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pcc-Gestão Escolar - teoria e prática

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
5º PERÍODO DA GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
FAGNER CHAVES DE PAIVA
MAT. 201908416858
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO DO ALUNO PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
Matéria: Gestão Escolar - teoria e prática
Tutora: Therezinha de Jesus Conde Pinto
RIO DE JANEIRO
 2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	2
2.	BREVE DISCUSSÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO DO ALUNO PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.	3
3.	REFLEXÃO E RESPOSTAS SOBRE OS TRÊS QUESTIONAMENTOS REFERENTES A CHARGE.	3
4.	CONCLUSÃO	5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	5
	
	
	
INTRODUÇÃO
O pressente trabalho se dá como Prática de Componente Curricular (PCC), exigência do curso de graduação em Pedagogia, trabalho único para todas as disciplinas no período 2021.3 pela Universidade Estácio de Sá.
Trata-se de avaliar e discorrer sobre a charge da questão 26 da prova do Curso de Letras do ENADE 2017, Observar, Pesquisar e Construir o Conhecimento. Além de fazer uma breve discussão sobre a importância do conhecimento prévio do aluno para o processo de ensino e aprendizagem, tendo como base o texto disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/39/conhecimentos-previos-dos-discentes-contribuicoes-para-o-processo-de-ensino-aprendizagem-baseado-em-projetos, e, por fim, tendo como referência três perguntas sobre a charge mencionada: a) Quais atividades faria com os alunos? b) Como os avaliaria? c) Como responderia as considerações realizadas pelos alunos, no quadro 2 da charge? elaborar uma reflexão escrita.
BREVE DISCUSSÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO DO ALUNO PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.
Após a leitura do texto sugerido, podemos concluir que professores não devem ignorar o conhecimento que o aluno traz de casa, isto é, o conhecimento prévio. Ao contrário, aos docentes é aconselhável que trabalhem com as informações preconcebidas, pois é através delas que, segundo David Ausubel, se dá a aprendizagem significativa, usando o conhecimento prévio como ancoragem para desenvolver os conteúdos recentemente concebidos (Ausubel, 2000), sendo assim, deve-se levar em conta tanto os saberes individuais quanto os sociais para a facilitação do processo de ensino e aprendizagem. Como bem enfatizado nesta citação contida no próprio texto: “os conhecimentos prévios dos estudantes, independentemente de sua origem, devem ser, para o professor, o ponto de partida para desenvolver o processo de mudança conceitual por parte do aluno, com o objetivo de contribuir para que pensem diferente do pensamento cotidiano". (Pivatto 2014)
Com relação a trabalhar com projetos, isso implica numa atuação em conjunto visando um determinado objetivo, desenvolvendo nos alunos um espírito político de cooperação e de reflexão, no sentido de se avaliar e medir as consequências das tomadas de decisão diante de uma situação que faz parte do cotidiano dos alunos, possibilitando a aprendizagem significativa, ou seja, os alunos possuem a ancoragem para desenvolver os saberes recentemente adquiridos para futuramente colocarem em prática como bons cidadãos, daí as vantagens de se trabalhar com projetos. 
REFLEXÃO e respostas SOBRE OS TRÊS QUESTIONAMENTOS referentes A CHARGE.
Analisando o conteúdo da charge, pude perceber que a aula seria de Geografia, no entanto, poderia aproveitar a empolgação dos alunos e deixar que os mesmos falassem um pouca de suas experiências vividas em cada região, no intuito de conhecer um pouco mais de cada um para poder utilizar seus conhecimentos em forma de ancoragem para se desenvolver uma aprendizagem significativa dentro do tema da aula, com a conversa na sala de aula não só os protagonistas, mas outros alunos também aprenderiam um pouco mais sobre as diversidades do País. Além do mais, poderia fazer um link com outras matérias (interdisciplinaridade) como Português, falaria dos sotaques, dialetos...; História, colonização, discorreria sobre as diferenças étnicas; ... e por fim, concluiria a aula de Geografia, com toda riqueza da interdisciplinaridade, deixando claro que devemos respeitar as diferenças.
Em todo o processo pelo qual se dá a aula estaria atento e avaliando cada participação, utilizaria uma avaliação formativa, mediaria a participação de trabalhos em grupo a partir dos alunos que julgasse já estar por dentro de parte da matéria, proporcionando interação entre os mais “adiantados” com os que estão na iminência de construir o saber. Seguindo o que Vygotsky propõe quando fala em Zona de Desenvolvimento Proximal (próximo, iminente ou imediato, dependendo do autor que traduz). "A Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão, presentemente, em estado embrionário" (Vygotsky. 1984, p. 97)
E ainda sobre a ZDP, nas palavras de Carlos Eduardo Lohse Resende;
Este é definido como a distância entre o nível de desenvolvimento real, onde o aluno resolve problemas de forma independente, e o nível de desenvolvimento potencial, onde o aluno soluciona problemas ou com a ajuda do professor ou com a ajuda dos colegas que já sabem a solução. Logo, a zona de desenvolvimento proximal é uma espécie de caminho que o aluno precisa percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas em seu nível de desenvolvimento real. A ação externa, por parte do professor ou do colega, é fundamental para a zona de desenvolvimento proximal. E a escola terá uma importância fundamental na construção do ser psicológico, pois é o espaço onde se dão as relações sociais necessárias para o aprendizado. (REZENDE, 2013, p. 6)
E por fim, responderia as considerações realizadas, pelos alunos, no quadro 2 da charge da seguinte maneira: mas é claro que vão poder contar um pouco sobre suas origens, eu e seus amigos de turma adoraríamos saber mais coisas sobre vocês, agindo assim eu, como professor, encorajaria os alunos a desenvolverem um diálogo saudável e com a atenção dispensada provocaria um sentimento de afeto pelo qual as crianças se sentiriam importantes, deixando claro que até mesmo o professor aprende com os alunos, pois o processo de ensino e aprendizagem é uma via de mão dupla. Esta atitude causaria o efeito oposto do desfecho da charge na qual com certeza os alunos se sentiram menosprezados e futuramente calar-se-ão diante de uma nova oportunidade de interação com a classe e professor, o que acarretará um mal aproveitamento da aprendizagem dos alunos, quiçá um desestímulo de ir à escola e/ou até mesmo abandono escolar.
CONCLUSÃO
Não há como negar a importância de usar o conhecimento prévio que o aluno traz consigo, é como se fosse o alicerce de uma construção no qual todo, ou quase todo, processo do conhecimento depende dele para se manter ativo e eficaz, Paulo Freire percebeu isso quando nos legou o imprescindível uso da palavra geradora por ocasião da alfabetização, tornando significativa a aprendizagem para aquele grupo de pessoas adultas no círculo de cultura, e o que impede de ser utilizado o mesmo método com crianças? Cabe ao professor mediador está atento para estas questões, sem abdicar de manter-se atualizado, pesquisando e colocando em prática a teoria visando a práxis para a transformação da estrutura social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AUSUBEL, David P., NOVAK, Joseph D., HANESIAN, Helen. Psicologia Educacional. Tradução Eva Nick. Interamericana - Rio de Janeiro 1980.
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/39/conhecimentos-previos-dos-discentes-contribuicoes-para-o-processo-de-ensino-aprendizagem-baseado-em-projetos acesso em 09/10/2021 às 21h
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 1ª. Ed, Paz e Terra - Rio de Janeiro 1967
RESENDE, Carlos Eduardo Lohse. Pensando Piaget e Vigotsky no ensino de hoje, Kindle Edition, 2013. E-book

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