Buscar

Distrofia Muscular de Duchenne

Prévia do material em texto

Etiologia
Miopatia progressiva ligada ao X,
causada por mutações no gene DMD,
com caráter recessivo.
Gene DMD: localizado no braço curto do
cromossomo X, na região Xp21.
Ausência grave de distrofina.
1 em cada 3500 nascimentos do sexo
masculino.
Tipo e Efeito da Mutação
O gene DMD contém 79 éxons, tamanho
grande → suscetível a mutações.
Grandes deleções:
65% dos casos.
Perda de uma ou mais bases→ altera-se
a cadeia proteica que deveria ser
formada: a distrofina.
Pode-se alterar a grelha de leitura
(mutações frameshift) ou eliminar
aminoácidos que pertencem à cadeia
proteica original.
Grandes duplicações:
6% a 7% dos casos.
Fragmento de DNA que surge copiado
uma ou mais vezes, podendo ou não
alterar a grelha de leitura ou inserir
aminoácidos extras.
Pequenas deleções, inserções ou
mudanças de nucleotídeos:
25% a 30% dos casos.
Mutações de novo:
Não herdada dos pais.
Tipo de herança e características
Padrão de herança monogênica
(alteração em apenas 1 gene).
Herança ligada ao sexo, com caráter
recessivo.
Predominam em indivíduos do sexo
masculino.
Chance de mãe portadora ter um filho
com DMD é de 50%.
Sinais e Sintomas
Em homens:
Pode-se apresentar hipotonia já no
período natal, ou retardo no
crescimento e desenvolvimento.
Anomalias na marcha entre os 3 e 5 anos
de idade.
5 anos de idade: Manobra de Gowers e
pseudo-hipertrofia na panturrilha.
6-7 anos de idade: Marcha equina
12 anos de idade: maioria já na cadeira
de rodas, com desenvolvimento de
contraturas e escoliose.
Por volta dos 18 anos de idade, em
média: morte por parada
cardiorrespiratória.
No exame físico pode-se detectar que
os indivíduos andam por marcha
anserina -marcha de pato- e marcha
equina -nas pontas dos pés,
pseudo-hipertrofia das panturrilhas e
sinal de Gowers.
No exame clínico constatou-se fraqueza
proximal, inicialmente nos membros
inferiores e quadril e posteriormente
nos superiores. Também está presente
desaparecimento dos reflexos
tendíneos.
Em mulheres:
A idade de início e a gravidade
dependem do grau de desvio da
inativação do X.
A maior parte das portadoras possuem
anomalias cardíacas.
Fisiopatologia
Ausência da distrofina desestabiliza o
sarcolema, provocando rompimentos
que aumentam a entrada de cálcio nas
fibras musculares.
Cálcio em excesso é ativador de vias
apoptóticas → necrose da fibra
muscular.
O tecido muscular perde sua capacidade
contrátil, pois é substituído por tecido
conjuntivo e tecido conjuntivo adiposo.
Parada cardiorrespiratória: disfunção de
músculos associados na ventilação e
perda funcional do tecido cardíaco.
Diagnóstico
Histórico familiar.
Testes enzimáticos: nível da enzima CK
(creatino-quinase) no sangue.
Testes genéticos: avaliam ausência ou
presença em menor quantidade da
distrofina.
Eletromiografia: avalia a atividade
elétrica da contração muscular.
Autópsia muscular.
Histoquímica muscular, microscopia
eletrônica, eletrocardiograma,
tomografia: fornecem compreensões
sobre a evolução da doença.
Intervenções Médicas
Não tem cura.
Terapia gênica não disponível.
Uso de corticoesteróides.
Fisioterapia motora e respiratória.
Uso de CPAP.

Continue navegando