Buscar

COMPILADO Planejamento e Avaliação no Ensino Superior COMPLETO AULAS RESUMOS REVISAO AV1 AV2 AV3 SaibaMais EXTRAS PosGrad Docencia e Gestao Ensino Superior

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 734 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 734 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 734 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 2 
AULA 1: DESAFIOS DA DOCÊNCIA CONTEMPORÂNEA 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
TRANSFORMAÇÕES DA SOCIEDADE 4 
ERA DO CONHECIMENTO: CRISE DE PARADIGMAS 5 
PARADIGMA DA COMPLEXIDADE 8 
CONHECIMENTO CONTEMPORÂNEO E UNIVERSIDADE 9 
PARADIGMA HOLONÔMICO NA EDUCAÇÃO 11 
ATIVIDADE PROPOSTA 1 11 
MEDIAÇÃO DOCENTE 12 
TRANSDICIPLINARIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE 14 
ATIVIDADE PROPOSTA 2 16 
REFERÊNCIAS 17 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17 
CHAVES DE RESPOSTA 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 1 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 2 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
O mundo moderno nos desafia todos os dias, não é verdade? 
 
Nos últimos anos, com o desenvolvimento do conhecimento e das 
Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), os processos sociais e 
laborais foram modificados e intensificados, e acabaram ganhando mais 
praticidade. 
 
Isso, contudo, exige de nós atualização constante – tarefa muito difícil 
atualmente! Afinal, não é tão simples conciliar vida pessoal com formação 
profissional e contínua. 
 
Essas mudanças também alcançaram o meio acadêmico: as transformações 
sociotécnicas das últimas décadas alteraram o espaço universitário e, 
consequentemente, os modelos de aprendizagem. 
 
Nesta aula, identificaremos os impactos dessa nova era na atuação docente 
do Ensino Superior. 
 
Objetivo 
Analisar os desafios impostos pela sociedade contemporânea à prática 
pedagógica no ensino universitário. 
 
 
 
 
 4 
Conteúdo 
Transformações da sociedade 
Você já se perguntou, em algum momento de sua vida, como os processos 
sociais foram modificados ao longo dos últimos anos? Há bem pouco tempo, 
como fazíamos um depósito bancário ou como pagávamos a passagem no 
transporte público? 
 
Essas ações eram realizadas, impreterivelmente, com o auxílio de uma 
pessoa. No entanto, hoje em dia, é possível finalizá-las apenas através de 
máquinas – como o caixa eletrônico do banco ou o leitor biométrico do 
ônibus, por exemplo. 
 
Com a área da educação não foi diferente: tais mudanças atingiram, em 
especial, o Ensino Superior. Você mesmo está, agora, cursando uma disciplina 
de pós-graduação na modalidade online. 
 
Embora a Educação a Distância (EAD) não seja um procedimento novo, a 
modalidade virtual de ensino o é e modificou a forma como aprendemos na 
atualidade, bem como as relações que mantemos uns com os outros durante 
esse processo. 
 
A pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), apresenta um 
comparativo da evolução do ensino superior nas modalidade a distância e 
presencial. Veja a seguir: 
 
 5 
 
 
No ensino presencial, as transformações também influenciaram as 
metodologias de aprendizagem, de modo que o ato de planejar e avaliar, nos 
dias de hoje, precisa estar de acordo com as demandas sociais. 
 
Então, vamos refletir sobre essa temática. Tente responder aos seguintes 
questionamentos: 
 
 Quem é o aluno que está, atualmente, cursando a universidade? 
 Quais são suas expectativas e necessidades? 
 Quem é o professor universitário? 
 Como ele deve se comportar diante de tantas mudanças? 
 
Era do conhecimento: crise de paradigmas 
Uma das particularidades da sociedade contemporânea é a função 
desempenhada pelo saber. Essa característica é tão marcante que nosso 
tempo histórico é conhecido como a era do conhecimento. 
 
 
 6 
O paradigma1 econômico desse período não está mais centrado no capital, 
no trabalho ou nas matérias-primas, mas na aquisição e no uso desse saber 
moderno, que é acelerado, flexível e interdisciplinar2. 
 
Tal ênfase ao conhecimento o torna um elemento fundamental à sociedade. 
Por isso, ele deve ser concebido a partir de uma visão holística3 que o 
considere em sua totalidade. 
 
Para que se torne completo e mais adequado às exigências do 
mundo atual, esse saber precisa dialogar com as outras áreas do 
conhecimento. 
Essa nova concepção, baseada nas incertezas dos tempos modernos, rompe 
com o antigo e clássico paradigma cartesiano 4 , que começa a ser 
questionado e a perder, gradativamente, sua capacidade de explicar os fatos 
e os fenômenos a partir das Ciências Humanas e Sociais. 
 
 
1 Paradigma 
Conceito originalmente proposto pelo físico americano Thomas Kuhn, cuja ideia era 
descrever – ao invés de explicar – a evolução do desenvolvimento científico. O estudioso 
afirma que: 
 
“[...] um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, 
inversamente, uma comunidade científica consiste em homens que partilham um 
paradigma”. 
 
Fonte KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 
1970. p. 219. 
2 Interdisciplinar 
Conhecimento produzido a partir da interlocução entre uma ou mais disciplinas ou áreas 
do conhecimento. Em outras palavras, o saber de uma área específica de estudo não pode 
ser fechado ou se encerrar em si mesmo. 
 
3 Visão holística 
Conceito teórico segundo o qual todos os seres interagem formando um todo, sem que se 
possa entendê-los isoladamente. 
 
Fonte: Dicionário Aulete online. 
 
4 Paradigma cartesiano 
Modelo que entendia os processos a partir da lógica da certeza, da linearidade e da 
simplificação do todo em suas partes. 
 
 7 
Dessa forma, inicia-se a crise dos paradigmas: momento em que se exige 
um novo modelo cujos princípios devem responder, de maneira satisfatória, 
as questões sociais próprias da diversidade humana – especialmente aquelas 
relativas à educação. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Santos (2010, p. 21): 
 
“Um conhecimento baseado na formulação de leis tem como 
pressuposto metateórico a ideia de ordem e de estabilidade do 
mundo, a ideia de que o passado se repete no futuro. 
 
Segundo a mecânica newtoniana, o mundo da matéria é uma 
máquina cujas operações se podem determinar exatamente por 
meio de leis físicas e matemáticas, um mundo estático e eterno 
a flutuar em um espaço vazio, em que o racionalismo cartesiano 
torna cognoscível, por via de sua decomposição nos elementos 
que o constituem. 
 
Essa ideia do mundo-máquina é de tal modo poderosa que se 
vai transformar na grande hipótese universal da época 
moderna: o mecanicismo”. 
 
 
 
 8 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre a crise dos paradigmas, sugerimos a 
seguinte leitura: 
 
SANTOS, B. de S. Um discurso sobre as ciências. 7. ed. 
São Paulo: Cortez, 2010. 
 
Para saber mais sobre a mudança de percepção e os 
paradigmas do futuro, sugerimos que assista ao filme O 
ponto de mutação. 
 
Paradigma da complexidade 
Com o surgimento da era do conhecimento, a concepção de educação iniciou 
um processo de transformação contrário aos parâmetros impostos pela 
ciência moderna. 
 
O objetivo é buscar respostas diferentes para suas mais variadas e complexas 
questões que estão longe da ordem cartesiana estática e mecânica. 
 
Várias correntes pedagógicas contemporâneas surgiram para dar conta dessa 
mudança. Entre elas, está o paradigma da complexidade (MORIN, 2001), 
que compreende a educação e as relações do homem com o mundo sob uma 
ótica distinta da anterior. 
 
Essa abordagem tenta superar a lógica linear da perspectiva clássica e atende 
a um novo ponto de vista que tem como eixo central a totalidade do 
conhecimento e dos processos. 
 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Sinopse_Ponto_mutacao.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Sinopse_Ponto_mutacao.pdf
 
 9 
Além disso, a partir da nova visão de homem, de sociedade e de mundo, tal 
modelo considera a interconexão entre as várias áreas do saber e as esferas 
sociais algo fundamental à educação. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os paradigmas conservador e 
emergente, leia o texto Do paradigma tradicional ao 
paradigma da complexidade: um novo caminhar na 
educação profissional. 
 
Conhecimento contemporâneo e universidadeComo você pôde notar até agora, o saber passou a ser necessário para o 
desenvolvimento da sociedade. 
 
Como a universidade é o lugar de manifestação do conhecimento, esse 
espaço demanda mudanças contínuas para se alinhar às propostas mais 
modernas de ensino e aprendizagem. 
 
Afinal, o saber partilhado no interior desse universo influencia as 
práticas pedagógicas nele aplicadas. 
 
Na verdade, a transição do paradigma da sociedade industrial para a era do 
conhecimento é um tema de discussão recorrente no campo acadêmico. 
 
O fato é que os saberes modernos possuem algumas características 
peculiares5 que causam aumento contínuo do volume da ciência. Isso exige 
 
5 Características peculiares 
O conhecimento contemporâneo possui as seguintes características: 
 
 Crescimento acelerado; 
 Complexidade de conteúdo; 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Paradigma_tradicional_complexidade.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Paradigma_tradicional_complexidade.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Paradigma_tradicional_complexidade.pdf
 
 10 
o surgimento de novas disciplinas, habilidades e competências no meio 
universitário. 
 
Em virtude da natureza do conhecimento contemporâneo, é necessário 
manter a interlocução entre várias áreas do saber – juntas, elas são capazes 
de propor soluções para os problemas complexos próprios desse tempo. 
 
O vídeo Transversalidade na educação aborda, de forma breve, a 
finalidade dessa integração. 
 
Como foi possível observar, o narrador destaca a confluência – união – do 
conhecimento como fundamental à educação, mas assinala, também, a 
importância dos temas interdisciplinaridade e transdisciplinaridade – tão 
discutidos nos ambientes de ensino. 
 
Você saberia dizer qual é a relação entre eles? Antes de nos atermos a esse 
assunto, vamos entender a importância das teorias que giram em torno dessa 
temática. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os saberes modernos e sua relação 
com o Ensino Superior, leia o texto A proteção do 
conhecimento na universidade. 
 
 
 
 
 Rápida obsolescência – o que o torna ultrapassado. 
http://www.youtube.com/watch?v=VVAxV1vjqBk
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Protecao_conhecimento_universidade.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Protecao_conhecimento_universidade.pdf
 
 11 
Paradigma holonômico na educação 
Pensar em educação a partir do que já estudamos até agora nos faz refletir 
sobre a necessidade de percebermos o mundo e suas relações fora da lógica 
mecanicista cartesiana. 
 
Muitas teorias têm surgido nesse sentido. Entre as mais discutidas no meio 
educacional, ganham destaque aquelas que percebem o homem e sua 
realidade como um todo, e não apenas segmentados. Trata-se das teorias 
originadas dos paradigmas holonômicos6. 
 
Essa perspectiva muda a postura do professor e de sua prática pedagógica, 
pois o processo de aprendizagem não é mais visto como acúmulo de 
conhecimento, e sim como interlocução entre os vários tipos de saber. 
 
As metodologias desse modelo de ensino unem o diverso, os diferentes 
pontos de vista sobre a realidade, com o objetivo de alcançar uma resposta 
mais coesa com a complexidade do mundo atual. 
 
Atividade proposta 1 
Vamos ver se você aprendeu quais são as características do paradigma 
holonômico da educação? A partir dessa perspectiva, é INCORRETO afirmar 
que: 
 
a) A função social e pedagógica do professor está longe da simples 
exposição oral do conteúdo. 
b) Educar não é mais apenas transmitir a informação de um conjunto 
organizado de conhecimentos. 
 
 
6 Paradigmas holonômicos 
Modelos que interpretam a realidade a partir do todo. Nesse caso, a aprendizagem não é 
considerada dentro da lógica clássica da divisão desse conjunto, mas percebida em sua 
totalidade. 
 
 12 
c) Aprender deixa de consistir na memorização do assunto tratado na 
aula ou lido no livro adotado pela disciplina. 
d) Os processos de planejamento e avaliação podem estar desconexos de 
todos os outros conhecimentos do aluno – adquiridos dentro e fora do 
espaço acadêmico. 
e) A avaliação rejeita o caráter reprodutivo da informação coletada em 
sala de aula e verificada em uma prova para testar a capacidade de 
assimilação do estudante. 
 
Mediação docente 
Como vimos anteriormente, a educação contemporânea pressupõe uma 
mudança paradigmática e epistemológica do processo de ensino e 
aprendizagem. Em outras palavras, é preciso transformar, respectivamente, 
as concepções que giram em torno dos padrões a serem seguidos e do 
conhecimento. 
 
Nesse contexto, a mediação docente é muito importante, já que altera os 
papéis sociais dos envolvidos nesse processo e deles exige: 
 
 Novos comportamentos; 
 Capacidade de comunicação; 
 Diálogo permanente; 
 Reflexões éticas; 
 Debate e associação de ideias e de conceitos; 
 Troca de experiências e produção compartilhada; 
 Corresponsabilidade durante a aprendizagem. 
 
 
 
 13 
Dessa forma, presenciamos a seguinte transição no campo educacional, em 
que certas habilidades perdem espaço para outras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, educar na atualidade é incentivar os alunos ao diálogo e à 
interpretação do conhecimento. 
 
 
Atenção 
 Para Behrens (2005), a aprendizagem deve partir da 
colaboração e se assenta sobre quatro pilares: 
1. Aprender a conhecer – prazer em descobrir, ter 
curiosidade; 
2. Aprender a fazer – desenvolvimento das habilidades de 
trabalho em grupo; 
3. Aprender a viver junto – capacidade de compreender 
o outro; 
4. Aprender a ser – forma de se reconhecer no mundo 
com base nas novas exigências sociais. 
 
Habilidades antes 
privilegiadas 
Habilidades cognitivas 
mais elevadas 
> 
• Memorização; 
• Execução programada de 
tarefas acadêmicas. 
 
• Criação; 
• Argumentação; 
• Articulação entre pensamentos 
e ideias; 
• Julgamentos; 
• Tomadas de decisão coerentes 
e éticas com cada situação. 
 
 
 14 
Transdiciplinaridade e interdisciplinaridade 
A discussão em torno das perspectivas holísticas da educação provocam 
muitos debates no meio educacional, pois estão relacionadas aos seguintes 
temas mencionados ao longo desta aula: 
 
Interdisciplinaridade 
Dentro do contexto do paradigma holonômico, trata-se da interconexão entre 
as várias disciplinas de um currículo ou entre as diversas áreas do 
conhecimento. Essa concepção, no entanto, não as dissolve – ao contrário, 
mantém sua individualidade. 
 
Em outras palavras, a partir de sua perspectiva e interpretação da realidade, 
cada disciplina oferece intervenções diferentes para a construção de saberes, 
que passam a ser, então, complexos e múltiplos. 
 
Transdisciplinaridade 
Noção de caráter mais amplo que a anterior. Trata-se do novo enfoque 
científico e cultural de interpretação da realidade e do homem, que tenta 
superar o entendimento fragmentado proposto pela ciência moderna. 
 
Essa abordagem incentiva conexões entre os vários saberes para criar uma 
visão contextualizada do conhecimento, da vida e do mundo. 
 
 
 15 
Ao reivindicar a centralidade da vida nas discussões acadêmicas e didáticas, 
essa metodologia propõe uma alteração no sistema de referência da 
educação, estabelecendo os seguintes pilares, estreitamente relacionados: 
 
1. Considerar diferentes níveis da realidade; 
2. Trabalhar com a lógica do Terceiro Termo Incluído7; 
3. Compreender a complexidade dos fenômenos. 
 
O sistema transdisciplinar de ensino requer que os professores ultrapassem 
os limites do saber e exige deles atitudes transversais, de modo que possam 
atuar nos diferentes patamaresdo real, dialogando com várias áreas do 
conhecimento. 
 
 
7 Terceiro Termo Incluído 
Instrumento conceitual que pretende dar conta da complexidade de interações que não 
conseguem ser processadas pela lógica clássica. 
 
De acordo com essa abordagem, a realidade é considerada a partir de um novo 
significado, de um sentido mais amplo, que pressupõe a existência de diversos níveis do 
real definidos a partir de múltiplas visões. 
 
Sendo assim, a realidade seria um processo ativo em contínuo desenvolvimento – aquele 
que faz parte da evolução histórica das ideias da humanidade. Nesse caso, as verdades 
são provisórias e dinâmicas. 
 
 
 16 
 
Atenção 
 As perspectivas inter e transdisciplinar demandam a 
interlocução entre vários saberes. Dessa forma, trabalhar dentro 
delas implica projetar metodologias de ensino8 a partir de 
conceitos holísticos. 
 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre a perspectiva interdisciplinar, leia o 
texto Interdisciplinaridade: o que é isso? 
 
Para saber mais sobre o Terceiro Termo Incluído, leia o texto 
A dialógica de Edgar Morin e o Terceiro Termo 
Incluído de Basarab Nicolescu: uma nova maneira de 
olhar e interagir com o mundo. 
 
 
Atividade proposta 2 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Assista à palestra 
do professor Mário Sérgio Cortella sobre a postura do professor. 
 
Agora, estabeleça, pelo menos, três mudanças que impactam, diretamente, a 
prática pedagógica do docente universitário. 
 
8 Metodologias de ensino 
Como exemplos de metodologias de ensino holísticas, podemos mencionar o trabalho com: 
 Casos; 
 Solução de problemas; 
 Livre discussão; 
 Temas que geram projetos – tais como os temas transversais dos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCNs) – 1997-2001. 
 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Interdisciplinaridade.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Dialogica_Edgar_Morin.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Dialogica_Edgar_Morin.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Dialogica_Edgar_Morin.pdf
http://www.youtube.com/watch?v=seiw4gwsfYA&hd=1
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/PCNs.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/PCNs.pdf
 
 17 
Referências 
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 
Petrópolis: Vozes, 2005. 
 
MORIN, E. Os desafios da complexidade. In: ______. A religação dos 
saberes: o desafio do século XXI. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 
 
SANTOS, B. de S. Um discurso sobre as ciências. 7. ed. São Paulo: 
Cortez, 2010. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Considerando o paradigma da modernidade, assinale (V) para as afirmativas 
verdadeiras e (F) para as falsas: 
 
( ) A partir de seu instrumento conceitual, a realidade é visualizada sob 
várias óticas e inter-relações. 
( ) Sob o prisma cartesiano – “Penso, logo existo” –, as ciências são 
concebidas através da racionalidade. 
( ) A realidade e seus entrelaçamentos são entendidos a partir da 
perspectiva da contextualização e interpenetração de áreas do 
conhecimento. 
( ) No meio acadêmico, trata-se de uma organização fixa dos conteúdos, 
dos métodos quantitativos e da supervalorização do currículo. 
( ) Esse paradigma estabeleceu o modelo disciplinar do conhecimento e do 
ensino. 
 
 
 
 
 18 
Questão 2 
De acordo com o que estudamos nesta aula, a transversalidade pode ser 
definida como: 
 
a) Um recurso utilizado pelo homem como resposta a seus anseios na 
busca de soluções que não se enquadravam ao esquema complexo do 
conhecimento. 
b) Um fazer pedagógico que supõe um eixo integrador, que pode ser o 
objeto de conhecimento, um projeto de investigação ou um plano de 
intervenção. 
c) Um modo diferente de visualizarmos o conhecimento, que se 
caracteriza pela ação simultânea de inúmeras disciplinas em torno de 
uma temática comum. 
d) Uma nova maneira de fazer ciência e de nos relacionarmos com o 
conhecimento. Trata-se de um princípio teórico, a partir do qual 
emanam outras propostas práticas, metodológicas e pedagógicas. 
e) Um método didático caracterizado pela presença de um axioma 
comum a um grupo de disciplinas conexas e definidas no nível 
hierárquico imediatamente superior, o que introduz a noção de 
“finalidade”. 
 
 
Questão 3 
Na afirmação que se segue, sobre metodologia na perspectiva conservadora 
de ensino, utilize palavras que completarão as lacunas de forma a dar sentido 
ao trecho a respeito das características dessa metodologia: 
 
A metodologia no enfoque conservador elege a _______________de 
informações muitas vezes sem nenhum ______________ para o aluno e 
torna importante apenas o ensinar e não o _________. A qualidade da 
aprendizagem do estudante universitário é mensurada pela 
________________ dos conteúdos, onde a avaliação requer respostas 
 
 19 
prontas e ___________ que devem ser desenvolvidas por meio de 
__________________ e repetição, retirando do aluno o direito de 
_____________, _____________ e refletir. 
 
a) Elaboração/preparoprévio/argumentar/reprodução/perfeitas/inferências
/questionar/argumentar. 
b) Transmissão/significado/aprender/reprodução/precisas/memorização/q
uestionar/argumentar. 
c) Reprodução/projeto didático/aprender/habilidade de 
interpretação/precisas/elaboração/vivenciar/argumentar. 
d) Elaboração/significado/reproduzir/reprodução/elaboradas 
pessoalmente/inferências/questionar/argumentar. 
e) Transmissão/argumento/vivenciar/estrutura 
rígida/precisas/inferências/memorizar/reproduzir. 
 
 
Questão 4 
No trecho abaixo, as palavras que melhor o completam são: 
 
A ________________ perpassa as fronteiras epistemológicas de cada 
_______ disciplinar e constrói um novo conhecimento “através” das ciências, 
um conhecimento _____________ em função da humanidade, resgatando as 
relações de _______________, pois a vida se constitui nas relações 
mantidas pelo indivíduo com o meio ambiente. 
 
a) Transdisciplinaridade/ciência/integrado/interdependência 
b) Interdisciplinaridade/área/específico/hierarquia 
c) Transdisciplinaridade/estudo/específico/hierarquia 
d) Interdisciplinaridade/ciência/único/adaptação 
e) Interdisciplinaridade/ajuste/genérico/dependência 
 
 
 
 20 
Atividade proposta 1 
De acordo com a visão holonômica, a educação precisa estar centrada no 
reconhecimento do sujeito social e em sua importância, a fim de que os 
processos de aprendizagem aconteçam. 
 
O aprendizado ocorre a partir da criação de ambientes que favoreçam a 
integração de diversos saberes – e não o contrário –, ou seja, a 
interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Discutiremos sobre esses 
assuntos mais adiante. 
 
Atividade proposta 2 
Entre as atitudes que influcenciam a atividade docente, estão a ação de 
aprender a aprender, a coragem e a humildade de se aperfeiçoar 
continuamente, a revisão dos conceitos sobre a educação e a vida etc. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – V, F, F, V, V 
Justificativa: O paradigma da modernidade institui a racionalidade como 
ponto central da educação. Isso se reflete no meio escolar e acadêmico 
através da mecanização do ensino, da separação das áreas do conhecimento 
em disciplinas que não dialogam entre si e na supervalorização da 
memorização do conteúdo estudado, deixando de lado sua contextualização. 
 
Questão 2 – D 
Justificativa: A transversalidade corresponde a uma nova forma de produzir 
ciência e de relacionar os vários tipos de saberes em todas as áreas do 
conhecimento. Trata-se de um instrumento teórico que integra diversos 
 
 21 
sistemas interdisciplinares em contextos mais amplos, gerando uma 
interpretação mais holística dos fatos e fenômenos. 
 
Questão 3 – B 
Justificativa: A metodologia conservadorado ensino trabalha apenas com a 
transmissão do conteúdo sem que este, necessariamente, tenha sentido para 
o aluno. O foco está no professor por isso o importante é o ensinar e não o 
aprender. As respostas devem ser dadas de acordo com o que o professor 
falou retirando a capacidade de argumentação, reflexão e contextualização do 
aluno. 
 
Questão 4 – A 
Justificativa: A questão refere-se à transdisciplinaridade pois ela está um nível 
acima da interdisciplinaridade pois ultrapassa os limites do conhecimento 
disciplinar para construir um conhecimento novo mediante os conhecimento 
advindos das ciências. Isso se dá em um contexto de integração em função 
da historicidade produzida pelo homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 26 mar. 2014 
 
 1 
 
 
 
 2 
AULA 2: TEORIAS DA APRENDIZAGEM 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
ESPECIFICIDADE DO ENSINO SUPERIOR 4 
TEORIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM 5 
ABORDAGEM TRADICIONAL 6 
ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA OU BEHAVIORISMO 7 
ABORDAGEM HUMANISTA 11 
ABORDAGEM COGNITIVISTA 12 
TEORIA COGNITIVA CONSTRUTIVISTA 13 
TEORIA COGNITIVA SOCIOINTERACIONISTA 18 
TEORIA COGNITIVA SIGNIFICATIVA 19 
ABORDAGEM SOCIOCULTURAL 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 21 
REFERÊNCIAS 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 
CHAVES DE RESPOSTA 27 
ATIVIDADE PROPOSTA 27 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 27 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Como vimos na primeira aula, o mundo contemporâneo apresenta inúmeros 
desafios a nossa vida cotidiana e ao exercício da atividade docente. As 
mudanças dos dias de hoje têm impactado fortemente a atuação do professor 
em sala de aula. 
 
Então, como é possível construir uma prática pedagógica competente para 
exercer a profissão de educador no Ensino Superior? Como ajustá-la e alinhá-
la a essas transformações? 
 
Nesta aula, vamos refletir um pouco sobre tais questões. 
 
Objetivo 
Identificar as teorias da aprendizagem subjacentes à prática do 
planejamento na Docência Superior. 
 
 
 
 4 
Conteúdo 
Especificidade do Ensino Superior 
Você já parou para pensar quais são os aspectos importantes que 
devemos levar em consideração para desenvolver uma boa prática 
docente? 
 
Podemos listar, aqui, uma série de características que a definem, tais como: 
 
 Aprender a aprender; 
 Ser capaz de planejar; 
 Possuir conhecimento pedagógico; 
 Realizar mediação no âmbito da docência; 
 Dispor de saber específico quanto à área de estudo em que atuamos; 
 Utilizar, de forma adequada, os recursos didáticos disponíveis; 
 Ter um bom relacionamento com as pessoas etc. 
 
O professor universitário desempenha uma função social e tem o 
compromisso de formar futuros profissionais, com os quais provavelmente 
logo se encontrará no mercado de trabalho. 
 
O educador é, na verdade, corresponsável por essa formação! 
 
Imagine que você atua como docente e que, daqui a alguns anos, 
determinado aluno seu pode ser o professor, o médico ou o advogado de seu 
filho. Você estaria tranquilo quanto à qualidade do trabalho desse 
profissional? 
 
Esse questionamento implica uma postura reflexiva sobre a prática 
pedagógica e sobre a formação acadêmica do indivíduo. 
 
 
 5 
Quando pensamos na ação docente, precisamos atentar para dois pontos 
fundamentais: a aprendizagem do estudante e o planejamento didático. 
 
Antes de tudo, é necessário definir uma abordagem teórica para o ensino que 
sustente esse planejamento, que precisa colaborar para que a aprendizagem 
aconteça de modo eficiente e eficaz. 
 
Dessa forma, conseguimos alinhá-lo com as propostas do curso então 
ministrado e das demandas sociais vigentes, bem como identificar os 
objetivos da aplicação de cada conteúdo. 
 
Vamos, então, conhecer algumas teorias da aprendizagem? 
 
Teorias de ensino e aprendizagem 
Diversos autores investigam as abordagens do processo de ensino e 
aprendizagem, tais como: 
 
 Mizukami (1986); 
 Díaz Bordenave e Pereira (1991); 
 Libâneo (1994); 
 Saviani (2002). 
 
Nesta aula, daremos destaque à classificação teórica de Mizukami. Para a 
autora, as abordagens do processo de ensino que podem dar sustentação ao 
fazer pedagógico e conferir objetivo didático às aulas universitárias são as 
seguintes: 
 
 Tradicional; 
 Comportamentalista; 
 Humanista; 
 Cognitivista; 
 Sociocultural. 
 
 6 
Abordagem tradicional 
De acordo com a abordagem tradicional, o sujeito está pronto para receber 
conhecimento. Sendo assim, o estudante apenas cumpre prescrições que lhe 
são solicitadas pelos professores – fato que o torna um receptor passivo 
que somente reproduz as informações transmitidas em sala de aula. 
 
O ensino, por sua vez, é centralizado no docente, o que estimula uma 
visão individualista do processo educacional, que não investe em 
trabalhos cooperativos. 
 
Além disso, o conhecimento deve ser cumulativo e a inteligência, a 
capacidade eficiente para esse acúmulo de informações. 
 
Por isso, os alunos possuem um papel praticamente nulo na elaboração e na 
aquisição do saber. Afinal, compete a eles apenas memorizar definições, leis, 
sínteses e resumos que lhes são oferecidos no processo educativo formal. 
 
Na abordagem tradicional, o professor tem o poder total de decisão 
quanto à interação mantida no cotidiano de aula e à dinâmica do ambiente de 
aprendizagem. Ele é o responsável pelo(a): 
 
Metodologia de ensino 
Aquela que se fundamenta na aula expositiva e nas demonstrações do 
educador. 
 
Conteúdo ministrado 
Aquele que é preestabelecido pelo educador. Nesse caso, o aluno se 
limita exclusivamente a ouvi-lo e a decorá-lo. 
 
 
 
 7 
Forma de avaliação 
Aquela cujo objetivo é a reprodução literal do conteúdo ensinado em 
sala de aula. Nesse caso, as notas funcionam como níveis de aquisição 
do patrimônio cultural. 
 
Com base nessa perspectiva, a educação é, então, entendida como 
instrução e transmissão de saberes previamente escolhidos e 
organizados em cada área de estudo. 
 
Por séculos, as práticas escolares e universitárias se basearam nessa 
abordagem de ensino e, ainda hoje, é possível encontrar instituições que a 
empregam. 
 
E você? Em algum momento de sua formação acadêmica, já se 
identificou com tal concepção? 
 
Abordagem comportamentalista ou behaviorismo 
Representada por Pavlov (1849-1936), Skinner (1904-1990) e Watson (1878-
1958), a abordagem comportamentalista apreende o conhecimento como 
uma resultante direta da experiência vivenciada pelo aluno. 
 
O sujeito é produto do meio, e seu comportamento pode ser modificado 
mediante a manipulação das condições ambientais. 
 
A aprendizagem, por sua vez, é um conjunto de padrões de conduta – 
capazes de ser transformados através de treinamento – com objetivos 
prefixados. 
 
Nessa perspectiva, a educação está fortemente relacionada à transmissão 
cultural e deve imprimir no sujeito: 
 
 Saberes diversos; 
 
 8 
 Modelos de comportamentos éticos e sociais; 
 Competências fundamentais para o controle do ambiente e da 
realidade. 
 
Para o behaviorismo, o processo de ensino e aprendizagem é uma 
mudança comportamental do sujeito decorrente das práticas vivenciadas 
e reforçadas pelo professor. 
 
Logo, as propostas de aprendizagem devem ser planejadas com antecedência 
pelo docente, que as estabelece a partir da estruturação dos elementos que 
proporcionam experiências curriculares para alcançar os objetivos 
previamente estipulados. 
 
Por fim, a metodologia de ensino implica o processo de reforço na 
relação professor-aluno. 
 
Esse tipo de aprendizagem é clássico nessa abordagem de ensino e 
denomina-se condicionamento respondente, o que causa o processo de 
associação desenvolvido por Pavlov, dentro do qual se enfatiza a noção de 
reflexo condicionado. 
 
Posteriormente, Skinner aprimorou tal percepção, que evoluiu para o 
chamado condicionamento operante.9 
Veja os pressupostos de cada uma dessas concepções: 
 
 
 
 
Condicionamento respondente 
Estímulos neutros controlados que, quando repetidos, geram uma resposta 
não existente anteriormente. 
 
Processo de associação 
Processo realizado por meio de experimentos com cães, a partir do qual se 
observou que, quando os animais viam a comida, começavam a salivar. 
Desse momento em diante, cada vez que o alimento era entregue a eles, 
tocava-se uma campainha, o que representava um estímulo neutro. 
 
Reflexo condicionado 
Após várias repetições do experimento mencionado, os cachorros 
continuaram a salivar ao escutar o som da campainha, mesmo na ausência da 
refeição. Tal comportamento caracteriza um reflexo condicionado: uma 
reação controlada a um estímulo dado. 
 
Condicionamento operante 
Mecanismo que privilegia determinada resposta do sujeito até que ele 
condicione a necessidade à ação. 
 
 
 10 
Nesse caso, a experiência foi feita com um rato faminto: o animal percebia 
que, cada vez que tocava em uma alavanca, ele recebia comida. Dessa 
maneira, quando sentia fome, repetia o movimento para saciá-la. 
 
Esse tipo de condicionamento é visto como uma modelagem comportamental, 
pois favorece o aprendizado de uma nova conduta. Seu principal instrumento 
é o reforço1. 
 
Para entender melhor a proposta behaviorista de Skinner, assista ao vídeo. 
 
Na universidade, podemos perceber essa metodologia do condicionamento 
operante e do reforçamento positivo a partir da organização dos conteúdos 
em unidades simples que se decompõem em pequenos itens e são ensinadas 
gradativamente. 
 
O desenvolvimento do estudante é verificado por avaliações objetivas. 
Quando o comportamento desejado é alcançado, o aluno recebe um reforço 
do professor e passa para o tópico seguinte. Caso não atinja o resultado, o 
docente retorna à unidade anterior e refaz todo o processo. 
 
Logo, a assimilação e a fixação do conhecimento acontecem através de 
estímulos reforçadores – como, por exemplo, notas por participação e por 
comportamento, e benefícios em troca de atividades realizadas. 
 
Você deve ter percebido que seus pais e professores utilizaram muito essa 
metodologia no processo educativo. 
 
 
1 Reforço 
Qualquer ocorrência que aumenta a intensidade de determinado comportamento. Ela 
pode ser: 
 
 Positiva – recompensa; 
 Negativa – remoção de algo adverso. 
http://www.youtube.com/watch?v=Cu1VjsRV1Ac&hd=1
 
 11 
 
Atenção 
 A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento 
operante reside no fato de que o primeiro é uma resposta a um 
estímulo meramente externo, enquanto o segundo é uma 
condição gerada pela ação do sujeito que produz uma 
consequência. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre a abordagem comportamentalista, 
leia o texto Teoria do condicionamento operante de B. 
F. Skinner. 
 
Abordagem humanista 
Como o próprio nome já insinua, na abordagem humanista, a ênfase está no 
papel humano frente ao processo de construção do conhecimento. O 
foco está no desenvolvimento da personalidade do sujeito e em sua 
capacidade de atuar de forma integrada. 
 
Nesse caso, o professor não é transmissor do saber, mas facilitador da 
aprendizagem. 
 
O conteúdo é proveniente das próprias experiências do estudante, e o 
docente age como articulador entre o aluno e o conhecimento, ou seja, é ele 
que gera as condições para que os educandos aprendam. 
 
Essa perspectiva não concebe os modelos previamente estabelecidos de 
aprendiz ou de sala de aula. Tudo está em contínuo processo de 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Teoria_condicionamento_operante.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Teoria_condicionamento_operante.pdf
 
 12 
desenvolvimento para fins didáticos de autorrealização e do uso pleno das 
potencialidades do sujeito. 
 
De acordo com o ponto de vista humanista, nem o mundo nem o homem 
estão prontos, como na abordagem tradicional. Ao contrário, a educação 
está centrada no aluno e dele se devem originar os motivos para a 
aprendizagem. 
 
Partindo dessa premissa, a autodescoberta e autodeterminação são 
atributos dessa concepção. 
 
O processo de ensino, por sua vez, ocorre a partir de uma metodologia 
criada pelo professor, visando à aprendizagem do estudante a partir de um 
contexto que privilegia a liberdade para aprender. 
 
Em outras palavras, é o aluno que controla seu aprendizado e define os 
critérios para avaliar se os objetivos traçados estão ou não sendo atingidos. 
 
Abordagem cognitivista 
Para a abordagem cognitivista, o conhecimento é uma construção 
contínua do sujeito no meio em que transita. O cognitivismo realça 
exatamente aquilo que é ignorado na abordagem comportamentalista: o ato 
de conhecer. 
 
Essa teoria se interessa em saber como o ser humano conhece o mundo e 
analisa a percepção, o processamento de informação e a compreensão por 
parte do indivíduo. 
 
Há várias correntes dentro dessa perspectiva e alguns nomes importantes as 
representam. Vejamos: 
 
 
 13 
 
 
Teoria cognitiva construtivista 
O questionamento básico da teoria cognitiva construtivista se resume da 
seguinte forma: como o sujeito conhece o mundo? 
 
Uma das principais preocupações de Piaget foi compreender e identificar os 
mecanismos utilizados pelo homem para conhecer o mundo que o cerca e se 
adaptar a ele. 
 
Em suas pesquisas, o estudioso descobriu que o desenvolvimento cognitivo 
acontece mediante a ação do sujeito sobre os objetos do meio em que vive. A 
partir dessa interação, a pessoa transforma estruturas mentais ou 
2esquemas , adquirindo novas maneiras de fazê-los funcionar. 
 
O ponto central da teoria piagetiana está, então, no binômio organismo-
meio e em sua relação construtivista, que ocorre por meio de dois processos 
paralelos: a organização interna ou assimilação 3 e a adaptação do 
sujeito ao meio. 
 
 
 
2 Esquemas 
Ações elementares do conhecimento que podem ser físicas ou mentais. É possível que o 
esquema seja criado ou modificado mediante a acomodação. 
 
3 Assimilação 
Integração de novos dados a conhecimentos anteriores. 
 
 
 14 
Assista, agora, a um vídeo que demonstra uma experiência a partir da qual 
podemos perceber, claramente, esses dois processos: 
 
O vídeo nos mostra que o conhecimento4 resulta de uma construção efetiva 
do sujeito e da influência que o ambiente em que está inserido exerce sobre 
ele. 
 
A figura a seguir demonstra como acontece o processo de construção do 
conhecimento por parte do indivíduo: 
 
 
Esquemas de ação 
As estruturas mentais – também chamadas de esquemas – a que nos 
referimos correspondem às ações diárias que permitem nossa relação 
com o mundo. Quando classificamos eventos, associamos conceitos ou 
ordenamos episódios, estamos utilizando nossos esquemas de ação. 
 
 
4 Conhecimento 
De acordo com Piaget (2007, p. 1): 
 
“O conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas 
internas do sujeito, porquanto estas resultam de uma construção efetiva e contínua, nem 
nas características preexistentes do objeto, uma vez que elas só são conhecidas graças à 
mediação necessária dessas estruturas, e que essas, ao enquadrá-las, enriquecem-nas”. 
http://www.youtube.com/watch?v=Xx8vCy9eloE&hd=1
 
 15 
Assimilação 
A assimilação, por sua vez, é uma ação externa através da qual o 
sujeito adiciona uma nova informação perceptual, motora ou 
conceitual a comportamentos já existentes. Em outros termos, o 
indivíduo utiliza os esquemas de ação para compreender o mundo e 
seus desafios. 
 
Trata-se, portanto, de um recurso cognitivo usado pela pessoa para 
acrescentar novos eventos àquilo que já conhece. A partir da 
assimilação, ocorre a 5acomodação. 
 
Equilibração 
Ambas as ações – assimilação e acomodação – causam um 
desequilíbrio interno. Para reequilibrar esse processo, precisamos fazer 
um esforço cognitivo, a fim de estruturar e, finalmente, acomodar o 
novo esquema mental, alcançando a 6equilibração . 
 
Disso resulta a ideia de que, para haver aprendizado, é necessário que 
exerçamos um papel ativo no processo educacional. 
 
Acomodação 
A acomodação difere da assimilação porque se classifica como um 
processo interno que corresponde à construção de novas composições 
cognitivas. 
 
 
5 Acomodação 
Modificação das estruturas mentais em função de novas situações. NÃO pode haver 
acomodação sem assimilação. 
 
6 Equilibração 
Fase entre a assimilação e a acomodação que permite a contínua construção da 
inteligência. 
 
 
 16 
O fato é que após assimilar um novo dado, o sujeito precisa acomodá-
lo, valendo-se de sua capacidade de criar novos esquemas ou 
modificar aqueles já conhecidos. 
 
Conhecimento 
As novas estruturas que o sujeito constrói após todo esse processo 
baseiam-se naquelas que já existiam, mas o resultado implica a 
ampliação e o aperfeiçoamento do saber. Isso significa que adquirimos 
um novo conhecimento e entramos em um novo estado de equilíbrio. 
 
Você já observou que está realizando o processo cognitivo 
construtivista ao estudar este conteúdo online? 
 
Afinal, depois de integrar novos dados apresentados aqui a seus 
conhecimentos prévios, como aluno, você, provavelmente, desenvolveu um 
desequilíbrio cognitivo para, então, criar um novo esquema de ação. 
 
Mas a acomodação só acontecerá quando você modificar suas estruturas 
mentais em função dos temas discutidos ao longo desta aula. Cada pessoa 
faz isso de maneira diferente, dependendo da bagagem de saber de que 
dispõe. 
 
Isso nos leva a identificar que a abordagem construtivista segue uma linha de 
raciocínio pautada na seguinte diferenciação: 
 
ENSINO ≠ APRENDIZAGEM 
 
O que cada estudante aprende não é exatamente aquilo que o docente 
explicou em sala de aula, tampouco o que estava planejado previamente por 
ele. A aprendizagem depende diretamente dos conhecimentos anteriores de 
cada um e de nossas experiências em relação ao ambiente em que vivemos. 
 
 
 17 
Então, se cada um aprende e percebe o mundo de forma distinta, como obter 
sucesso no processo que se constitui de conceitos opostos? Vejamos... 
 
O planejamento didático pensado pelo professor para o desenvolvimento de 
uma aula, de uma disciplina ou mesmo de um curso inteiro deve ser bem 
abrangente e considerar a diversidade de alunos com os quais lida no 
cotidiano de sala de aula. 
 
Até porque o docente atua como um sujeito que desequilibra o conhecimento 
prévio do aluno com o objetivo de ampliá-lo. Por isso, ele precisa sugerir 
atividades que possam desestabilizar esses saberes, de modo que o educando 
assuma uma postura ativa em seu processo de construção do conhecimento. 
 
Uma boa alternativa é propor situações-problema que instiguem os alunos a: 
 Investigar; 
 Discutir; 
 Refletir; 
 Levantar questões; 
 Formular hipóteses. 
 
Mas é fundamental entender que de nada adianta todo esse trabalho se o 
estudante não estiver motivado para aprender, para fazer um esforço 
cognitivo no sentido de alcançar esse novo conhecimento. O professor 
também se pode valer de estratégias para ativar essa motivação. 
 
 
Atenção 
 Para saber mais sobre a abordagem teórica piagetiana de 
aprendizagem, leia o texto Teoria construtivista. 
 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Teoria_construtivista.pdf
 
 18 
Teoria cognitiva sociointeracionista 
Na teoria cognitiva sociointeracionista, Vygotsky afirma que a mediação é 
fundamental para o processo cognitivo do sujeito. Ela é realizada através 
da relação interpessoal e com os 7sistemas de signos . 
 
Para o estudioso, o indivíduo não acessa diretamente os objetos ou conceitos. 
Todo conhecimento é fruto da mediação de outras pessoas ou de sistemas 
simbólicos dos quais o sujeito dispõe. 
 
Dessas relações dinâmicas entre sujeito-sujeito e sujeito-objeto, 
surgem as funções psicológicas superiores que são, então, construídas 
na interação social. 
 
Em outras palavras, tudo o que é alvo de 8internalização por parte do 
indivíduo, tudo o que ele carrega consigo em termos de conhecimento é 
resultado dessa interação. 
Devido às considerações de Vygotsky sobre as relações entre a 
aprendizagem, o desenvolvimento e a interação nos processos educativos, a 
teoria sociointeracionista estimulou os docentes a refletirem sobre a prática 
pedagógica. 
 
 
7 Sistemas de signos 
Os sistemas de signos contemplam: 
 
 A linguagem; 
 A escrita; 
 Os símbolos; 
 Os objetos. 
 
8 Internalização 
Processo através do qual um elemento estrutural da atividade externa – ou seja, 
interacional – passa a um plano interno do indivíduo em um movimento de 
ressignificação. 
 
De acordo com Vygotsky (1993), trata-se de um nível novo de organização do 
conhecimento pelo sujeito aprendente, possibilitado pela mediação de ferramentas 
psicológicas, por sinais externos e pela interação social. 
 
 19 
Eles começaram a tratar a interação entre os alunos como estratégia didática 
para a aprendizagem. Afinal, o sujeito é encarado como um ser social que 
desenvolve sua individualidade a partir das relações que estabelece com o 
outro, sempre pautadas na cultura de cada um. 
 
Nesse caso, a linguagem passa a figurar como instrumento de mediação da 
aprendizagem: é ela que permite criar situações concretas de produção, 
reflexão, colaboração e construção do saber, deixando de lado o esquema 
linear de reprodução de conteúdo. 
 
LEMBRE-SE! 
A relação que a pessoa mantém com o meio social é condição 
fundamental para que se constitua como indivíduo. 
 
Teoria cognitiva significativa 
O foco da teoria cognitiva significativa está na seguinte distinção: 
 
 
 
 
 
 20 
Aprendizagem significativa 
Aquela que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam 
valorizados para que o novo conteúdo incorporado a sua estrutura 
cognitiva9 adquira significado. 
 
Aprendizagem mecânica 
Aquela que ocorre quando o novo dado não se relaciona com os 
conceitos já conhecidos pelo aluno. 
 
De acordo com proposta de Ausubel, a aprendizagem é vista como o processo 
mediante o qual o novo conteúdo se organiza e se integra à estrutura 
cognitiva já existente do estudante. 
 
Dessa maneira, o professor universitário precisa fazer a relação significativa 
entre o conteúdo acadêmico e o social, de modo que o educando perceba o 
significado do que aprende. 
 
Abordagem sociocultural 
A abordagem sociocultural tem como um de seus principais representantes 
Paulo Freire (1921-1997) – pedagogo que baseou seus estudos sobre a 
educação nos aspectos sociais, políticos e culturais da aprendizagem. 
 
De acordo com essa perspectiva, o estudante é um sujeito que está 
inserido em um contexto sócio-histórico. Por isso, seu desenvolvimento 
cognitivo está relacionado ao processo de conscientização dos participantes 
da ação educativa. 
 
 
9 Estrutura cognitiva 
Conteúdo total que comtempla todas as informações, os fatos, os conceitos e os princípios 
organizados pela pessoa. 
 
 21 
Isso implica que os conteúdos do programa de que faz parte devem ser 
permeados por uma reflexão antropológica sobre suas condições 
sociais. 
 
Tanto o ambiente acadêmico quanto o processo de aprendizagem têm de 
contribuir para revelar essas situações de opressão e buscar a superação da 
relação opressor-oprimido – professor-aluno. 
 
O docente precisa comprometer-se com a prática pedagógica, visando à 
transformação social dos alunos através da discussão sobre temas que 
reflitam ascondições materiais e existenciais do sujeito aprendente. 
 
Essa metodologia enfatiza as circunstâncias vivenciadas pelo grupo, bem 
como os debates e diálogos críticos sobre a realidade de cada um. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber um pouco mais sobre as reflexões de Paulo Freire, 
assista a uma entrevista com o educador a respeito de sua 
obra Pedagogia do oprimido. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Leia o trecho a 
seguir: 
 
“Do ponto de vista da Graduação, em particular, a formação 
para o exercício de uma profissão em uma era de rápidas, 
constantes e profundas mudanças requer, necessariamente, 
atenta consideração por parte da universidade. A decorrência 
normal desse processo parece ser a adoção de nova 
http://www.youtube.com/watch?v=kQvkxJmWpLg&hd=1
 
 22 
abordagem, de modo a ensejar aos egressos a capacidade de 
investigação e a de aprender a aprender”. 
Fonte 
PLANO Nacional de Graduação: um projeto em construção. In: FÓRUM NACIONAL DE PRÓ-
REITORES DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS (FORGRAD), XII, 1999, 
Ilhéus. 
 
Esse objetivo exige o domínio dos modos de produção do saber nessa área, 
de modo a criar as condições necessárias para o permanente processo de 
educação continuada. Das teorias estudadas nesta aula, qual(is) poderia(m) 
dar conta dessa proposta? 
 
Referências 
DÍAZ BORDENAVE, J.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-
aprendizagem. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. 
 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 
 
LIBÂNEO, J. C. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 
1986. 
 
PIAGET, J. Epistemologia genética. Tradução de Álvaro Cabral. 3. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 2007. 
 
SAVIANI, D. Escola e democracia. 35. ed. rev. Campinas: Autores 
Associados, 2002. 
 
______. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores 
Associados, 2007. 
 
 
 23 
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 
1993. 
 
______. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 
 
______. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
“O ensino envolve um conjunto de técnicas diretamente aplicáveis a situações 
controladas e concretas na sala de aula”. 
 
Essa afirmação resume a teoria da aprendizagem denominada: 
 
a) Cognitiva sociointeracionista 
b) Cognitiva construtivista 
c) Cognitiva significativa 
d) Sociocultural 
e) Comportamentalista 
 
 
 
 
Questão 2 
“Para que o indivíduo se constitua como sujeito, é necessário 
que se insira em determinado ambiente cultural. As 
mudanças que ocorrem nele ao longo de seu 
desenvolvimento estão relacionadas com a interação que 
mantém com o meio social”. 
 
 
 24 
Esse trecho resume a teoria da aprendizagem denominada: 
 
a) Cognitiva sociointeracionista 
b) Cognitiva construtivista 
c) Cognitiva significativa 
d) Sociocultural 
e) Comportamentalista 
 
 
Questão 3 
“Todo desenvolvimento cognitivo só será efetivo se for baseado em uma 
interação muito forte entre o sujeito e o objeto. Se a atitude do objeto não 
perturbar as estruturas do sujeito, ele não tentará se acomodar à situação, 
criando uma futura assimilação com o objeto, o que originaria sucessivas 
adaptações ao meio”. 
 
Esse fragmento de texto resume a teoria da aprendizagem denominada: 
 
a) Cognitiva sociointeracionista 
b) Cognitiva construtivista 
c) Cognitiva significativa 
d) Sociocultural 
e) Comportamentalista 
 
 
 
 
 25 
Questão 4 
Analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A teoria construtivista permite o erro como estratégia de 
aprendizagem. 
II. O construtivismo propõe que o aluno participe ativamente do próprio 
aprendizado através da experimentação, da pesquisa, do trabalho em 
grupo e do desenvolvimento do raciocínio. 
III. Podemos associar o construtivismo à figura de Vigotsky. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
 
 
 26 
Questão 5 
A abordagem humanista apresenta as seguintes características: 
 
I. O aluno é o principal eixo do conhecimento. 
II. O professor atua como um controlador do ambiente de aprendizagem. 
III. O professor deve provocar desequilíbrios no sujeito para ampliar seu 
conhecimento. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
 
 
 27 
Atividade proposta 
As teorias que entendem o sujeito como centro do processo de aprendizado e 
o percebem como coautor deste – tais como as correntes cognitivistas e a 
humanista. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – E 
Justificativa: O controle do ambiente é característica da teoria 
comportamentalista. 
 
Questão 2 – A 
Justificativa: A teoria sociointeracionista tem como ponto fundamental a 
interação do sujeito com o meio em que vive. 
 
Questão 3 – B 
Justificativa: A teoria construtivista baseia-se no desequilíbrio cognitivo do 
sujeito para que um novo conhecimento seja incorporado a ele. 
 
Questão 4 – A 
Justificativa: O construtivismo é associado a Piaget. 
 
Questão 5 – B 
Justificativa: O controle está relacionado à teoria comportamentalista e os 
desequilíbrios, à teoria cognitiva construtivista. 
 
 
 
 
Atualizado em: 09 abr. 2014 
 
 1 
 
 
 
 2 
AULA 3: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
ANDRAGOGIA: A ARTE DE EDUCAR ADULTOS 4 
PAPEL DO PROFESSOR 5 
HIPÓTESES DA ANDRAGOGIA 5 
CÍRCULO DA APRENDIZAGEM 7 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO 9 
EFICÁCIA DO FAZER DIDÁTICO 10 
TIPOS DE PLANEJAMENTO 12 
PLANEJAMENTO = FERRAMENTA DE ENSINO 17 
ATIVIDADE PROPOSTA 18 
REFERÊNCIAS 18 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
CHAVES DE RESPOSTA 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Na aula anterior, estudamos as teorias da aprendizagem que podem auxiliar o 
fazer educativo do professor, mas essa atuação difere em função do grupo 
com o qual o docente está lidando. 
 
Esse profissional precisa entender que ensinar adultos não é o mesmo que 
educar crianças. Afinal, quando o público-alvo da educação é diverso, 
modifica-se, também, o contexto de aprendizagem, os interesses e a 
abordagem de ensino e, consequentemente, o posicionamento didático do 
educador. 
 
Nesta aula, trataremos exatamente deste assunto: o conceito de andragogia, 
ou seja, a especificidade da orientação educacional de adultos. 
 
Objetivo 
Explicar a andragogia e suas possibilidades no planejamento do Ensino 
Superior. 
 
 
 4 
Conteúdo 
Andragogia: a arte de educar adultos 
Você sabe qual é a importância do conceito de 1andragogia na 
educação? 
 
Assista a um vídeo com o professor Paulo Campos a respeito do assunto. 
 
Como você pôde observar, essa noção trata da mudança de abordagem no 
ensino, pois retira o foco do professor para enfatizar a figura do 
estudante. 
 
Isso significa que o conteúdo deve ser trabalhado a partir das necessidades e 
experiências individuais ou do grupo de alunos, a fim de que os objetivos 
propostos no programa de estudos sejam alcançados. 
 
Mas é preciso entender que ensinar adultos não é o mesmo que educar 
crianças. Afinal, o adulto é um sujeito que desempenha várias funções na 
sociedade e que possui conhecimentos acumulados durante sua trajetória de 
vida e de trabalho. 
 
Esses saberes de que partilha precisam ser levados em consideração 
durante a fase de aprendizado! 
 
Se o processo de ensino e aprendizagem não acontece da mesma maneira 
com ambos os grupos, consequentemente, a postura do professor 
universitário também tem de ser diferente! 
 
Vejamos quais são as recomendações de tal filosofia nesse sentido... 
 
 
1 Andragogia 
De acordocom Knowles (1980), trata-se da arte e da ciência de orientar o aprendizado 
dos adultos. 
http://www.youtube.com/watch?v=xdPaLX9wYN0&hd=1
 
 5 
Papel do professor 
Na perspectiva andragógica, o professor age como um facilitador do 
conhecimento ou um consultor de informações. Para isso, ele precisa se 
preparar antecipadamente e escolher, de forma conveniente, os 
procedimentos com os quais trabalhará em sala de aula. 
 
Uma boa dica é utilizar a metodologia de processo que se vale de 
procedimentos e recursos para auxiliar os estudantes no aprendizado e no 
desenvolvimento de competências. 
 
De acordo com esse modelo, para que a aprendizagem aconteça, é 
importante: 
 
 Estabelecer um clima afetivo e favorável à educação; 
 Criar uma margem de negociação no planejamento didático; 
 Diagnosticar suas necessidades; 
 Formular objetivos para cada conteúdo; 
 Trocar e conduzir experiências com técnicas e materiais adequados a 
cada grupo; 
 Avaliar seus resultados a partir de diagnósticos contínuos. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto Andragogia: 
aprendendo a ensinar adultos. 
 
Hipóteses da andragogia 
O modelo andragógico baseia-se no pensamento de que a aprendizagem 
dos adultos acontece através da ação. Vejamos quais são suas hipóteses a 
respeito desses sujeitos: 
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Andragogia.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Andragogia.pdf
 
 6 
 
Necessidade 
de saber 
Os adultos precisam saber o motivo pelo qual devem 
aprender antes de se comprometerem com o conteúdo e a 
aprendizagem. 
Conceito de si Os adultos devem ser encarados como sujeitos sociais 
capazes de se autogerirem. 
Papel da 
experiência 
Os adultos detêm um conjunto substancial de experiências 
que os distinguem das crianças. Por isso, a experiência tem 
valor e autoridade nos processos de aprendizado. 
Vontade de 
aprender 
A vontade de aprender está relacionada à utilidade e à 
aplicabilidade do conhecimento às situações da vida. 
Orientação da 
aprendizagem 
A aprendizagem tem de ser encarada como resolução de 
problemas e tarefas da vida social cotidiana. 
Motivação A motivação é 2extrínseca , mas, principalmente, 
3intrínseca . 
 
Fonte: Canário, 1999. 
 
Como você pôde perceber, o foco da andragogia são os interesses de vida 
dos adultos e suas motivações para aprender. Logo, não se enfatiza o modelo 
de educação que simplesmente transmite informações. Ao contrário, o escopo 
de ação docente se amplia. 
 
Aprender para os adultos significa resolver problemas, articular experiências 
de vida com a aplicação do conhecimento adquirido. Esses processos 
precisam estar ancorados na discussão ética sobre o estar no mundo e agir 
sobre ele. 
 
 
2 Extrínseca 
A motivação extrínseca diz respeito à promoção profissional, a melhores salários etc. 
 
3 Intrínseca 
A motivação intrínseca diz respeito à autoestima, à satisfação profissional, à qualidade de 
vida etc. 
 
 
 7 
Mas isso vai depender dos estágios de aprendizagem em que a pessoa se 
encontra. Vamos conhecer cada um deles? 
 
Círculo da aprendizagem 
Kolb (1984) estuda a aprendizagem de adultos e afirma que todo processo de 
conhecimento desse grupo se sustenta na experiência trazida por eles para a 
sala de aula. 
 
Por isso, o autor estabelece o círculo de aprendizagem, que se desenha 
sobre quatro pilares: 
 
Esses pilares, por sua vez, são desenvolvidos a partir dos seguintes estágios: 
 
 
SENTIR = Experiência concreta 
As experiências concretas fornecem base para observações e reflexões. 
 
OBSERVAR = Observações reflexivas 
Essas observações e reflexões são assimiladas e trabalhadas 
intelectualmente, alcançando um nível cognitivo superior e formando 
os conceitos abstratos. 
 
PENSAR = Conceituação abstrata 
Os conceitos abstratos produzem novas ações. 
 
 8 
FAZER = Experimentação ativa 
As novas ações podem ser testadas através da articulação com a 
realidade e, finalmente, criar novas experiências. 
 
Para Kolb (1984), os estágios mencionados estão relacionados ao estilo de 
aprendizagem de cada pessoa. Veja como o autor organizou esse 
pensamento: 
 
Fonte: Kolb, 1984. 
 
Acomodador 
Uma pessoa com estilo acomodador tem a tendência de apresentar 
os estágios da experiência concreta (SENTIR) e da experimentação 
ativa (FAZER). Em outras palavras, podemos dizer que esse indivíduo 
prefere fazer tudo de forma imediata e prática. 
 
Convergente 
O estilo convergente une o PENSAR e o FAZER. Portanto, 
podemos dizer que pessoas que se enquadram nesse modelo gostam 
de utilizar um método ou de seguir um processo definido. Trata-se 
daqueles sujeitos chamados de metódicos. 
 
 9 
Divergente 
Já estudantes que se encaixam no estilo divergente se valem muito 
das ações de OBSERVAR e de SENTIR. Por isso, esses indivíduos 
idealizam possibilidades e tentam criar alternativas de aprendizagem. A 
imaginação é o ponto principal desse grupo. 
 
Assimilador 
Enquanto o sujeito divergente observa e sente, o assimilador 
OBSERVA e PENSA. Trata-se do indivíduo téorico: aquela pessoa 
que gosta de refletir sobre tudo, de saber o porquê dos fatos e os 
fundamentos daquilo que aprende. 
 
E você? Em que estilo de aprendizagem se enquadra? 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo Andragogia 
e estilos de aprendizagem. 
 
Sugerimos, também, a leitura dos seguintes textos: 
 Estilos de aprendizagem: em busca das diferenças 
individuais; 
 Um teste com a proposta brasileira para o “inventário 
de estilos de aprendizagem” de David Kolb. 
 
Planejamento didático 
Agora que você já entendeu quais são as características da andragogia e sua 
importância para a educação, precisamos pensar em como o professor 
universitário deve se organizar para lidar com o ensino de adultos. 
 
O princípio de sua atuação está no PLANEJAMENTO! 
http://www.youtube.com/watch?v=xdPaLX9wYN0&hd=1
http://www.youtube.com/watch?v=xdPaLX9wYN0&hd=1
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Estilos_aprendizagem.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Estilos_aprendizagem.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Teste_proposta_brasileira.pdf
http://pos.estacio.webaula.com.br/Cursos/POS451/docs/Teste_proposta_brasileira.pdf
 
 10 
O planejamento didático é uma tarefa que prevê: 
 
 As atividades docentes; 
 Os objetivos propostos; 
 A metodologia; 
 O diagnóstico; 
 A revisão contínua dos objetivos e das metodologias. 
 
Trata-se de um meio para se programar as ações educativas que facilita o 
aprendizado dos estudantes. Se não há planejamento e plano didático, 
certamente, o fazer do professor cairá no improviso, na repetição e na 
reprodução de conteúdo. 
 
Por isso, é recomendável que o planejamento seja um processo de reflexão, 
organização e coordenação da prática docente, que articule a atividade 
acadêmica às problemáticas do contexto social. 
 
Longe de ser um exercício fácil, o ato de planejar se constitui como uma 
atividade complexa que exige várias 4competências do educador . 
Vejamos, a seguir, quais são as habilidades necessárias ao profissional 
docente no momento da elaboração de seu planejamento. 
 
Eficácia do fazer didático 
Há muito tempo, o professor universitário não é visto mais como apenas o 
profissional que detém o conhecimento técnico. Ao contrário, a cada ano, são 
exigidas habilidades didáticas do docente no Ensino Superior. 
 
4 Competências do educador 
Entre as competências que se exige do educador na fase de elaboração do planejamento 
didático, estão as: 
 Técnicas; 
 Conceituais; 
 Metodológicas; 
 Afetivas etc. 
 
 11 
É muito importante saber o que se ensina. No entanto, mais relevante ainda é 
saberCOMO ensinar. 
 
Assista ao vídeo a seguir em que Celso Vasconcellos, Doutor em Educação, 
fala sobre os aspectos que devemos considerar na gestão de sala de aula. 
 
Como vimos, para que possamos alinhar as habilidades técnicas e didáticas, é 
necessário que, durante a elaboração do planejamento, façamos uma crítica à 
prática pedagógica e a entendamos com base nas dimensões teleológica, 
sociológica, política, epistemológica e andragógica. 
 
Em outras palavras, o professor precisa: 
 
 Conhecer a serventia do que ensina; 
 Saber em que contexto social atua; 
 Identificar quais são as consequências desse ato; 
 Verificar como o conhecimento de sua área de estudo está incluído no 
mundo; 
 Entender como funciona o ensino para adultos. 
 
Todos esses procedimentos são necessários para um fazer didático 
eficaz! 
 
Mas não podemos falar sobre o ato de planejar sem antes apontar quais são 
os tipos de planejamento. 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=2YVd6AmYUK0&hd=1
 
 12 
Tipos de planejamento 
Antes de darmos continuidade a nosso estudo, precisamos estabelecer a 
seguinte diferenciação: 
 
 
 
Veja, agora, quais são os tipos de planejamento: 
 
Planejamento educacional 
Aquele que versa sobre as decisões educacionais no conjunto do 
desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento 
requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da 
educação. Ele é realizado pelo governo federal através do Plano Nacional de 
Educação (PNE) e da legislação vigente. 
 
Planejamento curricular 
Aquele que estabelece os objetivos acadêmicos educacionais a partir daqueles 
expressos nas orientações curriculares oficiais. 
 
Mas a universidade não deve simplesmente executar o que é determinado 
pelos órgãos do governo. Antes disso, as instituições universitárias precisam 
fazer uma leitura social para interpretar as demandas vigentes e adaptar os 
currículos, de modo a atender as necessidades de seus estudantes. 
 
 
 
 13 
Planejamento Político Pedagógico (PPP) 
Aquele que tem como preocupação principal responder as seguintes questões 
em termos de ensino: 
 
 PARA QUÊ? 
 PARA QUEM? 
 O QUÊ? 
 
Seu objetivo central é definir fins, conceber visões globalizantes e de eficácia. 
Trata-se de um plano que serve para situações de crise, em que a proposta é 
de transformação – em médio ou longo prazo. 
 
E você? Conhece o PPP de seu curso? 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o PPP, assista ao vídeo em que o 
professor Vasco Moretto fala a respeito do tema Projeto 
Político-Pedagógico e a gestão democrática. 
 
Planejamento de ensino 
Aquele que representa o desdobramento do planejamento de currículo. Seu 
propósito é demonstrar, em termos operacionais, o que o professor fará na 
sala de aula, de modo que os alunos consigam atingir os objetivos 
acadêmicos educacionais propostos. 
 
O planejamento de ensino deverá conter: 
 
 Objetivo geral; 
 Ementa da disciplina; 
 Objetivos específicos estabelecidos a partir dos educacionais; 
http://www.youtube.com/watch?v=quQqZVR8v_g&hd=1
http://www.youtube.com/watch?v=quQqZVR8v_g&hd=1
 
 14 
 Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido 
determinado pelos objetivos; 
 Estratégias metodológicas que expressem os procedimentos de ensino 
e os recursos utilizados para orientar e promover as atividades a serem 
realizadas; 
 Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a 
qualificação e a apreciação dos objetivos propostos. 
 
Como todos os outros atos humanos, o ato de planejar implica a tomada de 
decisão com base em algumas escolhas. Por isso, o planejamento de ensino 
ampara-se nas dimensões 5axiológica , filosófica e política. 
 
Plano de ensino 
Como vimos anteriormente, o planejamento é a atividade mental, enquanto o 
plano é a atividade escrita, a previsão prática sobre o planejamento. Dessa 
forma, o plano de ensino deve conter os seguintes itens: 
 
 Identificação com... 
o Nome do departamento; 
o Nome da atividade de ensino; 
o Curso(s) ofertados; 
o Pré-requisitos por curso; 
o Etapa aconselhada no curso; 
o Corpo docente; 
o Regulamento ou plano de atividades; 
o Créditos e carga horária; 
 Objetivos; 
 Conteúdo programático na forma de unidades ou sequências; 
 Metodologia; 
 Cronograma de atividades; 
 
5 Axiológica 
Valor predominante em determinada sociedade. 
 
 15 
 Experiências de aprendizagem; 
 Critérios de avaliação; 
 Bibliografia básica. 
 
A partir dele, o docente estabelece seu plano de aula, no qual fará a 
interligação dos objetivos ao conteúdo proposto no plano de ensino e à 
vivência de sua turma. 
 
Plano de aula 
Este é o momento de o professor articular os objetivos do planejamento 
curricular e do PPP à organização de suas aulas. Por isso, o plano de aula 
corresponde ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de 
planejamento didático. Sua finalidade é prever os conteúdos e as atividades 
de cada aula. 
 
Esse plano é composto, então, pelos seguintes itens: 
 
 Conteúdo e tema; 
 Objetivos; 
 Estratégias didático-metodológicas; 
 Avaliação/possíveis intervenções didáticas. 
 
Nas reflexões sobre o planejamento e o plano de aula, o docente precisa ter 
sempre em mente algumas perguntas que o remeta diretamente a suas 
ações. 
 
O QUE ensinar? = objetivos 
Os objetivos correspondem aos propósitos da ação didática e devem 
ser expressos através de verbos no infinitivo que contemplem 
comportamentos, habilidades, atitudes e competências esperadas dos 
alunos. 
 
 
 
 16 
Eles se dividem em: 
 
 Geral – amplo e de longo prazo; 
 Específicos – ações mais rapidamente observadas pelo 
professor. 
 
PARA QUE ensinar? = finalidade do conteúdo 
Indicar a finalidade do conteúdo a ser trabalhado junto aos alunos em 
um plano de aula significa apontar a intenção da ação didática do 
professor. Logo, este item abrange os conceitos e temas que serão 
desenvolvidos durante determinada disciplina. 
 
É recomendável que essa finalidade esteja articulada com os objetivos 
da aula, a fim de que o docente possa atingi-los de maneira 
interdisciplinar. 
 
COMO ensinar? = estratégias didático-metodológicas 
As estratégias didático-metodológicas contemplam os processos 
subjacentes à prática docente e os objetos concretos de ensino, ou 
seja, as abordagens psicológicas da aprendizagem, bem como as 
atividades que serão empregadas para a execução dos dois primeiros 
itens do planejamento. 
 
COM O QUE ensinar? = recursos 
Os recursos didáticos podem ser classificados em: 
 
 Naturais – água, plantas; 
 Pedagógicos – quadro, slide, maquetes; 
 Tecnológicos – computador, internet, rádio; 
 Culturais – biblioteca pública, museus, exposições, visitas 
técnicas. 
 
 
 17 
Planejamento = ferramenta de ensino 
Como vimos anteriormente, o 6planejamento didático configura-se como 
uma ferramenta teórico-metodológica para que o professor possa intervir na 
realidade do aluno. 
 
Dentro dessa discussão, são estabelecidas três dimensões: 
 
 A realidade – onde estamos; 
 Os fins – onde queremos chegar ou o que desejamos alcançar; 
 A mediação – como alcançaremos o que planejamos. 
 
Isso significa que, quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de 
aula, temos uma intenção subjacente a nossa ação educativa. 
 
Para que esse objetivo se concretize mais facilmente, é necessário que tal 
plano tenha as seguintes características: 
 
 Coerência e unidade – conexão entre objetivos e meios; 
 Continuidade e sequência – integração entre atividades; 
 Flexibilidade – ajuste e adaptação; 
 Objetividade e funcionalidade – análise das condições da realidade; 
 Precisão e clareza – redação clara, sem dupla interpretação. 
 
Além disso, quando organizamos a prática docente junto a adultos,devemos 
levar em conta alguns aspectos indispensáveis, tais como o fato de que: 
 
 A aprendizagem precisa ser focada no estudante e em sua autogestão; 
 
6 Planejamento 
Vasconcelos (2008, p. 28) define planejamento como uma: 
 
“[...] construção-transformação de representações, uma mediação teórico- 
-metodológica para a ação, que, em função de tal mediação, passa a ser consciente e 
intencional”. 
 
 18 
 Eles só aprenderão o que realmente têm de saber ou o que julgam 
necessário aplicar em sua vida diária; 
 Sua experiência de vida é rica fonte de aprendizagem; 
 A metodologia de ensino voltada para esse grupo deve-se basear em 
discussões e na solução de problemas em conjunto. 
 
Atividade proposta 
Agora que você já sabe quais são os elementos próprios de um planejamento 
didático, elabore um breve plano de aula, contendo os seguintes itens: 
 
 Tema; 
 Objetivos; 
 Conteúdo programático na forma de unidades ou sequências; 
 Metodologia; 
 Cronograma de atividades; 
 Experiências de aprendizagem; 
 Critérios de avaliação; 
 Bibliografia básica. 
 
Referências 
CANÁRIO, R. Educação de adultos: um campo e uma problemática. Lisboa: 
Educa, 1999. 
 
KNOWLES, M. S. The modern practice of adult education, from 
pedagogo to andragogo. United States: Cambridge, 1980. 
 
KOLB, D. Experiential learning: experience as the source of learning and 
development. New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1984. 
 
KOLB, D.; RUBIN, I. M.; MCINTYRE, J. M. Psicologia organizacional: uma 
abordagem vivencial. Tradução de Edi G. Oliveira. São Paulo: Atlas, 1978. 
 
 19 
MELO, A. de; URBANETZ, S. T. Organização e estratégias pedagógicas. 
Curitiba: IBPEX, 2009. 
 
OSORIO, A. Educação permanente e educação de adultos. Lisboa: 
Horizontes Pedagógicos, 2003. 
 
VASCONCELOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e 
projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2009. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A atuação docente no Ensino Superior não pode dispensar concepções 
teóricas da aprendizagem em seu planejamento e na elaboração de 
atividades. Analisando essa atuação, podemos destacar os seguintes 
elementos que articulam o fazer didático: 
 
a) Currículo e atividade 
b) Plano e ação docente 
c) Currículo e planejamento 
d) Planejamento e atividade 
e) Planejamento e pensamento teórico 
 
 
 
 
 20 
Questão 2 
São finalidades do planejamento didático docente: 
 
I. Prever e superar prováveis dificuldades no processo de ensino e 
aprendizagem. 
II. Evitar a repetição mecânica das aulas. 
III. Produzir informações estratégicas com o objetivo de contribuir para a 
tomada de decisões por parte dos gestores. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
Questão 3 
Associe os tipos de planejamento a suas definições: 
A. Planejamento 
educacional 
 ( ) Detalhamento caracterizado pela descrição 
minuciosa sobre o fazer didático do docente. 
B. Planejamento 
curricular 
 ( ) Aquele de maior abrangência que corresponde ao 
que é feito em nível nacional, estadual ou 
municipal. 
C. Planejamento 
de ensino 
 ( ) Processo de tomada de decisões sobre a 
dinâmica da ação na universidade. 
D. Planejamento 
de aula 
 ( ) Processo de decisão sobre a atuação concreta 
dos docentes no cotidiano de seu trabalho 
pedagógico, que envolve as ações e situações 
interativas entre professor e alunos bem como 
entre os próprios alunos. 
 
 21 
Questão 4 
A andragogia prega que: 
 
I. O currículo do curso deve ser estabelecido. 
II. O aprendizado é factível e aplicável. 
III. A mediação didática precisa levar à busca de soluções e desafiar o 
aluno. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
Questão 5 
Na andragogia, a aprendizagem adquire uma particularidade focada no(a): 
 
a) Conhecimento, na reciprocidade e na troca de experiências 
vivenciadas. 
b) Eixo articulador, nas mudanças de atitude e no espaço de sala de aula. 
c) Relação vertical de aprendizagem, nos eixos articuladores e no 
professor. 
d) Aluno, na interpendência dos conteúdos e na autogestão da 
aprendizagem. 
e) Aplicação estrita e teórica do conhecimento, nas circunstâncias de 
planejamento e nas experiências do professor. 
 
 
 
 22 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – B 
Justificativa: Tanto o plano quanto a ação didática docente estão intimamente 
relacionados à concepção teórica e filosófica que o professor tem de 
educação. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: O plano didático do professor prevê, entre outras finalidades, 
todo o conteúdo que será trabalhado em aula e detalha os procedimentos e 
recursos que serão utilizados ao longo do semestre. 
 
Questão 3 – D, A, B, C 
 
Questão 4 – C 
Justificativa: A andragogia prevê um aprendizado factível e aplicável, a partir 
do qual o aluno pode lidar com desafios e buscar soluções para problemas. 
Essa filosofia articula a realidade acadêmica a sua vida social e laboral. 
 
Questão 5 – D 
Justificativa: A andragogia é a arte e a ciência de ensinar aos adultos. Por 
isso, a aprendizagem adquire uma particularidade focada no aluno, na 
interdependência dos conteúdos e na autogestão da aprendizagem. De 
acordo com essa filosofia, esse grupo de alunos está preparado para 
aprender a partir do exercício do conhecimento, de modo que pode enfrentar 
problemas reais de sua vida pessoal e profissional. 
 
 
 
 
Atualizado em: 30 abr. 2014 
 
 1 
 
 
 
 2 
AULA 4: PROCESSOS E METODOLOGIAS DOCENTES 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
COMPETÊNCIAS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 4 
MODELO DE FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 5 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO + FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 6 
AULA EXPOSITIVA 8 
SEMINÁRIO 10 
ENSINO EM PEQUENOS GRUPOS 13 
GRUPO DE OBSERVAÇÃO E DE VERBALIZAÇÃO 14 
PAINEL INTEGRADO 15 
ELABORAÇÃO DE PROJETOS 16 
ATIVIDADE PROPOSTA 20 
REFERÊNCIAS 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
CHAVES DE RESPOSTA 25 
ATIVIDADE PROPOSTA 25 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 25 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Você sabia que toda ação educativa tem uma intenção? 
 
No caso da universidade, busca-se a formação adequada em Nível Superior 
para suprir as necessidades da sociedade. No entanto, reduzir esse segmento 
do ensino à qualificação de mão de obra seria diminuir seu objetivo. 
 
Devemos pensar na Educação Superior a partir de uma perspectiva mais 
abrangente, que desenvolva as potencialidades dos estudantes e contribua 
para aperfeiçoar suas competências técnicas e cognitivas – entre elas o saber 
CONHECER, SER, VIVER e FAZER. 
 
Nesta aula, você vai entender melhor os processos e as metodologias 
disponíveis para alcançar esses fins. 
 
Objetivo 
Identificar os processos didático-pedagógicos necessários a uma aula 
universitária. 
 
 4 
Conteúdo 
Competências no mundo contemporâneo 
Como vimos ao longo das aulas anteriores, o mundo está em contínua 
transformação, e a educação não pode ficar alheia a esse movimento. 
 
Uma das formas encontradas pelo campo educacional para manter-se 
alinhado com essas mudanças foi basear o ensino no desenvolvimento de 
habilidades e organizar os currículos de acordo com as exigências do mundo 
contemporâneo, visando à formação por competências. 
 
Para entender melhor o conceito de competências1 e sua importância para 
a educação, assista ao vídeo da TV São Judas. 
 
Conforme aponta o professor Luiz Carlos Menezes, atuar didaticamente na 
perspectiva da formação por competências exige dos professores uma 
prática docente que favoreça o uso de metodologias ativas focadas no 
estudante e vinculadas à resolução de problemas e de desafios, bem como 
ao desenvolvimento de projetos. 
 
Por isso, o centro do processo de ensino e aprendizagem se desloca do

Continue navegando