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Microbiologia (TROPS 68)
Micologia
Fontes: transcrições das aulas + Tratado de Dermatologia Criado + Santo Google + Atlas Resumo FMB 
1. Micoses sistêmicas 
· Descrição: trata-se das micoses que acometem diversos órgãos e sistemas, tanto os internos, quanto os externos.
Paracoccidioidoses ( PA RA COC CI DI OI DO MI CO SE)
· Sinonímias: Pb micose, Blastomicose sul americana (semelhante à blastomicose presente na América do Norte), Doença dos gravetos (devido ao hábito de trabalhadores rurais de mastigarem gravetos, onde os fungos podem estar presentes e se proliferando
· São termomórficos dimórficos. Como já visto anteriormente, isso significa que a morfologia dos fungos se altera conforme a faixa de temperatura a que são expostos. 
· À temperatura ambiente, os paracoccidioides se encontram na forma filamentosa, o que corresponde à fase infecciosa do fungo. 
· A 37ºC, eles se encontram na forma de levedura, o que corresponde à fase parasitária. 
· Transmissão: 
- Inalatória: fragmentos de hifas
- Traumática: também a partir do micélio (conjunto de hifas nos fungos).
· Foi descrita por Adolpho Lutz em 1908 como lesões da mucosa oral de pacientes
· No Brasil, as regiões de maior frequência são Sul, Sudeste e Centro-Oeste (fatores envolvidos??)
· Micose sistêmica de maior taxa de mortalidade!! (1-3 casos por 100.000 habitantes)
· Maior incidência em homens que em mulheres.
· Pelo contexto oferecido anteriormente, fica fácil entender porque os trabalhadores rurais apresentam uma maior incidência de paracoccidiomicoses. 
· Alcoolismo e tabagismo também se apresentam como fatores de risco para a contaminação (visto que deixam a barreira física da mucosa mais sensível. 
· Frequência em área endêmica: 15 a 20 casos/100.000 habitantes/ano
· Desenvolvimento da PCM
Paracoccidioides Infecção Complexo primário
			 PCM Progressão
							 Involução
							Focos quiescentes (anos)
Forma aguda juvenil (3-5%)
Forma crônica progressiva do adulta 
(isolada ou múltipla)
· O intermediário entre a infecção e o complexo primário é onde se dão lesões parenquimatosas e linfáticas típicas dessa doença. 
· Cura Recidiva
· Sequelas (15-50%)
· Morte
· Formas clínicas da PCM
Forma aguda juvenil: evolução mais rápida e mais severa
- Maior mortalidade
- Adenomegalia generalizada
- Perda de peso intensa
- Hepato e esplenomegalia lesão de hemácias??
- Comprometimento intestinal
- Lesões cutâneas
Forma progressiva crônica do adulto (Unifocal ou Multifocal)
- Progressão lenta
- Comprometimento pulmonar (25%)
- Lesões cutâneo-mucosas lesões costumam deixar cicatrizes em padrão de vitiligo (perda de coloração).
- Sistema Nervoso Central (6-25%)
- Suprarrenais insuficiência adrenalina, cortisol
- Ossos e articulações
- Órgãos reprodutivos
Obs: claro que a sintomatologia depende do órgão atingido
Lesões e histórias clínicas (foco em epidemiologia) que corroborem com a hipótese diagnóstica de micose, pede-se o teste micológico direto, o qual consiste, basicamente, em analisar amostras recolhidas da lesão na lâmina e realizar procedimento de coloração normal (nanquim funciona, devido à atuação intensa do sistema fagocitário no local).
· Fisiopatologia da PCM
Depois que o fungo penetra a barreira física do organismo, ou morre por ação do sistema imune, ou é capaz de evadir do mesmo. Sobrevivendo, as cepas dos paracoccidioides podem iniciar uma fase de parasitária efetiva – na qual há multiplicação e invasão de novas áreas e tecidos -, ou uma fase de latência, na qual pode permanecer por anos. A fase de multiplicação envolve a lise das células do tecido parasitados e avanço para outros locais. 
A conclusão é de que PCM é um parasita intracelular, sendo que a saída do estado de latência é denominada reativação endógena.
· Resposta imune associada a PCM
A resposta de Th1 oferece resistência a esses fungos, visto que ela está ligada a uma ativação do chamado “estado antiviral”, destinado ao combate de parasitas intracelulares. A ativação desses Th1 demanda um aumento de IL-2 para diferenciação dos linfócitos T e esse perfil Th1 aumenta o recrutamento de neutrófilos e macrófagos, assim como o aumento da capacidade proteolítica deles (à exemplo do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio).
A resposta de Th2, por outro lado, leva a suscetibilidade, visto que a diferenciação para um perfil de linfócitos Th1 inibe o perfil Th2, vice-versa. 
· Formas clínicas
· PMC pulmonar: no raio-x aparece em um padrão “asa de borboleta” como condensações acumuladas na base dos pulmçoes. 
· PMC em lesões na mucosa: geralmente essas lesões se desenvolvem na mucosa oral, além da presença de pus (resíduos de neutrófilos). Disseminação hematogênica.
· PMC em lesões cutâneas: observam-se áreas necróticas e formações dos chamados abcessos fúngicos. Outras manifestações cutâneas envolver a adenomegalia generalizada. 
· PMC Óssea: 
· PMC no SNC: como se trata de um parasita intracelular, é bem esperado que o sistema imune responda com base na estimulação fagocitária, isto é, em uma resposta mais celular que humoral, dessa forma visando destruir as células infectadas por meio da citotoxicidade e da fagocitose. 
Sendo assim, é possível entender porque da formação de granumolas: eles decorrem da atuação intensiva e persistente de macrófagos (periferia + núcleo do granuloma) sobre o antígeno. 
· Constituição da parede celular: explicando os mecanismos moleculares.
Lembrando que a parede celular configura um dos mais importantes papéis nos mecanismos de parasitismo nas micoses, tem-se a seguinte comparação entre a parede celular de Candida albicans (micose oportunista) e de P. brasiliensis. 
Quais as alterações conformacionais implicadas na presença de alfa-1,3-glicanas em contraposição às mananas presentes nas paredes celulares de Candida albicans? A resposta é simples, em Candida, mananas e beta-1,6-glicanas são reconhecidas como PAMPs pela imunidade inata do hospedeiro, em especial pelos fagócitos circudantes e circulantes. Já as alfa-1,3-glicanas não são reconhecidas como PAMPs, por isso sendo apontada como um fator de virulência.
Dado o exposto, os fatores de virulência para os paracocos são:
· Alfa-1,3-glicanas 
· Proteína gp43: receptor de laminina e fator de disseminação. Liga-se a macrófagos (via manose) e outros tipos celulares.
· Hsp70: termotolerância
O exame micológico dierto normalmente é feito com solução de potassa alcoólica (10-20%), sendo que o aspecto morfológico é de “Mickey mouse” ou em “roda”. 
Histoplasmose
· Agente: fungo dimórfico Histoplasma capsulatum e Histoplasma duboisii
· Doença infecciosa de caráter agudo ou crônico, que acomete seres humanos e animais
· Transmissão: inalatória
· Trata-se de uma micose cujo agente etiológico é especialmente especializado no parasitismo intracelular
· Epidemiologia: distribuição mundial, porém endêmica em algumas regiões, como aquelas próximas a bacias hidrográficas e superfícies com altas taxas de matéria orgânica como dejetos de aves e de morcegos. 
· Patogênese: 
1) Inalação de conídeos (pulmão): presentes em terra fofa, fezes de animais, grutas e cavernas de morcegos.
2) Dependendo da carga infectante, os indivíduos podem ou não desenvolver os sintomas. No entanto, para desenvolver os sintomas é necessária uma alta carga de histoplasma, de modo que 95% dos pacientes são assintomáticos. Quanto aos que desenvolvem a forma aguda da micose, eles costumam apresentar manifestações pulmonares graves como a formação de lesões granulomatosas, bem como calcificação e quiescência. 
3) Como já se sabe, a persistência dessa situação leva a uma condição crônica, com manifesta
4) Ação inicial prioritariamente do sistema respiratório (dor torácica, hemoptise, insuficiência respiratória), depois podendo se disseminar para outros órgãos e sistemas.
· Resposta imunológica
Assim como para os paracoccidioides, a resposta imunológica depende de um perfil prioritário de Th1, dessa forma recrutando mais fortemente respostas celulares e fagocitárias.Ademais, a maior susceptibilidade de desenvolvimento dos sintomas é para os imunocomprometidos, sendo assim difícil a separação entre os fungos, por exemplo entre as micoses sistêmicas e as micoses oportunistas propriamente ditas.
Lembrando que os granumolas possivelmente formados a partir das respostas imunes celulares é que podem calcificar. 
Aula 06 – Diagnóstico Laboratorial de Fungos 
· Identificação de fungos que sejam de relevância médica. Aspectos morfológicos microscópicos dos fungos.
· Identificação de fungos de relevância médica
· Fungos possuem uma distribuição cosmopolita, isto é, que se distribui por uma grande variedade de habitats.
· A classificação das micoses influencia no tipo de identificação laboratorial a ser feita, tendo em vista ao diagnostico delas em pacientes.
· Amostras biológicas possíveis: unhas, pelos, biópsias de tecidos lesionados, escarros e outros.
· Morfologia microscópica de fungos filamentosos e leveduras
a) Micoses superficiais e subcutâneas
· Os fungos filamentosos são também denominados fungos dermatófitos, os quais se desenvolver sobre a superfície queratinizada da pele, configurando as chamadas dermatofitoses ou tinhas. 
· Conídios são as formas de reprodução (ASSEXUADA) para esse tipo de fungo, lembrando que diferentes tipos de fungos podem ter diferentes morfologias de suas formas reprodutivas. Conidióforos são hifas especializadas que dão origem a esses esporos assexuados externalizados, que são os conídios. 
· São três gêneros principais de fungos dermatófitos: Microsporum, Epidermophytum, Tricophyton. 
· 
Macroconídio
							Microconídio
· Macroconídios numerosos; grandes, septados, de parede espessa ou rugosa (oferece resistência à dessecação e contra raios UV). Micronídios raros. Microsporum spp.
· microconídeo
· Hifas finas e longas, com paredes lisas e delgadas; micronídios numerosos, esféricos, ou em forma de gota ou pino. Trichophyton spp.
· 
· Macroconídeos grandes em cachos de 2 ou 3. Microconídeos ausentes. Epidermophyton flocosum
· Fungos filamentosos também podem causar outros tipos de micoses superficiais. 
· Ptiríase versicolor: micose superficial crônica cujo aspecto clínico principal é a hipocoloração da pele (“cicatriz em vitiligo”; destruição das camadas espinhosa e granulosa da epiderme??).
A espécie fúngica Mallassezia spp. é uma das principais relacionadas à ptiríase versicolor, com aspecto morfológico à microscopia com: células esféricas ou ovaladas, em aspecto de “espaguete com almôndegas”, o que significa a presença de células esféricas aglomeradas em cachos e acompanhadas de hifas finas e curtas. Podem ou não haver brotamentos das células (depende do momento em que a lâmina for fixada para análise). 
 
Outro padrão morfológico microscópico de fungos superficiais causadores de ptiríase versicolor é: hifas longas, septadas, ramificadas e bastante delgadas; possuem conídios numerosos e dispostos em cachos nas extremidades de conidióforos (analogia dos cachos com “margaridas”).
 Esporotricose (micose subcutânea; raramente invade outros tecidos).
b) Micoses oportunistas
· Aspergilose
· Fungo filamentoso com hifas e vesículas na extremidade (conidióforos) que permitem a externalização dos esporos assexuados (conídios).
· Conidióforo??
· 
c) Leveduras
· Uma observação importante sobre a coloração em lâminas é que fungos são maiores que bactérias
· Todos os fungos são gram-positivos, de modo que a coloração Gram não é utilizada para diferenciar espécies de fungos (como ocorre para as bactérias), contudo pode ser útil para distinguir elementos dos próprios fungos de possíveis artefatos de preparação das lâminas.
· No caso das leveduras coradas em roxo, vê-se que algumas podem apresentar brotamentos!
· Essas leveduras da imagem são de Candida albicans, sendo que a identificação é bastante eficaz por meio do teste do tubo germinativo.
· Tal teste se baseia na aplicação de soro em uma colônia isolada do fungo potencialmente de Candida albicans em um tubo de ensaio. A mistura fica em repouso no tubo de ensaio por um período de horas (~3h) e analisada em lâmina novamente. Caso haja formação do tubo germinativo, então trata-se de Candida albicans.
· Outra característica distintiva é a presença pseudohifas, as quais possuem uma constrição delimitante entre hifa e brotamento. 
· Criptococoses
· Micose oportunista e fungo dimórfico
· As leveduras de criptococoses possuem uma cápsula de polissacarídeos, os quais não colorem pela tinta nanquim
· As leveduras de Crytococcus possuem certo tropismo pelo SNC, sendo as protagonistas de meningites fúngicas. 
· Paracoccidioides
· Leveduras arredondadas ou ovais (fungo dimórfico)
· Presença de múltiplos brotamentos que são anexos à célula-mãe por conexões estreitas. Essa característica entre células-filhas e célula mãe leva à configuração microscópica denominada “roda de leme” ou “Mickey Mouse”.
· Paracoccidioides brasiliensis
· Histoplasmose
· Fungo dimórfico causador de uma micose sistêmica, ainda que atinja mais intensamente aqueles indivíduos imunossuprimidos. Lembrando eu o dimorfismo dos histoplasma é dependente da temperatura (“termoplasticidade”).
· O aspecto microscópico dos histoplasma é de hifas (septadas e ramificadas) entremeadas e com estruturas de propagação (reprodução assexuada), em que há tanto macroconídios espiculados, quanto microconídios de parede lisa. Esses conídios podem estar situados nas laterais das hifas, mas também em suas extremidades (conidióforos.)
· Histoplasma capsulatum
· Histoplasma capsulatum
· Histoplasma capsulatum
Aula 07 – Micoses superficiais e cutâneas
Micoses superficias
· Descrição: são aquelas que não atravessam a barreira física da pele completamente para se desenvolverem, acometendo camadas de epiderme e pelos.
· Principais micoses superficiais: ptiríase versicolor (a), tinea nigra (b), piedra preta (c), piedra branca (d). 
· Fungos associados a micoses superficiais:
- Malassezia fur fur (I)
- Phaeonannellomyces (II)
- Piedraia hortae (III)
- Trichosporon beigelli (IV)
I. Malassezia fur fur 
· Levedura lipofílica
· Brotamento em base larga	
· 		
· Habitat: vive em simbiose com os humanos e com outros animais em suas peles, especialmente nas localidades onde há maior concentração de matéria orgânica, umidade e calor, ou seja, couro cabeludo, cabeça, pescoço, tórax. 
· Ptiríase versicolor: resulta do crescimento das hifas sobre a pele na superfície, com formação de hifas e mesmo de alguns esporos. Nas localidades da pele onde os fungos se desenvolvem na pele, impõem uma eficiente barreira contra a luz solar, de tal modo que ali não há ativação dos melanócitos. Isso leva às manchas hipopigmentadas típicas da ptiríase versicolor, as quais são mais proeminentes, claro, naqueles indivíduos de foto tipos IV e V. 
Por outro lado, nos indivíduos de fototipos “menores”, as lesões possuem um aspecto ligeiramente distinto, que mais evidencia o processo inflamatório subjacente na pele. São elas: lesões eritematosas e lesões castanhas. 
Lesões eritematosas
Lesões castanhas 
· Lesões de coloração variável Hipocrômicas, eritematosas, castanhas.
· Finamente descamantes, assintomáticas
· Hospedeiro: jovens na puberdade (devido ao aumento da secreção serosa das glândulas sebáceas por estímulo hormonal);
Pacientes em uso de corticoides
Indivíduos com sudorese excessiva (aumento da umidade principalmente), maior oleosidade da pele e alta temperatura.
· Dermatite seborreica (caspa) e Foliculite
· Fungemias Na maior parte das vezes, o cateter central é o veículo de inóculo da malassezia central, devido à presença dessa na microbiota humana normal.
· Identificação por meio de teste micológico direto, utilizando KOH (10-20%).
· 
· O isolamento em meio de cultura costuma envolver lipídios como principais nutrientes, daí o uso de azeite de oliva para leveduras lipofílicas.
II. Piedra Preta
· Habitat: florestas úmidas e águas paradas (margens de rios, lagos etc).
· Distribuição geográfica: regiões tropicais (Ilhas do Pacífico eAmérica do Sul, no Brasil – Amazônia)
· Hospedeiro: ambos os sexos, mas a comunidade indígena está mais ameaçada. 
· Agente: fungo filamentoso, demáceo, ascosporado (Piedra hortae). O termo demáceo se refere a fungos que produzem pigmentos; no caso, esse pigmento é a melanina.
Por sua vez, o termo ascosporado se refere ao tipo de aspecto formado no desenvolvimento dos esporos. 
· Nota-se um acúmulo da melanina no citoplasma.
· Vê-se claramente a formação dos ascósporos. 
Piedra Branca
· Habitat: solo, água, vegetais, biota normal de orofaringe e pele, animais
· Distribuição geográfica: regiões temperadas e tropicais
· Hospedeiro: qualquer idade, sexo e raça.
· Agente: levedura (Trichosporum beigelli)
A piedra branca não apresenta a pigmentação!!!
Tínea Nigra
· Fungo filamentoso demáceo
· A pigmentação produzida por esse fungo pode gerar um aspecto clínico semelhante ao de um melanoma, por exemplo. 
· Infecção assintomática da camada córnea da pele (normalmente palma das mãos ou plantas dos pés), com coloração preta ou castanha.
· Agente: Phaeonnellomyces werneckii
· Habitat: solo, gravetos e vegetação rica em matéria orgânica e umidade, como florestas equatoriais. 
Micoses cutâneas
· Também são chamadas tíneas ou dermatofitoses
Agentes: dermatófitos, que são fungos com afinidade pelos queratinócitos maduros da pele, bem como por seus anexos (unhas e cabelos). Trychophyton, Epidermophyton e Microsporum
· Distribuição geográfica: como para a grande maioria dos fungos, os dermatófitos estão mais presentes nas regiões tropicais (com maior proliferação durante verão e outono). As espécies de dermatófitos variam com a região de análise (elevado grau de especiação). 
· Hospedeiro: indivíduos expostos a alta carga de fungos e com abrasão (desgaste) da pele pele úmida e quente, tal qual em ambientes fechados (trabalhadores braçais, em indústrias, médicos, enfermeiros...).
· Classificação das micoses cutâneas
a) Por nicho ecológico:
· Geofílicos (solo)
· Zoofílicos (animais): podem ser transmitidas aos homens também e costumam ser as mais graves.
· Antropofílicos: são as mais frequentes
b) Por topografia das lesões:
· Tinea pedis: no pé; famoso “pé-de-atleta”
· Tinea corporis: generalizada na pele
· Tinea cruris: nas virinhas
· Tinea capitis: no couro cabeludo
· Tinea ungueum: na unha
Confluindo as duas classificações, tem-se uma correspondência entre a classificação topográfica e a classificação por nichos, como vê-se na seguinte tabela:
Consultar o Atlas Resumo da FMB por motivos de ele estar infinitamente mais didático que essa maldita tabela 
· Patogenicidade: fatores de virulência
1) Atividade de queratinases, elastases e sulfatases já demonstraram ser de extrema importância para a implantação das micoses.
2) Alguns lipídios podem atuar como alérgenos. 
3) Lipases observadas em 75% das amostras de dermatófitos auxiliam o fungo a superar a ação dos ácidos graxos protetores da pele.
III. Tínea 
III.I. Tínea Capitis
· Maior prevalência em crianças (epidemias escolares)
· Etiologia: 
· Microspósrica Lesões grandes, delimitadas, pouco numerosas e ectothrix (fora do pelo).
· Tricofítica Lesões pequenas, difusas, numerosas e endothrix (dentro do pelo).
· Além de lesões de caráter claramente inflamatório, uma das variantes da tínea capitis, a tonsurante, pode levar a quebra dos fios de cabelo e, assim, alopecia temporária.
III.II. Tínea ungeuntum
· Utiliza-se da queratina presente em abundância nas unhas, bem como do ambiente propício ao desenvolvimento, visto que nossos pés andam mormente calçados.
· Hiperceratose
· Onicólise
· Perda de brilho e de cor nas unhas
III.III. Tínea cruris
· Desenvolve-se em áreas pubianas, especialmente nas dobras, onde há maior retenção de umidade, calor e sebo. 
· Aspecto das lesões é muito semelhante ao de Candida albicans. Diferenciação entre as duas se daria por meio do teste micológico direto apenas? Não 
· A diferenciação entre as lesões de candidíase e tínea podem ser diferenciadas também ao exame físico!!! A Candida albicans invade outros tecidos além da pele presente nas regiões de dobras pubianas, como saco escrotal, vulva etc, tanto que é bastante possível uma vulvo-vaginite para casos de candidíase (partindo da vulva para a pele, ou o contrário), ao passo que a tínea se concentra na pele adjacente à região contaminada por ser a que mais favorece ser desenvolvimento. Além disso, as lesões na pele com cândida apresentam lesões “satélite”, isto é, pequenas pápulas ao redor do foco maior de lesão, como se estivesse realmente se expandindo em satélite. nada didática socorro
 III.IV. Tínea corporis
· Lesões eritematosas e descamantes
· Lesões circulantes que confluem formando aspectos circinados
· Crescimento centrífugo com centro ativo e bordas ativas (vesículas) “de dentro para fora”; a porção central já está mais recuperada e a parte periférica está mais inflamada.
· Muito pruginosas e contagiosas
 III.V. Tínea manum
· Lesões eritematosas e descamantes
· Crescimento centrífugo
· Frequências baixas
· Pode haver uma manifestação clínica conhecida como mícide. Trata-se de uma manifestação alérgica à distância, a qual decorre diretamente de um foco fúngico inflamatório. Uma mícide pode ser identificada por meio de raspado e análise histopatológica em que se verificará a inexistência de fungo no local. 
· Medidas profiláticas contra as Dermatofitoses
1) Evitar a umidade, principalmente nas áreas intertriginosas
2) Evitar calçados plásticos ou fechados
3) Usar roupas de algodão (meias, roupas íntimas)
4) Lavar e ferver roupas que tenham contato com as áreas afetadas.
5) Evitar contato com animais doentes
6) Exame obrigatório em locais públicos (creches, piscinas, quartéis).
· Identificação de Dermatófitos
1) Tempo de crescimento
Ágar – Sabouraund – dextrose com clorafenicol
O objetivo é demonstrar como se dá o desenvolvimento e crescimento desses fungos
2) Características macroscópicas
Cor, aspecto, textura, bordos 
3) Características microscópicas
- Elementos vegetativos: hifa em espiral, raquete, pectinada
- Elementos reprodutivos: esporos (conídios), cor, tamanho e disposição
Quanto às características microscópicas, tem-se que as culturas de dermatófitos utilizam a técnica denominada microcultivo em lâmina. 
Colocando novamente as características microscópicas dos três gêneros principais de dermatófitos
	Gênero
	Macroconídeos
	Microconídeos
	Epidermophyton
	Numerosos, hifas finas e de paredes delgadas
	Ausentes
	Microsporum
	Numerosos, hifas largas e de paredes mais rígidas
	Poucos ou ausentes
	Trichophyton
	Raros, hifas finas de paredes delgadas
	Numerosos
Tabela feita por Eu & Eumesma
Observação: o KOH é utilizado para a análise de fungos em exame direto é porque esse composto inorgânico ajuda a degradar outras substâncias orgânicas que possam estar presentes na lâmina. 
Aula 08 – Micoses subcutâneas
· Definição: são aquelas micoses que acometem derme, tecido subcutâneo, fáscias e músculos. 
· Características comuns entre as micoses subcutâneas
1) Distribuição geográfica distinta restrita na maior parte das vezes
2) Evolução crônica
3) Diagnóstico diferencial feito por análises laboratoriais
4) Tratamento prolongado
5) Transmissão por traumatismo.
6) Relação com a atividade profissional 
· Um interposto para o diagnóstico de micoses subcutâneas está na possível confusão com infecções por outros microrganismos, tais quais bactérias. Por isso, tem-se uma divisão entre as contaminações típicas por fungos e as por outros patógenos. 
1) Micetomas
São infecções com acometimento subcutâneo em que a ação da imunidade inata traz grande ação de neutrófilos e macrófagos, dessa forma gerando lesões supurativas e granulomatosas. Assim, entende-se a formação de fístulas cutâneas e subcutâneas (fístulas são comunicações entre tecido e o meio externo), por onde são eliminados . 
Portanto, tem-se as seguintes divisões entre os tipos de micetomas:
Actinomicetomas				Eumicetomas
(bactérias)						(fungos)· As bactérias endógenas causadoras de micetomas são anaeróbias e estão presentes na mucosa oral, mormente. 
· Todas essas bactérias que desenvolvem um actinomicetoma possuem um comportamento similar ao de um fungo!!!
· Exemplo: actinomicetoma cérvico-facial Bactérias anaeróbicas; início por dente infectado ou local de extração dentária, contudo, não há adenomegalia local. 
· Quanto aos eumicetomas, tem-se que eventos traumáticos deles estão mais relacionados a regiões em contato mais intenso com o meio externo, tais quais pés, mãos, extremidades em geral. Isso porque eles se localizam em solos e vegetais. A evolução dos eumicetomas é mais lenta, porém o tratamento não deixa de ser prolongado!!
· Epidemiologia 
· Eumicetomas = regiões tropicais e subtropicais.
Raro em crianças e em idosos, geralmente acometendo os adultos em idade de produção laboral (componentes da PEA), em razão do maior contato de trabalhadores com os habitats desses fungos. 
· Actinomicetomas = cosmopolita, dependendo do agente. 
· Histopatológico
· O maior objetivo é diferenciar as bactérias dos fungos, visto que as propredêuticas são diferentes para cada tipo de organismo. 
· Bactérias actinomicetas:
Vê-se que as bactérias causadoras de actinomicetomas possuem um aspecto denso de patógenos e que com poucas horas depois da coleta já apresenta crescimento (se em meio de cultura).
· Fungos eucomicetos:
Nota-se para os fungos a presença de hifas, as quais são emitidas de “fora para dentro” dos grânulos típicos dessas micoses subcutâneas. 
· Isolamento em cultura – Meios com e sem antibióticos
· Claro que aquelas culturas que sofrerem redução pelo uso de antibióticos são bacterianas!! 
· Não só isso, mas também o aspecto histopatológico de crescimento deve ser analisado, visto que organismos diferentes, costumam possui características morfológicas diferentes, ainda mais que pertencem a filos distintos!!
· Exemplo: Nocardia asteroides x Pseudoallescheria boydii
Veja que a semelhança de comportamento fúngico está, também, na formação de filamentos, os quais poderiam (mas não são ) ser confundidos com hifas. Contudo, enquanto nas bactérias os filamentos são prolongamentos proteicos a partir da parede celular, nos fungos as hifas são estruturas celulares e que podem dar origem às porções reprodutivas dos fungos (conídios e conidióforos).
2) Cromomicose ou Cromoblasomicose
· Também é denominada cromoblastomicose ou dermatite verrucosa cromoparasitária. 
· Trata-se de uma infecção fungo parasitária cujos agentes etiológicos podem ser vários, mas possuem a característica comum de sintetizarem pigmentos Fungos pigmentados (demáceos ou feoides)
· Fonseca pedrosi
· Phialophora verrucosa
· Cladosporiuum carrionii
· Rhinocladiella aquaspersa
· A patogênese desse fungo, por envolver uma infecção crônica tem como sintomatologia a fibrose de camadas mais profundas de tecidos, dessa forma levando a uma obstrução dos vasos linfáticos e, por conseguinte, abertura de um caso de elefantíase. 
Observação: a maior dos fungos causadores de micoses subcutâneas desencadeiam processos inflamatórios crônicos Infecção crônica; persistência do patógeno e de seus efeitos com desenvolvimento progressivo das manifestações clínicas (lembrando que a persistência é diferente da latência de um patógeno).
· PERGUNTA: no caso da cromomicose, o quadro de infecção crônica se prorroga até que haja manifestação por um quadro clínico agudo?
· Epidemiologia
· Áreas tropicais e subtropicais
· Fungos vivem no solo e em vegatais!!! Abundância de matéria orgânica. Traumatismo
· Homens, trabalhadores rurais, entre 30-50 anos
 
 
· Fatores de virulência
· Para os fungos demáceos, o principal fator de virulência é a melanina na parede celular
· A melanina, por sua vez, é importante fator de virulência por ser capaz de neutralizar espécies reativas de oxigênio (EROS), além de proteger contra os aspectos nocivos da luz ultravioleta e antifúngicos, bem como a supressão da produção de citocinas pró-inflamatórias. 
Observação: as cromoblastomicoses – nem os eumicetomas – devem ser apresentados pelo termo “micoses profundas”.
3) Feohifomicose
· Infecção causada por fungo filamentoso demáceo que acomete principalmente os pacientes imunossuprimidos. Geralmente se manifesta como nódulos escuros na pele, mas também pode se disseminar e atingir outros tecidos e órgãos, com tropismo pelo SNC.
· Agentes: Fonseca pedrosi
· Phialophora verrucosa
· Cladosporiuum carrionii
· Rhinocladiella aquaspersa
· São as mesmas espécies causadoras da cromomicose + Exophiala spinifera
· Transmissão: traumatismo, iatrogenia
· Característica básica: não forma corpos escleróticos
· Diagnóstico micológico: exame direto (a), histopatológico (b) e cultura (c). Esses são os componentes do diagnóstico diferencial da feohifomicose. 
a) Exame micológico direto com KOH 20%
O que se visualiza a respeito dos corpos escleróticos são granulomas supurativos – ou seja, aqueles granulomas já envoltos por fibrose, mas cujo conteúdo interno de fragmentos de fagócitos e antígenos extravasou -, além de granulomas íntegros, e envoltos por fibras razoavelmente organizadas de colágeno (fibrose).
b) Histopatológico
Essa análise microscópica é interessante para identificar os granulomas supurativos hipercrômicos típicos desses fungos! 
· Outro aspecto é o das hifas hiperpigmentadas nessas fungos, conquanto essas sejam mais visíveis em meio de cultura.
c) Isolamento em cultura
· O aspecto macroscópico das culturas de feohifomicoses são de algodonosas.
· O exame microscópico é necessário para que seja possível a distinção entre fungos demáceos e as micoses que podem causar. 
· Meio de Sabouraud Temperatura ambiente; 12-18 dias
· A diferenciação desses fungos pode ser também por meio do padrão de esporulação visualizado. 
· São três distintos padrões de esporulação: cladosporium, philophora, rhinocladiella. 
· Cladosporium 
Padrão enfileirado de esporos ovais.
· Phialophora
Padrão de esporos em “vaso de flor”. 
· Rhinocladiella
Padrão de esporos em “cachos de banana”
Fonte: vozes da minha cabeça
Esporotricose
· Infecção subaguda ou crônica que afeta o homem e animais.
· Agente: Sporothrix schenckii
· Fungo dimórfico, tal que:
Temperatura ambiente Forma filamentosa Fase infectante
37ºC Forma de levedura Fase parasitária
· Formas clínicas de esporotricose 
· Esporotricose cutânea: a inoculação do patógeno ocorre geralmente quando há um trauma para romper a barreira da pele. Uma das manifestações clínicas mais comuns da esporotricose cutânea é a obstrução dos linfonodos com progressão ascendente (com formação de nódulos; linfangite nodular ascendente), além de manifestações de cárater local como lesões verrucosas, ulcerdas e nodulares, o que demonstra alta atividade fagocitária e pró-inflamatória. 
· Esporotricose extracutânea: esse tipo de esporotricose é menos comum e possui caráter mais sistêmico que a esporotricose cutânea. Sua via de transmissão é inalatória (tabagismo apresenta-se como um fator de risco por fragilizar a mucosa respiratória; mucosa mais inflamada?), ou hematogênica pós-traumática, podendo acometer – além do sistema pulmonar -, sistema nervoso, ossos e articulações. Período de incubação = 3 a 4 semanas
Ressalva! A transmissão inalatória ainda é uma dúvida!
A esporotricose pode ser disseminada, mas isso é bem mais frequente para estados de imunossupressão!
· Epidemiologia
· Distribuição geográfica América Central e do Sul
· Hospedeiros Homem, cavalo, gato, cachorro, coelho, roedores
· Habitat São saprófitos no solo e em vegetais
· Ocupação Dado o habitat e os hospedeiros, faz todo o sentido que profissões relacionadas a ele estejam mais suscetíveis, como veterinários, jardineiros, trabalhadores rurais e afins. 
Como se trata de uma infecção crônica, a evolução dos sintomas é progressiva.
Note nessa imagem o caráter ascendente da linfangite! Muito provavelmente essa lesão começou a partir do contato do indivíduo com o patógeno no dedo e progrediupara a região do antebraço!!
!! Cuidado com os gatos e os cachorros !! A esporotricose apresenta uma importante relação com os animais (zoonose), de modo que ela tem uma importância para níveis de atenção primária e secundária, especialmente nas regiões endêmicas como Sudeste e Sul (maior grau de urbanização maior restrição de nichos maior risco de contaminação dos animais e transmissão aos seres humanos). 
· Diagnóstico diferencial
· Teste micológico direto: não recomendado!! Por quê?
· Histopatológico: os métodos de coloração normais desse fungo não são muito eficazes para esse fungo e ele também não é demáceo. Logo, é necessário desenvolver um novo método de coloração. 
Giemsa
Gomori (prata)
Imunofluorescência 
Imunoperoxidase
Esses mecanismos de coloração reagem com aqueles que são os protagonistas da resposta aos fungos, os fagócitos Reação com microabcessos (lembrando que abcessos são coleções purulentas envoltas em paredes fibrinosas ou fibrosas) e granulomas com células gigantes.
Morfologia dos agentes de esporotricose Fungos em forma de charuto
· Isolamento em cultura 100% de positividade 
 Padrão macroscópico singular
Padrão de esporulação “em flor” 
Essa nomenclatura de padrão foi da minha cabeça tá? 
· O método de cultura de Sabouraud com antibiótico (com período de incubação entre 3 e 6 dias) à temperatura ambiente. 
· O método de cultura de caldo de BHI com sangue e cisteína à 37ºC.
· O uso do teste da esporotriquina é referência no diagnóstico da esporotricose. Como essa é uma micose de lenta progressão, usualmente, as manifestações clínicas ficam mais restritas à localidade de infecção primária, por isso concentram melhor a resposta imune, respondendo melhor à ação da esporotriquina.
Por outro lado, quando a doença é extracutânea, o maior grau de disseminação diminui a “concentração” dos agentes imunológicos, de modo que a resposta à esporotriquina é menos intensa, assim como menos identificável e combatida pelo organismo. Portanto, faz todo o sentido que as formas mais graves de evolução da esporotricose sejam nos casos onde elas são extracutâneas. 
· Zigomicoses 
· Mucormicose Tipo mais comum de zigomicose; derivada da espécie de gênero Mucor.
· Habitat: fungos ambientais e cosmopolitas
· Transmissão: via inalatória (via seios paranasais ou mucosa respiratória propriamente dita), ou hematogênica (casos de diálise).
· Hospedeiro: principalmente indivíduos com certo grau de imunocomprometimento (transplantados renais, diabéticos com cetoacidose, neutropênicos e queimados).
· Imunopatologia: a mucormicose atua sobre componentes vasculares, intensificando as vias indutoras de trombos (alta de pró-trombina), consequentemente sendo capaz de desencadear necrose por isquemia (dada a obstrução de vasos sanguíneos e hipóxia subsequente). 
· Devido a sua patogenia, a mucormicose possui elevado grau de mortalidade.
· Como possui não só distribuição, mas também ação hematogênica, a mucormicose apresenta vários subtipos. Um dos mais frequentes é a mucormicose rinocerebral, para a qual o comprometimento arterial pelos trombos induz uma necrose (liquefativa para o SNC) com relativa rapidez, caracterizando a gravidade dessa forma da doença. 
· Diagnóstico diferencial
· Histopatológico: as amostras das análises são adquiridas por meio de biópsias, em que as características morfológicas “singulares” são as hifas cenocíticas (sem septos, isto é contrações da membrana plasmáticas entre células vizinhas nas hifas) e largas. 
Se você viu septos, tá errado Na verdade é um artefato de técnica... Segue abaixo uma lâmina com hifas septadas para você ver...
Não tá uma belezura, mas também não tá feio 
Minha tentativa de representação ilustrativa de hifas septadas (que não deu certo, diga-se de passagem).
· Doença de Jorge Lobo – Lobomicose
· Agente: Lacazzia loboi
· Habitat: regiões tropicais úmidas e ambientes aquáticos
· Hospedeiros: homens do sexo masculino, principalmente, com idades entre 20 e 40 anos. Profissões mais relacionadas ao ambiente selvagem são mais suscetíveis à contaminação. Agricultores, seringueiros, ribeirinhos, madeireiros, índios caiabis (parque indígena do Xingu)
· Transmissão: traumatismo (distribuição hematogênica); possibilidade de transmissão intra-humana.
· Manifestações clínicas: lesões queloides 
· Diagnóstico laboratorial: o diagnóstico é feito apenas pela análise histopatológica, pois esse fungo se mostra, até mesmo com as técnicas mais atuais, incultivável (relação com o dimorfismo de seu parente, o Paracoccidioide brasiliensis??).
 LEVEDURAS!!!

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