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exemplos de antinomia juridica

💡 5 Respostas

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Luken Martins

Um exemplo de antinomia é dado pelo artigo 303 do Código Brasileiro de Trânsito e pelo § 6º do artigo 129 do Código Penal:

"Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

Penas – detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor".

"Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.

(...)

§ 6º Se a lesão é culposa:

Pena – detenção, de 2 (dois) meses a 1 (um) ano".

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Andre Smaira

Primeiramente, segundo Maria Helena Diniz "A antinomia é um fenômeno muito comum entre nós ante a incrível multiplicação das leis. É um problema que se situa ao nível da estrutura do sistema jurídico (criado pelo jurista), que, submetido ao princípio da não-contradição, deverá ser coerente. A coerência lógica do sistema é exigência fundamental, como já dissemos, do princípio da unidade do sistema jurídico. Por conseguinte, a ciência do direito deve procurar purgar o sistema de qualquer contradição, indicando os critérios para solução dos conflitos normativos e tentando harmonizar os textos legais". 

Podemos citar como exemplo que o conflito de parâmetros de níveis sonoros determinados em decibéis. Ex: O proprietário de um veículo automotivo que deseja ligar o som em via pública aberta à circulação, duas normas entrariam em conflito para julgá-lo. Segundo as normas insculpidas pela ABNT, (Associação Brasileira de Normas Técnicas), som poluidor em área mista com predominância residencial é aquele que fica acima dos níveis permitidos pela NBR 10151/00, ou seja, no período diurno, (7h 22h), até o nível máximo de 55 dB, e no período noturno, (22h 7h), até o máximo de 50 dB. Se analisarmos pela ótica do Código de Trânsito Brasileiro, o Art. 228 descreve que: “Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN”. Ocorre infração grave com multa e retenção do veículo. A resolução do CONTRAN que regulamenta a aferição é a Resolução 204/2006 que descreve: “A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em nível de pressão sonora não superior a 80 decibéis – dB (A), medido a 7m (sete metros) de distância do veículo”. Nesse caso supracitado, é preciso termos em mente que o Princípio da Especificidade leva em consideração a lei mais específica para julgar o caso. A Lei Ambiental utiliza a NBR para autuar os infratores. O CTB utiliza resolução para normatizar os parâmetros limites passíveis de autuação. Ambas são leis federais. O agente autuador, no uso de seus poderes coercitivos, deve lembrar que em favor do réu, usa-se a lei mais benéfica (ou menos danosa). Nesse caso onde há conflito de normas, deveria o agente utilizar o CTB, já que esta norma é a que beneficia o réu.

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Andre Smaira

Primeiramente, segundo Maria Helena Diniz "A antinomia é um fenômeno muito comum entre nós ante a incrível multiplicação das leis. É um problema que se situa ao nível da estrutura do sistema jurídico (criado pelo jurista), que, submetido ao princípio da não-contradição, deverá ser coerente. A coerência lógica do sistema é exigência fundamental, como já dissemos, do princípio da unidade do sistema jurídico. Por conseguinte, a ciência do direito deve procurar purgar o sistema de qualquer contradição, indicando os critérios para solução dos conflitos normativos e tentando harmonizar os textos legais". 

Podemos citar como exemplo que o conflito de parâmetros de níveis sonoros determinados em decibéis. Ex: O proprietário de um veículo automotivo que deseja ligar o som em via pública aberta à circulação, duas normas entrariam em conflito para julgá-lo. Segundo as normas insculpidas pela ABNT, (Associação Brasileira de Normas Técnicas), som poluidor em área mista com predominância residencial é aquele que fica acima dos níveis permitidos pela NBR 10151/00, ou seja, no período diurno, (7h 22h), até o nível máximo de 55 dB, e no período noturno, (22h 7h), até o máximo de 50 dB. Se analisarmos pela ótica do Código de Trânsito Brasileiro, o Art. 228 descreve que: “Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN”. Ocorre infração grave com multa e retenção do veículo. A resolução do CONTRAN que regulamenta a aferição é a Resolução 204/2006 que descreve: “A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som só será permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em nível de pressão sonora não superior a 80 decibéis – dB (A), medido a 7m (sete metros) de distância do veículo”. Nesse caso supracitado, é preciso termos em mente que o Princípio da Especificidade leva em consideração a lei mais específica para julgar o caso. A Lei Ambiental utiliza a NBR para autuar os infratores. O CTB utiliza resolução para normatizar os parâmetros limites passíveis de autuação. Ambas são leis federais. O agente autuador, no uso de seus poderes coercitivos, deve lembrar que em favor do réu, usa-se a lei mais benéfica (ou menos danosa). Nesse caso onde há conflito de normas, deveria o agente utilizar o CTB, já que esta norma é a que beneficia o réu.

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