Uma mulher, branca, 40 anos, conversando com uma amiga, falou que há cerca de dois dias sentiu fortes palpitações no peito e foi instruída por ela ...

Uma mulher, branca, 40 anos, conversando com uma amiga, falou que há cerca de dois dias sentiu fortes palpitações no peito e foi instruída por ela a procurar um médico, pois seu marido sentiu o mesmo antes de sofrer um infarto. Marcou uma consulta com o cardiologista, que prontamente ouviu sua queixa de palpitação e a pergunta da paciente: “Doutor eu vou enfartar?” Após acalma-la o médico explicou que realizaria um exame físico detalhado. Inicialmente foi realizado a anamnese e descartado antecedentes familiares como fator de risco cardíaco ou problemas hipertensivos. A paciente não faz uso de nenhum medicamento. No exame físico foi identificado edema periorbital bilateral, edema nos membros inferiores, mais acentuados nas pernas, abdome distendido, flácido (uma leve ascide foi identificada). A paciente apresentava-se normoterma (36 graus Celsus), normopneica (16 ipm – incursões por minuto), taquicardica (110 bpm – batimentos por minuto), com taquisfigmia (pulso acelerado). Não apresentou dor a palpação de linfonodos, ou no pescoço. Cavidades oral e nasal sem alterações dignas de notas. O médico solicitou uma radiografia de rotina de tórax e um eletrocardiograma. Nenhuma alteração foi observada na radiografia ou no eletrocardiograma que pudesse servir para o caso da paciente. Contudo, como estava muito ansiosa e a fala da paciente persistia no infarto o médico receitou um ansiolítico, para diminuir seu estresse e ansiedade e, avisou que provavelmente suas palpitações iriam diminuir ou sumir. Como dito pelo médico, em poucos dias as palpitações diminuíram, contudo, o edema persistia. Dores nas pernas e dificuldade para respirar apareceram, o que a fizeram a procurar novamente os serviços médicos. O mesmo médico a atendera, percebendo a persistência do edema e, no exame pulmonar, sua expansibilidade estava diminuída. A oximetria estava baixa. O médico solicitou um exame de tomografia computadorizada do tórax com contraste. Foi observado falha de enchimento vascular nos pulmões, caracterizando a presença de