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Leia o texto a seguir "A tentativa de aprisionar uma imagem para se apropriar dela ou o desejo de posse que anima a fotografia se relaciona com a m...

Leia o texto a seguir

"A tentativa de aprisionar uma imagem para se apropriar dela ou o desejo de posse que anima a fotografia se relaciona com a memória na medida em que o instante que se perdeu, perdeu-se para sempre. Existe algo de predatório no ato de fotografar, uma vontade de possuir, nosso autor cita Braune de maneira pertinente: “fotografar é testemunhar a mortalidade, é participar ativamente da inexorável dissolução do tempo, é entrar em confronto com a sua própria morte e com a do sujeito fotografado”. É por isso que fotografamos, para possuir a memória, mas o texto aponta o paradoxo do registro como esquecimento: “a câmera registra a fim de esquecer”, outorga uma “falsa garantia da lembrança” ou na feliz expressão de Edison atesta o “holocausto da representação”. Assim como Platão afirmava que a escrita permitiria esquecer já que não ia mais ser preciso lembrar, a fotografia registra a morte do instante com o propósito de reter algo que sabemos não se repetirá e, portanto, precisamos esquecer. (...) Tornar o instante um espetáculo, eternizar o presente pode ser uma maneira de esquecer, de trabalhar com a separação, com o luto que se instaura pela passagem do tempo".

PETENUSSI, Edison. O Estatuto da imagem fotográfica: uma abordagem da Bibliotheca de Rosangela Rennó. Liber Ars. Edição do Kindle. (paginação irregular)


Dentro do contexto da filosofia da imagem em relação aos processos fotográficos explique o texto, podendo comparar com a atualidade, principalmente quando ele reflete sobre três pontos: memória (tempo), espetáculo e mortalidade.

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O texto aborda a relação entre a fotografia e a memória, destacando que a tentativa de aprisionar uma imagem para se apropriar dela ou o desejo de posse que anima a fotografia se relaciona com a memória na medida em que o instante que se perdeu, perdeu-se para sempre. O autor destaca que existe algo de predatório no ato de fotografar, uma vontade de possuir, e que fotografamos para possuir a memória, mas o registro fotográfico pode ser paradoxal, pois pode levar ao esquecimento. O texto também aborda a relação entre a fotografia e o espetáculo, destacando que tornar o instante um espetáculo e eternizar o presente pode ser uma maneira de esquecer, de trabalhar com a separação, com o luto que se instaura pela passagem do tempo. Por fim, o texto aborda a relação entre a fotografia e a mortalidade, destacando que fotografar é testemunhar a mortalidade, é participar ativamente da inexorável dissolução do tempo, é entrar em confronto com a sua própria morte e com a do sujeito fotografado. Esses pontos ainda são relevantes na atualidade, pois a fotografia continua sendo uma forma de registrar momentos e memórias, mas também pode levar ao esquecimento e à banalização do registro de imagens. Além disso, a fotografia ainda é uma forma de lidar com a mortalidade e a passagem do tempo.

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