o fato típico pressupõe que a conduta esteja proibida pelo ordenamento jurídico como um todo, globalmente considerado. Assim, quando algum ramo do direito, civil, trabalhista, administrativo, processual ou qualquer outro, permitir o comportamento, o fato será considerado atípico. O direito é um só e deve ser considerado como um todo, um bloco monolítico, não importando sua esfera (a ordem é conglobante). Seria contraditório autorizar a prática de uma conduta por considerá-la lícita e, ao mesmo tempo, descrevê-la em um tipo como crime. Ora, como, por exemplo, o direito civil pode consentir e o direito penal definir como crime uma mesma ação, se o ordenamento jurídico é um só. O direito não pode dizer: pratique boxe, mas os socos que você der estão definidos como crime.
fonte: http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1991460/teorias-do-direito-penal-o-que-e-a-teoria-da-tipicidade-conglobante
Em sede de direito penal, tipicidade conglobante é a exigência de que a conduta não seja meramente típica, em sentido formal (adequação do fato à norma), devendo haver lesão significativa ao bem jurídico tutelado (tipicidade material).
ESQUEMATIZANDO:
Tipicidade Conglobante = Tipicidade Formal + Tipicidade Material
EXEMPLO:
Furto famélico (furtar um pão).
Nesse caso haverá espaço para aplicação do princípio da insignificância, causa supra legal de excludente de tipicidade.
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