Na incapacidade em razão da idade, cessará com os 18 anos completos, quando se adquire a capacidade civil plena, que poderá ser antecipada por meio da emancipação.
A emancipação é uma antecipação da capacidade plena e pode ser voluntária, judicial ou legal (art. 5º, §único, do CC).
Art. 5o [...]
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
A emancipação voluntária ocorre quando ambos os pais ou apenas um deles, na ausência ou impossibilidade do outro (e.g. perda do poder familiar, incapacidade, dentre outros), optam por antecipar a capacidade do menor, por meio de instrumento público. Não depende de autorização judicial ou de consentimento do emancipado, mas deve ter ao menos 16 anos. (art. 5º, §único, I, 1ª parte, do CC).
A emancipação judicial é dada pelo juiz, após oitiva do tutor. Percebamos, aqui, que o tutor não pode conceder a emancipação do menor, mas somente o juiz. (art. 5º, §único, I, parte final, do CC). Deve ter ao menos 16 anos.
Por fim, as hipóteses de emancipação legal são trazidas pelo art. 5º, II a V do CC:
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. -> Aqui existe independência financeira do incapaz em relação ao representante ou assistente.
Notemos aqui, nas hipóteses de emancipação legal, que a lei não exigiu idade mínima para a emancipação.
Quanto às demais incapacidades (impossibilidade, permanente ou temporária de exprimir a vontade, prodigalidade ou vício em tóxico ou álcool), teremos a capacidade plena com a cessação da causa.
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