O nome vitaminafoi criado pelo bioquímico polonês Casimir Funk em 1912, baseado na palavra latina vita(vida) e no sufixo -amina(aminas vitaisou aminas da vida). Foi usado inicialmente para descrever estas substâncias do grupo funcional amina, pois naquele tempo pensava-se que todas as vitaminas eram aminas. Apesar do erro, o nome se manteve. As vitaminas podem ser classificadas em dois grupos de acordo com sua solubilidade. Quando solúveis em gorduras, são agrupadas como vitaminas lipossolúveis e sua absorção é feita junto à da gordura, podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K. Já as vitaminas solúveis em água são chamadas de hidrossolúveis e consistem nas vitaminas presentes no complexo B e a vitamina C.
EXCESSO DE VITAMINA A(vitamina lipossoluvel)
O excesso de vitamina A pode ser tóxico, quer seja tomada numa única dose (intoxicação aguda), quer durante um longo período (intoxicação crónica).
A intoxicação crónica em crianças maiores e adultos é em geral provocada pela ingestão de grandes doses (dez vezes a quantidade diária recomendada) durante meses. A intoxicação pela vitamina A pode desenvolver-se nas crianças pequenas em poucas semanas. Os primeiros sintomas da intoxicação crónica são pouco cabelo e áspero, queda parcial das sobrancelhas, lábios gretados e pele seca e rugosa. Cefaleias intensas, hipertensão craniana e fraqueza generalizada são manifestações tardias. As protuberâncias ósseas e as dores articulares são frequentes, especialmente nas crianças. O fígado e o baço podem aumentar de tamanho. Se uma mulher tomar isotretinoína (um derivado da vitamina A usado para tratar afecções da pele) durante a gravidez, o filho pode apresentar malformações congénitas.
O diagnóstico de intoxicação pela vitamina A baseia-se nos sintomas e numa concentração anormalmente elevada de vitamina A no sangue. Os sintomas desaparecem quatro semanas após a interrupção da ingestão do suplemento de vitamina A.
Os betacarotenos, que se encontram em vegetais como as cenouras, transformam-se lentamente em vitamina A no corpo e podem ser consumidos em grandes quantidades sem que se produza intoxicação. O único efeito secundário observado é o aparecimento de um tom ocre nas palmas das mãos e plantas dos pés.
O consumo de uma dose semelhante a dez vezes a quantidade diária recomendada de vitamina D durante vários meses pode causar intoxicação e determinar concentrações elevadas de cálcio no sangue. Os primeiros sintomas de intoxicação com vitamina D são perda do apetite, náuseas e vómitos, seguidos por sede excessiva, aumento da emissão de urina, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial. O cálcio pode depositar-se em todo o organismo, especialmente nos rins, onde pode provocar lesões permanentes. A função renal deteriora-se, permitindo que as proteínas passem para à urina e que aumente a concentração de ureia, um produto de eliminação, no sangue.
O tratamento consiste em interromper os suplementos de vitamina D e continuar com um regime baixo em cálcio para diminuir os efeitos da sua alta concentração.
Podem administrar-se corticosteróides para reduzir o risco de lesão nos tecidos e cloreto de amónio para manter a acidez da urina, diminuindo deste modo o risco de formação de cálculos de cálcio.
Não tem efeitos adversos nos adultos.
Não tem efeitos adversos nos adultos.
A niacina (mas não a niacinamida) prescreve-se em doses superiores a 200 vezes a quantidade diária recomendada para o controle das altas concentrações de gorduras (lípidos) no sangue. Essas doses podem provocar rubor intenso, ardor, lesões do fígado, perturbações cutâneas, gota, úlceras e alteração da tolerância à glicose.
Manifestações de excesso: a Piridoxina(vitamina b6)tem baixa toxicidade aguda, mas doses de 200 mg/dia, tanto por via oral como parenteral, podem provocar intoxicações neurológicas, surgindo sintomas como formigamentos nas mãos e diminuição da audição. Foram relatados casos de dependência da piridoxina.
EXCESSO DE VITAMINA C(vitamina hidrossoluvel)
Poucos efeitos em adultos, as vezes, calculos renais.
Não tem efeitos adversos nos adultos.
FONTE:
http://www.manuaismsd.pt/?id=161&cn=1256&ss= (Manual MSD DA Merck )
https://www.abcdasaude.com.br/medicina-interna/vitaminas
Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar - Nutrição - Nutrição Clínica No Adulto - 3ª Ed. 2014.
As vitaminas podem ser divididas em hidrossolúveis (vitaminas do complexo B e vitamina C) ou lipossolúveis (A, D, E e K). As vitaminas do complexo B e a vitamina C são solúveis em água e são absorvidas pelo intestino e transportadas até o tecido em que serão utilizados, sendo que o que não for utilizado será eliminado pelo organismo através da urina. No caso das vitaminas solúveis em lipídios, após a absorção intestino, são transportadas pelo sistema linfático até os tecidos onde serão armazenadas.
Considerando que as vitaminas hidrossolúveis são eliminadas quando não utilizadas e as lipossolúveis são armazenadas nos tecidos, o consumo em excesso das vitaminas A, D, E e K pode causar hipervitaminose, uma vez que essas vitaminas são acumuladas em tecidos e podem causar efeitos secundários prejudiciais ao organismo, tais como anormalidades hepáticas, perda mineral óssea e hipercalcemia.
O grupo de vitaminas que se consumido em excesso pode causar distúrbios é o grupo de vitaminais lipossolúveis, pois tendem a acumular nos tecidos (ao invés de serem excretadas), causando hipervitaminose.
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