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29 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN ANESTESIOLOGIA U1 Aula 05 - Anestésicos Inalatórios INTRODUÇÃO Óxido Nitroso, Clorofórmio e Éter - primeiros anestésicos gerais universalmente utilizados N2O em 1956. Outros nas últimas décadas (1973) Anestesia inalatória hoje: N2O e/ou agentes voláteis (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e desflurano) Uso e concentração que refletem e agem a nível cerebral Anestesia geral balanceada: associados com agentes venosos e bloqueadores neuromusculares ou técnicas de condução com os anestésicos inalatórios. Os agentes são classificados como halogenados e não halogenados: O não halogenado é o óxido nitroso Os halogenados são líquidos administrados através de vaporizadores (halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano, desflurano) (Cuidado especial) Desflurano: ponto de ebulição 23⁰C → próximo temperatura da SO → vaporizador especial Administração sob forma de máscaras faciais, ou, a forma mais comum de ser utilizado é através do tubo endotraqueal, junto com a ventilação mecânica na anestesia geral. QUALIDADES DO ANESTÉSICO IDEAL 1. Ação previsível 2. Indução e recuperação rápidas 3. Ausência de efeitos adversos: vômitos, aumento da PA 4. Não ser inflamável Ou seja, não alimentar a chama, como por exemplo o éter que é inflamável e causou várias explosões na década de 70. Bisturi elétrico. 5. Biotransformação mínima ou ausente Ou seja, que não produza compostos metabólicos intermediários que tenham ação danosa, e alguns deles possuem 6. Possibilidade de monitorização da concentração plasmática: O ideal para todas as drogas, porém, não se consegue ainda fazer isso com os anestésicos inalatórios, mas se consegue estimar sua concentração. 7. Estabilidade química 8. Fácil administração 9. Baixo custo MECANISMOS DE AÇÃO Ação em muitos locais de sistema nervoso Várias teorias tentam explicar: teorias da lipossolubilidade e do volume excessivo Teoria da lipossolubilidade: incorporação dos anestésicos lipofílicos às membranas lipídicas das células do sistema nervoso → alterações metabólicas que caracterizariam o estado de anestesia Teoria do volume excessivo: ao penetrar as membranas, alteram volume celular, bloqueando canais iônicos também levando a alterações metabólicas que caracterizam o estado de anestesia. Nível microscópico A transmissão sináptica é mais sensível aos agentes anestésicos do que a condução axonal. Não possuem relação com estrutura predominante no SNC, como os opióides (que possuem receptores específicos). Área cerebrais afetadas pelos vários anestésicos: Sistema reticular ativador ascendente; Córtex cerebral; Núcleo cuneiforme; Córtex olfativo; Hipocampo Em quase todo o córtex cerebral tem ação dos anestésicos inalatórios, porém sem receptores específicos. PLANO ANESTÉSICO CAM: concentração alveolar em que 50% dos indivíduos expostos permanecem imóveis à estimulação cirúrgica (ausência de resposta à incisão cirúrgica) Potência dos anestésicos: expressa pela CAM e refletida pela partição óleo/gás (reflete a lipossolubilidade) Quanto maior a CAM, menos potente. Dose eficaz (D95): dose em que 95% permanecem imóveis à estimulação cirúrgica → dose equivalente à 1,3 - 1,5 CAM CAM acordado: 50% dos pacientes despertam quando a concentração alveolar reduz á 0,5 CAM Essencial no planejamento da anestesia RELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA E PARTIÇÃO ÓLEO/GÁS DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS ANESTÉSICO INALATÓRIO CAM PARTIÇÃO ÓLEO/GÁS (lipossolubidade) Halotano (↑ potente) 0,7 224 Enflurano 1,7 98,5 Isoflurano 1,17 99 Sevoflurano 1,9 53 Desflurano (↓ potente) 6,0 20 N2O 104 1,4 30 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN AVALIAÇÃO CLÍNICA NA ANESTESIA INALATÓRIA PURA O que quase nunca acontece, normalmente associamos com outros anestésicos. A anestesia se dá por planos, vai aprofundando à medida que vai aumentando a concentração dos compartimentos do anestésico. Abolição do reflexo oculopapebral Lateralização e imobilização excêntrica dos globos oculares (um para um lado e um para o outro) Pupilas centradas e mióticas: plano cirúrgico Midríase: tanto superficialização quanto aprofundamento excessivo FATORES QUE AFETAM A CAM ALTERAM NÃO ALTERAM Ritmo circadiano Espécie Temperatura corporal Gênero Função tireóidea Duração da anestesia Idade (CAM diminui após 6 meses) pH/PCO2 Oxigenação Diversas drogas Pressão arterial Fatores que afetam: Ritmo circadiano: ciclo da melatonina, do sono, alguns eventos ocorrem mais de dia, outros de noite, mas sabemos que de noite precisa-se de uma concentração menor do que de dia; Temperatura corporal: a hipertermia aumenta a CAM e a hipotermia diminui; Função tireoidiana: no hiper e hipotireoidismo, Idade: proporcionalmente as crianças precisam de uma CAM maior do que os adultos, em várias drogas; Drogas depressoras do sistema nervoso central, tendem a diminuir a CAM, por exemplo, o álcool. COEFICIENTES DE PARTIÇÃO Razão das concentrações do anestésico entre duas fases em equilíbrio (lipossolubilidade). Coeficientes: Sangue/Gás Cérebro/Sangue Músculo/Sangue Tecido adiposo/Sangue FARMACOCINÉTICA Os anestésicos atravessam uma série de barreiras até chegar ao cérebro, onde vai promover sua ação Reservatório → vaporizador → luxo de O2 combinado com vapor do anestésico → concentração inspirada (FI) Gases Frescos se misturam aos gases no circuito anestésico antes de ser inspirado pelo paciente Mistura gasosa Fluxo de gases Frescos Volume do circuito respiratório Qualquer absorção que ocorra pelo aparelho de anestesia ou pelo circuito anestésico Início da anestesia: sem anestésico no circuito Com a administração, a concentração do gás aumenta progressivamente nos compartimentos, passa pelo circuito respiratório e vai para os pulmões. Por via sanguínea, vai percorrer todo o corpo até atingir o órgão alvo, que é o cérebro. Volta por via venosa, passa pelos pulmões e todo o processo acontece. Fração alveolar (FA): concentração de anestésico obtida nos pulmões FATORES QUE AFETAM A FA Depende da capacidade residual funcional (CRF) e da ventilação alveolar (VA): Situações que diminuem a capacidade residual funcional, tem-se um aumento mais rápido da FA. Ex.: gravidez (↓ CRF) Quanto maior a ventilação alveolar, maior o aumento da FA. Captação A captação pelo sangue que perfunde os alvéolos retarda o equilíbrio FA/FI (Fração inspirada) → retarda a indução Fatores que afetam a captação: Solubilidade no sangue: ↑ captação Fluxo sanguíneo alveolar Diferença da pressão parcial entre o gás alveolar e o sangue venoso É desejado que o anestésico aja exclusivamente no cérebro, qualquer situação que diminuía ou retarde isso, não é a ideal → Para isso, importante veri icar o coeficiente de partição sangue/gás SOLUBILIDADE INALATÓRIOS NO SANGUE Desflurano Pouco solúveis 0,42 Óxido nitroso 0,47 Sevoflurano 0,6-0,7 Isoflurano Solubilidade moderada 1,4 Enflurano 1,9 Halotano 2,4 Metoxiflurano Alta solubilidade 12-15 31 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN Quanto maior a solubilidade do anestésico, do gás, no sangue → Maior captação pulmonar → Mais lento equilíbrio FA⁄FI → Maior di iculdade em atingir a concentração cerebral mais rapidamente. Por exemplo, o Desflurano é um anestésico que tem menor solubilidade sanguínea, ele irá entrar muito mais rápido em equilíbrio – a concentração cerebral e a concentração pulmonar -, pois será pouco captado (por ser pouco solúvel em sangue), e rapidamente essas duas concentrações - do que você está administrando via pulmonar e o que está chegando no local de ação - irão entrar em equilíbrio mais rápido. Em resumo: Quanto mais elevado for esse coeficiente de partição, mais o anestésico é solúvel, mais ele vai ser captado por outros locais que não o cérebro, e a indução será mais demorada, ou seja, você vai demorar mais tempo para conseguir esse equilíbrio. Impacto do DC/fluxo sanguíneo pulmonar na captação é maior nos de maior solubilidade → aumento do DC resulta no aumento da captação. Paciente com DC baixo → Redução na captação → Aumento na pressão parcial alveolar → Perigo de superdosagem → E preciso ter cuidado com a condição clínica do paciente Cuidado na indução inalatória de pacientes com cardiopatias. Perfusão tecidual Cérebro, coração, fígado e rins 10% massa corporal 75% DC Músculos 50% massa corporal 20% DC Gordura 20% massa corporal Menos 10% DC Cartilagens, tendões, ossos e dentes Sem perfusão apreciável Tecidos ricamente vascularizados, recebem mais rapidamente o anestésico e rapidamente entram em equilíbrio Por isso, pode falar que a concentração pulmonar será espelho da concentração cerebral Outros fatores que influem na captação: concentração dos gases inalados e associação de um segundo gás em concentração elevada Efeito concentração ou Segundo gás: Dois anestésicos administrados em concentrações diferentes e a captação do gás em concentração mais elevada resulta em aumento da Fração alveolar do gás inalado em concentração menor. Com o uso do N2O em doses elevadas por exemplo a 70%: a associação do óxido nitroso com os halogenados, tem o objetivo de induzir a anestesia mais rapidamente e de economizar, também, já que o segundo gás custa mais caro. Captação tecidual: Solubilidade dos agentes nos tecidos (coef. partição tecido⁄sangue - λt) Fluxo sanguíneo tissular Diferença Pparcial entre tecido e sangue arterial Quanto à λt são dois grupos de tecido: gordura e os outros Halotano, isoflurano e enflurano: λt na gordura entre 60 e 42 → alta solubilidade. Nos outros tecidos λt entre 1,6 e 2,6 ELIMINAÇÃO Biotransformação Tem participação mínima na queda da pressão parcial alveolar Tem maior impacto na eliminação de anestésicos solúveis que sofrem grande metabolismo (metoxiflurano) Perda transcutânea É insignificante Expiração: A via mais importante de eliminação dos anestésicos inalatórios é o alvéolo. Por isso que o ideal é que ele seja menos solúvel possível, menos biotransformado, menos metabolizado → Entrada, por diferença de pressão → Diminuição da concentração administrada → Eliminação FARMACODINÂMICA Todos os anestésicos inalatórios são vasodilatadores cerebrais. Os venosos também, com exceção da cetamina. EFEITOS NO SNC HALOTANO Importante vasodilatador cerebral Maior aumento do FSC (fluxo sanguíneo cerebral) Pode-se reduzir vasodilatação pela hiperventilação, através da diminuição do CO2 Taxa metabólica cerebral que menos diminui Autorregulação e manutenção do FSC constantes com variação da PA amortecidas Variações de pressão arterial entre 50 e 150 o fluxo sanguíneo cerebral estará mantido. Abaixo ou acima disso, sofrerá uma “sincope”, mas entre esses níveis não, existe uma autorregulação protetora para isso. Eletroencefalograma (EEG) isoelétrico: 4-5 CAM ENFLURANO (praticamente em desuso) Vasodilatação cerebral e aumento PIC menores que halotano Diminui consumo cerebral O2 Acima de 1,5 CAM → ondas apiculadas no EEG que podem ser acompanhadas de mioclonias até crises convulsivas se hipocapnia (CO2) ou estímulos auditivos Acima de 2 CAM - EEG isoelétrico Efeitos convulsivantes potencializados por cetamina e amitriptilina 32 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN ISOFLURANO Elevação do FSC menor que halotano e enflurano Diminui metabolismo cerebral e consumo cerebral de O2 Não necessita de hiperventilação prévia Autorregulação cerebral preservada até 1,5 CAM DESFLURANO Aumenta FSC e PIC Parece não alterar autorregulação FSC SEVOFLURANO Menor vasodilatação cerebral que isoflurano Diminui consumo de O2 em 50 % Mecanismo de autorregulação preservado N2O Efeitos incertos a nível cerebral Aumento do FSC e taxa metabólica (acredita-se) Aparente efeito anti-neuroprotetor Evitar em hipertensão intracraniana e isquemia cerebral EFEITOS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR Todos os halogenados são depressores do sistema cardiovascular. Assim como todos os anestésicos venosos, com exceção da cetamina. HALOTANO Redução da PA → depressão direta do miocárdio. Vasodilatador coronariano, mas também diminui o fluxo sanguíneo por hipotensão Manutenção PA perfusão miocárdica Amortece reflexo barorreceptores Todos os voláteis → aumentam intervalo QT Sensibiliza o miocárdio aos efeitos arritmogênicos da adrenalina: evitar dose maior que 1,5 μg/kg RVS (resistência vascular sistêmica) permanece inalterada ENFLURANO Hipotensão mais acentuada que halotano → maior redução na contratilidade miocárdica e vasodilatação moderada Menor inibição do reflexo barorreceptor e sensibilização do miocárdio às catecolaminas Interação com β- bloqueador bem negativa!: drogas utilizadas, por exemplo, no tratamento da hipertensão, insuficiência cardíaca. ISOFLURANO Menor alteração no DC Aumento da FC por efeito central Maior redução na RVS Não sensibiliza o miocárdio às catecolaminas Ritmo cardíaco estável “Síndrome do roubo coronariano”: que leva a vasodilatação coronariana → evitar em doença coronariana, atingindo múltiplos vasos. DESFLURANO Efeitos similares ao isoflurano SEVOFLURANO DC preservado Sem alteração significativa DC e FC Não produz fenômeno roubo coronariano Diminuição contratilidade semelhante isoflurano Reduz RVS N2O Mantém PA, DC e FC inalteradas ou até um pouco elevadas por estimulação pelas catecolaminas → estimula o SNSimpático Pode mascarar depressão miocárdica Vasoconstricção no leito pulmonar RVP não afetada significativamente Expansão gasosa em cavidades fechadas → cuidado → vai migrar para essas cavidades e aumentar a pressão. Embolia aérea, pneumotórax, obstrução intestinal aguda, ar intracraniano, cistos aéreos pulmonares, bolhas aéreas intraoculares e enxerto de membrana timpânica → uso contraindicado! Por exemplo, em um pneumotórax, pode transformar esse pneumotórax em pneumotórax hipertensivo pelo aumento da pressão dentro da cavidade. EFEITOS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO Todos deprimem ventilação alveolar de maneira dose- dependente → aumento da PACO2 Aumento da FR e diminuição do VC Abolição da resposta ventilatória tanto à hipóxia (depressão dos quimiorreceptores periféricos) quanto a hipercapnia (mais intensa) Efeito broncodilatador: útil em asmáticos HALOTANO Inibe depuração do muco brônquico Redução dos movimentos ciliares ENFLURANO Maior depressão ventilatória: aumento da FR e diminuição da amplitude do VC ISOFLURANO Depressão respiratória semelhante, mas taquipnéia menos intensa Bom broncodilatador, mas irritante das vias aéreas altas DESFLURANO Bastante pungente e irritante às vias aéreas durante indução 33 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN SEVOFLURANO Odor sem pungência e ausência de irritabilidade do trato respiratório → anestesia em asmáticos e indução inalatória em crianças N2O Hipóxia difusional: na recuperação, rápida difusão do N2O dos capilares pulmonares para os alvéolos → queda nas pressões de O2 e CO2. EFEITOS NO SISTEMA HEPÁTICO Todos levam a diminuição do fluxo sanguíneo hepático No halotano parece também haver alteração no metabolismo e depuração de algumas drogas (Ex.: fentanil, fenitoína e verapamil) EFEITOS NO SISTEMA RENAL Todos levam a redução no fluxo sanguíneo renal, na taxa de filtração glomerular e no débito urinário, exceto o desflurano que preserva o fluxo renal na ausência de hipotensão arterial Sobre efeito da anestesia geral a própria utilização dos inalatórios vai diminuir o débito urinário, que é um dos parâmetros importantes, para se fazer uma utilização hemodinâmica, em qualquer situação de urgência. TOXICIDADE ORGÂNICA – HEPATOTOXICIDADE O ideal é que anestésicos inalatórios entrem, ajam no cérebro e saiam, não sejam biotransformados, uma vez que geralmente os compostos da biotransformação são substâncias que têm efeitos deletérios. HALOTANO 20% é biotransformado no fígado, principalmente pela via oxidativa → ácido tri louroacético Metabolismo redutivo (como na hipóxia ou situações mais graves) produz compostos intermediários → capacidade de causar reações de hipersensibilidade Ex.: trifluorcloroetano, que inativa citocromo p450 ou haptenos, causando reações de hipersensibilidade → etiologia da hepatite tóxica associada ao halotano ENFLURANO Biotransformação hepática de 3 a 5 % Raros casos de lesão hepática após anestesia com enflurano sem causa estabelecida ISOFLURANO Biotransformação de 0,2 % Ausência de hepatotoxicidade Reduzido potencial para hepato e nefrotoxicidade mesmo após exposições múltiplas DESFLURANO Notável estabilidade molecular Biotransformação de 0,02% Toxicidade hepatorrenal nula ou mínima SEVOFLURANO Biotransformação de 2 a 3 % Não produz ácido trifluoroacético, e sim um glicuronídeo de conjugação Potencial nulo de hepatotoxicidade N2O Não parece ser metabolizado no homem EFEITOS SOBRE A TRANSMISSÃO NEUROMUSCULAR Todos deprimem a transmissão neuromuscular e potencializam os BNM adespolarizantes, em altas concentrações EFEITOS SOBRE O ÚTERO Depressão do tônus uterino, dose dependente Baixas concentrações não parecem aumentar sangramento em cesáreas Baixas concentrações não parecem alterar o TP ou efeitos adversos sobre o feto OUTROS EFEITOS PIO Diminuição da pio: depressão do SNC, diminuição da PA, redução tônus musculatura intrínseca do olho, redução produção humor aquoso Náuseas e vômitos N2O não tem associação consistente Os outros tem incidência semelhante Hipertermia maligna Todos são gatilho em pacientes geneticamente susceptíveis N2O: fraco gatilho Halotano: mais importante gatilho Mutagenicidade, teratogenicidade e carcinogenicidade Atividade mutagênica? Risco de aborto associado à exposição crônica? Risco de 30% de aborto e 20% de anormalidade congênitas? Semelhança estrutural com carcinógenos humanos- ação cancerígena? Depressão da eritropoese Exposição prolongada ao N2O: depressão da atividade da metionina sintetase e eritropoese megaloblástica Oxidação irreversível da vitamina B12, cofator dessa enzima Usar ácido fólico 34 Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN Alteração do volume de cavidade fechada N2O 20x mais solúvel que N2 → difusão 20x mais rápida Difunde-se buscando equilíbrio com espaços aéreos (luz intestinal, seios da face, ouvido médio, bolhas pulmonares, espaço pleural, pneumoencefálico), aumentando o volume e a pressão do gás contido nessas cavidades ANÁLISE COMPARATIVA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Cardiovascular: Inotropismo negativo: Enflurano > Halotano >Isoflurano Diminuição RVP: Isoflurano > Enflurano > Halotano Potencial arrtimogênico: sensibiliza o miocárdio aos efeitos arritmogênicos da adrenalina Halotano > Isoflurano > Enflurano > Sevoflurano > Desflurano Respiratório: Depressão/Proteção da resposta ventilatória ao CO2: mesmo o paciente hipoventilando não há resposta compensatória Enflurano > Desflurano > Sevoflurano > Isoflurano > Halotano Depressão da ventilação (diminuição amplitude VC e aumento FR): ventilação mais rápida e mais superficial. Enflurano > Desflurano > Isoflurano > Sevoflurano > Halotano Renal: Nefrotoxicidade: Metoxiflurano >Enflurano > Sevoflurano > Isoflurano= Halotano > Desflurano Hepático: Diminuição fluxo sanguíneo hepático: Halotano > Enflurano > Desflurano > Isoflurano > Sevoflurano SNC: Fluxo sanguíneo cerebral: Halotano > Enflurano > Isoflurano, Desfluano E Sevoflurano
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