O erro de tipo está no art. 20, “caput”, do Código Penal. Ocorre, no caso concreto, quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita.
O erro de proibição se faceta nas seguintes formas: direto, indireto (erro de permissão), ambos denominados de discriminantes. Alguns autores falam em erro mandamental, mas não teceremos comentários sobre eles. O erro de proibição direto recai sobre seu comportamento, o agente acredita sinceramente que sua conduta é lícita. Pense, por exemplo, turista que trazia consigo maconha para consumo próprio, pois em seu país era permitido tal uso. Por seu turno, o erro de proibição indireto se dá quando o agente supõe que sua ação, ainda que típica, é amparada por alguma excludente de ilicitude.
O erro de tipo acontece quando o agente erra sobre uma hipótese fática elementar do tipo penal, já o erro de proibição acontece quando o erro do agente recai sobre a existência ou limites da proibição de uma norma.
Ex. 1 erro de tipo: A deixa seu celular ao lado do celular de B durante um trabalho escolar. Ao final do trabalho A pega o celular de B pensando que era o seu. Nesse caso não há a figura de furto de acordo com o artigo 155 do Código Penal, pois, o erro atingiu a elementar "alheia" existente no tipo penal, sendo que, A pensava que a coisa era "própria".
Ex. 2 erro de proibição: A, morador de uma pacata cidade que ainda não possui alguns meios de comunicação (internet, Televisão, celular) ao ver B estuprando a filha de C começa a bater no criminoso. Após cessado o estupro A pensa incorretamente que pode ainda matar o criminoso e alegar legítima defesa, sendo que, com uma arma mata o estuprador. Nesse caso houve erro de proibição, pois A errou em relação aos limites de uma norma de justificação.
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