Estando o réu solto e sendo pronunciado pela prática de crime doloso contra a vida, não poderá recorrer da sentença de pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a lei admitir.
Errado.
Conforme o art. 413, § 3º, do CPP, “o juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade de decretação da prisão ou imposição de quaisquer medidas previstas no Título IX do Livro I (...)”. A pronúncia, atualmente, por si só, não poderá implicar em prisão do réu! A reforma da Lei 11.689/2008 não mais trata a prisão como efeito da decisão de pronúncia. Se o magistrado constatar que não estão presentes os motivos que autorizam a prisão preventiva, deve deixar o acusado em liberdade (“réu solto”).
A prisão processual cautelar decretada pelo juiz em qualquer fase da investigação policial ou do processo criminal, diante do preenchimento do requisito e da existência dos motivos legais que a autorizam. Ela será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medidada cautelar, tais como as previstas no art. 319 do CPP (art. 282,§ 6º, do CPP), com a redação determinada pela lei n. 12.403/2011.
Pressupostos:
prova da existência do crime, indícios suficientes de autoria,
(não se exige prova plena da autoria - basta o fumus boni juris, a probabilidade de que o réu seja o autor). Princípio do in dubio pro societate.
Carlos Alberto da Silva Souto - Acadêmico do 7º sem. Direito - UNILASALLE/Canoas-RS
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