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Uma comunidade quilombola residia em uma determinada área rural, desde tempos ancestrais. No local, em 2022, foi criada unidade de conservação de p...

Uma comunidade quilombola residia em uma determinada área rural, desde tempos ancestrais. No local, em 2022, foi criada unidade de conservação de proteção integral, sem consulta prévia à comunidade. Após a implementação da unidade, passou a ser vedada a residência de pessoas no local. Como alternativa, foi ofertada à comunidade a concessão de auxílio aluguel. No caso apresentado e à luz da proteção dos direitos humanos das comunidades quilombolas, a

a) consulta prévia não era necessária, pois aplicável apenas aos povos indígenas, de acordo com o previsto na Convenção 169 da OIT.
b) consulta posterior é suficiente para a proteção da comunidade, conforme a jurisprudência dominante da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
c) vedação da residência no local viola a garantia prevista no artigo 68 do ADCT da Constituição de 1988.
d) criação da unidade de conservação está de acordo com a proteção ambiental reafirmada no Relatório da FAO/ONU “Os povos indígenas e tribais e a governança florestal” (2021).
e) oferta de auxílio aluguel assegura a territorialidade e a identidade da comunidade.

Essa pergunta também está no material:

SIMULADO2 - Bloco 7 - Diversidade e Inclusão na Sociedade para Concurso Nacional Unificado - 2024
152 pág.

Respostas

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A alternativa correta é a letra C) vedação da residência no local viola a garantia prevista no artigo 68 do ADCT da Constituição de 1988. O artigo 68 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) da Constituição de 1988 garante o direito de permanência das comunidades quilombolas em suas terras, reconhecendo a propriedade definitiva das terras ocupadas por essas comunidades. Além disso, a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) também prevê a consulta prévia, livre e informada às comunidades tradicionais, incluindo as quilombolas, em processos que possam afetar seus direitos. Portanto, a criação de uma unidade de conservação de proteção integral sem consulta prévia à comunidade quilombola e a vedação da residência no local violam os direitos humanos dessa comunidade. A oferta de auxílio aluguel não é suficiente para assegurar a territorialidade e a identidade da comunidade, que tem o direito de permanecer em suas terras.

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