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Anestésicos Venosos

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16 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
ANESTESIOLOGIA U1 
Aula 03 - Anestésicos Venosos 
 
OBJETIVOS DA ANESTESIA VENOSA 
 Inconsciência do paciente, supressão da dor 
(analgesia) e relaxamento muscular. Cada um desses 
aspectos possui drogas (agentes venosos) específicas. 
São essas: 
 Inconsciência: para isso a gente utiliza as drogas 
hipnóticas. Hipnóticos são drogas que tiram a 
consciência do paciente (se está inconsciente não 
necessariamente está sem dor). 
 Analgesia: supressão da dor com uso de opióides 
(são opióides mais fortes do que os usados no OS, 
pois a analgesia é cirúrgica). 
 Relaxamento muscular: uso de bloqueadores 
neuromusculares. São necessários principalmente 
em cirurgias de cavidade torácica e abdominal, pois 
a musculatura deve estar relaxada, para que o 
campo cirúrgico fique maior e o procedimento 
ocorra de forma adequada. Além disso, precisamos 
do relaxamento muscular para acessar as vias 
aéreas. 
 
AGENTES MAIS UTILIZADOS 
 Não opióides: hipnóticos (tirar consciência): 
 Tiopental, etomidato, propofol, midazolan → 
hipnóticos 
 Cetamina → anestesia dissociativa 
 Clonidina, dexmedetomina → agonistas α2 
 Opióides: fentanil, sufentanil, alfentanil e remifentanil. 
 Obs.: Morfina, meperidina, tramadol são opióides 
utilizados por via venosa no tratamento de quadros 
intensos, entretanto para os procedimentos 
anestésicos cirúrgicos, são opióides fracos. Porém, o 
mecanismo de ação desses opióides mais fracos é o 
mesmo. 
 
ANESTÉSICOS VENOSOS NÃO OPIÓIDES - HIPNÓTICOS 
 
 Os principais são: tiopental (barbitúrico), propofol, 
etomidato, midazolam e cetamina. 
 
CARACTERÍSTICAS DO ANESTÉSICO VENOSO 
IDEAL 
1. Estabilidade e compatibilidade quando em 
solução: não pode precipitar ou causar danos aos 
tecidos; 
2. Compatibilidade tissular por extravasamento e 
ausência de irritação venosa: quando estiver 
dentro dos vasos; 
3. Baixo potencial de liberação de histamina; 
4. Início rápido de ação sem atividade excitatória 
(alguns anestésicos, antes da depressão, faz uma 
excitação do SNC); 
5. Metabolização com metabólitos inativos: para não 
formar compostos intermediários que interfiram no 
seu tempo de ação;; 
6. Dose sono relacionada a titularidade mínima não 
cumulativa: a dose que induz a hipnose não deve ser 
uma dose cumulativa (caso precise fazer outra dose); 
7. Ausência de depressão respiratória e 
cardiovascular; 
8. Diminuição da pressão e metabolismo cerebrais; 
9. Rápido retorno da consciência e das funções 
cognitivas; 
10. Ausência de náuseas, vômitos, tonteiras, cefaleia, 
reações psicomotoras e “ressaca” no pós-
operatório. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Barbitúricos e não barbitúricos [Benzodiazepínicos 
(Midazolam), Imidazólico (Etomidato), Isopropilfenol 
(Propofol), Fenciclidina (Cetamina)] 
 
BARBITÚRICOS (TIOPENTAL) 
 Derivados do ácido barbitúrico. 
 Eles foram os primeiros hipnóticos sintetizados (1930 
– 1935), 
 Provocaram acidentes graves durante a segunda 
guerra, pois causam uma depressão no sistema 
cardiovascular (na época, não se tinha conhecimento 
da farmacologia) e com isso tinham parada 
cardiorrespiratória. Devido essas mortes houve um 
atraso no uso clínico do tiopental. 
 Atualmente usamos o tiopental. 
 
 MECANISMO DE AÇÃO 
 Atuam no sistema reticular ativador ascendente 
(tronco cerebral), que controla várias funções 
vitais, inclusive consciência. 
 Atuam preferencialmente nas funções das sinapses 
 Suprimem os NT excitatórios (Ach) e acentuam 
inibitórios (GABA): acentuação da inibição, por 
isso que tem a depressão da consciência. 
 
TIOPENTAL (BARBITÚRICO) 
 Estrutura: 
 Solúvel em água 
 Ácido débil 
 Em uso clínico - solução alcalina 
 Concentração 2,5% 
 Após preparo pode usar em duas semanas 
conservada em geladeira 
 
17 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
FARMACOCINÉTICA 
 Absorção 
 Usado por via venosa 
 Pré-anestésico pode ser usado IM e retal (não é o 
ideal). 
 Distribuição 
 Grande solubilidade lipídica: rapidamente captado 
pela célula 
 Rápida captação cerebral 
 Grande afinidade proteica - 80% 
 Choque hipovolêmico, albumina sérica diminuída e 
acidose → concentrações mais altas para mesma 
dose 
 
 Perda da consciência em 30s e despertar em 
20min: para uma dose → precisa-se manter a 
anestesia de outra forma → por isso os acidentes no 
período da guerra. 
 Dose de acordo com peso e idade 
 Redistribuição mais lenta em idosos → dose menor 
de indução: o processo farmacocinético de 
distribuição é diferente, com o objetivo de diminuir 
o impacto no sistema cardiovascular. 
 Biotransformação 
 Metabolizado pelo fígado por oxidação em 
metabólitos inativos hidrossolúveis 
 Excreção 
 Via renal: produtos finais da biotransformação 
hepática 
 Baixa taxa de filtração glomerular por sua alta 
ligação proteica. 
 
Obs.: 
 O tiopental pela sua alta solubilidade lipídica, tem 
alguma tendência de se acumular no tecido adiposo. 
Ele dá uma sensação de ressaca, principalmente nos 
obesos, no pós-operatório, porque ele se acumula na 
gordura e depois volta para o compartimento central. 
Além disso, esse acúmulo atrasa o tempo de término de 
ação. 
 Quando induzimos a anestesia, precisamos mantê-la, 
nenhuma é feita em dose única. 
 Existe anestesia geral venosa em que você induz e 
mantém a anestesia com anestésicos venosos ou faz 
a balanceada, iniciando com a venosa e mantendo 
com anestésicos inalatórios. É importante manter a 
anestesia, senão o paciente retorna à consciência. 
 A anestesia pode durar o tempo que for necessário. Não 
tem restrição, mas sabemos que quanto mais aumenta 
o tempo, aumenta-se as complicações. 
 Superior a 180 minutos aumenta o risco de 
complicações pulmonares por infecção, atelectasia, 
trombose venosa profunda, etc. Se eu precisar fazer 
uma anestesia de 24 horas eu vou fazer, caso 
necessário, mas eleva a mortalidade e morbidade 
do paciente. 
 
 Fatores que alteram farmacocinética 
 Idade 
 Vida média de eliminação aumenta com a idade 
→ aumento do volume de distribuição 
 Gravidez 
 Vida média de eliminação maior → aumento do 
volume de distribuição 
 Difusão transplacentária muito rápida → alta 
lipossolubilidade 
 Concentração máxima na veia umbilical em 1 
minuto 
 Obesidade 
 Aumento do volume de distribuição e vida média 
de eliminação 
 Não aumentar a dose em obesos → sem aumento 
do compartimento central 
 
FARMACODINÂMICA 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Hipnose (sedação a coma barbitúrico): leva a 
hipnose, pode ser desde uma sedação (paciente na UTI, 
por exemplo) ou intencional, no caso de convulsões 
incontroláveis. 
 Vasoconstricção cerebral → diminuição da PIC: 
praticamente todos os anestésicos venosos levam a 
uma vasoconstrição cerebral (exceto cetamina) 
 O aumento do conteúdo de qualquer coisa, edema, 
sangue, levo ao aumento da PIC. Então, drogas que 
aumentam o fluxo sanguíneo cerebral, elevam a PIC. 
 Aumento da PPC (pela queda da PIC e de PAM): a 
diminuição da PIC irá aumentar perfusão cerebral. 
 Cálculo: PPC = PAM - PIC 
 Então, apesar de ocorrer uma vasoconstrição 
cerebral, a pressão de perfusão do próprio cérebro 
melhora. 
 Diminui consumo cerebral de O2 → proteção em 
isquemia focal, mas não global. 
 Sem efeito analgésico e sem efeito relaxante muscular 
→ paciente inconsciente sente dor. São vias diferentes. 
Deve-se fazer a analgesia. 
PIC: pressão intracraniana 
PPC: pressão de perfusão cerebral 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Apneia de 30 a 90s após indução: por isso o paciente 
tem que estar assistido e ventilado. 
 Diminuição da resposta ventilatória a hipercapnia 
(↑CO2) e hipoxemia (↓O2): pelo mecanismo dos 
barorreceptores o aumento a concentração de CO2 no 
sangue estimula os centros respiratórios e há elevação 
da taxa respiratória. O O2 diminui. Isso não é em 
proporção igual, o CO2 estimula mais. 
 VC e FR diminuídos no despertar 
 Laringoespasmo → não deprime totalmenteos 
reflexos!: ao acessar a via aérea do paciente sedado 
apenas com o tiopental, pode ter laringoespasmo 
porque ele não deprime completamente os reflexos 
protetores na intubação, então deve-se usar outra 
droga associada. 
VC: volume corrente 
FR: frequência respiratória 
18 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Depressão do centro medular vasomotor → dilatação 
dos vasos de capacitância → redução do retorno 
venoso AD 
 Taquicardia por efeitor vagolítico central 
 Manutenção do DC pelo aumento da FC e 
contratilidade: em doses adequadas e paciente 
compensado 
 (Paciente) Hipovolemia, ICC e β-bloqueio → queda 
drástica da PA!! → compensar esse paciente 
previamente 
 (Conduta) Hidratação prévia e indução venosa lenta! 
 
SISTEMA RENAL 
 Diminuição no FSR e TFG, proporcionais à queda da PA 
 IR (insuficiência renal): aumento na fração livre pela 
queda na ligação proteica → reduzir 50% da dose 
FSR: fluxo sanguíneo renal 
TGF: taxa de filtração glomerular 
 
SISTEMA HEPÁTICO 
 Diminuição do fluxo sanguíneo hepático 
 Cirróticos: aumento da fração livre → maior efeito 
hipnótico 
 (Desencadea) Crise aguda de porfiria: indução da 
enzima sintetase do ácido amino levulínico 
 Porfiria é um grupo de várias doenças genéticas que 
tem uma deficiência na síntese do grupo heme da 
hemoglobina, então tem um acúmulo dos 
metabólitos anteriores a formação do heme. É 
capaz de induzir a uma crise de porfiria..É 
contraindicação absoluta!. 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 É raro causar reações anafiláticas e anafilactóides 
 Tiopental: capacidade de liberar histamina → cuidado 
em pacientes asmáticos e atópicos! → a droga deve ser 
evitada. 
 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
 Contrastes ou sulfonamidas que possuem mesma 
ligação proteica → maior quantidade de droga livre 
 Potencializam o tiopental: etanol, hipnoanalgésicos, 
opióides, anti-histamínicos e outros depressores do 
SNC 
 
USO DO TIOPENTAL EM REANIMAÇÃO 
 
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 
 (Usado em casos de) Queda da hipertensão cerebral 
por vasoconstricção cerebral e redução da 
formação do edema cerebral vasogênico 
 No entanto, como ele deprime o sistema 
cardiovascular, tem-se que ter cuidado para não 
causar isquemia adicional, pois se diminui a 
pressão arterial, reduz também a perfusão cerebral. 
 Doses: bolus de 10mg.kg em 20 min, seguidos de 70 a 
80 mg/kg/24h 
 Controle rígido da PIC e PAM e cuidado para evitar 
hipotensão 
 
 Melhor indicação e benefício: 
 TCE com vasodilatação ou edema cerebral 
difuso e hipertensão intracraniana 
incontrolável com terapêutica usual 
 Esse aumento da perfusão não irá anular a 
depressão do sistema cardiovascular, já que a 
queda da PIC é menor. 
 Ainda é utilizado, mas é uma droga de exceção com 
indicação específica. 
 
PARADA CARDÍACA 
 Prevenção de lesões neurológicas? 
 Não demonstrada em isquemia cerebral total e 
aumenta o risco de parada por FV (fibrilação 
ventricular) pela depressão do sistema 
cardiovascular 
 
ESTADO DE MAL EPILÉTICO 
 Indicado pelo curto período de latência 
 BZD (benzodiazepínicos) de escolha 
 
INDICAÇÕES 
 Um dos melhores indutores 
 Constância do efeito, bom em sequência rápida 
 Indução suave, poucos laringoespasmos 
 Diluição em água, não dolorosa 
 Poucos efeitos secundários (náuseas, vômitos - 10% 
e cefaleia - 1%): exceto os outros que são próprios da 
farmacodinâmica dele. 
 Dose: 3-5 mg/kg, IV 
 
Cuidados 
 Risco de efeito cumulativo → evitar doses de repetição 
 Idosos, hipovolêmicos e ICC → reduzir dose e injeção 
lenta 
 
CONTRA-INDICAÇÃO 
 Absoluta: 
 Porfiria 
 Relativas: 
 IC descompensada 
 Insuficiência coronária com angina instável 
 Hipovolemia importante 
 Nesses casos → compensar previamente para 
utilização. 
 
PROPOFOL (ISOPROPILFENOL) 
 Um dos hipnóticos mais utilizados 
 Indução e recuperação rápidas 
 Uso em bolus ou infusão venosa contínua para 
manutenção 
 Despertar mais rápido e completo que com 
qualquer outra droga: 
 Mesmo em infusão contínua, o despertar do 
paciente não é alterado. Não acumula, ou seja, não 
tem acúmulo para outros compartimentos que não 
seja o central. 
 Uso em sedação para anestesia regional e ambulatorial, 
anestesia geral, emergência e UTI 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Menor sedação residual e comprometimento 
cognitivo: mesmo em infusão prolongada, o paciente 
retorna rapidamente a consciência. 
 Fácil titulação para infusão contínua e retorno rápido 
da consciência, mesmo em infusão prolongada 
 Não potencializa efeito dos BNM (bloqueadores 
neuromusculares): é somente hipnótico, não é 
analgésico nem relaxante muscular. 
 Propriedades antiemética, ansiolítica e antipruriginosa 
em doses subhipnóticas 
 Não desencadeia hipertemia maligna (grupo de 
doenças relacionadas ao metabolismo do cálcio, são 
doenças hereditárias musculares que ocorrem numa 
hipertermia intensa, tem que ser tratado 
rapidamente). 
 Ação nos receptores GABA, nos bloqueadores 
iônicos no tecido cortical cerebral e nos receptores 
nicotínicos da acetilcolina 
 
 Propriedades físico-químicas: 
 Alquilfenólico 
 Solução viscosa e leitosa 
 Solução inicial com cremofor → intensa dor e 
reações anafiláticas 
 Depois uso com lecitina de ovo → crescimento 
bacteriano 
 Hoje é conservado com EDTA ou metabissulfito de 
sódio → ainda tem dor à injeção 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Elevada lipossolibilidade 
 Elevado volume de distribuição 
 Alta ligação proteica - 96% 
 Metabolismo: fígado (sulfato e metabólitos do ácido 
glicurônico) → eliminação renal 
 1% in natura urina 
 2% fezes 
 Possível metabolismo extra-hepático (via 
pulmonar), pois é metabolizado muito rápido e 
completamente. Somente o fígado não seria suficiente. 
 
 Fatores que alteram: 
 Extremos de idade 
 Comorbidades 
 Interação com outras drogas 
 Hepatopatas: não altera, apenas maior tempo 
para equilíbrio 
 Obesos: ideal. Não acumula. Calcular dose pelo 
peso ideal (indução e manutenção) 
 
FARMACODINÂMICA 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 ↓ Metabolismo cerebral e FSC (fluxo sanguíneo 
cerebral) 
 ↓ da pressão intracraniana (PIC) 
 ↑ da pressão de perfusão cerebral 
 Deprime atividade EEG (eletroencefalograma) → Dose: 
dependente até abolição atividade elétrica cerebral 
 Efeito neuroprotetor → potencial antioxidante por 
redução produção de radicais livres 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 ↓ Frequência e profundidade respiração 
 Frequentes períodos de apnéia (± 30 seg) - 83% 
 ↓ reatividade das vias aéreas (V.A.S) – favorece IOT 
mesmo sem ser associado com opióides e 
bloqueadores neuromusculares. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Maior depressor cardiovascular → depressão 
miocárdica e vasodilatação periférica 
 Altera mecanismo barorreflexor → menor aumento da 
FC com queda da PA → taquicardia compensatória 
 ↓ DC, RVS, PA, VS de ejeção e pré e pós-carga 
cardíacas: diminui o débito cardíaco, a resistência 
vascular periférica, pressão arterial, volume de ejeção, 
etc. 
 Mantém oferta-demanda de O2 ao miocárdio → 
também diminui consumo de O2 , fluxo sanguíneo e RV 
miocárdica 
 Previne resposta hipertensivas à IOT, a laringoscopia, 
a inserção ml e broncospia, especialmente com 
opióides 
 
PIO (PRESSÃO INTRAOCULAR) 
 Efetivo no controle do aumento da PIO pela IOT 
 Diminui a pressão intraocular principalmente 
associado a BNM despolarizantes. 
 Útil em cirurgia oftalmológica 
 
PROPRIEDADES NÃO-HIPNÓTICAS 
 Menor incidência de náuseas e vômitos 
 Efeito antiemético intrinsico de doses sub-hipnóticas 
(doses baixas) –> ação antidopaminérgica 
 Tratamento do prurido com doses sub-hipnóticas 
 Pós-colestase 
 Pós-administração de opióides na raquianestesia –
> alternativa naloxone 
 Tratamento de náuseas e vômitos refratários pós 
QT (quimioterapia) 
 Doses sub-hipnóticas: 
 Bolus IV: 10 mg 
 Infusão contínua:1 μg. Kg¹.min¹ 
 Uso no tratamento de epilepsiarefratária a agentes 
usuais: quando o paciente não para de convulsionar. 
 Bolus de 30 a 120 mg + 2,5 a 10 mg.kg.h 
 
USOS E DOSES 
Indução de 
Anestesia Geral 
1-3 mg.Kg¹, IV 
 
1-1,75 mg.Kg¹, IV em 
maiores de 70 anos 
Manutenção de 
Anestesia Geral 100 a 200 μg.Kg¹.min¹ 
Sedação 10-50 μg.Kg¹.min¹ 
 
CONTRA-INDICAÇÕES E PARAEFEITOS 
 Náuseas e vômitos: raramente ocorrem 
 Mioclonias e soluços: raramente ocorrem 
 Dor à injeção: é frequente 
 Hipotensão: é o mais frequente → hidratação prévia! 
 
20 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Síndrome da infusão prolongada do propofol em 
UTI: é rara e fatal. 
 Ocorre em pacientes críticos que precisam de doses 
elevadas e uso prolongado. 
 ICC, rabdomiólise e IR. 
 Produção de ác. graxos e inibição fosforo oxidativa 
→ acidose láctica e necrose muscular 
 
ETOMIDATO (IMIDAZÓLICO) 
 Potente indutor com NENHUM efeito significativo 
nos sistemas cardiovascular e respiratório (“droga 
perfeita”) 
 Mecanismo de ação: também interação com NT 
inibitório GABA → age por estimulação do 
neurotransmissor inibitório GABA, acentuando a 
inibição. 
 
 Propriedades físico-químicas: 
 Derivado do imidazólico 
 Anel imidazólico: hidrossolubilidade em pH ácido e 
lipossolubilidade em pH fisiológico 
 Diluído em propileniglicol: dor à infusão e 
tromboflebite 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Metabolismo: 
 Hidrólise do grupo éster: enzimas microssomais 
hepáticas 
 Esterases plasmáticas → ácido carboxilı́co (inativo) 
 Ligação proteica: 75% → diminuir doses em 
insuficiência hepática e renal 
 
FARMACODINÂMICA 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Diminui a FSC (fluxo sanguíneo cerebral) e consumo 
de O2 sem alterar PAM 
 Diminuição da pressão intracraniana 
 Manutenção da pressão de perfusão cerebral: já que 
não causa grande depressão do sistema cardiovascular 
 Reatividade vascular ao CO2 mantida → 
hiperventilação pode potencializar queda da PIC 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Menor depressão respiratória 
 Apneia mais prolongada após bolus 
 Pode ser usado com segurança em asmáticos: não 
libera histamina ou aumenta resistência das vias 
aéreas 
 Pode causar períodos de soluço ou tosse no paciente 
inconsciente 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Estabilidade cardiocirculatória: mínima atividade 
hemodinâmica (não altera a contratilidade e nem causa 
depressão no miocárdio) 
 Melhora o fluxo coronariano: diminui a RV (resistência 
vascular) sem aumentar o consumo de O2 e sem efeito 
na contratilidade 
 
 Sem efeito analgésico: pode haver hipertensão e 
taquicardia na IOT (cuidado em IC e aumento da PIC) 
 Puramente hipnótico 
 
SISTEMA ENDÓCRINO 
 Causa de morte em paciente sedados por muito tempo 
→ insu iciência supra-renal após infusão prolongada 
 Relatos de supressão da adrenal com dose única 
 Mecanismo: inibição dose-dependente e reversível da 
enzima 11-beta-hidroxilase (que converte 11-
deoxicorisol em cortisol) e sobre a 17 α-hidroxilase. 
 
PARAEFEITOS 
 Insufiência supra-renal → diminuição dos níveis de 
cortisol 
 Náuseas e vômitos: 
 Incidência alta de 30 a 40%, 
 Evitar em pacientes propensos ou determinadas 
cirurgias em que o paciente não deve vomitar no 
pós-operatório. 
 Dor à injeção, flebites e tromboflebites: são frequentes 
 Mioclonias e soluço 
 Incidência alta de 50 a 80% nos pacientes não pré-
medicados com BZD 
 Desinibição transitória de estruturas subcorticais 
 
USO CLÍNICO 
 Indicações: 
 Doenças cardiovasculares 
 Hiper-reatividade brônquica 
 Hipertensão intracraniana 
 Melhor estabilidade hemodinâmica: por 
exemplo, no trauma (paciente chega instável) 
 Dose de indução → 0,3 mg.kg¹ 
 Possibilidade de infusão contínua longa → per il 
farmacocinético é adequado, mas deve ser evitada pela 
supressão supra-renal 
 
CETAMINA (FENCICLIDINA) 
 Nenhuma semelhança com outros anestésicos 
venosos 
 Produz ANALGESIA! 
 Efeitos centrais limitaram seu uso por muito tempo e 
ainda limitam 
 Mistura racêmica de isômeros 
 R(-) cetamina + S(+) cetamina 
 S(+) cetamina 
 Potência analgésica: 3 a 4 vezes maior 
 Recuperação mais rápida 
 Menor incidência de delírios ao despertar: são 
esses delírios que fazem seu uso ser reduzido 
 Ação hipnótica + Ação analgésica 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
 Antagonista dos receptores NMDA (N-metil-D-
aspartato) → analgesia e evita estimulação da via 
nociceptiva pós-operatória 
 Antagonista dos receptores colinérgicos → 
nicotínicos e muscarínicos 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
 Também age nos receptores monoaminérgicos e 
serotoninérgicos: fraca afinidade pelos receptores 
opióides 
 
ANESTESIA DISSOCIATIVA 
 Simultaneamente: 
 Deprime → Função neuronal no córtex cerebral e 
tálamo 
 Estimula → Sistema límbico, com hipocampo 
 Isso faz com que estímulos sejam interpretados de 
forma diferente, por isso que os pacientes apresentam 
uma agitação 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Baixa ligação proteica-27-47% 
 Ligação a albumina e α1 glicoproteína ácida 
 Ligação pH dependente: queda no pH diminui a 
ligação 
 Metabolismo: 
 Sistema microssomal hepático → Norcetamina → 
Principal metabólito da cetamina → Conjugados e 
eliminados pela urina 
 
FARMACODINÂMICA 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Causa inconsciência e analgesia 
 Muitas vezes o paciente está com os olhos abertos e 
reflexos presentes, deglutindo, por exemplo, mesmo 
inconsciente 
 Reflexos corneanos, tosse e deglutição podem estar 
presentes sem valor de proteção 
 Eleva a PIC 
 Reações psicomiméticas (de emergência) na 
recuperação: alucinações, agitação psicomotora, 
confusão mental, euforia e medo 
 Causa? Depressão dos núcleos centrais da visão e 
audição com interpretação errada dos estímulos 
 Fatores que influenciam essas reações: idade, dose 
e antecedentes psiquiátricos 
 Uso de BZD diminui essas reações 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Eleva FC e PA secundárias a estimulação simpática e 
inibe a recaptação de catecolaminas 
 Único que estimula o SCV (sistema cardiovascular) 
 Aumenta o trabalho e consumo de O2 miocárdico 
 Aumento da pressão arterial pulmonar → não usar 
em insuficiência de VD 
 Efeitos nem sempre desejados 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Mínima depressão respiratória (apenas se dose alta ou 
administração rápida) 
 Aumento das secreções salivares e brônquicas 
 Relaxamento da musculatura brônquica 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Catalepsia, olhos abertos com nistagmo 
 Reflexos laríngeo e faríngeo, às vezes, presentes 
 Secreção salivar intensa 
 Analgesia somática, sem analgesia visceral 
 ↑ tônus da musculatura esquelética 
 ↑ acentuado da frequência cardíaca 
 ↑ da P.I.C. e da P.I.O. 
 
 ↑ acentuado da P.A.S. e da P.A.D (pressão sistólica e 
diastólica) 
 Potente broncodilatador 
 Alucinações ao despertar ocorrem com frequência 
 
INDICAÇÕES RELATIVAS 
 Indução em pacientes com choque hipovolêmico 
ou grave comprometimento CV (cardiovascular) 
 Limpeza cirúrgica e curativo de queimados: pois não 
causa depressão cardiovascular e respiratória, o que 
dará mais segurança 
 Indicado para pacientes com hiper-reatividade das vias 
aéreas: pois causa broncodilatação 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
 Hipertensão intracraniana ou lesões expansivas 
intracranianas 
 Doença isquêmica coronariana grave 
 Aneurismas cerebrais (por aumentar a PIC) 
 Doenças psiquiátricas compensadas ou 
descompensadas 
 
DOSES 
 Indução: 
 1-3 mg.kg, IV 
 4-6 mg.kg, IM 
 
MIDAZOLAM (BENZODIAZEPÍNICO) 
 Imida-benzodiazepínico, tem anel imidazólico 
 Metabolização por mecanismos oxidativos 
microssomais hepáticos 
 O mais utilizado como pré-anestésico 
 Ação nos receptores GABA 
 
FARMACODINÂMICA 
 Depende: Dose, idade, estado geral 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Ansiólise, sedação e hipnose (AMNÉSIA está sempre 
presente) 
 Em dose baixa ele é só ansiolítico, em dose alta ele 
leva a hipnose. 
 ↓ do luxo sanguı́neo cerebral 
 ↓ do consumo cerebral de O2 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO Causa depressão respiratória: ↓ volume corrente 
(dose-dependente) 
 
22 
Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 ↓ Pressão arterial: 
 ↓ Resistência vascular sistêmica → Efeito 
inotrópico negativo (↓ da contratilidade) 
 
USO CLÍNICO 
 Utilizado para ansiólise, sedação e hipnose (dose 
dependente) 
 Doses: 
 Grande variabilidade individual: é preciso 
realmente titular até alcançar o efeito ideal. 
 
 A melhor forma de administração é através da 
titulação em etapas, até alcançar o efeito 
desejado 
 Pré-medicação: 
 0,4 a 0,8 mg.kg, VO 
 0,1 a 0,15 mg.kg, IM 
 0,2 mg.kg, via nasal 
 1 mg.kg, via retal 
 Indução: 0,1 a 0,2 mg.kg, IV 
 
Obs.: O propofol é o anestésico que apresenta maior taxa 
de depuração: 20 a 30 ml.kg -1.min-1. A eltanolona e a 
cetamina têm a meia-vida de eliminação mais curta. Os 
benzodiazepínicos apresentam os menores volumes de 
distribuição. A cetamina possui a menor porcentagem de 
ligação às proteínas plasmáticas (12%) e o propofol das 
maiores (98%). A meia-vida de distribuição do propofol é 
das mais curtas (2 a 4 min) como o tiopental e o etomidato. 
 
 
ANESTÉSICOS VENOSOS OPIÓIDES - ANALGÉSICOS 
 
 Definição: Toda substância exógena, natural ou 
sintética, que se liga especificamente com qualquer 
subpopulação de receptores opióides, produzindo 
através dessa ligação, algum tipo de efeito agonista 
 Fentanil, sufentanil, alfentanil e remifentanil 
 Substâncias exógenas naturais ou sintéticas → Ligação 
específica → Subpopulações de receptores opióides → 
Efeito agonista 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Opióides Naturais: alcalóides derivados do ópio 
 Derivados Fenantrênicos: morfina e codeína 
 Opióides Semi-sintéticos: modificações simples na 
estrutura da morfina. Ex.: Metilmorfina e 
diacetilmorfina (heroína). 
 Opióides Sintéticos: tem o núcleo da morfina, mas 
manufaturados por síntese química: 
 Derivados da morfina 
 Derivados da metadona 
 Derivados do benzomorfan (pentazocina) 
 Derivados da fenilpiridina – meperinina (mais 
fraco), fentanil e congêneres 
 
RECEPTORES OPIÓIDES 
 Receptor μ: analgesia supramedular 
 Receptor μ1: analgesia 
 Receptor μ2: efeitos colaterais → depressão 
respiratória, bradicardia, sedação, dependência 
física e euforia 
 Ligante agonista endógeno de μ1: β – endorfina 
 Exógenos: morfina, meperidina, fentanil, 
alfentanil e sufentanil 
 Receptor δ: modula a atividade do receptor μ 
 Ligante agonista endógeno principal: 
leucilencefalina 
 
 Receptor К 
 Analgesia e sedação sem depressão respiratória 
significativa 
 Local de ação dos opióides 
agonistas/antagonistas 
 Localizados principalmente no córtex cerebral 
 Ligante agonista endógeno de К: encefalinas 
 Receptores θ e γ 
 Sintomas excitatórios do SN: disforia, hipertonia, 
alucinações, taquicardia, hipertensão e taquipnéia 
 
 Localização principal dos receptores opióides: 
 Receptores μ → Neuroeixo 
 Receptores К → Córtex Cerebral 
 
OPIÓIDES ENDÓGENOS 
 Endorfinas, Encefalinas, Dinorfinas, Nociceptina 
 
OPIÓIDES EXÓGENOS 
 Agonistas do receptor μ: 
 Morfina, meperidina, fentanil, sufentanil, alfentanil 
e remifentanil 
 Fazem.analgesia e todos os efeitos colaterais mais 
graves 
 Agonistas К – Antagonistas μ: 
 Nalbufina, nalorfina e buprenorfina 
 Levam a analgesia e sedação sem depressão 
respiratória significativa. 
 São antagonistas μ também, ou seja, antagonizam 
aqueles efeitos indesejados. 
 Ação analgésica menor. 
 São utilizados para analgesia pós-operatória, por 
exemplo, não possui a potência para analgesia 
cirúrgica. 
 Antagonistas dos opióides: 
 Naloxona e naltrexona 
 Numa intoxicação por benzodiazepínicos, o 
antagonista é o flunazenil 
 
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Jordana Oliveira | Turma XX | Medicina UERN 
FARMACODINÂMICA 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
 Promovem analgesia, sedação, 
 Em doses elevadas, levam a hipnose. 
 Diminui a síntese de neuro-hormônios. 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Causam depressão respiratória → diminuição da 
resposta ventilatória ao CO2 → a curva de resposta ao 
CO2 desvia para a direita. 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 Bradicardia (dose-dependente) 
 Efeitos inotrópicos negativos 
 
MUSCULATURA ESQUELÉTICA 
 Rigidez muscular: em dose alta, leva a rigidez muscular 
intensa, o paciente não consegue nem respirar. Então, 
sempre que for fazer opióides, tem que ser diluído e de 
infusão lenta. 
 Todos aumentam a incidência de náusea e vômitos. 
 
POTÊNCIA RELATIVA 
 Morfina – 1 
 Fentanil – 50 a 100 x morfina 
 Alfentanil – 10 x morfina e 1/4 a 1/10 da do fentanil 
 Sufentanil – 2000 a 4000 x morfina e 10 a 15 x 
fentanil 
 Remifentanil – 1/10 do fentanil 
 
QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS OPIÓIDES 
 
 
FENTANIL 
 Analgesia dose-dependente, depressão ventilatória, 
sedação e inconsciência em altas doses 
 Mais utilizado 
 Rigidez muscular frequente: em dose rápida 
 Não se associa a liberação de histamina 
 Pode causar prurido facial ou generalizado 
 Dose indução: 1 a 5μg.kg 
 Metabolismo hepático 
 
SUFENTANIL 
 Altamente potente e seletivo dos receptores μ 
 Mesmos efeitos SNC e depressão respiratória 
 Dose indução: 0,3 a 1,0μg.kg 
 Depuração hepática 
 
ALFENTANIL 
 Rápido início de ação e efeito 
 Base mais fraca que os outros opióides → pH 6,8(os 
outros todos acima de 7,4) → quase 90% está 
ionizado em pH 7,4! 
 Metabolismo hepático: doença hepática pode 
prolongar bastante meia vida de eliminação! 
 Dose indução: 120μg.kg 
 
REMIFENTANIL 
 Opióide de ação ultracurta (porque é metabolizado 
por esterases sanguíneas e teciduais rapidamente, 
devido a cadeia lateral éster); 
 Possui cadeia lateral éster: metabolismo por 
esterases sanguíneas e teciduais rapidamente, 
produzindo compostos menos ativos 
 Não se acumula em doses repetidas ou após infusão 
prolongada 
 Agonista seletivo dos receptores μ 
 Apropriado para indução pelo rápido início e breve 
duração 
 Perda da consciência não confiavelmente obtida 
com uso isolado 
 Incidência importante de rigidez muscular → não usar 
como agente isolado 
 Uso mais comum em AVT (anestesia venosa total); 
 Retorno a ventilação em 2-5 min após término do uso 
 Necessidade de analgésico muito depressa → 
indicado já que não deixa nenhuma analgesia 
residual 
 Incidência mais baixa de náuseas e vômitos 
 Parâmetros farmacocinéticos inalterados com doença 
hepática ou renal 
 
Obs.: Qualquer droga que leve a vasodilatação cerebral vai 
aumentar a PIC, qualquer droga que leve a vasoconstricção 
vai diminuir a PIC. A pressão de perfusão cerebral é uma 
diferença entre a PAM e a PIC. Se diminuo a PIC, aumento 
a pressão de perfusão cerebral.

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