar direta. • As caixas devem ser manuseadas com cuidado, evitando-se arremessá-las, ou arrastá-las. • Não sentar nas caixas ou caminhar sobre as mesmas. • Deve-se evitar submeter as caixas de alimentos a peso excessivo. • Observar a altura de empilhamento adequada. RECOMENDAÇÕESPARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • É proibido a entrada de caixas de madeira dentro da área de armazenamento e manipulação. • Caixas de papelão não devem permanecer nos locais de armazenamento sob refrigeração ou congelamento, a menos que haja um local exclusivo para produtos contidos nestas embalagens (exemplo: freezer exclusivo ou câmara exclusiva) a fim de se evitar contaminação cruzada. • Alimentos ou recipientes com alimentos não devem estar em contato com o piso e sim apoiados sobre estrados ou prateleiras das estantes. • Jamais depositá-los diretamente sobre o piso. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • As prateleiras devem ter afastamento mínimo de 60cm do forro e 35cm das paredes, sempre que possível, sendo 10cm o mínimo aceitável. • Evitar o uso de madeira (incluindo paletes). É praticamente impossível a adequada limpeza e sanificação da madeira após contato com a água. • Os estrados e prateleiras devem estar limpos e secos e em bom estado de conservação. • As instruções sobre empilhamento, quando existentes, devem ser rigorosamente respeitadas. • O empilhamento deve ser bem alinhado, em blocos regulares, os menores possíveis e atender as recomendações do fabricante. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Manter os páletes com matéria-prima ou embalagens, com afastamento mínimo de 50cm das paredes para evitar umidade e facilitar a limpeza, amostragem e movimentações, controle de pragas e ações em caso de incêndio. • Manter os páletes com afastamento de 30 cm entre si e 20 cm do piso. • Os estrados, caixas e materiais danificados, incompletos ou fora de uso devem ser retirados das áreas de armazenamento. • Qualquer anormalidade deve ser comunicada ao técnico responsável ou setor competente. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Todo o material suspeito deve ser inspecionado e examinado antes da liberação. • Caso se constate anormalidade que não possa ser contornada com reprocesso, todo o material deve ser destruído e descartado independente da quantidade. • Produto a ser reprocessado deve ser estocado em local específico separado do produto acabado. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Os produtos destinados a devolução devem ser colocados em locais apropriados, separados da área de armazenamento e manipulação, limpos, organizados, identificados e agrupados por fabricante e acondicionados em sacos fechados. • Não armazenar alimentos junto a produtos químicos, de higiene, de limpeza e perfumaria, para evitar contaminação ou impregnação com odores estranhos. RECOMENDAÇÕES PARA O ARMAZENAMENTO CORRETO DE ALIMENTOS • Detergentes, substâncias sanitizantes ou solventes de uso local devem ser identificados e guardados em lugar específico, fora da área de armazenamento. • Produtos descartáveis também devem ser mantidos separados dos itens citados anteriormente. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB CONGELAMENTO ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB CONGELAMENTO • Os alimentos são armazenados a temperatura igual ou inferior a 0°C. • Devem ser observadas as recomendações dos fabricantes especificadas no rótulo. • Quanto mais baixa for a temperatura mais reduzida será a ação química, enzimática e o crescimento microbiano. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB CONGELAMENTO • O congelamento além de impedir que a maior parte da água presente seja aproveitada pelos microrganismos, devido a formação de gelo, aumentará a concentração das substâncias dissolvidas na água não congelada. • A atividade enzimática é ainda encontrada, se bem que muito lenta, em temperaturas de congelamento. • Uma temperatura suficientemente baixa irá inibir o crescimento de todos os microrganismos. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB REFRIGERAÇÃO ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB REFRIGERAÇÃO • A refrigeração pode ser usada como meio de conservação temporária até que se aplique outro método de conservação. • A maior parte dos alimentos alteráveis pode ser conservada por refrigeração, durante um tempo limitado ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS SOB REFRIGERAÇÃO • O armazenamento sob refrigeração utiliza temperaturas um pouco acima do ponto de congelação. • Nesta etapa os alimentos são armazenados em temperaturas entre 0º e 10º C, de acordo com as recomendações dos fabricantes. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS CONGELADOS E RESFRIADOS ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS CONGELADOS E RESFRIADOS • O local de armazenagem resfriados e congelados deve ser dotado de equipamentos adequados para a manutenção constante das condições de temperatura e umidade do ar necessárias à adequada conservação do alimento. • O local de armazenagem para alimentos resfriados e congelados deve ser dotado de instrumentos que permitam controle (e preferencialmente registro) das condições de temperatura e umidade do ar. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS CONGELADOS E RESFRIADOS • Frequentes checagens da temperatura devem ser conduzidas, preferencialmente com termógrafos ou dispositivos que monitorem continuamente a temperatura de estocagem. • A velocidade do ar em câmaras frias deve ser moderada e não mais que o necessário para atingir temperaturas suficientemente uniformes dentro da câmara. • Os produtos devem ser empilhados de modo a não impedir a circulação de ar. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS CONGELADOS E RESFRIADOS • Nas câmaras frias deve-se estabelecer um programa de descongelamento limpeza e manutenção de modo a evitar o acumulo de gelo e obstrução dos difusores de ar. • Devem ser fornecidas roupas apropriadas para a manipulação de produtos nas câmaras frias. • As portas e acessos das câmaras devem ser providas de cortinas de ar ou de cortinas plásticas. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM TEMPERATURA AMBIENTE • Para os alimentos que não necessitam de condições especiais de temperatura para a armazenagem, devem ser observadas as especificações do produto e recomendações dos fabricantes. ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS EM TEMPERATURA AMBIENTE • Além do armazenamento de alimentos, as empresas do ramo alimentício devem manter uma especial preocupação com o armazenamento de produtos de limpeza, substâncias perigosas e com a disposição do lixo. • Estes devem sempre se encontrar armazenados separadamente da área de armazenagem e manipulação de alimentos para evitar contaminação! ESTOCAGEM DE SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS • Pesticidas (praguicidas) e outras substâncias não alimentícias que possam representar perigo para a saúde devem ser cuidadosamente rotuladas com um aviso sobre a sua toxidade e uso. • Devem ser estocadas em salas fechadas ou cabines exclusivas, sendo armazenadas e manuseadas apenas por pessoal autorizado e devidamente treinado. ESTOCAGEM E DISPOSIÇÃO DE LIXO • O lixo deve ser manuseado de tal modo a evitar a contaminação de alimentos e água potável. Cuidados devem ser tomados para evitar o acesso por pragas e roedores. • O lixo deve sofrer remoção da área de manufatura de alimentos e outras áreas de trabalho na frequência necessária e pelo menos diariamente. • Imediatamente após a sua disposição, os recipientes utilizados para a estocagem e qualquer equipamento que tenha entrado em contato com o lixo devem ser limpos e desinfetados. ESTOCAGEM E DISPOSIÇÃO DE LIXO • A área de estocagem de lixo, deve também ser limpa e desinfetada regularmente. • As instalações para a estocagem de lixo e material não comestível, devem ser planejadas de modo a possibilitar a sua total remoção do estabelecimento. • Essas instalações devem ser desenvolvidas para prevenir o acesso às sobras e ao material não comestível, por pestes (pragas) e para evitar contaminação do alimento, água potável, equipamento, prédios ou estradas no local. CONSERVAÇÃO E MELHORIA DAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS E SENSORIAIS. PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS OU PROPRIEDADES SENSORIAIS • São características específicas de substâncias puras ede alimentos, que podem ser percebidas pelos sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS OU PROPRIEDADES SENSORIAIS • Estas propriedades são uit importante em Marketing de Alimentos, para orientar o consumidor em sua escolha e, em especial, para avaliação e verificação do bom estado para o consumo PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS: IDENTIDADE DO ALIMENTO • As propriedades da matéria constituem ferramentas utilizadas para auxiliar na identificação de uma dada substância ou alimento. BROMATOLOGIA • CIENCIA QUE ESTUDA OS ALIMENTOS – FOOD SCIENCE OU CIENCIA DOS ALIMENTOS OBJETIVO • 1. Produção, coleta e transporte da matéria-prima, até a sua venda como alimento natural ou • Alimento industrializado. • 2. Armazenamento, preparação e tratamentos tecnológicos. • 3. Embalagens, no relativo a tipo e tamanho; com os rótulos, em relação as tintas utilizadas, os desenhos e tipos • de letras, como também com o tamanho das mesmas. • 4. Saneamento da indústria alimentar • 5. Legislação e regulamentação bromatológica ou alimentar • 6. Nutrição. ANÁLISE DE ALIMENTOS • Controle de qualidade (fabricação e estocagem do alimento processado). • Caracterização de alimentos in natura: alimentos novos e desconhecidos • Pesquisa de novas metodologias analíticas. • Pesquisa de novos produtos. • Controle de qualidade dos produtos existentes. CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS • 1)CONTROLE DE QUALIDADE DE ROTINA Verificar a matéria-prima que chega como o produto acabado que sai de uma indústria, além de controlar os diversos estágios do processamento. Utilização de métodos instrumentais. CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS • 2) FISCALIZAÇÃO É utilizada para verificar o cumprimento da legislação, através de métodos analíticos que sejam precisos e exatos e, de preferência, oficiais. CLASSIFICAÇÃO DA ANÁLISE DE ALIMENTOS • 3) PESQUISA É utilizada para desenvolver ou adaptar métodos analíticos exatos, precisos, sensíveis, rápidos, eficientes, simples e de baixo custo na determinação de um dado componente do alimento. PADRÕES DE IDENTIDADE OU NORMAS DE IDENTIDADE é o conjunto de parâmetros relacionados com o produto, inclusive os métodos de análise • PADRÕES DE QUALIDADE são os parâmetros que avaliam o quanto estão corretamente adequados os padrões de identidade PADRÕES DE IDENTIDADE OU NORMAS DE IDENTIDADE GERAIS • RÓTULO (marca, nome do fabricante, local de fabricação, nº de registro, instituição de registro, método de fabricação, uso de aditivos, lote, validade) • CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS – organolépticas, cor, odor, aroma, “flavour”, sabor, textura, viscosidade, • PESOS E MEDIDAS – INMETRO, peso líquido, espaço livre (20% do espaço), peso ± 10% (margem de erro), vácuo, peso drenado. • ÍNDICES FÍSICO-QUÍMICOS – acidez, refração, umidade, pH, dienos conjugados. PADRÕES DE IDENTIDADE OU NORMAS DE IDENTIDADE NUTRICIONAIS • CARBOIDRATOS • PROTEÍNAS • MINERAIS • LIPÍDEOS • VITAMINAS • ÁGUA • Visão de quantidade x qualidade PADRÕES DE IDENTIDADE OU NORMAS DE IDENTIDADE INOCUIDADE • Constituintes naturais indesejáveis; • Aditivos e coadjuvantes; • Contaminantes. INTEGRIDADE • Identidade e qualidade. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR 1)UMIDADE • A incidência elevada de água em alguns gêneros alimentícios significa que ele pode trazer riscos para a saúde do consumidor; • o açúcar, dada a sua baixíssima atividade de água, é classificado como produto estável microbiologicamente. • O inconveniente decorrente da presença de água neste produto é o empedramento (formação de "pedras") que ele sofre, ocasionado pela aglomeração dos cristais, o que dificulta o seu uso. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR 2) CINZAS • O ensaio de resíduo mineral fixo, ou teor de cinzas, como também é conhecido, verifica o teor de impurezas (terra, areia, etc) existentes na composição do produto que, geralmente, são provenientes da colheita da cana-de-açúcar. • A não conformidade neste ensaio, no caso de serem encontrados valores acima do limite da legislação, pode representar alteração das características sensoriais do produto, conferindo-lhe uma coloração mais escura e aspecto arenoso. • Apesar da baixíssima incidência neste tipo de gênero alimentício, a hipótese de fraude não deve ser descartada. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR POLARIZAÇÃO OU POL ( °Z) - TEOR DE SACAROSE • A polarização do açúcar oficialmente expressa em °Z (graus Zucker) define a porcentagem de sacarose no açúcar, cujo valor para açúcar de consumo direto é sempre superior a 99,7%. • Este ensaio verifica se a classificação do açúcar indicada pelo fabricante no rótulo principal da embalagem está de acordo com a composição determinada pelo ensaio, ou seja, verifica a pureza do produto, que está relacionada à sua capacidade de adoçar. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE COR ICUMSA • Este ensaio verifica se a coloração do produto está de acordo com a classificação utilizada pelo fabricante no rótulo do produto. • O termo ICUMSA é a sigla da International Commission for Uniform Methods of Sugar Analysis (Comissão Internacional para Métodos Uniformes de Análise de Açúcar). • Quanto mais baixo esse índice, mais claro, ou mais branco, é o açúcar. À medida que esse índice aumenta, o açúcar vai adquirindo uma coloração mais escura. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE COR ICUMSA A coloração do açúcar está diretamente relacionada: • ao número de partículas carbonizadas presentes, o que representa falha na higienização do equipamento que entra em contato com o produto, uma vez que tais partículas são arrastadas durante o processo de fabricação; CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE COR ICUMSA • ao tamanho dessas partículas, ou seja, quanto menores as partículas, mais branco é o açúcar e vice- versa. Uma coloração mais escura representa ainda uma questão visual que pode influenciar na decisão de compra do consumidor ao optar por um açúcar "mais branco“. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR TEOR DE DIÓXIDO DE ENXOFRE • Esse ensaio verifica a existência de resíduos de dióxido de enxofre (SO2) no açúcar refinado. • O dióxido de enxofre é adicionado durante a etapa de clarificação do açúcar. Este método é utilizado para o branqueamento do melado da cana, de coloração escura. • Entretanto, esse aditivo deve ser eliminado, dentro de limites toleráveis, até o final do processo, pois, traços residuais de enxofre podem ocasionar alterações sensoriais do produto, principalmente, de sabor e odor, além de reações alérgicas e dores de cabeça, no caso de concentrações maiores. CONTROLE DE QUALIDADE - AÇÚCAR TEOR DE FERRO - METAIS: Cu++, Fe++, Pb+++, As++ (mg.kg -1) • Este ensaio verifica a presença deste elemento na composição do produto. • É considerado como contaminante natural de produtos de origem vegetal, dada a sua presença no solo onde a matéria-prima é plantada. Entretanto, sua presença também pode estar relacionada à má conservação dos equipamentos (ferrugem), podendo contaminar o produto através do contato, seja durante a colheita, seja durante o processamento da cana. • A contaminação por ferro em grandes concentrações é facilmente perceptível pois altera o sabor do produto. Além disso, pode causar reações gástricas como, por exemplo, acidez estomacal. CONTROLE DE QUALIDADE - FRUTAS CONTROLE DE QUALIDADE - FRUTAS COR • Por comparação com cartas colorimétricas-padrão • Por comparação com uma escala arbitrária estabelecida pelo próprio produtor • SISTEMA CIE (L* a* b* ) TEXTURA • Penetômetro CONTROLE DE QUALIDADE - FRUTAS TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS – ºBrix Índice refratométrico • Embora outros compostos também estejam envolvidos, o teor de sólidos solúveis totais (SST) fornece um indicativo da quantidade de açúcares presente nas frutas. Com a maturação o teor de SST tende a aumentar devido a biossínteseou à degradação de polissacarideos. • De acordo com o avanço da maturação os ácidos transformam-se em açúcares, assim, elevando o teor de sólidos solúveis. Para medição, utiliza-se o aparelho refratômetro e os valores são expressos em ºBrix. CONTROLE DE QUALIDADE - FRUTAS DENSIDADE - SUCOS • Picnômetro ACIDEZ • g/100g • * Relação sólidos solúveis °BRIX / acidez g% (cítrico, tartárico) VITAMINA C • mg/100g CONTROLE DE QUALIDADE - CEREAIS CONTROLE DE QUALIDADE - CEREAIS QUALIDADE • Glúten seco e úmido – Superior a 26% GU e 8,5% (GRANOTEC, 2000) • Uma farinha que possua um teor de glúten baixo formará uma massa não tolerante à fermentação, de difícil processamento e, conseqüentemente, um pão débil em volume e umidade • Composição química, reações que afetam o comportamento da MP durante a formação da massa e cocção ( propriedades reológicas ensaios de cocção) CONTROLE DE QUALIDADE - CEREAIS FARINOGRAMA • ( água absorvida, desenvolvimento massa, estabilidade ) PROVA DE PANIFICAÇÃO • ( superfície da massa, elasticidade da massa ) VOLUME PRODUTO COZIDO ANÁLISE SENSORIAL • tamanho partícula, cor da farinha CONTROLE DE QUALIDADE - CEREAIS CONSERVAÇÃO E FRAUDE • ACIDEZ mg KOH/ 100g amostra – conservação • UMIDADE qualidade, conservação • RMF qualidade , fraude • ÁCIDO ASCÓRBICO rendimento da massa • BROMATO E IODATO rendimento da massa CONTROLE DE QUALIDADE - CARNES CONTROLE DE QUALIDADE - CARNES 1) pH DA CARCAÇA • Essencial na qualidade da carnes 7,0 (6,8 a 7,2) 5,5 --- Rigor mortis (musc. - carne) • Reserva de glicogênio essencial • Laboratório – Análise de pH 2) COR • principal atributo ao consumidor • Mioglobina • Vermelho brilhante ideal – vida útil curto • Fatores – mioglobina, pH, temperatura, umidade, etc. CONTROLE DE QUALIDADE - CARNES 3) GÁS AMONÍACO 4) PROVA DE ÉBER (GÁS SULFÍDRICO) • presença de gás • sulfídrico – cor escura 5) PROVA DE FILTRAÇÃO • retenção de água e tempo de filtração 6)PROVA DE COCÇÃO • aquece e avalia odor CONTROLE DE QUALIDADE - CARNES 7) SUCULÊNCIA • Capacidade de Retenção de Água (CRA) • Água livre e água ligada • Perda do suco durante a cocção – pior suculência • Resfriamento e congelamento – pouca alterações • Cozimento – desnaturação de ptns – formação de capa que impede perda do suco • Métodos de centrifugação e compressão • Atividade água 8) PROVA DE AMIDO • – produtos elaborados – coloração azul – embutidos CONTROLE DE QUALIDADE - CARNES 9)CARNE MECANICAMENTE SEPARADA (CMS) Produto resultante da carne presente nos ossos – embutidos. 10) Bases Voláteis totais - Pescados CONTROLE DE QUALIDADE - LEITE CONTROLE DE QUALIDADE - LEITE HIGIÊNICOS • PLATAFORMA DE RECEPÇÃO 1. características sensoriais; 2. temperatura; 3. pesquisa de formol; 4. prova de Alizarina ou alizarol – sol. Alcoólica 2% REAÇÃO ACIDEZ QUALIDADE RESULTADO Róseo claro 15 – 20 ºD Normal Próprio Amarelo Pardo +20 ºD Ácido Impróprio Violeta -15 ºD Alcalino Imprópio CONTROLE DE QUALIDADE - LEITE FRAUDES 1) ADIÇÃO DE ÁGUA • Densidade – a 15º C • Leite Integral – 1,028 à 1,032 • Leite semi-desnatado – 1,031 à 1,034 2)RECONSTITUINTES DE DENSIDADE • amido / sacarose 3)SÓLIDOS TOTAIS E NÃO GORDUROSOS • Extrato Seco CONTROLE DE QUALIDADE - LEITE SUBTRAÇÃO DE COMPOSTOS 4) Gordura – GERBER • Destruição da matéria orgânica com ácido sulfúrico, separação da fase gordurosa e aquosa por modificação da tensão superficial com álcool isoamílico CONTROLE DE QUALIDADE - LEITE VERIFICAÇÃO DE PROCESSOS TECNOLÓGICOS Enzima Leite cru Leite pasteurizado inadequadam ente (menor que 60º) Leite pasteurizado adequadamen te (62 – 75º) Leite pasteurizado inadequadam ente (acima de 75º) Redutase + - - - Fosfatase alcalina + + - - Peroxidase + + + - CONTROLE DE QUALIDADE – ÁGUA CONTROLE DE QUALIDADE – ÁGUA PARÂMETROS FÍSICOS • Cor; • Sabor e Odor; • Temperatura; CONTROLE DE QUALIDADE – ÁGUA PARÂMETROS QUÍMICOS 1) COR • finamente dispersas, de origem orgânica (ácidos húmicos e fúlvicos) ou mineral (resíduos industriais, compostos de ferro e manganês). 2) SABOR E ODOR • Sua origem está associada tanto à presença de substâncias químicas ou gases dissolvidos, quanto à atuação de alguns microorganismos, notadamente algas. Neste último caso são obtidos odores que podem até mesmo ser agradáveis (odor de gerânio e de terra molhada, etc.), CONTROLE DE QUALIDADE – ÁGUA PARÂMETROS FÍSICOS 3) TEMPERATURA Águas subterrâneas captadas a grandes profundidades frequentemente necessitam de unidades de resfriamento a fim de adequá-las ao abastecimento. 4) TURBIDEZ A alteração à penetração da luz na água decorre da presença de material em suspensão. 5) SÓLIDOS CONTROLE DE QUALIDADE – BEBIDAS CONTROLE DE QUALIDADE – BEBIDAS ALCOÓLICAS CONTROLE DE QUALIDADE – BEBIDAS REFRIGERANTES CONTROLE DE QUALIDADE – ÓLEOS E GORDURAS CARACTERIZAÇÃO DA RANCIFICAÇÃO 1) RANCIFICAÇÃO HIDROLÍTICA • Provocada por enzimas ou agentes químicos (ácido e bases), temperatura → hidrólise das ligações ésteres • Ocorre liberação de AG → efeito sobre o aroma • Hidrólise da ligação éster por lipase e umidade • Desejável – maturação de queijos, fabricação de chocolate. CONTROLE DE QUALIDADE – ÓLEOS E GORDURAS CARACTERIZAÇÃO DA RANCIFICAÇÃO • Indesejável – liberação de AGCC • É acelerada por luz e calor, com formação de ácidos graxos livres que causam um sabor-odor desagradável, principalmente em gorduras como manteiga, que possui grande quantidade de ácidos graxos de baixo peso molecular • Evitado por: inativação enzimática, eliminação de água no lipídeo, uso de temperatura baixa, evitar uso prolongado do mesmo lipídeo durante processamento. CONTROLE DE QUALIDADE – ÓLEOS E GORDURAS CARACTERIZAÇÃO DA RANCIFICAÇÃO ÍNDICE DE ACIDEZ • É definido como o número de miligramas de KOH requerido par neutralizar os ácidos graxos livres em 1 grama de amostra. • Como a porcentagem (em peso) de ácidos graxos livres em relação a um ácido graxo específico (ácido oléico – PM = 282g – ou o ácido graxo predominante na amostra). • Revela o estado de conservação do óleo. A decomposição dos glicerídios é acelerada pelo aquecimento e pela luz, e a rancidez é quase sempre acompanhada pela formação de ácido graxo livre. • A acidez alta indica o desenvolvimento de reações hidrolíticas. CONTROLE DE QUALIDADE – ÓLEOS E GORDURAS CARACTERIZAÇÃO DA RANCIFICAÇÃO 2) RANCIFICAÇÃO OXIDATIVA • A oxidação é o fator principal da deterioração de óleos e gorduras; • Quando oxidados os lipídios formam produtos primários e secundários que afetam desfavoravelmente suas funções causando: • Alterações de cor e viscosidade • Redução no valor nutricional – destruição de vitaminas lipossolúveis • Aumento de toxicidade. • Desenvolvimento de sabores e odores indesejáveis. CONTROLE DE QUALIDADE – ÓLEOS E GORDURAS CARACTERIZAÇÃO DA RANCIFICAÇÃO • Desenvolvimento de sabores e odores indesejáveis • Radicais livres é qualquer espécie química capaz de existir independentemente, que contém um ou mais pares de elétrons não pareados. São instáveis, com meia vida curta (minutos a nanosegundos) e reagem rapidamente com diversos compostos. • Ocorre normalmente em AGI e é mediada por radicais livres • Divide-se em três fases: iniciação, propagação e terminação ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • A indústria busca a qualidade de alimentos e objetiva conquistar o maior número de consumidores que puder, buscando sua preferência e permanência. Por esse motivo, os avanços tecnológicos e científicos são tão essenciais para as indústrias conquistarem o consumidor, ampliarem os negócios e estar à frente da concorrência. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • A análise sensorial de alimentos vem se consolidando como uma ferramenta de extrema importância dentro da indústria de alimentos, pois contribui para o alcance da excelência que o mercado exige.• Não é apenas um instrumento para avaliar a qualidade de alimentos, mas também é útil para seu desenvolvimento e para definir a aceitabilidade dos consumidores, de acordo com suas preferências e percepções, valendo-se de atributos sensoriais. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DEFINIÇÃO • Os alimentos, além de cumprir sua função nutritiva, também provocam sensações de prazer e bem-estar. Não à toa, o consumidor busca por alimentos que despertem essas sensações, com seu aroma, cor e sabor. E é exatamente nesse ponto que entra a análise sensorial de alimentos. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DEFINIÇÃO • Conforme definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1993), a análise sensorial é uma “disciplina da Ciência usada para evocar, medir, analisar e interpretar as reações às características dos alimentos e materiais tal como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, paladar, tato e audição”. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DEFINIÇÃO • Essas características, também chamadas de atributos sensoriais, tendem a ser percebidas em ordem de: aparência, aroma, consistência e sabor. Porém, durante o processo de percepção, todos os atributos ou sua maioria acabam se sobrepondo, como se a pessoa recebesse as impressões sensoriais quase que simultaneamente. • Todos os sentidos são utilizados durante o processo e determinam a qualidade da sensação que o alimento provoca. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DEFINIÇÃO • A qualidade sensorial não é uma característica do alimento, mas, sim, resultado da interação entre indivíduo e alimento. As características do alimento, como textura, aroma, cor e sabor, interagem com as condições psicológicas, sociológicas e fisiológicas da pessoa. ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS DEFINIÇÃO • A análise sensorial de alimentos é importante para avaliar a qualidade do produto e a aceitabilidade mercadológica. Por isso, é inseparável do plano de controle de qualidade, além de servir para determinar o tempo de prateleira. Como as avaliações são feitas por pessoas, deve haver um preparo criterioso das amostras testadas, além de que o teste precisa ser aplicado de maneira adequada, para evitar influência de fatores psicológicos, por exemplo. PRINCIPAIS MÉTODOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • Métodos discriminativos: Estes métodos pretendem identificar as diferenças qualitativas e/ou quantitativas que há entre as amostras. Por essa razão, também são conhecidos como testes de diferença. Esse tipo de teste pode ser empregado para verificar como uma propriedade específica do alimento varia durante sua vida útil, por exemplo. Os testes mais utilizados são: comparação pareada, triangular, duo- trio, ordenação e comparação múltipla; PRINCIPAIS MÉTODOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • Métodos descritivos: Ferramentas mais utilizadas e potentes da análise sensorial, estes testes descrevem de maneira qualitativa e/ou quantitativamente as amostras, incluindo odor, textura, aparência e sabor. Devido à necessidade de precisão, os métodos descritivos devem ser realizados por pessoas treinadas e qualificadas. Os mais utilizados são: perfil de textura e Análise Descritiva Quantitativa (ADQ®); PRINCIPAIS MÉTODOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • Métodos descritivos: Ferramentas mais utilizadas e potentes da análise sensorial, estes testes descrevem de maneira qualitativa e/ou quantitativamente as amostras, incluindo odor, textura, aparência e sabor. Devido à necessidade de precisão, os métodos descritivos devem ser realizados por pessoas treinadas e qualificadas. Os mais utilizados são: perfil de textura e Análise Descritiva Quantitativa (ADQ®); PRINCIPAIS MÉTODOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS • Métodos afetivos: Também chamado de testes de consumo, os testes afetivos expressam a opinião pessoal. Entre os mais utilizados estão: ordenação de preferência, preferência pareada, aceitação por escala hedônica e aceitação por escala de atitude. PARÂMETROS DE ANÁLISE SENSORIAL • Os sistemas de análise sensorial dos alimentos têm o objetivo avaliar os atributos sensoriais do produto. Esses atributos são: • Cor: O tom, a intensidade e o brilho são os atributos necessários para perceber a cor de um alimento. Quando qualquer uma destas propriedades é alterada, seja por fatores internos ou externos, a qualidade de alimentos pode ser afetada. Por isso, é necessário verificar e relacionar estes fatores aos resultados esperados; PARÂMETROS DE ANÁLISE SENSORIAL • Aroma: Existem substâncias no alimento que evaporam e são captadas pelo olfato, e que podem indicar alguma alteração no produto. O odor compõe o sabor do alimento e pode ser percebido melhor quando colocamos o alimento na boca; PARÂMETROS DE ANÁLISE SENSORIAL • Textura: Esta propriedade é percebida assim que mordemos, cortamos ou pressionamos o alimento. Por meio da textura, pode-se avaliar sua maciez, elasticidade, crocância, entre outras características; • Sabor: O gosto do alimento é percebido ao identificar características primárias (doce, amargo, ácido, etc.). O paladar é responsável por identificar o sabor. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS ESCOLHA DO LOCAL OU LABORATÓRIO • Observar as condições do ambiente em que se realiza os testes é fundamental, já que elas podem influenciar os resultados ao despertar sensações que não têm a ver com o teste. • As análises devem ser feitas em uma área dedicada para essa finalidade. • A recomendação é realizar os testes em um local que esteja próximo à cozinha onde foi feito o alimento, com cabines individuais. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS ESCOLHA DO LOCAL OU LABORATÓRIO • A área deve ser calma, sem distrações, com superfícies inodoras e boa ventilação. • Deve-se atentar para as cores, que devem ser neutras, como branco ou cinza, e a iluminação deve ter tonalidade branca e estar bem distribuída. • A área de preparação da amostra deve ser separada da área de teste. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CABINES INDIVIDUAIS • As cabines individuais são utilizadas com o objetivo de conferir aos avaliadores concentração total e evitar que interajam, pois a opinião de um pode influenciar a opinião do outro. • O acesso às cabines deve ser independente do local em que se prepara as amostras, e, assim como foi dito acima, as cabines devem ter cores claras e neutras. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CABINES INDIVIDUAIS • Precisam ter luz branca e colorida (azul, verde ou vermelha). • Cada cabine deve conter escotilhas – aberturas para a entrega das amostras – que precisam ser mantidas fechadas durante a avaliação e servem para fazer a comunicação entre o avaliador e o analista sensorial/ líder de painel. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CABINES INDIVIDUAIS • O tempo de duração da análise e do intervalo entre as provas devem ser suficientes para evitar que os receptores olfatórios sejam saturados. • As amostras devem estar em recipientes adequados, limpos, uniformes, sem odores ou sabores e em tamanho certo. • Se a avaliação for de amostras não frescas, elas devem ter sido armazenadas do mesmo modo que seriam quando comercializadas. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS MESA REDONDA • Também é importante ter uma mesa redonda em alguns treinamentos e testes sensoriais para momentos em que os avaliadores precisarem discutir, padronizar procedimentos, caracterizar amostras de referência, realizar treinamento e entrar em consenso. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CONDIÇÃO DOS PARTICIPANTES Os participantes dos testes também devem apresentar as condições adequadas, tais como: • Em primeiro lugar, o participante deve ter conhecimento de que sua participação é espontânea e voluntária; • Precisa saber como se expressar e ter um bom vocabulário, pois, desse modo, conseguirá definir as características da amostra com detalhes e clareza. • Devepossuir boa acuidade sensorial e capacidade para discriminar cores, odores, texturas e gostos primários; ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CONDIÇÃO DOS PARTICIPANTES • Deve estar em boas condições de saúde, sem alergias ou gripes. Quando houver qualquer doença, deve comunicar. • É bom evitar que o avaliador use aparelho dentário corretivo, já que os dentes desempenham um importante papel durante a avaliação sensorial. • Evitar fumantes, mas, se forem escolhidos, não podem ter fumado no período de, pelo menos, uma hora antes dos testes; ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CONDIÇÃO DOS PARTICIPANTES • A faixa etária recomendável é entre 18 e 50 anos; • Deve ser passada a orientação de não usar cosméticos e/ou perfumes fortes nem consumir alimentos picantes nos dias de testes. • Atentar-se, também, a medicamentos, que podem interferir na sensibilidade do indivíduo. ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS EQUIPAMENTOS Embora cada aplicação necessite de equipamentos específicos, de maneira geral, são necessários: • Equipamentos para o preparo e armazenamento de amostras (fogões, geladeiras, fornos, freezers, processadores de alimentos, facas, máquinas de corte, etc.); ELEMENTOS DA ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS EQUIPAMENTOS • Aparelhos e instrumentos (balanças, termômetros, cronômetros, etc). • Equipamentos para servir as amostras. A escolha vai depender dos tipos de testes e métodos de amostragem. Todos os recipientes utilizados em uma mesma sessão de análise devem ser iguais. PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS MATERIAIS DE REFERÊNCIA E PADRÕES QUÍMICOS • Os materiais de referência e padrões químicos devem estar identificados de maneira clara para que sejam facilmente reconhecidos. PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS MATERIAIS DE REFERÊNCIA E PADRÕES QUÍMICOS • As informações sobre validade, condições de armazenamento, aplicabilidade e restrições de uso devem estar disponíveis; os recipientes rotulados informando sobre a identidade, validade, concentração e data de preparo. • Os materiais e padrões de referência devem ser manipulados de maneira correta, evitando contaminação. PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS AMOSTRAGEM • As amostras precisam ser armazenadas e transportadas em condições adequadas, que devem ser controladas e registradas, contribuindo para manter sua integridade. PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS REGISTROS • A recomendação é que cada teste contenha as seguintes informações: • Instruções e questionários que foram aplicados aos avaliadores; • Resultados da análise ou referência a arquivos eletrônicos; • Método escolhido para o preparo das amostras e equipamentos utilizados; • Tempo decorrido entre uma amostra e outra; • Códigos de identificação das subamostras; PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS REGISTROS • Ordem e detalhes da apresentação de cada amostra para o avaliador; • Identidade de quem preparou as amostras; • Identidade dos avaliadores e seu nível de treinamento para o método; • Identificação do responsável pelo painel ou do analista sensorial; • Descrição dos consumidores em testes de consumo; • Método de coleta de dados; • Método de análise estatística. PROCESSOS DE ANÁLISE SENSORIAL DE ALIMENTOS CONCLUSÃO • Embora a qualidade de alimentos envolva aspectos como o nutricional e o microbiológico, o aspecto sensorial, geralmente, é o fator de maior influência sobre a escolha de um produto feita pelo consumidor. • Um alimento com boa aparência, aroma, cor e sabor tende a agradar mais. Além disso, os consumidores têm demonstrado cada vez mais consciência e exigência. • Por isso, a análise sensorial de alimentos é um instrumento tão importante para a indústria alimentícia, visando alcançar os melhores resultados possíveis.
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