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Direito processual do trabalho

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ATOS E PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS
A CLT trata dos atos, termos e prazos processuais nos artigos 770
a 782.
Todos os atos processuais trabalhistas devem ser públicos.
Somente em casos excepcionais se admite que o processo, na justiça do
Trabalho, corra em segredo de justiça, assim mesmo quando o interesse
público ou social o determinar. Ex. Nas lides que envolvam assédio
moral, danos morais por motivo de discriminação de sexo, doença etc..
Os atos processuais trabalhistas devem ser realizados em dias
úteis, das 6 às 20 horas, nos termos do art. 770 da CLT.
No entanto, pode a penhora ser levada a efeito em domingos e
feriados, mediante expressa autorização do juiz.
Sob o ângulo do processo, os atos processuais se constituem em
manifestação de vontade – São os atos das partes, atos do juiz e atos de
terceiros, tais como a petição inicial. A contestação, os despachos, a
sentença, a citação, a intimação, o laudo pericial etc..
Tais atos, conquanto não dependam de forma determinada, senão
quando a lei expressamente o exigir, (CPC, art. 188), hão de ser
expressos, necessariamente, em português, o idioma nacional (art. 192
do CPC), e, se redigidos em língua estrangeira, devidamente
acompanhado de tradução, feita por tradutor juramentado (§ único art.
192 NCPC).
O código de processo Civil classifica os atos processuais em três,
a saber: atos das partes, atos do juiz, atos do escrivão.
Os atos das partes, são as chamadas declarações de vontade, ou
seja, a postulação, a contestação, a prova.
Os atos do juiz, são os despachos interlocutórios e as sentenças,
Os atos do escrivão, são a autuação, a numeração, os termos de
juntada etc..
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS: NOTIFICAÇÃO, CITAÇÃO
E INTIMAÇÃO
CITAÇÃO – Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o
interessado a fim de se defender (art. 213 do CPC).
A citação é pressuposto processual indispensável a validade do
processo. (Exceção art. 332 do CPC).
Todavia, o comparecimento espontâneo do réu supre, a falta de
citação.
Comparecendo o réu apenas para alegar a nulidade da citação e
sendo esta decretada, considerar-se feita a citação na data em que ele
ou seu advogado for intimado da decisão.
No processo do trabalho, a notificação citatória é feita nos termos
do art. 841 da CLT, ou seja, o servidor público que receber a petição
inicial da ação trabalhista notificará o réu, remetendo-lhe a segunda via
da petição, para comparecer à audiência de conciliação, instrução e
julgamento, que será a primeira.
Tem a função de citar o réu e, ao mesmo tempo, intimá-lo para
comparecer à audiência.
Se o réu causar embaraço para receber a notificação, ou não for
encontrado poderá ser feita por meio de edital, a ser publicado no órgão
da imprensa oficial, ou ainda, mediante afixação da notificação no local
próprio da sede da Vara ou do Juízo (art. 841 da CLT, parágrafo 1º,
primeira parte da CLT).
Há situações em que a prática recomenda que a citação seja feita
por mandado, a ser cumprida por oficial de justiça, como nas hipóteses
em que o réu reside em propriedades rurais onde notoriamente não
haja serviços regulares do correio e no caso de execução (art. 880, § 2º
da CLT).
Havendo lei especial que determine a citação pessoal, há
necessidade de citação por mandado. Ex. Citação da União, LC nº
73/93, arts. 35 a 37 dos Estados e Municípios).
A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz
litigiosa a coisa; e ainda, quando ordenada por juiz incompetente,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. (art. 240 do
CPC, aplicável ao processo do trabalho, por atender aos requisitos do
art. 769 da CLT).
INTIMAÇÃO
É o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do
processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (art. 269 do
CPC).
As intimações no processo do trabalho são feitas, em regra, pelo
correio. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios,
consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão
oficial. Se não houver órgão de publicação dos atos oficiais, as
intimações serão feitas por carta registrada, com aviso de recebimento.
É indispensável sob pena de nulidade, que da publicação constem
os nomes das partes e/ou de seus advogados, suficientes para sua
identificação.
A intimação do Ministério Público do Trabalho, em qualquer caso
será feita pessoalmente, por meio de oficial de justiça. As intimações da
União, suas autarquias e fundações públicas serão feitas nas pessoas
do advogado da União, do Procurador da Fazenda Nacional ou do
Procurador Federal que oficie nos respectivos autos (LC nº 73/1993,
art. 38).
Quando as partes são representadas por advogados, as
notificações são remetidas aos endereços declinados pelos causídicos
nos autos do processo, geralmente na petição inicial.
Tratando-se de notificação postais, no caso de não ser encontrado
o destinatário ou no caso de recusa de recebimento, o Correio ficará
obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor do ECT, a devolvê-lo
no prazo de 48 horas ao juízo ou Tribunal de origem.
São admissíveis no processo do trabalho todos os meios lícitos
para elidir a presunção relativa do recebimento ou entrega da
notificação após o decurso do prazo assinalado na Súmula 16 do TST.
No procedimento eletrônico, dispõe o art. 17 da Resolução CSJT
nº 185/17 que:
 1º O cadastro das partes deverá ser efetivado pela inserção do CPF ou
CNPJ respectivo.
§ 2º As citações, intimações e notificações destinadas à União, Estados,
Distrito Federal, Municípios e suas respectivas autarquias e fundações
de direito público serão realizadas perante os órgãos responsáveis por
sua representação processual.
§ 3º É vedada às sociedades de advogados a prática eletrônica de atos
processuais, sendo considerada usuária externa apenas para
recebimento de intimações, na forma dos arts. 106, I e 272, § 2º, do
CPC.
§ 4º O Sistema deverá permitir o cadastramento de pessoas jurídicas de
direito privado com o status similar à “Procuradoria” no PJe, conforme
regulamentação da Corregedoria-Geral da Justiça do
Trabalho. (Parágrafo acrescentado pela Resolução CSJT n°
241/2019 - DeJT 6/6/2019)
PRAZOS PROCESSUAIS
Corresponde ao lapso de tempo para prática ou abstinência do
ato processual.
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO A ORIGEM DA FIXAÇÃO
Os prazos se classificam em:
a) LEGAIS- São os fixados pela própria lei (ex. prazo para
interposição de recursos, que no processo do trabalho, é, em
regra de 8 dias).
b) JUDICIAIS- são os fixados pelo juiz (ex. prazo para o perito
apresentar o laudo técnico, nos termos do art. 852-H ,§ 4º, da
CLT).
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CPC/CPC_NOVO.html#art106incI
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/legis/CPC/CPC_NOVO.html#art272p2
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/TST/CSJT/Res_241_19.html
http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/TST/CSJT/Res_241_19.html
c) CONVENCIONAIS – são os que podem ser objeto de acordo entre
as partes (ex. suspensão do processo para tentativa de acordo,
nos termos do art. 313, II do CPC). Não pode exceder a 6 meses.
Findo o prazo convencionado, transforma-se em prazo judicial,
nos termos do art. 313, § 5º do CPC, aplicado subsidiariamente
ao Processo do Trabalho.
QUANTO A NATUREZA
A) DILATÓRIOS – são os prazos alteráveis por consenso das partes.
Podem ser reduzidos ou prorrogados, como expressamente
admite o art. 190 do Código de Processo Civil.
B) PEREPTÓRIOS – são improrrogáveis, são prazos fatais. São os
que decorrem de normas imperativas ou de ordem pública. Não
podem ser objeto de convenção entre as partes.
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
Quanto ao sujeito a que se destina podem ser:
a) PRÓPRIOS – são os destinados às partes, (preclusivos).
Normalmente são os previstos em lei ou fixados judicialmente. Incide a
regra do art. 218, §3º do CPC. Inexistindo previsão legal ou prazo
determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo para prática do ato
processual a cargo da parte.Essa regra é aplicável ao processo do
trabalho, art. 769 da CLT e art. 15 CPC).
Em caso de litisconsortes, (art. 229 do CPC) quando tiverem
diferentes procuradores o prazo será em dobro. Bem como para o MPT
para recorrer (art. 180 do CPC).
b) IMPRÓPRIOS – são os legalmente previstos e destinados aos juízes e
aos servidores do Poder Judiciário. Diz-se impróprios, por não se aplicar
a preclusão. Mesmo praticados fora de prazo são válidos.
VER ARTS. 658- D, 841 E § 1º DO ART. 851 da CLT.
CONTAGEM DOS PRAZOS
A contagem dos prazos no processo do trabalho é feita com base
nos arts. 774 e 775 da CLT, aplicando-se supletivamente também o
disposto nos arts. 218 e seguintes do CPC, quando não for
incompatível.
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS
A CLT não regula expressamente a matéria relativa à suspensão
ou interrupção dos prazos processuais, o que impõe a aplicação
subsidiária do CPC, com as devidas e pertinentes adaptações.
Regra geral é que o prazo estabelecido pela lei ou pelo juiz, é
contínuo, não se interrompendo nos feriados (CPC, art. 218 e
seguintes). Todavia o juiz pode prorrogar os prazos se a parte provar
que houve justa causa para a não realização do ato.
O art. 775 da CLT. Prescreve que os prazos estabelecidos nesse
título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e
inclusão do dia do vencimento.
Todavia, o § 1º do referido dispositivo, estabelece que os prazos
podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário nas
seguintes hipóteses:
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias
úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente
necessário, nas seguintes hipóteses:
I - quando o juízo entender necessário;
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada.
§ 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem
de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do
conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito.
SUSPENSÃO – Paralisação da contagem do prazo processual. Cessada a
causa suspensiva, recomeça-se a contagem do prazo no estado em que
parou.
O art. 775-A da CLT, determina suspensão do curso do prazo
nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive
sendo que o § 2º do mesmo artigo prevê que durante a suspensão do
prazo não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Entretanto o § 1º do mesmo artigo 775-A da CLT dispõe que: “
Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os
juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições
durante o período previsto no caput deste artigo. “
INTERRUPÇÃO – o prazo também se reinicia quando cessada a causa
interruptiva, mas o prazo é devolvido integralmente à parte interessada,
como se nunca tivesse iniciado. Ex. Citação válida (art. 219, § 1º do
CPC).
PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS
A) Redução a termo da reclamação: cinco dias, após a
distribuição (art. 786 da CLT).
B) Remessa da 2ª via da petição ao reclamado: quarenta e oito
hora: após o recebimento e protocolo da reclamação, designada
audiência depois de cinco dias (art. 841 da CLT).
C) Prazo de cumprimento da notificação postal: quarenta e oito
horas depois de sua regular postagem (Súmula 16 do TST).
D) Prazo para contestação oral em audiência: vinte minutos
(art. da CLT).
E) Manifestação do excepto na apresentação de exceção de
incompetência: vista dos autos por vinte e quatro horas,
salvo manifestação em audiência.
F) Julgamento das exceções de suspeição do juiz: quarenta e oito
horas (art. 802 da CLT).
G) Horário das audiências: das oito às dezoito horas (art. 813 da
CLT).
H) Razões finais orais: dez minutos após o encerramento da
instrução (art. 850 da CLT).
I) Prazo para os recursos e contrarrazões trabalhistas: oito dias
úteis (art. 6º da Lei n. 5.584/70).
J) Pagamento das custas em recursos: dentro do prazo recursal
(Lei n. 10.537/2002; Súmula 53 do TST).
K) Prazo para a interposição de embargos declaratórios: cinco
dias (art. 897-A da CLT).
L) Depósito recursal: dentro do prazo para o recurso (8 dias - Lei n.
5.584/70; Súmula 245 do TST).
M) Pagamento ou garantia da execução: quarenta e oito horas (art.
880 da CLT).
N) Cumprimento da penhora pelo oficial de justiça avaliador:
nove dias (art. 721, § 2º, da CLT).
O) Prazo para interpor embargos à execução: cinco dias, cabendo
igual prazo para impugnação à sentença de liquidação (art. 884,
§ 3º, da CLT). É de ressaltar que o TST declarou inconstitucional
a Medida Provisória n. 2.180-3512001, que, no seu art. 4º,
dilatava o prazo de cinco para trinta dias de entes públicos para
oposição de embargos à execução (TST, 4ª Região, RR
70/1992-011-04-007, Ac. Tribunal Pleno, ReI. Min. Ives Gandra
da Silva Martins Filho, DJU, 23-9- 2005).
P) Audiência de provas em embargos à execução ou impugnação
à conta de liquidação: cinco dias (art. 884, § 2º, da CLT).
Q) Praça dos bens penhorados: vinte dias (art. 888 da CLT).
R) Garantia do lance por arrematante: 20% do seu valor (art. 888,
§ 2º, da CLT).
S) Inquérito judicial contra empregado estável: trinta dias,
contados da suspensão do empregado (art. 853 da CLT).
T) Prazo para interposição de ação rescisória: dois anos, contados
do trânsito em julgado da decisão (art. 975 do CPC; art. 836 da
CLT).
U) Alegação de nulidade (protesto): na primeira vez em que deva
falar nos autos ou em audiência (art. 795 da CLT).

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