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Existe uma diferença muito importante entre a cetoacidose diabética e o estado hiperosmolar não cetótico: neste último, não há um deficit tão grand...

Existe uma diferença muito importante entre a cetoacidose diabética e o estado hiperosmolar não cetótico: neste último, não há um deficit tão grande de insulina. Esse conceito não é apenas mero detalhe fisiopatológico: faz toda a diferença no entendimento dos sinais e sintomas da doença. No coma hiperosmolar, a presença de algum nível de insulina circulante impede que ocorra lipólise e cetogênese. Ou seja, não esperamos encontrar um paciente com acidose metabólica! Mas não se deixe enganar por essa informação: o coma hiperosmolar é ainda mais grave do que a cetoacidose! Um dos motivos para tanto é que a doença demora mais pra se manifestar (vários dias), resultando em manifestações mais graves de hiperglicemia (> 600 mg/dL), desidratação (geralmente grave) e hiperosmolalidade plasmática (> 320 mOsm/kg), as quais se correlacionam com níveis de consciência alterados (logo, esperamos que os sintomas neurológicos sejam mais proeminentes). Além disso, o estado hiperosmolar não cetótico costuma acometer pacientes mais idosos, com mais comorbidades, o que contribui para o aumento da morbimortalidade. Perceba que em nenhum momento citamos a dor abdominal como manifestação clínica do estado hiperosmolar não-cetótico. Isso porque não há correlação da dor com a intensidade da hiperglicemia ou da desidratação, mas, sim, com a gravidade da acidose metabólica (pouco frequente com bicarbonato sérico > 15 mmol/■). Logo, essa manifestação clínica está presente apenas nos pacientes com cetoacidose – pode simular abdome agudo em 50 a 75% dos casos. Resposta: letra E.

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simulado 24
200 pág.

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O texto apresenta informações importantes sobre as diferenças entre a cetoacidose diabética e o estado hiperosmolar não cetótico. No estado hiperosmolar não cetótico, não há um déficit tão grande de insulina, o que impede a lipólise e cetogênese, e não se espera encontrar um paciente com acidose metabólica. No entanto, o coma hiperosmolar é ainda mais grave do que a cetoacidose, com manifestações mais graves de hiperglicemia, desidratação e hiperosmolalidade plasmática, que se correlacionam com níveis de consciência alterados. A dor abdominal não é uma manifestação clínica do estado hiperosmolar não-cetótico, mas sim da cetoacidose. A resposta correta é letra E.

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