Sim, Paula terá direito à reintegração, pois a Constituição Federal garante a estabilidade provisória à gestante desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, conforme o artigo 10, inciso II, alínea "b", do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). No caso em questão, Paula comunicou a empresa sobre sua gravidez em agosto de 2022 e retornou após a licença-maternidade, sendo dispensada sem justa causa em junho de 2023, ou seja, dentro do período de estabilidade. Portanto, ela tem direito à reintegração ao emprego. Como advogado, eu proporia uma ação de reintegração ao emprego com pedido de pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas desde a data da dispensa até a efetiva reintegração. No caso de Paula estar em contrato de experiência e ser dispensada grávida após o término do contrato, ela também teria direito à estabilidade provisória, conforme entendimento consolidado na Súmula 244 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Nesse caso, o prazo da estabilidade seria contado a partir da confirmação da gravidez, mesmo que a dispensa ocorra durante o contrato de experiência. É importante ressaltar que a estabilidade provisória da gestante tem como objetivo proteger a saúde da mãe e do nascituro, garantindo a estabilidade no emprego durante um período em que a gestante precisa de cuidados especiais. Após o término da estabilidade, a gestante continua protegida pela legislação trabalhista, mas não tem mais a garantia de emprego. Quanto ao contrato de trabalho de Paula, ele ficou suspenso durante o período de licença-maternidade, ou seja, não houve rescisão contratual. Após o término da estabilidade, Paula voltou a trabalhar normalmente, sem qualquer alteração no contrato de trabalho.
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Direito Processual do Trabalho e Direito do Trabalho
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