Os traumas por causas externas são condições ocasionadas por acidentes ou decorrentes de violência, e podem trazer grandes repercurssões às condições de saúde das vítimas. Dentre as principais complicações temos o trauma crânioencefálico, que pode alterar a condição neurológica da vítima. Não obstante, há causas naturais que podem resultar em lesões encefálicas, como o acidente vascular cerebral, convulções e infecções. Ao deparar-se com uma vítima desacordada, deve-se observar o ambiente para que possa inferir alguma resposta sobre o que pode ter ocorrido e então avaliar a vítima e prestar o cuidado mais direcionado possível.
Considere a situação a seguir.
Com base nisso, responda as questões a seguir.
a) O que é possível inferir sobre a cena? Quais são as explicações mais prováveis?
b) Como você faria a avaliação neurológica da vítima? Qual nota, segundo a escala de coma de Glasgow (ECG), você atribuiria a essa vítima em sua avaliação?
Padrão de resposta esperado
a) Em virtude de a vítima estar no meio-fio, próximo à bicicleta, pode ter ocorrido uma queda ou um atropelamento e fuga do motorista. Deve-se verificar se há trauma cranioencefálico, trauma medular ou politraumatismo. Não se pode descartar a possibilidade de mal súbito, hipoglicemia, AVC ou outras condições de saúde.
b) A avaliação neurológica ocorrerá na 5 etapa do XABCDE, por meio da ECG. Deve-se seguir os seguintes passos: checar que se há fatores que interferem na comunicação, na habilidade de responder e outras alterações; checar o estímulo sonoro, como pedidos solicitados por fala ou gritos; checar os estímulos físicos, como pressão na ponta dos dedos, no trapézio ou no entalhe supraorbital; realizar a avaliação pupilar, por meio da observação da reação da pupila.
É importante avaliar a classificação de acordo com as respostas mais observadas. Para tanto, deve-se observar a abertura dos olhos (abriu os olhos ao chamado; pontuação 3), o conteúdo da fala (disse o nome e o telefone do marido, com respostas consistentes; pontuação 5), os movimentos à direita e à esquerda (tem dificuldade de se movimentar, devido ao trauma, mas realiza os comandos; pontuação 6) e a reação pupilar (isocóricas, reagem à luz; pontuação 0, sem perder pontos). Assim, a paciente pontua 14, ou seja, tem traumatismo cranioencefálico (TCE) leve.
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Socorros e Urgências em Atividades Físicas
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