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Gestão de pessoas high-tech & high-touch O equilíbrio entre tecnologia, experiência e cultura corporativa dá novo significado para a atuação da área de Recursos Humanos no século 21 TEMPO DE LEITURA: 30 MIN CONTEÚDO EM CAPÍTULOS 3 Gestão de pessoas 4.0? Estamos em novembro de 2020 e mais de 46 mi-lhões de casos de Covid-19 já foram registrados no mundo, com mais de 1,2 milhão de mortes soma- das. Diante de tal pandemia, uma situação jamais pre- senciada pela atual geração, o universo corporativo tem demonstrado sua resiliência. São empresas de todos os continentes que seguem apoiando seus funcionários e fornecendo sistemas e ferramentas para que eles sigam exercendo suas funções na segurança de suas residên- cias – quando possível. CARTA-CONVITE Somente no Brasil, um estudo feito pela Fundação Ins- tituto de Administração (FIA), de abril de 2020, indicou que o home office foi adotado por 46% de 139 pequenas, médias e grandes empresas. Com destaque para as áreas de serviços hospitalares (53%) e indústria (47%), orga- nizações apostaram que o trabalho remoto seria a única opção para manter suas operações, um movimento que exigiu transformações sem precedentes no setor de ges- tão de pessoas. Como antídoto para a falta de contato presencial, o RH investiu na adoção rápida de ferramental tecnológico não apenas para agilizar trâmites entendidos como burocráti- cos, mas para seguir com retenção e atração de colabora- dores, treinamento, capacitação, premiações e até mesmo para a contratação de novos funcionários. Porém, com toda a distância exigida pelo novo coronavírus, onde fica o “calor humano” tão necessário às políticas de RH? Sem a ambição de encontrar respostas, mas buscando promover uma reflexão plural, HSM Management rea- lizou o webinar “O RH high-tech e high-touch é possível?”. Com oferecimento da LG lugar de gente, a revista convi- dou Wiz Soluções e Globo para contarem suas experiên- cias com a adoção de tecnologias nos processos de gestão de pessoas. A partir desse encontro, em que foram discutidos as- suntos como os principais desafios da implementação de processos high-tech no RH, erros e acertos na transforma- ção digital da gestão de pessoas, a sinergia entre as lide- ranças de RH e TI e a importância da cultura corporativa para uma gestão de pessoas tecnológica e (ainda mais) hu- mana, HSM Management elaborou este e-book. Aqui, você encontra dados e reflexões sobre a área de gestão de pessoas no contexto da pandemia, e o que o mercado cor- porativo espera para os próximos meses. Se você é o líder da gestão de pessoas de sua empre- sa, um empreendedor que busca insights para estrutu- rar seu RH ou um colaborador que se encontra no meio desse furacão, mas que segue exercendo sua função na segurança de sua casa, este conteúdo é especial. As ex- periências e boas práticas aqui contidas podem inspi- rar você a iniciar um movimento essencial para o de- sempenho, os resultados e o cuidado com as pessoas. E para quem deseja conferir o papo entre HSM Mana- gement, LG lugar de gente, Wiz Soluções e Globo, basta apontar seu celular para o QR code e assistir ao resultado desse encontro. Esperamos que goste do resultado! Faça uma boa leitura! Angela Miguel Editora de conteúdo customizado de HSM Management SCAN A adoção de tecnologia na gestão de pessoas Como a pandemia da Covid-19 acelerou a transformação digital (e cultural) no RH das empresas brasileiras O colaborador no centro da experiência Esforços em employee experience ditam práticas, processos e soluções tecnológicas da gestão de pessoas O legado da pandemia Encontro entre flexibilidade, dados, tec- nologia e calor humano está entre as boas práticas do RH do futuro SUMÁRIO 1 2 3 1 A ADOÇÃO DE TECNOLOGIA NA GESTÃO DE PESSOAS A ADOÇÃO DE TECNOLOGIA NA GESTÃO DE PESSOAS Embora a digitalização do setor de Recursos Humanos tenha sido apontada como a grande tendência do mercado em 2019 pela consultoria Gartner, nenhuma empresa estava preparada para as transformações provocadas pela Covid-19, nem mesmo aquelas mais digitalmente avançadas. Para além da adoção do home office, a pandemia alavancou a corrida por integração de sistemas, cibersegurança, ferramentas comunicacionais intuitivas e tantas outras soluções que garantissem a continuidade dos negócios. Se o desafio das organizações foi acelerar a implemen-tação de atividades a distância e conectadas, para funcionários a situação tomou uma proporção ainda maior. Com a pandemia, a separação entre trabalho e des- canso, entre ambiente corporativo e familiar, se perdeu, gerando novas experiências e exigindo um jogo de cintura que muitos tiveram grande dificuldade em adquirir. De olho em toda essa movimentação, no entanto, está a área de gestão de pessoas. Além de prosseguir com o acompanhamento de todas as atividades das empresas, o RH precisou exercitar seu conhecimento e sua empatia para apoiar os colaboradores que, assim como o próprio departamento, estavam aprendendo a gerir seu tempo e suas funções em um novo contexto. Sem contato físico, sem eventos presenciais, sem olho no olho, o RH na pandemia assumiu as rédeas da trans- formação e se uniu aos colegas da área de tecnologia para promover mudanças positivas nas operações, a serem aplicadas remotamente nesse momento. Saiu a emissão de holerites ou a contabilização de ban- co de horas, entrou a automação da folha de pagamentos e as análises de comportamento dos colaboradores. Me- nos papel e presença física, mais games corporativos e políticas para o cuidado com a saúde mental. Transformação digital & cultural A Wiz Soluções, gestora de canais de distribuição de seguros e produtos financeiros por meio de plataforma omnichannel e uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil (Great Place to Work - 2019), já realiza- va sua transformação digital em RH antes da pandemia. Segundo Heverton Peixoto, CEO e presidente da Wiz, a companhia acredita tanto no poder da tecnologia como facilitadora de processos que eliminou a antiga diretoria de tecnologia, pois entende que ela precisa estar em to- dos os departamentos. Ainda assim, a existência de uma cultura focada na transformação digital foi determinante para que esse movimento fosse bem-sucedido. “Quando falamos de adoção de tecnologia, entendemos na Wiz que essa é uma agenda de todos, do CEO aos co- laboradores. Já implementávamos soluções tecnológicas antes da pandemia e, com a Covid-19, nossa tese de que tech é fundamental para nossa operação só se confirmou. Como estamos presentes em muitos estados, ter uma es- trutura de RH tecnológica sempre fez muito sentido, e nos respaldamos em nossa cultura. Afinal, transformação di- gital não é algo de tech, é muito mais gente, cultura, visão de negócio do que só a área de TI”, afirma Peixoto. Em pleno processo de fusão – TV Globo, Som Livre, Globosat, Globo.com e a holding Globo tornaram-se uma única empresa, Globo, em 2020 –, a Globo entende a tec- nologia como parte “core” de sua entrega, mas foi pega pela pandemia quando ainda trilhava o caminho para que a transformação digital se tornasse a base de sua ges- tão de pessoas. Para Renata Pessoa, diretora de soluções corporativas de tecnologia na Globo, essa não é mais uma tendência, mas realidade para as companhias em todo o mundo que desejam sobreviver. “A pandemia acelerou a transformação digital de for- ma incrível. Mesmo para quem já estava com o roadmap de transformação em curso, esse tema tem estado pre- sente em todo tipo de agenda estratégica de empresas de toda natureza. O RH, por sua vez, tem tido a missão de acelerar maneiras de o colaborador seguir com suas fun- ções remotamente, embora com forma diferente e em ou- tros canais. Na Globo, embora a gente ainda esteja fazen- do essa transformação, a adoção tem sido muito boa. A expectativa é de que todos os colaboradores aceitem as soluções tecnológicas e façam uso dela,e acho que nossa cultura de inovação e nosso mindset de media tech nos ajudaram nesse momento tão ímpar”, diz. Desafios para um RH high-tech Em seu relatório Global Human Capital Trends 2020, a consultoria Deloitte aponta que as empresas que inves- tiram em tecnologias para o RH estão mais bem posicio- nadas para sustentar suas operações e responder às ne- cessidades do negócio – tendência que se confirmou com a pandemia da Covid-19. Nesse sentido, uma das sete principais consequências pandêmicas que ficam como desafio para as áreas de ges- tão de pessoas daqui para frente, ainda segundo a Deloit- te, é a digitalização do fluxo de trabalho em toda a organi- zação, e não apenas a introdução de ferramentas digitais para aumentar eficiência e eficácia dos processos de RH. O relatório indica que os RHs podem maximizar seu impacto nessa “nova” sociedade ao adotar facilitadores, isto é, implantar tecnologia avançada para promover pro- dutividade e valor e simplificar a experiência. Heverton Peixoto e Renata Pessoa concordam que esse é um desa- fio e tanto para as organizações do futuro (e do presente). Assim como o outro grande desafio, do início da pande- mia, que foi estruturar o mindset das lideranças para que a implementação de tecnologias fosse duradoura. “No começo, não sabíamos quanto tempo a Covid-19 duraria. Em maio, estava mais claro que a pandemia se- ria longa e que precisaríamos de soluções de longo prazo. Foi assim que passamos a olhar pontos críticos que to- cam nas pessoas e transformá-los para aquele momento, tendo o cuidado de aprender com o que deu errado e sem- pre trabalhar em melhorias. Você precisa estar pronto para experimentar, acertar, fortalecer os acertos e refazer quando você teve erros, de forma rápida. Todo esse tipo de pensamento novo, de mentalidade de agilidade, que é algo novo para muitas pessoas, é outra dificuldade”, opi- na a executiva da Globo. Já para o CEO da Wiz Soluções, uma das principais barreiras para um RH high-tech ainda é o mindset cultu- ral, acompanhado da prioridade da liderança, que preci- sa estar conectada sempre aos anseios dos colaboradores. “Infelizmente, ainda enfrentamos dificuldades, mesmo na área de pessoas. E, veja, se o departamento de gestão de pessoas não olha para o futuro, não tem outra visão de cultura, de modelo organizacional, de construção de um ambiente organizacional dinâmico, ágil, aberto, honesto e transparente, imagine o restante da companhia. Outra questão é a falta de um sponsor da alta liderança, e é aí que as empresas perdem um dos grandes catalisadores desse processo”, pondera Peixoto. O que os colaboradores acham do RH? dos funcionários atualmente dizem que os processos de RH são complexos; dizem que os processos de RH foram simplificados, mas têm um longo caminho a percorrer; dos funcionários acreditam que algumas interações humanas necessárias foram perdidas. FONTE: MERCER, 2020 20% 29% 22% 2 O COLABORADOR NO CENTRO DA EXPERIÊNCIA O COLABORADOR NO CENTRO DA EXPERIÊNCIA Investimento em employee experience significa uma força de trabalho saudável, produtiva e energizada, pronta para participar da jornada de transformação e para garantir melhores resultados de negócios A área de gestão de pessoas tem se transformado nas últimas décadas. Foi do antigo “departamento pes-soal”, em que as folhas de pagamento entulhavam os escritórios, para a área de “recursos humanos”, em que o foco estratégico passou a compreender, mais do que tudo, otimização e redução de custos. Contudo, a chegada de novas gerações, a necessidade de atração e retenção de talentos e a emergência das tec- nologias fizeram com que a gestão de pessoas transfor- masse seu papel nos negócios, promovendo a evolução do RH para um modelo de atuação focado na interação, va- lorização e satisfação dos colaboradores. Essa é a chama- da experiência do cliente, ou employee experience (EX). Human Experience Management Segundo Felipe Azevedo, vice-presidente da LG lugar de gente, os RHs contemporâneos obedecem ao Human Capital Management (HCM), conjunto de práticas, pro- cessos e soluções que considera as pessoas como ativos das empresas. No entanto, esse conceito vem sendo apri- morado, dando lugar ao Human Experience Management (HXM), em que a experiência do colaborador é a percep- ção acumulada de todas as suas interações com os aspec- tos que fazem parte do ambiente de trabalho – processos, políticas, pessoas, ferramentas, infraestrutura digital, atividades e ambiente físico. “Com o HXM, entendemos que o trabalhador está no centro de todas as decisões do negócio. Esse conceito se refere a uma forma de pensar a jornada do colaborador e sua relação com a empresa de maneira mais ampla, e proporcionando a melhor vivência possível. As pessoas passam a maior parte de suas vidas no trabalho e querem mais do que sobreviver. Os profissionais desejam ser tra- tados com respeito e fazer a diferença com suas habilida- https://www.lg.com.br/blog/evolucao-rh-hxm/ des, em ambientes saudáveis. Querem empregos que se ajustem ao seu estilo de vida, que ofereçam oportunida- des de crescimento e as conectem verdadeiramente a um significado e propósito maiores”, explica. Essa força do EX como diferencial no contexto do tra- balho moderno foi comprovada pelo estudo Tendências Globais de Talentos 2020, realizada pela consultoria Mer- cer com 7,3 mil empregados, líderes de RH e altos exe- cutivos de 16 países. O levantamento mostrou que pro- porcionar experiências de qualidade aos funcionários é a principal prioridade do RH em 2020, uma vez que o investimento em EX significa uma força de trabalho sau- dável, produtiva e energizada, pronta para participar da jornada de transformação e para garantir melhores resul- tados de negócios. Ainda segundo a pesquisa da Mercer, funcionários energizados são cinco vezes mais propensos a afirmar que estão prosperando e se sentem menos propensos a sofrer de exaustão – são 60% em comparação com 81% dos funcionários não energizados. Além disso, EX tam- bém exerce impacto no engajamento (e a Mercer mostra que 74% dos executivos estão preocupados com o engaja- mento dos colaboradores abaixo do esperado) e na produ- tividade (70% das lideranças estão atentas ao alto absen- teísmo dos funcionários). Já na pesquisa Builing a Better Employee Experience (2019), da mesma consultoria, or- ganizações com altas classificações de EX têm um índice de inovação e satisfação do cliente duas vezes maior que o de suas colegas de classificação mais baixa. “A pandemia comprovou que a Wiz precisava olhar para a área de pessoas como user experience e com a ca- beça de digital. A gente olhava nossos canais de vendas por meio de user experience, de experiência do vendedor, do cliente, e percebemos que não fazíamos o mesmo com o nosso colaborador. Esse foi o primeiro passo de uma grande transformação que veio com a adoção de tecnolo- gias. Precisávamos olhar para o EX com o mesmo cari- nho que tínhamos pela experiência do cliente”, relata He- verton Peixoto. Por um RH mais tecnológico O caminho para estabelecer o HXM nas empresas está na adoção de tecnologias para a área de gestão de pes- soas, conforme citado no primeiro capítulo desse e-book. Somente um RH focado na experiência do colaborador e nos objetivos do negócio consegue impulsionar transfor- mações verdadeiras na relação entre organização e fun- cionários. Essa experiência, no entanto, não se restringe ao time que já pertence à companhia, mas também é pen- sada para a atração de candidatos e para o desligamento de funcionários. Tecnologias de EX em uso atualmente Feedback contínuo: 62% Portal de autoatendimento do colaborador: 52% Ferramenta de gestão/planejamento de carreira: 49% Portal ou ferramenta de integração online: 49% Sistema de gestão de recompensas: 49% Ferramenta de reconhecimento de colegas: 46% Plataforma de gerenciamento da força de trabalho temporária/ autônoma:46% Ferramenta de gestão financeira pessoal: 45% FONTE: MERCER, 2020 Conforme explica Felipe Azevedo, a LG lugar de gente realiza a automação das rotinas de subsistemas da área de recursos humanos tradicional, como folha de paga- mento, treinamentos e gestão eletrônica de ponto. Mas não apenas isso: “Acreditamos que o HXM chegou para quebrar paradigmas do RH que conhecemos. A gestão de pessoas deve ser designer de experiências. Nosso ob- jetivo é entender quais são as dores e os desafios de cada empresa em RH e desenhar soluções com tecnologia embarcada que promovam transformações nessa rela- ção empresa/colaborador. A tecnologia pode otimizar as etapas da jornada do colaborador e garantir a ele uma experiência semelhante às que ele tem quando assume o papel de cliente. Queremos que ele trilhe seu caminho de desenvolvimento e crie um relacionamento individual com a companhia por meio de aplicativos que podem até estar na palma de sua mão”. A partir dos pilares Relacionar, Gerenciar, Aprofun- dar, Cuidar, Remunerar, Evoluir e Engajar, a LG lugar de gente fornece soluções de RH embarcadas com tecno- logias para diversas etapas da jornada do colaborador, como onboarding, treinamento, retenção e atração de candidatos, processo seletivo, cumprimento de metas, feedback, orçamento de pessoal, workflow e sucessão. A junção de todos os sistemas é a Suíte Gen.te, conjun- to de soluções que acompanha todo o ciclo do funcio- nário na empresa, totalmente integrada e desenvolvida por brasileiros. A plataforma conta com games, people analytics, chatbots, mobilidade e inteligência artificial. https://www.lg.com.br/produtos https://www.lg.com.br/produtos https://www.lg.com.br/feedback “Quando você coloca o colaborador no centro de tudo, você primeiro pensa na experiência que deseja que ele tenha e como ele se relaciona com aquilo, e a tecnologia é um meio capaz de tornar essa interação ainda mais interessante. Usar tecnologias como a IA para gerar mais engajamento, produtividade ou reduzir burocracia faz todo o sentido para a gestão de pessoas moderna, ainda mais no contexto da pandemia e do pós-pandemia”, emenda Azevedo. Renata Pessoa, diretora de soluções corporativas da tecnologia na Globo, conta que a urgência da Covid-19 fez com que muitos desses processos digitais fossem acelera- dos na empresa, e diz que soluções tecnológicas têm sido essenciais para garantir a perenidade dos negócios e dos processos internos. “Em parceria com a LG lugar de gente, estamos reven- do todos os processos de RH que tocam os nossos cola- boradores. O desafio deste momento é olhar os proces- sos críticos que afetam as pessoas e transformá-los para aquele momento que a pandemia nos trouxe e, ao mesmo tempo, saber apostar em como eles podem ser perenes e flexíveis para o que vem por aí. Muitas das mudanças que temos feito só foram possíveis porque tínhamos prepara- do um plano de transformação tecnológica para grande parte dos processos de RH, tendo uma visão mais ampla e holística da relação dos funcionários com a Globo”, diz. 3 perguntas para avaliar o employee experience em 2020: Sobre confiança organizacional: até que ponto os colaboradores acreditam que realmente valorizamos as pessoas e garantimos seu bem-estar? Sobre o compromisso com a equipe: como os funcionários têm co- laborado e aprendido com os colegas de trabalho? Sobre o desenvolvimento das competências certas: estamos aju- dando os colaboradores a ter acesso a habilidades, ferramentas e recursos necessários para que sejam bem-sucedidos durante a pandemia e nesse novo modelo de trabalho? FONTE: GARTNER, 2020 1. 2. 3. 3 O LEGADO DA PANDEMIA O LEGADO DA PANDEMIA Combinação entre ciência dos dados, soluções tecnológicas e conhecimento humano é a chave para a gestão de pessoas do futuro Embora ainda não haja total clareza sobre o mundo do trabalho após o fim da pandemia, as organiza-ções somam aprendizados que devem permanecer, como o modelo de escritório flexível, a experiência como base para o engajamento de colaboradores e o desenvolvi- mento de um RH mais empático e sustentável. De acordo com o estudo Tendências Globais de Talento 2020, as empresas do futuro possuem propósitos cons- cientes e se preocupam com a sustentabilidade de seus processos de pessoas, monitorando a saúde da força de trabalho, propondo remunerações responsáveis, investin- do na diversidade e na inclusão e desenvolvendo as com- petências profissionais de seus talentos. Como facilitador dessa estrutura, a tecnologia exerce papel fundamental. Modelo híbrido e flexível Segundo a pesquisa realizada pela Mercer, 61% dos exe- cutivos entendem que a tendência número um do RH para causar impacto está no uso da análise de talentos para a tomada de decisões – e essa constatação já se mostra verdadeira quando os números são apresentados. Para a consultoria, o RH colocou os dados em uma posição mais alta na cadeia de valor e quadruplicou a aplicação de aná- lises preditivas nos últimos cinco anos, de 10% em 2016 para 39% em 2020. A combinação entre ciência dos dados, soluções tecnológicas e conhecimento humano é a chave, portanto, para a área de gestão de pessoas liderar transformações e contribuir massivamente para o futuro das organizações. Essa ideia é corroborada por Heverton Peixoto e Rena- ta Pessoa. De acordo com Peixoto, a relação entre o capital humano e a tecnologia é um dos grandes legados para o pós-pandemia, exigindo que o RH esteja preparado para lidar com a questão da flexibilidade e com as ferramentas tecnológicas. “A flexibilidade de horário e de local de trabalho está aí para mudar a dinâmica das áreas de RH e obrigá-las a adotar soluções em tecnologia. Contudo, seremos cobra- dos por essa dinâmica híbrida, precisamos ter uma visão que vá além de soluções, temos que pensar em feedback, recrutamento e seleção, capacitação e tantos outros pro- cessos remotos, mas sempre com a cultura organizacio- nal como guia. E é importante também ter em mente que o modelo de trabalho híbrido deve funcionar para todos, do CEO aos colaboradores”, afirma. A agenda flexível e a adoção de novas tecnologias em RH também estão no centro das discussões da Globo, assim como a força da marca empregadora nesse momento em que há a fusão das cinco empresas. “Já reconhecemos que precisamos falar do escritório flexível em cadeias, pensando nas áreas complementa- res que fazem cada produto acontecer. Em nosso caso, a transformação digital vem sendo feita simultaneamente à transformação cultural, pois agora é ‘uma só Globo’, fa- zendo com que reforcemos nosso DNA tecnológico e exi- gindo que a área de pessoas se posicione de forma estra- tégica e em sintonia com a área de tecnologia. Ao mesmo tempo, esse movimento também tem feito com que a alta liderança esteja ainda mais preocupada com o engaja- mento dos colaboradores e com o fortalecimento da cul- tura Globo”, emenda Pessoa. O high-touch em alta A cultura organizacional e o senso de pertencimento citados por Renata Pessoa são centrais para a construção de um RH estratégico no contexto pós-pandemia, mesmo que as pesquisas destaquem a emergência da tecnologia na gestão de pessoas do futuro. Afinal, de nada adianta uma imensidão de dados e processos digitais se os indiví- duos não se sentem respeitados, ouvidos e tratados com justiça. O conhecimento, a empatia e a intuição humanas andam lado a lado com a aplicação de tecnologias no am- biente corporativo. De acordo com Felipe Azevedo, VP da LG lugar de gente, os exemplos de Wiz e Globo reforçam o desa- fio das empresas nesse novo cenário: como o RH pode agregar produtividade, gerar mais engajamento e redu- zir processos operacionais em um modelo flexível de trabalho? Para ele, a solução pode estar no encontro entre uso do ferramental tecnológico e práticas de ges- tão humanizadas. “O RH tem que se posicionar de forma diferente, não mais ser o centralizador das informaçõese repassá-las ao CEO, mas ser um fornecedor de ferramentas para que líderes exerçam uma melhor gestão de pessoas. O RH e a liderança precisam criar uma cultura forte e construir práticas de gestão mais inclusivas e mais humanas, que realmente promovam transformações nos colaboradores. E a tecnologia é a ferramenta que pode gerar insights e aplicar a concepção e o ideal de gestão das empresas”, opina Azevedo. Tanto o senso de pertencimen- to quanto a fusão de humanos e tecnologia estão entre os temas de atenção para RH apontados pelo relatório Global Human Capital Trends 2020, promovido pela De- loitte. Embora pareça um parado- xo, é no fundir da tecnologia com o humano que reside o valor dura- douro da gestão de pessoas após a Covid-19. 9 Tendências Globais de Capital Humano 1. Senso de pertencimento. 2. Bem-estar no trabalho. 3. Valorização da força de trabalho para além das gerações. 4. Integração com inteligência artificial para criação de superequipes. 5. Gestão (e compartilhamento) do conhecimento. 6. Resiliência e reskilling. 7. Compensação e remuneração em uma perspectiva mais humanizada. 8. Governança e métricas para a força de trabalho do futuro. 9. Desafios éticos da integração entre humanos e tecnologia. FONTE: DELOITTE, 2020 “Acreditamos que o ferramental e a tecnologia são fa- tores fundamentais para otimizar a experiência. Mas o relacional e o inspiracional não podem ser esquecidos. Para nós, na Wiz, a tecnologia é essencial para manter- mos tudo funcionando, mas não podemos abandonar ja- mais o olho no olho, a mão com a mão, o coração com o coração”, finaliza Heverton Peixoto. Considerada por muitos a principal publicação de gestão do Bra- sil, a Revista HSM Management foi lançada em 1997 pela HSM, uma das maiores empresas de educação executiva da Améri- ca Latina. A HSM Management garante para a comunidade de negócios brasileira o acesso à vanguarda mundial do pensamen- to nessa área, trazendo o melhor e mais avançado conhecimento gerencial produzido no País e no exterior, com foco sempre na junção de teoria e prática. A LG lugar de gente é a maior desenvolvedora brasileira de tecnologia para gestão de Recursos Humanos. No mercado desde 1985, está entre os 500 maiores fornecedores do mundo de software de gerenciamento de capital humano (HCM). Tem como propósito impulsionar a transformação digital das empresas a partir do RH. Trabalha em parceria com mais de 1 mil clientes para desenvolver soluções tecnológicas capazes de melhorar a fluidez de processos, reduzir retrabalho e desburocratizar tarefas operacionais, fatores que ajudam a gestão de pessoas a ter mais tempo para engajar e inspirar as pessoas. Mais de 1,5 milhão de trabalhadores em todo Brasil têm sua folha de pagamento processada pelos produtos LG. Sobre a Revista HSM Management Sobre LG Lugar de Gente www.lg.com.br www.linkedin.com/company/lglugardegente www.twitter.com/lglugardegente www.facebook.com/lglugardegente/ www.instagram.com/lglugardegente/ https://www.instagram.com/revista_hsm/ https://www.facebook.com/revistahsmbrasil/ https://twitter.com/revista_hsm https://www.linkedin.com/company/revista-hsm https://www.revistahsm.com.br/ Deseja ascender na carreira, se tornar um grande líder ou transformar a sua empresa? A Revista HSM Management foi feita para você. 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