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O ensino de língua pode ser pautado por um ou mais concepção de linguagem. Nesse sentido, assinale a concepção de linguagem que representa o ensino tradicional de Língua Portuguesa.
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“[…] a linguagem [é entendida] como uma realidade em si (um sistema gramatical, um monumento, um instrumento); como se ela tivesse vida própria, despregada de seus falantes, da dinâmica das relações sociais, dos movimentos da história. ” (Faraco)
“[…] é preciso reconhecer que esse [o não-domínio da norma-padrão] não é um problema de origem pedagógica, não adianta introduzir mil técnicas-revolucionárias-de-motivação: trata-se de um fracasso alimentado a fermento pela concepção de língua que condiciona todo o ensino oficial do português e que, ao desconhecer a complexidade vital de seus usos, torna-se incapaz de garantir o aprendizado adequado de um só deles. ” (PÉCORA)
“Ao invés de um olhar monológico sobre a relação do ser humano com a linguagem, temos uma proposta que assume, mesmo que implicitamente, que o aprendizado com a linguagem se dá por meio do uso que fazemos dela na interação (oral ou escrita) que estabelecemos com o outro, seja ele real ou virtual. ” (Faraco & Castro)
“[…] compreende-se que os signos trazem consigo valorações – axiologias/ideologias –, as quais implicam a ética e a estética, e se formam na concretude da vida, que se desenvolve na cultura e na história. Desse modo, os sujeitos usam as diferentes linguagens nas situações reais do cotidiano, marcadas por valores, vivências, traços culturais, políticos, sociais, econômicos; enfim, suas formas de ver o mundo. ” (Proposta curricular de Santa Catarina)
“O ouvinte que recebe e compreende a significação de um discurso adota para com este discurso uma atitude responsiva ativa: ele concorda ou discorda, completa, adapta […]. A compreensão de uma fala de um enunciado é sempre acompanhada de uma atitude responsiva ativa. ” (Bakhtin).
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Matematicamente

há 6 meses

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há 6 meses

A concepção de linguagem que representa o ensino tradicional de Língua Portuguesa é a primeira opção: “[…] a linguagem [é entendida] como uma realidade em si (um sistema gramatical, um monumento, um instrumento); como se ela tivesse vida própria, despregada de seus falantes, da dinâmica das relações sociais, dos movimentos da história.” (Faraco) Essa visão enfatiza a linguagem como um sistema fixo e normativo, desvinculado do contexto social e histórico.

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(ENEM 2020) Leia o texto abaixo para responder a questão. Vou-me embora p'ra Pasárgada foi o poema de mais longa gestação em toda a minha obra. Vi pela primeira vez esse nome Pasárgada quando tinha os meus dezesseis anos e foi num autor grego. [...] Esse nome de Pasárgada, que significa “campo dos persas” ou “tesouro dos persas”, suscitou na minha imaginação uma paisagem fabulosa, um pais de delícias, como o de L'invitation au Voyage, de Baudelaire. Mais de vinte anos depois, quando eu morava só na minha casa da Rua do Curvelo, num momento de fundo desânimo, da mais aguda sensação de tudo o que eu não tinha feito em minha vida por motivo da doença, saltou-me de súbito do subconsciente este grito estapafúrdio: “Vou-me embora p'ra Pasárgada!” Senti na redondilha a primeira célula de um poema, e tentei realizá-lo, mas fracassei. Alguns anos depois, em idênticas circunstâncias de desalento e tédio, me ocorreu o mesmo desabafo de evasão da “vida besta”. Desta vez o poema saiu sem esforço como se já estivesse pronto dentro de mim. Gosto desse poema porque vejo nele, em escorço, toda a minha vida; [...] Não sou arquiteto, como meu pai desejava, não fiz nenhuma casa, mas reconstruí e “não de uma forma imperfeita neste mundo de aparências”, uma cidade ilustre, que hoje não é mais a Pasárgada de Ciro, e sim a “minha” Pasárgada.
Os processos de interação comunicativa preveem a presença ativa de múltiplos elementos da comunicação, entre os quais se destacam as funções da linguagem. Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é:
poética, porque o texto aborda os elementos estéticos de um dos poemas mais conhecidos de Bandeira.
metalinguística, porque o poeta tece comentários sobre a gênese e o processo de escrita de um de seus poemas.
emotiva, porque o poeta expõe os sentimentos de angústia que o levaram à Criação poética.
referencial, porque o texto informa sobre a origem do nome empregado em um famoso poema de Bandeira.
apelativa, porque o poeta tenta convencer os leitores sobre sua dificuldade de compor um poema.

Leia a citação a seguir sobre o método de estudo e o campo de investigação do linguista aplicado: Portanto, na perspectiva de Widdowson, o modelo que deve interessar ao linguista aplicado é aquele que capta a perspectiva do usuário. Propõe em outro capítulo, porém, que a LA seja uma área que faça a mediação entre a teoria linguística e o ensino de línguas (WIDDOWSON, 1979b), ou seja, na verdade, não descarta totalmente a teoria linguistica. Essa discussão vai, então, estabelecer um campo de investigação que começa a se formular como área mediadora, reconhecendo ainda que os tipos de conhecimentos que podem ser relevantes para a investigação dos processos de ensino de línguas necessitam ir além daqueles formulados pela Linguística (tanto da Linguística do sistema como da do discurso). (PEREIRA; ROCA, 2021, p.18)
A interpretação que melhor explica a citação acima corresponde a alternativa:
Pereira e Roca (2021) concordam com Widdowson na perspectiva que a Linguística deve assumir em seu método de estudo: considerar as normas linguísticas de forma desassociada da realidade do falante e dos contextos de produção do discurso.
Pereira e Roca (2021) discordam de Widdowson no que se refere ao modelo de análise da Linguística Aplicada. Para as autoras, é mais importante ao linguista aplicado pesquisar o campo de investigação do que o modelo de análise da Linguística.
Widdowson considera que o método do linguista aplicado deve compreender o falante da língua, considerando tanto a teoria quanto o ensino relativo ao estudo de línguas, mas também ultrapassando a Linguística enquanto sistema e discurso, recorrendo, assim, a outras áreas do saber.
Tanto Pereira e Roca (2021) quanto Widdowson entendem que o campo de investigação da Linguística Aplicada começa a se formular como área mediadora na medida em que a Linguística analisa os discursos produzidos por seus usuários e ignora a estrutura do sistema linguístico.
Widdowson entende que é do interesse da Linguística Aplicada o ponto de vista do usuário, isto é, do falante da língua. De maneira que cabe ao linguista aplicado focar no processo de recepção, ignorando, assim, outras áreas do conhecimento durante o processo de análise.

Medo de ser feliz De onde vem a sensação de que a nossa felicidade pode ser destruída a qualquer momento? (IVAN MARTINS) Por uma razão ou outra, a gente vive com medo. A sensação de que as coisas podem repentinamente dar errado faz parte da nossa essência, eu acho. Alguns a têm mais forte; outros, mais fraca. Mas a ansiedade essencial em relação ao futuro está lá, em todos nós – mesmo quando estamos apaixonados e contentes. Ou, sobretudo, quando apaixonados e contentes. [...] Já vi pessoas ficarem com tanto medo do futuro que detonam o presente. É uma espécie de pânico em câmera lenta. O sentimento de desastre iminente é tão forte, a sensação de insegurança é tão grande, que a pessoa conclui (mesmo que seja de maneira inconsciente) que é melhor chutar logo o pau da barraca e sair correndo, em qualquer direção – deixando para trás o relacionamento, o emprego, o futuro e tudo o mais que estava dando certo e por isso mesmo parecia estar sob ameaça. É uma piração, claro, mas gente normal faz essas coisas todos os dias. Existe uma coisa chamada medo de ser feliz. Não estou falando daquele clichê sobre as pessoas terem medo de se entregar ao sentimento do amor e por isso não darem bola ao que sentimos por ela. Em geral, essa situação esconde um equívoco: a pessoa em questão não sente nada relevante por nós, mas preferimos acreditar que ela tem “medo de amar”. É uma ficção que protege a nossa autoestima e rende uma boa história para contar aos amigos. Mas quase nunca é verdade. Existem, porém, pessoas tocadas por dores tão intensas, por experiências tão sofridas, que não conseguem evitar a sensação de que tudo de mau vai se repetir, de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde. Esse sentimento é ainda mais forte quando tudo vai bem e existe algo importante a ser perdido. Apaixonada e feliz, a pessoa começa a ser perseguida por seus medos.
Em “A sensação de que as coisas podem repentinamente dar errado faz parte da nossa essência, eu acho.”, a expressão em destaque demonstra:
que a afirmação anterior é uma consideração do autor.
uma certeza científica em relação ao que o autor afirma anteriormente.
que várias pessoas compartilham da mesma opinião do autor em relação ao que foi dito.
que o autor é uma autoridade nesse assunto.
que o autor não concorda com a afirmação feita anteriormente.

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