[...] Mas como a verdadeira formação profissional é muito mais do que ensinar a usar as mãos para fazer coisas úteis, acabamos com ambiguidades c...

[...] Mas como a verdadeira formação profissional é muito mais do que ensinar a usar as mãos para fazer coisas úteis, acabamos com ambiguidades crônicas nas fórmulas. Ao contrário do que pensam alguns, o uso da cabeça é e sempre foi importante nas profissões manuais. A cada momento, há decisões, há desafios. Com a rápida evolução tecnológica, o trabalho manual tem cada vez mais componentes de cognição e abstração. Portanto, as profissões manuais qualificadas requerem uma formação profissional que consiste em uma combinação entre o uso das mãos e o uso da cabeça. Acontece que nossas tradições históricas separam o mundo dos que usam a caneta do mundo dos que usam as mãos (CASTRO, 2014, p. 190).

O tipo de ensino descrito acima, ou seja, educação técnico-profissionalizante, refere-se a um problema histórico, que, apesar do discurso liberal, ainda persiste no Brasil. Logo, podemos afirmar que: 

A. 

a solução para o desemprego no Brasil está na qualificação da mão de obra das camadas mais pobres para a sua inserção no mundo do trabalho.

B. 

o ensino profissionalizante surgiu como uma demanda ao processo de desenvolvimento industrial no Brasil.

C. 

o aluno que cursou o ensino técnico-profissionalizante nas últimas décadas no Brasil tem melhores condições de emprego do que aqueles que optaram pelo ensino científico.

D. 

ainda há uma educação voltada para uma classe privilegiada, que serão os futuros líderes e chefes de empresas, organizações ou políticos, enquanto a outra forma de educação é destinada a classes menos abastadas, que atuarão como funcionários nas empresas ou seguirão cegamente os mandos dos líderes de estado, empresariais ou organizacionais.

E. 

o Brasil já superou os problemas advindos da matriz curricular referente à educação profissionalizante; hoje ela é referência de sucesso no país e no mundo.