Em sendo a posse contínua, ou seja, sem intervalos ou interrupções, mansa e pacífica, isto é, sem oposição, e exercida com ânimo de dono, ou de ter...

Em sendo a posse contínua, ou seja, sem intervalos ou interrupções, mansa e pacífica, isto é, sem oposição, e exercida com ânimo de dono, ou de ter a coisa para si, ensejará ao possuidor, além da faculdade da utilização dos interditos para a proteção de sua posse, a possibilidade, desde que obedecidos os requisitos legais, de pleitear o reconhecimento do usucapião. Dessa forma, o usucapião consiste em modo de aquisição de propriedade de coisas móveis e imóveis – como também de aquisição de outros direitos reais, p. ex., servidão, usufruto, uso, habitação, entre outros – pelo exercício de posse continuada, qualificada pelo animus domini, observando-se os requisitos que a lei estabelece para esse fim. Logo, a posse contínua qualificada pelo animus domini, conjugada com o decurso do tempo, bem como aliada a outros elementos (boa-fé, título, pessoa capaz, coisa que esteja no comércio etc.), formam o arcabouço para a corporificação do usucapião.