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Cristianismo se baseia em explicações totais, não racionais/empíricas/metafísica, isto é, geralmente teses inatas ao homem. Filosofia, por contrapartida, prevalece o uso da razão/questionamento/crítica, ou seja, surge como espanto diante da possibilidade de reconhecer o mundo de forma racional, "libertando" o homem da insegurança e do temor proporcionados pelo 'mito'.
Os primeiros escritores cristãos, conservadores, só viam erros na filosofia clássica, pois ela não vinha da revelação divina. temiam que o estudo dos autores clássicos contaminasse a moral cristã e promovesse heresia.
O conhecimento da filosofia grega ajudava os cristãos a explicar suas crenças de maneira lógica e responder com inteligência as criticas pagãs dos sentimentos cristãos. Utilizando a linguagem e as categorias da filosofia grega, os intelectuais cristãos transformaram o cristianismo de simples credo ético num sistema teórico, numa teologia. Esse esforço de expressar as crenças cristãs em termos do racionalismo grego é chamado de helização do cristianismo. A filosofia grega permitiu aos cristão explicar, em termos racionais, a existência e a revelação de Deus.
A filosofia teve de sacrificar sua autonomia essencial às exigências da revelação cristã, ou seja, a razão teve que se ajustar ao arcabouço cristão. Embora o cristianismo tivesse utilizado a filosofia grega, a verdade cristã repousava, em ultima análise, na fé e não na razão.
Não sei se respondi sua questão, pois realmente ficou um pouco vago para mim, mas esse é um dos resultados do encontro entre os dois pensamentos.
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